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Erros de Medicinação em Ambientes Hospitalares: Tipos, Causas e Soluções, Resumos de Farmácia

Uma revisão bibliográfica sobre erros de medicinação em hospitais brasileiros, identificando tipos de erros, como erro na prescrição, dispensação, dose, administração e identificação incorreta de medicamentos. Discussão sobre recursos para minimizar esses erros, como prescrição eletrônica, educação multidisciplinar e atuação do farmacêutico na prática clínica. Análise da relevância clínica e econômica de erros de medicinação e sua importância para a segurança da assistência ao paciente.

O que você vai aprender

  • Como podem ser minimizados e evitados os erros de medicinação?
  • Quais são as consequências graves de erros de medicinação em pacientes em unidades de terapia intensiva?
  • Quais são as causas comuns de erros de medicinação em hospitais brasileiros?
  • Quais recursos podem ser implementados para melhorar a segurança da medicinação em hospitais?
  • Quais são os principais tipos de erros de medicinação identificados na revisão bibliográfica?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 13/04/2022

fran-diniz
fran-diniz 🇧🇷

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FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
ROGELIO EUGÊNIO DE SOUZA SILVA
ERROS DE PRESCRIÇÕES EM HOSPITAIS
APARECIDA-SP
2022
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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ROGELIO EUGÊNIO DE SOUZA SILVA

ERROS DE PRESCRIÇÕES EM HOSPITAIS

APARECIDA-SP

ERROS DE PRESCRIÇÕES EM HOSPITAIS

ROGELIO EUGÊNIO DE SOUZA SILVA

Declaro que sou autor(a) ¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. RESUMO - Os erros de medicação são caracterizados por eventos evitáveis que resultam em uso inapropriado do medicamento com dano, ou não, ao paciente. O trabalho apresentado trata-se de uma revisão bibliográfica em banco de dados eletrônicos no que diz respeito a erros de medicamentos em hospitais brasileiros. Foram identificadas publicações apontando prevalência de erros de omissão de dose, erro na dose, na velocidade de infusão, na via de administração e na prescrição. A implementação de prescrição eletrônica, a educação continuada multidisciplinar e a atuação do farmacêutico na prática clínica são indicados como recursos para minimizar e evitar os erros de medicação. Palavras – Chave: Erro de Medicação, Farmácia, Hospital INTRODUÇÃO A droga é atualmente a principal ferramenta de tratamento médico. Esse fato sempre teve um papel importante nas pesquisas, pois o sucesso da internação está diretamente relacionado à qualidade do tratamento medicamentoso. (1) A prática de medição em ambiente hospitalar é realizada por meio de um sistema complexo

Dada a relevância clínica dos eventos de erro de medicação, é necessário identificar os pontos mais afetados na medicação de um paciente. Por meio de uma análise de publicações científicas pertinentes a esta seção, este trabalho tem como objetivo identificar os erros de medicação mais comuns em hospitais brasileiros e possíveis falhas nos processos que levam a esses erros. DESENVOLVIMENTO Para fins de definições dos tipos de erro de medicação utilizou-se as conceituações definidas por Belela et al. (8)^ conforme demonstrado no quadro 1. Quadro 1 – Classificação dos erros de medicação notificados, segundo o tipo de erro. Belela, et al, 2010 Tipo de erro Definição Erro de prescrição Escolha incorreta do medicamento (baseada na indicação, contra- indicação, alergias conhecidas, existência e disponibilidade de outra terapia medicamentosa mais eficaz); prescrição incorreta da dose, da via de administração, da velocidade de infusão ou da forma de apresentação do medicamento; prescrição ilegível; prescrição incompleta. Erro de dispensação Distribuição incorreta do medicamento prescrito para opaciente. Erro de omissão Não administração de um medicamento prescrito para o paciente, ou ausência de registro da execução da medicação. Erro de horário (^) Administração do medicamento fora do período estabelecido na prescrição pelo médico ou pelo enfermeiro que realizou o aprazamento da prescrição. Define-se como erro: o atraso ou adiantamento de mais de 30 minutos para medicamentos de ação imediata; o atraso ou adiantamento de mais de uma hora para medicamentos de ação prolongada. Erro de administração de medicamento não-autorizado Administração de medicamento não prescrito; administração de medicamento ao paciente errado; administração de medicamento errado; administração de medicamento não autorizado pelo médico; utilização de prescrição desatualizada. Erro de dose Administração de um medicamento em dose maior ou menor que a prescrita; administração de uma dose extra do medicamento; ou administração de uma dose duplicada do medicamento. Erro de apresentação Administração de um medicamento em apresentaçãodiferente da prescrita. Erro de preparo Medicamento incorretamente formulado ou manipulado antes da administração; armazenamento inadequado do medicamento; falha na técnica de assepsia; identificação incorreta do fármaco; escolha inapropriada dos acessórios de infusão.

