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O estudo a ser analisado dialoga com o cotidiano de diversas Unidades de Saúde Básica que elaboram estratégias resolutivas para com a comunidade que utiliza-se do serviço. Logo, aqui serão postas estratégias e práticas integrativas que o enfermeiro aplica em seu dia-a-dia.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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O estudo a ser analisado dialoga com o cotidiano de diversas Unidades de Saúde Básica que elaboram estratégias resolutivas para com a comunidade que utiliza-se do serviço. Logo, aqui serão postas estratégias e práticas integrativas que o enfermeiro aplica em seu dia-a-dia. O caso na íntegra: “Uma das pacientes que a enfermeira atendeu em domicílio, logo em sua primeira semana de trabalho, foi Dona Margarida, de 75 anos. Viúva de Seu Quinzinho, que morreu de derrame aos 85 anos, continuava apaixonada pelo marido. Como diz sua filha Jandira, “a mamãe vive no passado”. Margarida teve três filhos com o finado Quinzinho e mora agora na companhia de sua filha mais nova, Jandira, de 54 anos, casada com João (55 anos) e de sua neta Inês, de 32. Jandira casada e trabalha como diarista; Inês é manicure em um “salão chique” e, como diz Jandira, “vive para o trabalho”. Dona Margarida, fica sozinha enquanto a família saí para o trabalho, recebe uma pensão do marido falecido, um salário mínimo, nos últimos meses tem apresentado dificuldade de se lembrar das coisas do cotidiano, perde tudo, deixa panela no fogo e esquece. No mês passado dona Margarida, teve uma queda da própria altura, escorregou no banheiro, teve uma fratura no braço. Dona Margarida, tem osteoporose de fêmur, dislipidemia, hipertensão e diabetes. Além dos esquecimentos, tem apresentado dificuldade na marcha, tremores nas mãos, e fica sempre muito triste e desanimada, a filha acha que é saudades do marido. A família acredita que todos os sintomas da Dona Margarida fazem parte do envelhecimento. Dona Jandira, quando tem limpeza para fazer saí muito cedo, pois, as casas que trabalha como diarista, são do outro lado da cidade, como ela mesmo diz.
Faz 03 anos que não faz nenhum exame de prevenção, não encontra tempo para ir na unidade básica. Tem apresentado muita queixa de dor na coluna e dor na nuca, disse que já teve um pico de pressão alta, mas não acompanhou mais. A Inês, também nunca procura a UBS para fazer exames de prevenção. Seu João, fumante, tem hipertensão e diabetes, faz uso de bebida alcoólica nos finais de semana, trabalha como pedreiro, e não fez mais acompanhamento depois da pandemia, parou de tomar as medicações, pois não tem sintomas.” A família é composta por quatro indivíduos, sendo a família nuclear composta por Margarida (75), Jandira (54), João (55) e Inês (32). Para facilitar a compreensão das questões citadas em texto, irei encaixar cada indivíduo dentro de uma Política Pública de Saúde que aborda a subjetividade de cada.
Margarida é uma idosa que passa muito tempo sozinha, sem uma função social e/ou atribuições que lhe dê a sensação de importância, com recorrente esquecimento, com sintomas aparentes de depressão, osteoporose de fêmur, dislipidemia, hipertensão,diabetes e recente queda da própria altura, demonstrando fragilidade. Pensando que já houve o primeiro contato, ou seja, um acesso à Atenção Primária, e também um levantamento de problemáticas, para além do recolhimento de outros dados de extrema importância (perfil nutricional, histórico familiar, auto- cuidado, situação familiar, moradia, etc), aqui se faz interessante aplicar a Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica.
