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empreendorismo contrução de empresas, Notas de estudo de Análise de Redes

para quem quer empreender nos seus negócios.

Tipologia: Notas de estudo

2019

Compartilhado em 06/10/2019

leanderthon-carlos
leanderthon-carlos 🇧🇷

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Empreendedorismo e Ofi cina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem
da modernidade para a pós-modernidade e a
emergência da atitude empreendedora
OS ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO
Historicamente, verifi cou-se que foi a Grã-Bretanha um dos
primeiros países a considerar a importância dos pequenos negócios no
crescimento econômico. Em 1919, logo após a Primeira Guerra Mun-
dial, foram realizados os primeiros estudos nessa área. Uma pesquisa
realizada entre 1930 e 1970 evidenciou que os pequenos negócios se
desenvolviam nos nichos em que as economias de escala não atuavam
e que sua existência estava vinculada à existência de empreendedores
e de um ambiente favorável (DORNELAS, 2001). As conclusões desse
estudo mostraram que, no início do século XX, os mais aptos para iniciar
negócios eram do sexo masculino, de meia-idade ou pouco antes de se
aposentarem, casados, tendo um dos pais, ou ambos, proprietários de
algum negócio. Além dessas características, o perfi l do empreendedor
indicava algum estudo e ascendência originária do continente indiano
ou dos países mediterrâneos. Segundo Filion (1999), esse fato destaca a
ligação do empreendedor com a inovação, traço dominante em muitos
estudos realizados, principalmente elaborados por economistas.
Mais recentemente, a partir de 1997, a atividade empreendedora
tem sido objeto internacional de estudo. Há pesquisas coordenadas pelo
Babson College (EUA) e pela London Business School (Inglaterra) e têm sido
divulgadas pelo GEM, em relatórios anuais de âmbito mundial e nacional.
O Brasil tem participado dessa pesquisa desde o ano 2000, quando se
destacou por ser o país mais empreendedor do mundo. Até a última ver-
são do relatório em 2007, continuamos ocupando posições privilegiadas
entre os dez países de maior atividade empreendedora mundial.
A pesquisa do GEM tem como objetivo “investigar o intrincado
e complexo relacionamento entre empreendedorismo e crescimento eco-
nômico”, e de “transformar-se em um empreendimento multinacional
de longo prazo”, tendo em vista que existe um objetivo comum entre os
países estudados: o desafi o de “facilitar a atividade empreendedora e, por
consequência, o crescimento econômico nacional (GEM, 2000, p. 1).
O programa de pesquisa do GEM está baseado em um modelo
conceitual que considera os mecanismos causais que interferem no
crescimento das economias locais. Busca explicar por que algumas
economias crescem mais que outras. O modelo presume um ambiente
de relativa estabilidade política, social e histórica, e considera duas
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Empreendedorismo e Oficina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem da modernidade para a pós-modernidade e a emergência da atitude empreendedora