Erro de administração (^) Falha na técnica de assepsia; falha na técnica de administração do medicamento; administração do medicamento por via diferente da prescrita; administração do medicamento em local errado; administração do medicamento em velocidade de infusão incorreta; associação de medicamentos física ou quimicamente incompatíveis; falha nos equipamentos ou problemas com acessórios da terapia de infusão; ou administração de medicamento prescrito incorretamente. Erro com medicamentos deteriorados Administração de medicamento com data de validade expirada, ou com integridade física ou química comprometida. Erro de monitoração (^) Falha em monitorar dados clínicos e laboratoriais antes, durante e após a administração de um medicamento, para avaliar a resposta do paciente à terapia prescrita. Erro em razão da não aderência do paciente e Comportamento inadequado do paciente e ou cuidador família quanto a sua participação na proposta terapêutica. Outros erros de medicação Quaisquer outros erros não enquadrados nas classificações anteriormente descritas. Neste trabalho, o autor realizou um estudo exploratório descritivo em uma unidade de atendimento pediátrico da cidade de São Paulo. Na análise dos dados, apenas 47,9% dos 110 erros de medicação notificados foram notificados à equipe. Dentre as notificações notificadas, as omissões foram a principal ocorrência, representando 29,4% dos erros. A omissão de uma dose não envolve necessariamente a falta de administração do medicamento. Esperava-se que o paciente recebesse a dose prescrita, mas isso não foi registrado no prontuário. Tendo em vista que vários profissionais atendem o mesmo paciente ao longo do dia, o fato de a falta dessas informações durante a evolução sugerir dificuldades de comunicação entre as equipes constitui uma fragilidade na busca pela segurança do paciente. O reconhecimento dessa hipótese abre a possibilidade de repetição de doses, gerando novos erros. Nesse sentido, chama-se a atenção para a natureza sequencial do processo, onde a ocorrência de erros não identificados pode gerar outros erros em efeito cascata. Entre os erros que não foram relatados à equipe, a maior incidência foi nas doses, que representaram 22% do total. Mesmo assumindo que o processo de medicação é propenso a erros devido à sua natureza dinâmica, os profissionais ainda se mostram relutantes em notificar os erros. Isso pode ser explicado pelo simples fato de que os indivíduos lutam para suportá- las ou temem sanções morais e legais. Em uma análise multicêntrica realizada em cinco

Dificuldades com o uso de números decimais podem ser observadas no caso de taxas de infusão prescritas, por exemplo, uma taxa de infusão prescrita de 42,5 ml/hora termina em 425 ml/hora, ou seja, 10 vezes a taxa prescrita. Outro achado surpreendente do estudo foi o aumento de 111,9% nas notificações na unidade de UTI pediátrica, mas não se pode concluir que os erros de medicação tenham aumentado, pois poderiam ter ocorrido em igual número, apenas por meio de um número maior de notificações. Embora o estudo tenha sido inconclusivo sobre as causas dos erros de medicação, ele apontou uma série de fatores que podem ter contribuído para esses erros. Dentre eles, destacava- se o excesso de trabalho da equipe de enfermagem, que muitas vezes realizava duplas jornadas, resultando em fadiga e privação de sono, o que reduzia significativamente o foco e a concentração no cumprimento das rotinas de medicação. Observou-se que os dados incluídos neste estudo podem ser agravados pelo local de coleta. Pacientes em unidades de terapia intensiva apresentam problemas de saúde e erros de medicação podem ter consequências graves. Além de uma condição de saúde frágil, o fato de ser uma unidade de internação pediátrica torna os pacientes mais vulneráveis à deterioração clínica causada por esses eventos. Quando se trata de medicamentos, os pacientes pediátricos são um grupo que requer atenção especial, pois pequenas mudanças no tratamento podem levar a resultados clínicos significativos devido ao seu metabolismo diferencial. Por meio de uma pesquisa exploratória multicêntrica que utilizou métodos qualitativos e quantitativos para entrevistar profissionais envolvidos no processo de prescrição, dispensação e entrega de medicamentos, Miasso et al (10) indicaram que os erros de prescrição foram os erros mais comuns em quatro hospitais. cidade brasileira. Hospitais de Goiânia, Recife, Ribeirão Preto e São Paulo foram estudados com os mesmos resultados. Segundo os entrevistados, 29,78% dos erros ou potenciais erros de medicação estavam relacionados à compreensão da prescrição médica e à compreensão do uso de abreviaturas, além disso, devido às prescrições manuais, houve sobreposição no apagamento das informações. Os autores afirmam que a implementação da prescrição eletrônica é uma boa forma de reduzir os erros manuais, mas consideram que tais ferramentas são muito caras para os serviços médicos, mesmo aqueles que atendem aos padrões internacionais.

