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Guias e Dicas
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Ensaios Imuno-hematologicos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Imunologia

Capítulo I Introdução Sangue Capitulo II Fisiologia e alterações das Células Sanguíneas Capitulo III Coleta e Preparo de Material Biológico Capítulo IV Provas Citoquímicas e Imunoquímicas

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 13/01/2021

leide-mendes
leide-mendes 🇧🇷

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Brasília-DF.
Ensaios imuno-hEmatológicos
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Baixe Ensaios Imuno-hematologicos e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Imunologia, somente na Docsity!

B rasília-DF.

Ensaios imuno - hEmatológicos

Elaboração

Mônica de Jesus Silva

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração

unidAdE V

  • APrESEntAção.................................................................................................................................
  • orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA
  • introdução....................................................................................................................................
  • O SANGUE unidAdE i
    • CAPítulo
    • CONSidErAçõES GErAiS
  • FiSiOlOGiA E AltErAçõES dAS CélUlAS SANGUíNEAS unidAdE ii
    • CAPítulo
    • FiSiOlOGiA E AltErAçõES dOS EritróCitOS
    • CAPítulo
    • FiSiOlOGiA E AltErAçõES dOS GrANUlóCitOS
    • CAPítulo
    • FiSiOlOGiA E AltErAçõES dAS CélUlAS MONONUClEArES
    • CAPítulo
    • HEMOpAtiAS MAliGNAS
    • CAPítulo
    • FiSiOlOGiA E AltErAçõES dOS trOMbOCitOS
  • HEMAtOlOGiA.......................................................................................................................................... COlEtA E prEpArO dE MAtEriAl biOlóGiCO pArA prOCEdiMENtOS diAGNóStiCOS EM
    • CAPítulo
    • prOCEdiMENtOS dE COlEtA
    • CAPítulo
    • téCNiCAS lAbOrAtOriAiS ApliCAdAS AO HEMOGrAMA
    • CAPítulo
    • prOvAS dA HEMOStASiA
  • prOvAS CitOqUíMiCAS E iMUNOqUiMCA unidAdE iV
    • CAPítulo
    • prOvAS CitOqUíMiCAS E iMUNOqUíMiCAS
  • HEMAtOlóGiCO................................................................................................................................. CitOGENétiCA, téCNiCAS MOlECUlArES E CitOMEtriA dE FlUxO ApliCAdAS AO diAGNóStiCO
    • CAPítulo
    • CONSidErAçõES GErAiS SObrE CitOGENétiCA
    • CAPítulo
    • MétOdOS dE biOlOGiA MOlECUlAr ApliCAdOS A HEMAtOlOGiA
    • CAPítulo
    • CitOMEtriA dE FlUxO
  • PArA (não) FinAlizAr
  • rEFErênCiAS

Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se

entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.

Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela

interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da

Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos

conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da

área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que

busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica

impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo

a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na

profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a

síntese/conclusão do assunto abordado.

Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões

sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o

entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fi xação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/

conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não

há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,

que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única

atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber

se pode ou não receber a certificação.

Para (não) fi nalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem

ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

introdução

Na época da antiguidade, o conhecimento sobre o corpo humano e sua organização

anatômica era completamente restrito, o que dificultava a compreensão da existência

das doenças. Nesse período, a medicina era praticada por peritos que eram pagos pelo

seu trabalho e suas práticas possuíam certo cunho mágico e sacerdotal. Hipócrates (

a.C. – 377 a.C.) conhecido como o pai da medicina, foi o primeiro a rejeitar a crença

de seus contemporâneos de que as doenças eram causadas por deuses como forma de

vingança, e passou a difundir a ideia da separação da medicina de atos de superstição.

Contrariando paradigmas, Hipócrates propôs que para todas as doenças existia uma

causa natural. “Encontre a causa”, disse, “e então você poderá curar a doença.” Neste

sentido, nasce o conceito de diagnóstico.

Hipócrates que foi o primeiro a utilizar o termo diagnóstico que se deriva da junção

do prefixo di(a) que significa por meio de, ou por meio de associado ao elemento de

composição gno , presente no latim e no grego, cujo significado seria conhecer. Na

etimologia francesa a palavra diagnostic/diagnostique , tem origem no adjetivo

grego Diagnostikós que se refere a capacidade de distinguir e ou de discernir algo.

Portanto, quando falamos em diagnóstico, estamos falando de discernimento ou da

ação da faculdade de discernir. Por muitas décadas a capacidade de diagnosticar limita-

se a observação de sintomas e exames físicos, que compreendem a anamnese.

