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ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO, Teses (TCC) de Semiologia

ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO: contribuições para o ensino de Fundamentos de Enfermagem

Tipologia: Teses (TCC)

2019

Compartilhado em 27/08/2019

raquel-alves-moreira
raquel-alves-moreira 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
VINICIUS RODRIGUES DE SOUZA
ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO: contribuições para
o ensino de Fundamentos de Enfermagem
Niterói - RJ
2014
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Baixe ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO e outras Teses (TCC) em PDF para Semiologia, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

VINICIUS RODRIGUES DE SOUZA

ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO: contribuições para o ensino de Fundamentos de Enfermagem

Niterói - RJ 2014

VINICIUS RODRIGUES DE SOUZA

ELABORAÇÃO DE UM CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO: contribuições para o ensino de Fundamentos de Enfermagem

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Graduação de Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Enfermeiro e Licenciado em Enfermagem.

Orientadora: Profª Drª Gisella de Carvalho Queluci

Niterói-RJ 2014

VINÍCIUS RODRIGUES DE SOUZA

CHECK-LIST DE EXAME FÍSICO: contribuições para o ensino de Fundamentos de Enfermagem

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Enfermeiro e Licenciado em Enfermagem. Aprovado em 02 de junho de 2014.

BANCA EXAMINADORA


Prof. Drª. Gisella de Carvalho Queluci - Orientadora Universidade Federal Fluminense


Profª. Drª Euzeli da Silva Brandão – 1ª Examinadora Universidade Federal Fluminense


Profª. Drª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho - 2ª Examinadora Universidade Federal Fluminense

Enfº Espec. Josemar Ferreira Junior – Suplente

Niterói – 2014

RESUMO

Introdução: O exame físico compreende a inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta, o olfato e o uso de alguns instrumentos e aparelhos simples. Este estudo teve como objeto a aplicação de um check list de exame físico em clientes hospitalizados para alunos de fundamentos de enfermagem. Objetivos : Geral : Analisar a aplicação de um check list de exame físico pelos alunos de Fundamentos de Enfermagem; Específicos : Elaborar um check list para realização de exame físico pelos alunos de Enfermagem; Comparar a realização do exame físico com e sem o uso do check list; Avaliar junto aos alunos se o check list facilitou a realização do exame físico. Método : Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, onde o cenário foi o setor de Clínica Cirúrgica Masculina do Hospital Universitário Antônio Pedro. Comitê de Ética aprovado pelo respectivo hospital com parecer número 645.988. Como participantes do estudo foram selecionados 19 alunos, sendo 10 do grupo intervenção e 09 do controle durante Ensino Teórico Prático da disciplina de Fundamentos de Enfermagem II. Para a coleta de dados, os alunos foram divididos em dois grupos: um grupo portando o instrumento de check list sobre exame físico, e o outro grupo realizou o procedimento apenas com os conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica. O grupo controle respondeu um questionário que abordou questões de avaliação do exame físico, como conhecimento de técnicas propedêuticas, segurança na abordagem do cliente e realização do procedimento, bem como sugestões para facilitar o ensino desse tema. Para análise dos resultados comparamos o exame físico executado pelos alunos que utilizaram o check list com aqueles que se favoreceram apenas com o conhecimento prévio, e o executaram sem o auxílio do instrumento. Além disso, um questionário sobre o check list utilizado foi elaborado para avaliar o conhecimento dos alunos acerca do exame físico e a utilização do check list na melhora do aprendizado. Resultados e Discussão : Identificamos um maior interesse pelos alunos nos procedimentos técnicos, que demandam destreza manual e um foco maior de atenção. De todas as áreas do corpo, o exame do abdômen foi o que mais se destacou devido ao grande número de alunos que deixaram de fazer ou realizaram de forma incorreta. A dificuldade apresentada pelos alunos, na maioria dos casos, foi a ordem da propedêutica correta no abdômen. Na avaliação dos questionários preenchidos pelos alunos, verificamos que grande parte não se considera seguro e preparado para a realização da técnica. Além disso, os alunos mostraram através de suas respostas que o uso do check list de exame físico acrescenta de maneira satisfatória na facilitação e aprendizado da realização do procedimento. Conclusão : o check list de exame físico contribuiu satisfatoriamente para o ensino dos alunos, sendo um instrumento que favorece a qualidade da técnica de exame físico, sendo útil para uma correta avaliação e levantamento dos diagnósticos e prescrições de enfermagem.