Segundo o documento norteador da Unidade de Referência à Saúde do Idoso do Município de São Paulo, essa estratégia de avaliação feita pelo enfermeiro visa direcionar e qualificar a atenção ao idoso, conhecendo suas necessidade de saúde através de uma classificação de fragilidade, os dividindo entre “saudáveis”, “pré-frágeis” e “frágeis”, o que facilita a elaboração de um plano de cuidado adequado. A pontuação para as questões é dividida em três categorias: 0 a 5 pontos: idoso saudável. 6 a 10 pontos: idoso pré frágil e igual ou maior que 11 pontos: idoso frágil. Essa avaliação se constitui de 17 questões, dimensões do processo de envelhecimento abordadas no questionário inicial são: idade, autopercepção da saúde, arranjo familiar, condições crônicas, medicamentos utilizados, número de internações nos últimos doze meses, quedas nos últimos doze meses, acuidade visual, acuidade auditiva, limitações físicas, cognição, humor, desempenho nas Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD), desempenho nas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), incontinência urinária e fecal, perda de peso não intencional e condições bucais. Formulário de Dados Sociais e os Testes de Rastreamento da Capacidade Funcional. Teste de Snellen, Teste do Sussurro, Teste de Katz, Teste de Lawton, Timed up and go Test, Teste de Velocidade de Marcha, Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e Mini-Exame do Estado Mental (Minimental). Essa avaliação pode ser aplicada para um possível encaminhamento para Unidade de Referência à Saúde do Idoso (URSI) ou para o Programa Acompanhante de Idosos (PAI). Porém, como é visto no caso, Margarida é uma idosa que ainda usufrui de autonomia, tendo em mãos as problemáticas já dadas, para além da equipe multiprofissional, segue as ações do enfermeiro considerando Margarida uma idosa pré-frágil. Aplicação da Avaliação Multidimensional do Idoso, investigando toda a integralidade desse idoso, avaliar suas atividades diárias, conferir se os exames anuais que devem ser solicitados pelo MFC foram devidamente feitos (hemoglobina, hematocrito, VHS, albumina, creatinina, potássio, glicemia, hemoglobina glicada,
Jandira, assim como grande parte da população do gênero feminino, tem uma sobrecarga de tarefas e pouco tempo para cuidar de si mesma, não faz exames preventivos há três anos, assim como Inês, e tem tido crises hipertensivas, dores na nuca e costas. João é fumante, hipertenso e diabético, não parece ter responsabilidade para os medicamentos de controle e também não acompanha sua saúde. Dada como população economicamente ativa, a saúde do adulto trabalha muito com prevenir e remediar. Assim como a Saúde do Idoso, o Pacto pela Vida, alterado e melhorado com o passar dos anos, também inclui como objetivo a Saúde do Trabalhador, como era antigamente definido. Essas elaborações são importantes na hora de estabelecer metas e estratégias para manter a população alvo de cada programa dentro de um nível razoável de bem-estar. Em uma primeira consulta individual com os três, já em mãos as problemáticas individuais de cada paciente, o enfermeiro pode elaborar suas estratégias da seguinte forma:
1. Jandira A princípio, um minucioso exame físico céfalo-caudal para investigar qualquer alteração, além de buscar peso, altura, sinais vitais gerais. Anamnese também se faz importante para analisar hábitos alimentares, estado nutricional, saúde bucal, saúde mental, além de checar se o caderno de vacinação está atualizado com as vacinas do adulto (tríplice bacteriana, hepatite B, Influenza, febre amarela, tríplice viral) (UFSC, 2010). Para as dores recorrentes, a dor na nuca de adequada como um sintoma de hipertensão, já nas costas há probabilidade de sobrecarga pelo trabalho recorrente, para além do possível tratamento medicamentoso, cabe ao médico e enfermeiro da família conversarem
e conscientizar o paciente das consequências de sobrecarregar o corpo (UFSC, 2010). Janine tem tido crises hipertensivas que devem ser investigadas com solicitação adequada de exames (hemograma completo, glicemia, ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio, ácido úrico, proteína total, triglicérides gama GT, TGO, TGP, urina, sorologias para hepatites B e C, HIV, sífilis, glicose em jejum) (UFSC, 2012). O enfermeiro deve informar Janine sobre hipertensão e quais as consequências dessa doença crônica não transmissível (DCNT) de modo que ela nutra autonomia pelo próprio cuidado, estimulando atividades físicas e reavaliação de seus hábitos alimentares. É interessante aqui incluí-la em um grupo educativo também. Por último, solicitação de mamografia e papanicolau, conforme orientação do Ministério da Saúde, o preventivo deve ser coletado a partir dos 25 anos até os 59 anos por dois anos consecutivos, se ambos os resultados forem normais o próximo exame pode ser coletado 3 anos depois (UFSC, 2010).
2. Inês Após avaliação geral do enfermeiro (anamnese e exames discutidos no tópico anterior), além de fortalecer vínculo para com paciente, solicitar exames gerais para acompanhamento, analisar carteira de vacina e também solicitar papanicolau. 3. João Dada a avaliação geral do enfermeiro, além dos exames gerais, é importante também solicitar PSA (Antígeno Prostático Específico) para investigar alterações na próstata, estabelecido pelo Ministério da Saúde como essencial após os 50 anos (UFSC, 2012).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral a saúde
do homem [recurso eletrônico] / Elza Berger Salema Coelho... [et al] — Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2018 ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. ______. Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 5 jan. 1994. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/leis/idoso/ lei_8842.pdf>. ______. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006 (Caderno de Atenção Básica, n. 19). ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: guia operacional e Portarias relacionadas. Brasília, DF: Editora MS, 2002. ______. Portaria no. 1.125/GM, de 6 de julho de 2005. Dispõe sobre os propósitos da política de saúde do trabalhador para o SUS. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-2437.html Secretaria da Saúde. Manual técnico: saúde do adulto / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. – 2. ed. - São Paulo: SMS, 2012. Atenção integral à saúde do adulto: enfermagem [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; Calvino Reibnitz Júnior; Fernanda Lazzari Freitas; Flávia Regina Souza Ramos. 2. ed. – Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2012. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Especialização em Saúde da Família – Modalidade a Distância. Saúde do adulto: enfermagem [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina,