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HEMOGRAMA ESTUDO DAS CARACTERISTICAS DO ESTIRAÇO SANGUINEO
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
A coleta de sangue periférico também é conhecida como “venopunção” e “flebotomia”, tendo em vista que o profissional que realiza a coleta é chamado de flebotomista. O sangue periférico é coletado para que seja possível executar exames de tipagem sanguínea, exames de bioquímica, glicemia e coagulação e o sangue arterial é coletado para a realização da gasometria arterial.
1.1- Locais de Venopunção
O sangue venoso pode ser coletado no braço (veia mediana basílica, veia mediana cefálica, veia mediana cubital e veia longitudinal), no dorso das mãos e dos pés e, em casos mais extremos,microcoleta de sangue capilar; enquanto o sangue arterial pode ser coletado da artéria radial ou da artéria cubital.
1.2- Sangue Arterial, Venoso e Capilar
As artérias saem do coração e levam o sangue rico em O^2 para a oxigenação de órgãos e tecidos do corpo, diminuindo seu calibre enquanto se distanciam do coração. São mais calibrosas e de difícil acesso. Coletas arteriais devem ser feitas preferencialmente nas artérias radial ou cubital e têm o objetivo de medir a gasometria arterial do paciente.
As veias levam o sangue do corpo de volta para o coração para que ele possa ser bombeado novamente para o corpo. Elas aumentam seu calibre enquanto se aproximam do coração e possuem sangue rico em CO^2. A coleta venosa é feita nas veias medianas basílica, cefálica ou cubital e na veia longitudinal, podendo também ser feita no dorso das mãos ou dos pés caso o flebotomista encontre dificuldades de realizar a coleta nos braços do paciente.
Os capilares são vasos sanguíneos delgados que possuem paredes finas e formam uma rede complexa de vasos nos órgãos e tecidos. Nos capilares ocorrem as trocas gasosas. Coletas capilares são utilizadas tanto para análise de gases sanguíneos quanto para a determinação de glicose no sangue.
1.3- Assepsia/Antissepsia/Desinfecção/Esterilização
Assepsia é o processo feito para a diminuição e/ou eliminação de bactérias como um conjunto de medidas para manter um meio inerte ou um ser vivo isento de micro-organismos. (Ex: uso de álcool 70% para a limpeza de bancadas ou das mãos).Antissepsia é a desinfecção de organismos vivos com anti-sépticos. (Ex: limpeza da pele antes da flebotomia).Desinfecção elimina os microorganismos patogênicos, com excessão de esporos, enquanto a esterilização destrói por completo toda e qualquer forma de micro-organismo presente.
1.4- Tubos Utilizados na Coleta
São utilizados na coleta tubos à vácuo que podem ou não possuir anticoagulantes ou ativadores de coágulo em seu interior. É recomendado o
uso de coleta à vácuo para que, em uma única punção, haja uma coleta múltipla e para que haja melhor conforto do paciente.
Os tubos possuem um padrão de cores (figura) que identificam quais aditivos estão presentes em seu interior, e existe uma recomendação de sequência a ser seguida para que seja evitada a contaminação cruzada de aditivos nos tubos subsequentes caso haja coleta múltipla do mesmo paciente.
Citrato de Sódio (Azul): é utilizado para a prova de coagulação em amostras; Ativador de Coágulo (Vermelho): a sílica (ativador de coágulo) presente no interior do tubo faz com que o processo de coagulação seja acelerado, sendo utilizado na Bioquímica e na Sorologia; Ativador de Coágulo + Gel (Amarelo): possui a sílica nas paredes internas do tubo e também um gel separador que permite a obtenção de soro com maior qualidade. Utilizados na Bioquímica, Sorologia e Imunologia; EDTA (Roxo ou Rosa): possui anticoagulante em seu interior e é utilizado em bancos de sangue e na rotina de hematologia. O EDTA é o melhor anticoagulante por preservar a morfologia celular; Heparina de Lítio (Verde): os aditivos presentes neste tubo são anticoagulantes que ativam enzimas antiplaquetárias, bloqueando a cascata de coagulação. São utilizados para análises bioquímicas do plasma; Fluoreto de Sódio + EDTA (Cinza): o fluoreto de sódio é um inibidor glicolítico e o EDTA preserva a morfologia celular, fazendo com que estes tubos sejam utilizados na dosagem de glicose, lactato e hemoglobina glicada no plasma.
Figura 1: Tubos de coleta na sequência correta. Fonte < http://www.kasvi.com.br/tubos-de- coleta-vacuo-analise-sangue-cores-beneficios/ > Disponível. Acesso em 02/04/2018.
1.5- Coleta de Sangue Venoso: Passo a Passo
O passo a passo deve ser seguido igualmente para os métodos de coleta normal e coleta à vácuo até o passo 5. Os passos 6 e 7 são para coleta normal enquanto os passos 8 e 9 são para coleta à vácuo.
10- Após a coleta, pressionar o local puncionado com algodão (Figura 3).
Figura 3: Processo de coleta à vácuo. Fonte: Laboratório Rômulo Rocha (UFG) (2018).
Após a coleta do sangue existem alguns passos a serem seguidos para a análise morfológica dos elementos que compõem este tecido conjuntivo.
2.1- Etapas da Produção de Esfregaço: Passo a Passo
1- Separar a lâmina com identificação do paciente ou do número de protocolo do registro do paciente. Verificar se a lâmina não possui vestígios de sujeira ou gordura pois estes podem prejudicar a confecção do esfregaço e também sua visualização no microscópio;
2- Pingar uma gota do sangue na extremidade inferior da lâmina com uma pipeta ou com a própria agulha com o sangue que sobrou dentro da seringa (Figura 2);
3- Aproximar a lâmina extensora da gota de sangue e, por capilaridade, deixar que a gota se espalhe por sua borda (Figura 3); 4- Deslizar a lâmina extensora em um ângulo de 45º em uma velocidade estável para que o sangue seja espalhado pela lâmina de microscopia (Figura 3); 5- Deixar que a lâmina seque sem interferências e seguir para a coloração.
Figura 3: Processo de confecção do esfregaço sanguíneo. Fonte: Laboratório Rômulo Rocha (UFG) (2018).
2.2- Erros Comuns
1- Lâmina de extensão com a borda lascada ou áspera;
2- Hesitação em mover a lâmina de extensão;
3- Lâmina de extensão movida muito rapidamente;
leucócitos (principalmente maior número de linfócitos). A cauda é a região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem apresentar maior distorção morfológica. O corpo é a região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea.
Figura 5: distensão sanguínea. Fonte: Clinical Hematology Atlas 5 ed. Elsevier
2.4- Observação
Uma extensão sanguínea bem feita tem as seguintes características:
2/3 ou 3/4 da lâmina coberta pelo filme;
A extensão deve ser levemente arredondada na cauda;
As bordas laterais do filme devem ser visíveis;
Filme uniforme e sem irregularidades, buracos ou listras;
Quando a lâmina é segurada contra a luz, a ponta da cauda deve ter uma aparência de "arco-íris";
Toda a gota de sangue foi usada e espalhada.
Figura 6: Comparação entre lâminas de esfregaço. Fonte: Clinical Hematology Atlas 5 ed. Elsevier
Figura 7: Processo de coloração utilizando o corante Leishman. Fonte: Laboratório Rômulo Rocha, 2018.