Palavras chave : Enfermagem, Exame Físico, Ensino.

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO, p.
  • 1.1 MOTIVAÇÃO DO ESTUDO, p.
  • 1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO, p.
  • 1.3 QUESTÃO NORTEADORA, p.
  • 1.4 OBJETO DE ESTUDO, p.
  • 1.5 OBJETIVOS, p.
  • 1.6 JUSTIFICATIVA, p.
    1. REVISÃO DE LITERATURA, p.
    1. METODOLOGIA, p.
  • 3.1 TIPO DE PESQUISA, p.
    • 3.2 CENÁRIO DE ESTUDO, p.
    • 3.3 PARTICIPANTES DA PESQUISA, p.
    • 3.4 COLETA DE DADOS, p.
    • 3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS, p.
    • 3.6 ASPECTOS EGAIS, p.
    1. RESULTADOS E DISCUSSÕES, p.
    • 4.1 DADOS SUBJETIVOS, p.
    • 4.2 CABEÇA E PESCOÇO, p.
    • 4.3 TÓRAX, p.
    • 4.4 ABDÔMEN, p.
    • 4.5 MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES, p.
    1. INTERPRETAÇÕES DOS QUESTIONÁRIOS, p.
    • 5.1 CONHECIMENTO TEÓRICO SOBRE EXAME FÍSICO, p.
    • 5.2 CONHECIMENTO SOBRE AS TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS, p.
    • 5.3 CONHECIMENTO PRÁTICO SOBRE EXAME FÍSICO, p.
    • 5.4 SEGURANÇA NA IDENTIFICAÇÃO DE ANORMALIDADES, p. - p. 5.5 SUGESTÃO PARA MELHORA DE APRENDIZADO DO EXAME FÍSICO,
    1. CONCLUSÃO, p.
      • REFERÊNCIAS, p.
      • ANEXOS, p.
      • ANEXO A: APROVAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA, p.
      • ANEXO B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, p.
      • APÊNDICES, p.
      • APÊNDICE A: CHECK LIST DE EXAME FÍSICO, p.
      • DOS ALUNOS- GRUPO INTERVENÇÃO, p. APÊNDICE B: INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO

1. INTRODUÇÃO

1.1 - Motivação do estudo

A motivação para o presente estudo surgiu diante da percepção das dificuldades apresentadas pelos alunos de Fundamentos de Enfermagem II durante a realização do exame físico na prática assistencial; e da experiência como monitor por dois anos na disciplina, na qual acompanhei grupos de alunos, e percebi que muitos apresentavam fragilidades para a apreensão de conteúdos ministrados nas aulas teóricas. Diversos são os problemas observados, tais como: a má aplicabilidade de conceitos teóricos relacionados a realização do exame físico; o uso incorreto das técnicas propedêuticas; a dúvida em diferenciar sinais normais e anormais no corpo do cliente, além da grande insegurança dos alunos devido ao primeiro contato com o ambiente hospitalar e cuidado aos clientes. A abordagem deste tema tanto no plano da investigação quanto no âmbito da assistência hospitalar é de extrema importância, uma vez que o cuidado de enfermagem em clientes que necessitam de um cuidado de qualidade e de forma integral, tem o exame físico como uma importante avaliação para a identificação de diagnósticos de enfermagem para a implementação de cuidados.