OS ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO

Historicamente, verificou-se que foi a Grã-Bretanha um dos primeiros países a considerar a importância dos pequenos negócios no crescimento econômico. Em 1919, logo após a Primeira Guerra Mun- dial, foram realizados os primeiros estudos nessa área. Uma pesquisa realizada entre 1930 e 1970 evidenciou que os pequenos negócios se desenvolviam nos nichos em que as economias de escala não atuavam e que sua existência estava vinculada à existência de empreendedores e de um ambiente favorável (DORNELAS, 2001). As conclusões desse estudo mostraram que, no início do século XX, os mais aptos para iniciar negócios eram do sexo masculino, de meia-idade ou pouco antes de se aposentarem, casados, tendo um dos pais, ou ambos, proprietários de algum negócio. Além dessas características, o perfil do empreendedor indicava algum estudo e ascendência originária do continente indiano ou dos países mediterrâneos. Segundo Filion (1999), esse fato destaca a ligação do empreendedor com a inovação, traço dominante em muitos estudos realizados, principalmente elaborados por economistas. Mais recentemente, a partir de 1997, a atividade empreendedora tem sido objeto internacional de estudo. Há pesquisas coordenadas pelo Babson College (EUA) e pela London Business School (Inglaterra) e têm sido divulgadas pelo GEM, em relatórios anuais de âmbito mundial e nacional. O Brasil tem participado dessa pesquisa desde o ano 2000, quando se destacou por ser o país mais empreendedor do mundo. Até a última ver- são do relatório em 2007, continuamos ocupando posições privilegiadas entre os dez países de maior atividade empreendedora mundial. A pesquisa do GEM tem como objetivo “investigar o intrincado e complexo relacionamento entre empreendedorismo e crescimento eco- nômico”, e de “transformar-se em um empreendimento multinacional de longo prazo”, tendo em vista que existe um objetivo comum entre os países estudados: o desafio de “facilitar a atividade empreendedora e, por consequência, o crescimento econômico nacional (GEM, 2000, p. 1). O programa de pesquisa do GEM está baseado em um modelo conceitual que considera os mecanismos causais que interferem no crescimento das economias locais. Busca explicar por que algumas economias crescem mais que outras. O modelo presume um ambiente de relativa estabilidade política, social e histórica, e considera duas

AULA

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Nesse modelo, apresentam-se, de um lado, as condições nacionais gerais , que englobam todo o ambiente externo ao desenvolvimento de empreendimentos (governo, tecnologia, mercados, infraestrutura etc.) que são base do inter-relacionamento entre grandes e pequenas empresas, resultando em crescimento econômico. De outro lado, temos as Condições para o empreendedorismo , representando o ambiente empresarial em si, a existência e percepção de oportunidades, a capacitação e motivação empreendedora e todas as demais variáveis diretas que afetam o empre- endedorismo (apoio financeiro, formação e treinamento, barreiras de mercado, acesso à tecnologia e às informações etc.). A ativação dessas condições resulta na dinâmica dos negócios, contribuindo para a geração de novas empresas e empregos.

CONTEXTO SOCIAL, CULTURAL E POLÍTICO

Condições nacionais gerais

Condições para o empreendedorismo

Grandes empresas

Micro, pequenas e médias empresas

Oportunidade para o empreendedorismo:

  • Existência
  • Persistência

Capacidade empreendedora:

  • Capacitação
  • Motivação

Crescimento econômico (PIB e empregos)

Dinâmica dos negócios (empresas e empregos):

  • Nascimentos
  • Expansão
  • Retração

fontes primárias diferentes e complementares, de progresso econômico e formação do contexto social, cultural e político das nações, e pode ser representado a seguir:

Figura 3.1: Modelo conceitual do GEM. Fonte: www.gemconsortium.org (2002, p. 53).

AULA

^3

os empreendedores “sentem-se forçados a iniciar seus próprios negócios porque inexistem quaisquer outras opções de trabalho ou porque as existentes são insatisfatórias (GEM, 2002, p. 20). Os relatórios GEM apuram dados demográficos principalmente por meio de três medidas com as quais se pretende estabelecer os níveis de empreendedorismo mundial de cada país. Esses indicadores reúnem pessoas que desenvolvem atividades empreendedoras e que têm perfil (idade, sexo, escolaridade etc.) semelhante. As medidas são (GEM, 2001, p. 10-11):

  • Taxa de empresas nascentes – relacionada a empreende- dores que, no último ano (12 meses), estavam sozinhos e tentavam iniciar um novo negócio, que fizeram algo concreto para ativar esse negócio ou tiveram a intenção de ser proprietários de parte ou do total desse negócio e, ainda, que esse negócio não tenha pago remuneração salarial, nem mesmo aos proprietários, por mais de três meses.
  • Taxa de novas empresas – relacionada àqueles que, no último ano, vêm administrando ou são proprietários (total ou parcialmente) de um negócio, sendo que este negócio tenha sido iniciado a partir de 1998, não gerando remunerações por mais de três anos e meio, nem mesmo aos proprietários.
  • Taxa da atividade empreendedora total (TAE) – é a soma das medidas anteriores, só que as ocorrências nos dois casos são computadas apenas uma vez. Por ter essa consideração geral, é tida como a principal medida de empreendedorismo no mundo.