Quanto à dispensação de medicamentos, o estudo apontou algumas deficiências nas farmácias. Os tempos de entrega de medicamentos nas unidades de enfermagem não correspondiam aos tempos de prescrição, resultando em doses perdidas ou tempos de administração incorretos. Essa situação está diretamente relacionada à falta de diálogo entre equipe médica, paramédicos e farmácias. Essas três instâncias de atendimento precisam interagir e ajustar suas rotinas para que os médicos preparem as prescrições e tenham tempo suficiente para a farmácia analisar, dispensar medicamentos em um prazo viável para o atendimento. Este é um processo dinâmico que ainda envolve inúmeras variáveis, como o número de pacientes atendidos por cada equipe médica, que afeta diretamente o andamento do programa geral de medicação. Outro ponto abordado pelo estudo envolveu erros de alocação. Alguns hospitais possuem prescrição e dispensação eletrônica de código de barras e dose unitária. Esses recursos aumentam a segurança da dispensação, pois são emitidos avisos eletrônicos quando um medicamento não faz parte de uma receita ou quando o medicamento inteiro foi dispensado. Como mencionado anteriormente, esse tipo de recurso é muito caro, pois, além da eletrônica, requer sistemas logísticos adequados para individualização e rotulagem das doses. Quanto às ações realizadas quando detectados erros de medicação, foram observadas ações clínicas e notificadas apenas administrativamente, mas nenhuma ação educativa foi desenvolvida com os dados. Além dos erros, erros de proximidade, ou seja, erros identificados antes de chegar ao paciente, também não são relatados, dificultando a melhoria do sistema geral. Em estudo realizado por Teixeira et al.(11) no setor de clínica médica de um hospital universitário de Ribeirão Preto, São Paulo, os erros de administração foram a principal causa de erros de medicação. Esse erro foi responsável por 24% dos monitorados no estudo. Os autores atribuem esse percentual à diferença entre a dose prescrita e a dose atribuída. Os hospitais em questão possuem prescrições eletrônicas, que ajudam a reduzir os erros de dispensação, mas não proíbem a troca de doses de medicamentos. Segundo os autores, a prática de dispensar doses unitárias ajuda a evitar erros de dosagem.

CONCLUSÃO

A publicação de dados quantitativos ainda é insuficiente, como evidenciado por uma revisão da literatura sobre erros de medicação. Como resultado, a identificação de falhas no processo do medicamento torna-se mais difícil de detectar. Diferentes sistemas de distribuição e liberação de medicamentos também foram observados nos hospitais estudados. O fato de os erros de medicação terem sido descobertos em diferentes momentos do processo reforça a necessidade de uma política multidisciplinar para garantir a segurança do paciente. Observou-se que os achados científicos sobre erros de medicação são desenvolvidos e publicados quase que exclusivamente por entidades ligadas à enfermagem. Os serviços de farmácia desempenham um papel diferenciado nas instituições analisadas nos estudos aqui discutidos. Em muitos destes hospitais, as farmácias limitam-se a segregar e enviar medicamentos para enfermarias de internamento, realizando apenas atividades administrativas e logísticas sem qualquer intervenção clínica. Na grande maioria das publicações, a enfermagem é de identificação, notificação e tratamento de erros de medicação sem qualquer avaliação de medicação. Dificuldades associadas às prescrições médicas são mencionadas na maioria das publicações. A maioria das instituições avaliadas possuía prescrições manuais, aumentando o risco de erros de medicação por apresentarem dificuldade de escrita e interpretação. O uso da prescrição eletrônica é uma alternativa para esse problema, mas ainda é oneroso para a realidade dos hospitais brasileiros. Entende-se que o processo de tratamento medicamentoso é um eixo muito importante na recuperação e manutenção da saúde. A presença do farmacêutico na prática clínica, analisando prescrições e orientando a equipe médica e de enfermagem, pode ter um impacto significativo na identificação, gestão e prevenção de erros de medicação em ambientes hospitalares.

REFERENCIA

Oliveira, RC. Análise do sistema de utilização de medicamentos em dois hospitais da cidade de Recife-PE. [Dissertação] Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2005 Nadzan DM. A System Approach to Medication Use. In: Cousins DM. Medication Use: A System Approach To Reducing Errors. Oakbrook Terrace (IL): Joint Commission; 1998. p.5- 18. Gimenes FRE, Marques TC, Teixeira TCA, Mota MLS, Silva AEBC, Cassiani SHB. Administração de medicamentos, em vias diferentes das prescritas, relacionada à prescrição médica. 2011 Jan – Fev; 19(1):[7 telas]. Anacleto TA, Perini E, Rosa, MB, Cesar CC. medication errors and drug-dispensing systems in a hospital pharmacy. Clinics 2005 August; 4:325-32. Cavalini ME, Bisson MP. Farmácia Hospitalar hum enfoque los Sistemas de Saúde. 1 ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2002 Rosa MB, Perini E. Erros de medicação: Quem foi? Revista Associação Medica Brasileira. 2003; 49(3): 335 - 41.

Camerini FG, Silva LD. Segurança do Paciente:Aanálise do Preparo de Medicação Intravenosa em Hospital da Rede Sentinela. Texto e Contexto Enfermagem. 2011 Jan- Mar; 20(1): 41 - 9.