A anamnese (do grego Anamnesis) consiste em um laço estabelecido entre o médico e

o paciente que significa recordar. Esta recordação trata-se em questionar o histórico

clínico do paciente, ou seja, o conjunto de informações obtidas pelo médico por meio de

entrevista ao paciente que configuram os sinais e sintomas clínicos.

Com o avançar do conhecimento da ciência, da anatomia humana e seus componentes

biomoleculares e mecanismos fisiopatológico das doenças. O diagnostico deixa de ser

abstrato e passa a ganhar evidencias concretas. Em termos laboratoriais, constantes

reciclagens técnico-científicas provocam diversas mudanças favorecendo o conhecimento

metodológico influenciando nos conceitos de sensibilidade, especificidade e valor preditivo.

A sensibilidade de um teste é designada pela proporção de indivíduos doentes frente a

um teste positivo, enquanto que o parâmetro especificidade é definido pela proporção

de indivíduos sadios que apresentam um teste negativo. Já os valores preditivos

(positivo e negativo) de um teste estão relacionados à estimativa da presença ou não da

doença, com base em resultados positivos ou negativos dados pelo teste. É cabível citar

o SAnguE^ unidAdE^ i

CAPítulo 1

Considerações gerais

Um dos procedimentos mais importantes em qualquer avaliação hematológica é um

exame cuidadoso dos elementos figurados do sangue. Neste sentido o objetivo nesta

primeira unidade se aplica em descrever os componentes sanguíneos.

Para melhor compreender, vale começar pelos primórdios da hematologia com

a primeira descrição da circulação sanguínea elaborada por William Harvey. Em

primeiro de abril de 1578 em Folkestone, na Inglaterra, nasce William Harvey.

Suas atividades levam-no progressivamente a elevadas posições sociais e a

encargos de docência científica. E também a trabalhos paracientíficos e, mesmo,

curiosos. Torna-se médico de Jaime I (1618) e, depois, de Carlos I (1625) e é

designado para participar das “Lumleian Conferences” patrocinadas pelo College

of Physicians. Em uma ocasião é chamado pare examinar mulheres consideradas

“feiticeiras” por já antiga tradição em Lancashire, desde que, eventualmente, elas

seriam condenadas por falsos testemunhos (quais seriam os “verdadeiros”?). Ao

contrário da inacreditável aceitação da “bruxaria” por alguns médicos da época,

recusa participar do embuste e, em parte por sua atuação, são perdoadas quatro

de sete “feiticeiras”. Curiosamente, recebe, em 1635, ordem real para fazer exame

necroscópico de indivíduo (Thomas Parr) considerado como tendo vivido 152

anos e nove meses. E, por comentários ulteriores, parece ter sugerido que o

centenário poderia até viver mais tempo caso tivesse permanecido em sua terra

natal e não se transferido para o ambiente mais sofisticado de Londres.

Em 1628, portanto aos 50 anos de idade, publica sua obra máxima “Exercitatio

anatomica de motucordis et sanguinis in animalibus” , na qual expõe, em conjunto,

suas observações conclusivas sobre a dinâmica da circulação sanguínea, já

objeto de notes iniciais e de conceituações básicas em Lumleian Lecture de

período bem anterior (16 de abril de 1616). Tratava-se de pequeno volume,

com 72 páginas, escrito em latim e impresso em Francoforte. William descobriu

o SAnguE │ unidAdE i

Houve uma época em que a hematologia representava um empreendimento puramente

laboratorial, preocupada com a quantificação dos elementos figurados do sangue.

Nos últimos 50 anos, porém a hematologia tornou-se uma ciência ampla na busca de

compreensão da fisiologia e da patologia do sistema hematopoiéticos que emprega

métodos de disciplinas cientificas tão diversas como a bioquímica, imunologia, biologia

celular e molecular, genética e medicina nuclear.

De um modo geral, a hematologia é a área da medicina que tem como função o

estudo do sangue bem como seus distúrbios e doenças. Dentro deste contexto, é de

responsabilidade da hematologia, o estudo dos elementos figurados do sangue, a

hemostasia sanguínea, processos de coagulação, além de estudar os órgãos geradores

das células sanguíneas. A área foi batizada como Hematologia para significar “estudo

do sangue”, remetendo a estes três componentes.