1.2 – Contextualização

O exame físico compreende a inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta, o olfato e o uso de alguns instrumentos e aparelhos simples. Tais procedimentos dependem do desenvolvimento da coordenação psicomotora, bem como do desenvolvimento da sensibilidade do estudante no sentido de imaginar e sentir o cliente. Para tanto é fundamental um intenso treinamento prático em pessoas saudáveis e em clientes (PORTO, 2005, p 73). Segundo Barros (1997), o ensino do conteúdo sobre o exame físico exige conhecimentos integrados com as disciplinas de pré- requisito, como princípios de anatomia, fisiologia, patologia, biologia e microbiologia, e domínio dos métodos básicos necessários à realização desse exame. Segundo Porto (2005), constituem preliminares para um adequado exame físico os seguintes elementos: local adequado, iluminação correta e posição do cliente. Esta

posição poderá variar, sendo básica a posição de decúbito, a posição sentada e a de pé. Além disso, para ser estudada, a parte examinada deve estar descoberta, sempre respeitando o pudor do cliente. O exame físico requer conhecimento, atitude, habilidade e prática para reconhecer sinais e sintomas que tenham significado para a enfermagem e que expressem alterações do estado do paciente, constituindo um desafio para o enfermeiro, por envolver tanto aspectos técnico-científicos como relação interpessoal com o cliente (SANTIAGO, 2001). O processo de aprendizado para realizar um exame físico requer a repetição e esforço em um ambiente clínico. Após o domínio das técnicas de avaliação física básicas, o examinador pode modelar o exame de triagem rotineiro para incluir as avaliações completas de determinados sistemas, inclusive as manobras especiais (BRUNNER& SUDDARTH, 2008, p 64). No entanto, alguns artigos destacam as dificuldades que os docentes enfrentam para o ensino do exame físico, destacando-se a inexistência de uma disciplina específica para o ensino das bases propedêuticas, a carga horária insuficiente para o ensino do exame físico e o despreparo dos alunos nos conhecimentos das bases propedêuticas para aplicar na prática de campo (SOUZA, 1998). Durante o Curso de Graduação em Enfermagem, o acadêmico é treinado para realizar as técnicas de modo eficiente, avaliado e cobrado em relação à concretização desta meta. Durante este processo, suas reações psicológicas afloram através de sentimentos de insegurança, medo, respeito, passividade, incerteza. O primeiro estágio curricular que introduz o aluno na prática propicia ao graduando experimentar sentimentos ambivalentes: por um lado, ele iniciará o estágio e sentir-se-à, pela primeira vez, inserido na profissão; por outro ele experimentará a angústia relatada por colegas que já fizeram a disciplina (VALSECCHI, 2002). Neste sentido, o professor precisa se perceber como um facilitador no processo ensino-aprendizagem, e não somente como um profissional que irá transmitir o conteúdo, pois o professor é o maior responsável por determinar o tipo de interação que haverá entre ele e o aluno. Neste contexto, o aluno deve ser compreendido como aquele que precisa aprender e por isso, ser responsável pela sua aprendizagem. Resultados de estudo demonstram que o aluno espera ser ouvido e respeitado em suas opiniões, além

1.4 – Objeto do estudo

  • A aplicação de um check list de exame físico em clientes hospitalizados para alunos de fundamentos de enfermagem

1.5 – Objetivos

No que diz respeito aos objetivos, estes são abordados da seguinte forma:

Objetivo Geral:

Analisar a aplicação de um check list de exame físico pelos alunos de fundamentos de enfermagem.

Objetivos Específicos:

  • Elaborar um check list para realização de exame físico pelos alunos de Enfermagem;
  • Comparar a realização do exame físico com e sem o uso do check list;
  • Avaliar junto aos alunos se o check list facilitou a realização do exame físico.