A relação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico se mostrou signifi cativa. Segundo o relatório de 2000, com algumas exceções, “países com altos índices de atividade empreendedora apre- sentam crescimento econômico acima da média”, assim como “poucos países com crescimento econômico elevado apresentaram taxas de baixa atividade empreendedora” (GEM, 2000, p. 2). Já em 2002, é ressaltada

Empreendedorismo e Oficina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem da modernidade para a pós-modernidade e a emergência da atitude empreendedora a importância de se olhar os dados com cautela, pois são necessários alguns anos de estudo para se ter constatação dos reais mecanismos geradores dos fenômenos de crescimento econômico. Apesar dessas colocações, é necessário lembrar-se de que as vari- áveis que envolvem o crescimento econômico são bastante complexas e multifacetadas. Segundo o relatório de 2002, o crescimento de uma economia local pode originar-se de várias fontes, dentre elas a formação de negócios e a participação nas exportações. As pesquisas apresentam resultados diferentes quando se relacionam à atividade empreendedora e ao nível de crescimento econômico, mostrando países (como o Brasil) com alto nível de atividade empreendedora e baixo volume de crescimen- to econômico, assim como países com a realidade exatamente oposta. Estes parâmetros mostram que a ocorrência de atividade empreendedora “indica que mudanças na estrutura econômica e nos processos de merca- do que contribuem para o crescimento econômico podem ocorrer mais rapidamente quando um setor empreendedor está disposto a implantar tais mudanças” (GEM, 2002, p. 33). Para melhor análise do impacto da atividade empreendedora sobre o crescimento econômico, é necessário que sejam reunidos mais dados, referentes a um número maior de países estudados e por um período mais longo. As pesquisas do GEM vêm sofrendo adaptações metodológicas a cada ano, sempre fundamentadas no modelo inicial do projeto, buscando refinar a geração de informações, mais claras e específicas, para amparar a tomada de ações governamentais e tentar garantir um melhor desen- volvimento econômico mundial. De qualquer forma, essas informações só gerarão resultados se dados locais forem analisados pelos governos e instituições locais para, assim, resultarem na formalização e implementação de políticas que promovam as atividades empreendedoras sustentáveis.

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O Brasil tem sofrido os reflexos do contexto mundial, assim como de todo um processo de mudança política e econômica interna. Apesar de buscar a superação de uma série de momentos econômicos negativos e ter conquistado certa estabilização da economia, tem, ainda, problemas acentuados e preocupantes no âmbito social, como o desemprego e a miséria (DOLABELA 1999 e 2003; GEM, 2001, 2002 e 2003).

Empreendedorismo e Oficina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem da modernidade para a pós-modernidade e a emergência da atitude empreendedora A Softex foi criada com vistas a auxiliar as empresas de software do país – em boa parte, microempresas – a chegar ao mercado interna- cional com vistas à maior capacitação tecnológica. A partir do início de 2000, surgem muitas outras iniciativas. Podemos destacar algumas, conforme Dornelas (2001, p. 25-26):

  • Criação do programa Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae, além do programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido a capacitar mais de 1 milhão de empreendedores em todo o país e destinando recursos fi nanceiros a esses empreendedores, totalizando investi- mentos em torno de oito bilhões de reais. O Empretec foi lançado em 1988 pela ONU, implantado no Brasil em 1990 e, desde agosto de 1993, executado pelo Sebrae. O Empretec consiste no desenvolvimento do Treinamen- to para a Motivação da Realização (TMR), atualmente implantado em mais de 30 países.