Cada um deles possui uma quantidade mínima e máxima considerada saudável no

organismo. Qualquer falta ou sobra significa que algo está errado, e o objetivo da

especialidade é justamente, entre outras coisas, descobrir que a imuno-hematologia

por sua vez, constitui uma especialidade dentro da imunologia que estuda os antígenos

eritrocitários, plaquetários, leucocitários e anticorpos correspondentes aos antígenos

celulares. Tal estudo, é imprescindível na formação de técnicos e responsáveis por

laboratórios, sendo de grande relevância para os laboratórios clínicos e para a medicina

transfusional. O hematologista é o responsável pelos exames relacionados e estudos

sobre o sangue. A área da Hematologia concentra-se basicamente em laboratórios,

pois o trabalho é iniciado apenas quando o médico percebe algo de diferente em algum

paciente e o encaminha para exames de sangue.

O metabolismo dos tecidos e fluídos biológicos é um campo em ascensão.

A análise dos metabólitos presentes nos principais fluidos corporais tem um

importante papel devido à capacidade de informar quanto ao estado geral

do metabolismo. Ademais, modificações em determinados parâmetros do

metabolismo tecidual podem ser valiosas para o diagnóstico de doenças.

O sangue humano é divido em três tipos de células, e cada uma delas

desempenha uma função: os glóbulos brancos ou leucócitos, que realizam

a defesa do organismo contra agentes invasores, as plaquetas, que fazem a

coagulação no caso de feridas, e os glóbulos vermelhos, também conhecidos

como hemácias, que carregam proteína para nutrir o corpo e deixam o sangue

com a coloração avermelhada.

O sangue é um tecido fluído, formado por uma massa heterogênea de células

diferenciadas, suspensas em meio líquido. Em geral, o volume total de sangue para a

unidAdE i │ o SAnguE

maioria dos mamíferos é de aproximadamente 7 a 8% do peso corporal total.(figura

1) O sangue total é composto por 45% glóbulos vermelhos (hemácias) 1% de glóbulos

brancos (leucócitos) e cerca de 0,17% de plaquetas (Figura 2 e 3). A parte líquida

do sangue denomina-se plasma cerca de 92% de água, e o restante completa-se por

proteínas complexas incluindo os fatores de coagulação, enquanto que o plasma sem

os fatores de coagulação denomina-se o soro.

A figura 2, demonstra a exata composição do sangue: o sangue equivale a cerda de 8%

do peso corporal, sendo os outros 92% é composto por outros fluídos e tecidos. Dos

8% do sangue, 55% de plasma e 45% compõe os elementos sanguíneos. A composição

do plasma é feita por cerca de 7% de proteínas (54% de Albumina, 38% de globulinas,

7% de fibrinogênio e 1% de outras proteínas) 91,5% de água e 1,5% de outros

componentes (como eletrólitos, nutrientes ,gases etc). A composição dos elementos

figurados resume-se em células vermelhas, plaquetas e células brancas subdivididas

em neutrófilos (60 a 70%), linfócitos (20 a 25%), monócitos (3 a 8%) eosinófilos (2 a

4%) e basófilos (0,5 a 1%).

Figura 2. Elementos figurados do sangue.

Figura disponível em: < http://intranet.tdmu.edu.ua/data/kafedra/internal/normal_phiz/classes_stud/en/stomat/2%20course/2% Cycle%20physiology%20of%20blood/01%20physiology%20of%20blood,%20leukocytes,%20blood%20types.htm>.

unidAdE i │ o SAnguE

Figura 3. Hematopoiese : a origem das células sanguíneas.

Figura disponível em: Adimimy,2008.

Para melhor entendimento da figura segue a tradução:

Os spongieux: parte esponjosa do osso;

Os compact: Parte compacta do osso;

Cavité medullare cavidade medular;

Auto-renouvellement: auto-renovação;

Cellule Souche hematopoïétique pluripotente: célula hematopoiética precursora

pluripotente (célula tronco);

Cellule Souche hematopoïétique différeciée: célula hematopoiética precursora

diferenciada;

Cellule progéniteur lymphoïde: célula progenitora da linhagem linfoide dando origem

a linfócitos (Lymphocytes) T e B;

o SAnguE │ unidAdE i

CFU-E: unidade formadora de colônias de eritrócitos (Erytrocytes);

CFU-Mk: unidade formadora de colônias de Megacariócitos e Plaquetas (Mégacariocytes

e Plaquettes);

CFU- GM: unidade formadora de colônias de Granulóciticas e Monóciticas que dará

origem a Neutrófilos e Monócitos( Neutrophiles e Monocytes);

CFU-Eo: unidade formadora de colônias de Eosinófilos (Eosinophiles);

CFU-Baso: unidade formadora de colônias de Basófilos (Basopliles).