1.6 – Relevância do estudo / Justificativa

Para que o enfermeiro em sua prática profissional possa realizar o exame físico, é preciso que o processo de ensino e aprendizagem privilegie a capacitação teórica e procedimental do graduando, no decorrer do curso de graduação. Carvalho (2006) diz que a entrada brusca dos alunos numa situação desconhecida é fator desencadeante de tensões e ansiedades e estes sentimentos interferem de modo negativo no aprendizado sendo imprescindível que o docente em campo de estágio esteja consciente disso e tenha atitudes de compreensão para com o aluno. Este universo de reações acontece, especialmente, no primeiro estágio curricular e gera ansiedade no aluno, além de uma situação desconfortável para o professor. De acordo com estudo realizado, a maioria dos alunos entrevistados expressa ansiedade com relação aos procedimentos técnicos e nos relacionamentos com o paciente e docente.

Percebemos a necessidade de propor estratégias de ensino para facilitar o processo ensino aprendizagem, levando o aluno a desenvolver a capacidade de observação e percepção dos fenômenos envolvidos no examinar do cliente. Diversos artigos mostram o uso da tecnologia como um aliado na transmissão de conhecimentos, através de um método inovador de educação que permite uma maior fixação do conhecimento por parte dos alunos. A didática perante o corpo docente deve estar a todo o momento em constantes transformações, tentando dessa forma sair de um modelo tradicional e antigo e avançar para inovações que permitirão um novo modo de ensinamento. A prática do exame físico vem sendo amplamente questionado por parte dos alunos e professores, visto ser um tema de suma importância para a prática do enfermeiro, mas ainda permanece com tantos erros e falhas. A área materno infantil é a que mais se tem abordado problematizações no ensino do exame físico. Durante a revisão integrativa, não foi encontrado nenhum artigo que abordasse a questão do ensino do exame físico em enfermagem fundamental, o que justifica o estudo em questão.

entre outros. No entanto, nas pessoas manifestam-se diferenciações anatômicas, fisiológicas e psíquicas, que as diferenciam, atribuindo-lhes especificidades. Quando se realiza a entrevista, o exame físico, o banho no leito ou qualquer que seja o cuidado prestado a um ciente consciente ou não, o seu corpo revela sinais e signos objetivos ou subjetivos.

O exame físico é imprescindível na prática profissional do enfermeiro, devendo ser realizado preferencialmente no sentido céfalo-caudal com uma revisão minuciosa de todos os segmentos e regiões corporais, utilizando os seguintes instrumentos: inspeção, palpação, percussão e ausculta (GAIDZINSKI E KIMURA, 1989, pag. 66-88).

Ao tocarmos uma pessoa, quebramos a barreira dos espaços impostos por ela, há uma exposição, uma vulnerabilidade. No entanto, o trabalho do enfermeiro é ético e terapêutico, não visa tornar as pessoas vulneráveis no intuito de constrangê-las, mas para que, o relacionamento dinâmico enfermeiro-paciente tenha finalidade terapêutica (ORLANDO, 2004). O acolhimento consiste na humanização das relações entre enfermeiros e usuários. O encontro entre estes sujeitos durante a consulta produz uma relação de escuta e responsabilização, a partir da qual são constituídos vínculos e compromissos que norteiam os projetos de intervenção e cuidado. Este espaço permite que o enfermeiro use de sua principal tecnologia, o saber, tratando o usuário como cidadão. O acolhimento constitui-se numa tecnologia leve para a humanização do atendimento (RAMOS, 2003). O profissional que realiza o exame físico não deve ser mero executor da técnica ou cumpridor de tarefas. É importante buscar uma relação interpessoal, na qual tem importância não só os conhecimentos do enfermeiro relativos à doença, como também aspectos humanísticos, éticos e sociais. Os profissionais de enfermagem têm muitas oportunidades de tocar o ciente de modo a transmitir expressões sentimentais que podem despertar no cliente reações agradáveis ou não, dependendo de sua cultura e valores. A atenção complexa ao cliente está presente em toda a interação com o enfermeiro, o que permite, durante o exame físico, a união da técnica semiológica e a parte tecnológica que são essenciais para o êxito do exame físico.