O Empretec é um seminá- rio que tem por objetivo desenvolver nos participantes características de comporta- mentos empreendedores. O programa foi desenvolvi- do pela Organização das Nações Unidas (ONU) visando ao fortalecimento dessas características empreendedoras. O par- ticipante deverá primeiro identificar seu potencial empreende- dor, verificar quais são seus pontos fortes e fracos, trabalhando esses pontos por meio do aprendizado das dez características tais como: busca de oportunidade e iniciativa, persistência, correr riscos calculados, comprometimento com o cliente, entre outras. Fonte: http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/ educacao/empretec/default.asp em 03.04.2009.

AULA

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  • Generalizam-se os cursos e programas oferecidos pelas universidades brasileiras para o ensino do empreende- dorismo. Entre eles, destacam-se o programa Engenhei- ro Empreendedor, que capacita alunos de graduação em Engenharia de todo o país, e também o programa Reune, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI ), difundindo o empreendedorismo nas escolas de ensino superior do país.
  • Outro programa nessa linha é o Programa Técnico Empre- endedor, uma iniciativa recente que envolve a cooperação técnico-institucional e financeira entre MEC e Sebrae com vistas ao desenvolvimento e à implementação de uma modalidade de educação profissional cujo foco é a gera- ção empreendedora de ocupação e renda. Um dos passos do programa é a capacitação e certificação de docentes dos Centros de Educação Profissional, em todo o país, com base nos pressupostos básicos do empreendedoris- mo, bem como a implantação de unidades avançadas do Sebrae nesses Centros (COLBARI, 2008, p. 10).

Pesquise no Google a palavra-chave “empreendedorismo” e veja quantos estudos e quantas organizações se ocupam desse assunto; você ficará surpreso. Entre no site do Sebrae – www. sebrae.com.br – e conheça os programas e cursos que nacio- nalmente são oferecidos aos microempresários e pequenos empresários, além das pesquisas que disponibiliza. Conheça, também, as pesquisas realizadas pelo GEM. Outra sugestão: pelo Google, localize a Revista de Adminis- tração em Debate (do Conselho Regional de Administração

  • CRA) nº 1. Encontre a dissertação de Marco Aurélio Campos de Queiroz, mestre no Programa de Pós-Graduação em Ges- tão e Estratégia em Negócios da UFRRJ, que conquistou o 2º lugar do Prêmio Belmiro Siqueira, com o tema “Repensando o Empreendedorismo: Necessidade ou Vocação? Uma Análise a Partir do Cadastro Central de Empresas do IBGE”.

AULA

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Figura 3.2: Distribuição percentual do número de empresas, segundo as faixas de pessoal ocupado total – Brasil – 2005. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas, 2005.

2,6% 0,5% 13,9%

83,0%

100 pessoas e mais

0 a 4 pessoas (^) 5 a 19 pessoas

20 a 99 pessoas

38,9%

22,6%

17,5%

21,0%

100 pessoas e mais

0 a 4 pessoas 5 a 19 pessoas

20 a 99 pessoas

Figura 3.3: Distribuição percentual do pessoal ocupado total nas empresas, segundo as faixas de pessoal ocupado total – Brasil – 2005. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas, 2005.