Células Sanguíneas

Figura 4. Apresentação das células sanguíneas.

Figura disponível em: http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_14/cap_152.html.

o SAnguE │ unidAdE i

A capacidade de fagocitose dos eosinófilos é relativamente fraca quando comparada a

outras células fagocíticas. Essas células são efetivas na resposta imune contra infecções

causadas por parasitas extracelulares, incluindo os helmintos. Em indivíduos com

infecções por parasitas há um aumento significativo na produção de eosinófilos, que

migram para os tecidos acometidos.

Além disso, essas células participam ativamente das respostas imunes geradas em

processos alérgicos, estando em abundância em infiltrados inflamatórios das reações

de fase tardia. Essas células encontram-se normalmente nos revestimentos de mucosa

do trato respiratório, gastrointestinal e genitourinário. Na presença de um estímulo, os

eosinófilos migram para os locais de infecção helmíntica ou para as regiões com reações

imunes de fase tardia e se tornam ativados.

neutrófilos

Os neutrófilos, leucócitos polimorfonucleares ou segmentados são as células mais

abundantes entre os leucócitos, correspondendo cerca de 50 a 70% dos leucócitos

circulantes. A função característica dessas células é a capacidade de fagocitar partículas

estranhas, principalmente bactérias, que invadem o organismo. Fazem parte da

imunidade inata, sendo o principal tipo celular que medeia respostas inflamatórias

agudas a infecções bacterianas.

Os neutrófilos são células esféricas com 12 a 15 μ de diâmetro, apresentam núcleo

segmentado em três a cinco lóbulos conectados e grânulos citoplasmáticos pequenos

corados fracamente em púrpura avermelhado, visto que não se coram fortemente com

corantes ácido nem básico.

A maioria das granulações dos neutrófilos são do tipo secundárias e são compostas

por enzimas como lisozima, colagenase e elastase. Os neutrófilos também apresentam

granulações denominadas azurófilos, que são lisossomos com enzimas microbicidas.

Uma forma mais imatura dos neutrófilos que também pode ser encontrada no sangue

periférico são os bastonetes, precursores dos neutrófilos. Correspondem a cerca de 10%

do total de células segmentadas e a 5 a 6% do total de leucócitos.

Monócitos/Macrofágos

O macrófago é uma célula mononuclear fagocitária com origem na medula óssea a partir

da mesma célula precursora dos granulócitos. A célula precursora dos macrófagos se

diferencia em monoblasto que se diferencia em promonócito e então em monócito.

O monócito é a primeira célula da linhagem mononuclear a atingir o sangue periférico.

unidAdE i │ o SAnguE

Entretanto, essa célula ainda está em um estado imaturo e tem, portanto pouca

capacidade de combater agentes agressores. São células com núcleo em ‘’forma de

feijão’’ e citoplasma com grânulos finos contendo lisossomos, vacúolos fagocíticos e

filamentos citoesqueléticos.

Quando os monócitos são recrutados para o local acometido por infecção, imediatamente

após sua entrada no tecido elas se tornam macrófagos. Estimuladas, essas células

amadurecem, aumentam seu volume e se tornam fagocitar agentes estranhos. Os

macrófagos podem apresentar diferentes formatos, o que é um pouco dependente do

tecido que se encontram e do seu estado funcional. De forma geral, apresentam núcleos

grandes, vesiculosos e em formato de ferradura, sem nucléolos visíveis e citoplasma

rico em granulações Além disso, os macrófagos recebem diferentes denominações,

variando conforme o tecido que habitam.

linfócitos

Durante a hematopoese ocorre à diferenciação de todas as linhagens. No decorrer desta

diferenciação, as células apresentam marcadores intracelulares e de superfície que

caracterizam o grau de maturação de cada uma destas células. Estes marcadores a estas

moléculas damos o nome de CD (Cluster Designation = denominação de grupamento)

Figura 5. Atualmente existem dois tipos de linfócitos divididos em subtipos: os linfócitos

T, e os linfócitos B. Os linfócitos T têm sua fase de maturação final no timo e atua na

imunidade adaptativa do tipo celular auxiliando na imunidade humoral. O timo surge

por volta da sétima semana de gestação, e é local de maturação para linfócitos T. A

hipoplasia ou até mesmo a ausência de timo tem como resultado a deficiência ou ausência

de linfócitos.

Figura 5. Maturação de linfócitos t.

Figura disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842001000200010&script=sci_arttext>.