Empreendedorismo e Oficina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem da modernidade para a pós-modernidade e a emergência da atitude empreendedora Até 2001, ainda segundo pesquisas do IBGE (2003), existiam 2.044.566 pequenas e microempresas no Brasil (sendo 1.252.611 empre- sas comerciais e 791.954 prestadoras de serviços), distribuídas em todo o território nacional, na proporção de 55% na região Sudeste, 22% no Sul, 14% no Nordeste, 6% no Centro-Oeste e 1% no Norte. Essas empresas ocuparam 7.290.568 pessoas, gerando R$ 27.979.568,00 de remunerações e uma receita líquida operacional de R$ 168.245.562,00. Já dados da Caixa Econômica Federal (SANÁBIO, 2001) demonstram que as pequenas e microempresas detêm 98% dos pontos comerciais estabelecidos, absorvem 60% da força de trabalho e 42% da massa salarial. Apesar do papel de destaque do empreendedor brasileiro no âmbi- to socioeconômico, verifica-se que a realidade da economia brasileira apresenta altos índices de mortalidade das empresas emergentes, princi- palmente das pequenas e microempresas. Segundo dados do Sebrae, no período de 2000 a 2002, 49,4% das empresas encerram suas atividades com até dois anos de existência, 56,4% com até três anos e 59,9% não sobrevivem além dos quatro anos (Sebrae – www.sebraerj.com.br, 2004). É possível que as causas de tal desequilíbrio localizem-se, ao menos parcialmente, no desconhecimento, pelos pequenos empresários, dos mecanismos de gestão, ou a não utilização desses instrumentos de gestão disponíveis. Ainda segundo dados do Sebrae, 50% dessas empresas não planejam suas vendas; 45% não usam sistemas de custeio; 85% não adotam estratégias de marketing; 80% não treinam seu pessoal e 90% não utilizam recursos de informática (DOLABELA, 1999b). Estudos de Zacharakis, Meyer e DeCastro (1999) apontam que uma empresa pode encerrar suas atividades por uma combinação de fatores internos e exter- nos. Os fatores internos correspondem à falta de habilidade gerencial, fraca gestão estratégica, falta de capitalização, falta de visão, falha no design do produto, falha na competência pessoal básica, fraca utiliza- ção de capital de terceiros e falha no tempo de fabricação de produtos. Entre os fatores externos estariam, por exemplo, a baixa cooperação dos acionistas e problemas nas condições externas de mercado. Os autores constataram, por meio de entrevistas, tendência mais forte em localizar os problemas nos fatores internos que são os fatores de gestão.

Empreendedorismo e Oficina de Negócios | As mudanças organizacionais em face da passagem da modernidade para a pós-modernidade e a emergência da atitude empreendedora

A ideia proposta nesta aula foi mapear as razões que justificam a emergência do empreendedorismo nos tempos atuais. Quais as lições que tiramos de toda essa conversa? A passagem da economia industrial para a economia pós-industrial carrega consigo a imposição de novas formas de trabalho e a perda considerável de postos de emprego. De outra parte, a concorrência internacional e a expansão gigante dos mercados pressionam as empresas no sentido de melhorar o desempenho para se manter no mercado. Com isso, mesmo aos trabalhadores de emprego formal é exigido um novo perfil com características empreendedoras. Talvez essa seja a questão nodal, quer dizer: a estrutura de trabalho gerada pela economia pós-industrial entrega o trabalhador a ele mesmo por sua formação e desempenho. O Brasil ocupa um dos primeiros lugares no cômputo das nações pesquisadas, quanto ao espírito empreendedor, porém os estudos do GEM indicam que o empreendedorismo por necessidade é ainda a estratégia mais utilizada no Brasil. Significa que há grandes contingentes de pessoas sem

R E S U M O

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Resposta Comentada Apesar de o brasileiro apostar em um novo negócio por necessidades pessoais, a decisão de abrir um negócio tem sido cada vez mais embasada em conhecimento e inovação. Porém ainda predomina sobre o empreendedor a premência de sair de uma situação crítica em vez de se organizar para construir um futuro melhor. Essa é uma questão para- doxal, que vai exigir maior profissionalização e criatividade por parte dos empreendedores, no sentido de assegurar que seus empreendimentos busquem novas oportunidades, e não apenas que existam por uma questão de sobrevivência.

AULA

^3 trabalho ou que estão na economia informal em busca de saída e menos pessoas que pretendem inovar por meio de novos negócios e ideias. O empreendedorismo, como campo de estudo e de aprendizado, viabiliza a formação de novos iniciantes com melhor qualidade e preparo para o campo das decisões. Como você deve ter notado, o assunto é complexo. Não deve ser tratado de forma superficial ou como receituário. Não se pretendeu, nesta aula, dar conta de todas as questões relacionadas ao empreendedorismo e que merecem, forçosamente, um estudo mais fundo. As portas ficam abertas para você continuar essa discussão tão necessária quanto importante.

INFORMAÇÃO SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, vamos estudar as organizações como organismos vivos.