Segundo Merhy(1998), as tecnologias podem ser classificadas segundo a característica de sua instrumentalidade no contexto da saúde. A tecnologia dura é representada pelos equipamentos tecnológicos do tipo máquinas, normas e estruturas organizacionais. A tecnologia leve-dura envolve os saberes estruturados, ou seja, os princípios científicos que regem de certa maneira os equipamentos e seu uso. Já a tecnologia leve remete à tecnologia das relações, de encontros de subjetividades, de produção de vínculo, autonomia e o acolhimento. Esta se relaciona com o saber que as pessoas adquirem e se apropriam no modo de pensar e atuar sobre a saúde.

2.2 PROCESSO ENSINO - APRENDIZAGEM Durante o processo de ensino-aprendizagem do exame físico, são viáveis as junções dinâmicas entre as técnicas semiológicas, a subjetividade e os atravessamentos na clínica, desenvolvendo a tecnologia leve-dura. A técnica – composta da tecnologia – é um “conjunto de processos de uma arte; a maneira ou habilidade especial de executar ou fazer algo específico de determinada profissão”. No caso do exame físico de enfermagem, este envolve técnicas, manuais e instrumentais, que seguem embasamentos científicos, efetuadas por profissionais que construíram conceitos sobre este fazer, direcionado a pessoas (pacientes) com necessidades específicas, resultantes de um histórico de influências ambientais (FIGUEIREDO, 2006). O início da prática de enfermagem representa para o aluno uma vivência difícil e frustrante. Esse processo pode ser facilitado quando o iniciante identifica ajuda na interação com o professor (ANGELO, 1989). Os cursos da área de saúde são direcionados para um processo de ensino- aprendizagem centrado na competência profissional, deixando a desejar em aspectos críticos e afetivos para o desenvolvimento do aluno, não se constituindo em um processo de autoconstrução. Portanto, é dificultada ao acadêmico a possibilidade de reflexão sobre as suas experiências de vida (TEIXEIRA, 2004). Segundo Braga (2004), o professor deve estimular o interesse dos alunos, considerando os aspectos psicológicos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, pois tanto o professor como o aluno, revelam qualidades que facilitam a comunicação, mas também traços negativos que dificultam o relacionamento.

pelos meios de comunicação em massa, pelas empresas, pelas tecnologias da informação. Por isso atualmente questiona-se o espaço escolar como o único possível para a difusão cultural e a incorporação do conhecimento social produzido (PERES, 2004). Ressalta-se a necessidade de aprofundamento nestas questões referentes ao ensino do exame físico na graduação em enfermagem, a fim de contribuir para a construção da clínica de enfermagem considerando sua especificidade e dimensão transdisciplinar, rompendo, desta forma, com o modelo hegemônico na saúde. Esta compreensão da saúde enfoca o sujeito de modo contextualizado, enfatiza o trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, preconiza a relação entre a saúde e as condições biológicas, psicológicas, o contexto social e a produção de saberes e práticas.

3. METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

É uma pesquisa descritiva e possui uma abordagem qualitativa. O principal objetivo da pesquisa descritiva é apresentar características de determinada população ou acontecimento, ou ainda a relação das variáveis descobertas. Este grupo compreende, também, a investigação da opinião de uma população (FERREIRA, 1989).

3.2 – CENÁRIO DE ESTUDO O cenário da pesquisa será o setor de Clínica Cirúrgica Masculina, localizada no sexto andar do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). A escolha do setor se deve ao fato de ser um dos campos de ensino teórico prático utilizado pela disciplina de Fundamentos de Enfermagem II.

3.3 – PARTICIPANTES DA PESQUISA Participaram da pesquisa um grupo de 19 alunos durante o Ensino Teórico Prático da disciplina de Fundamentos de Enfermagem II, cursada durante o quarto período da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ Universidade Federal Fluminense (EEAAC/UFF).

3.4 - COLETA DE DADOS

A coleta de dados se deu no primeiro semestre do ano de 2014. No primeiro momento foi elaborado um check-list contendo todas as etapas de um exame físico, sendo possível a marcação de normalidades e anormalidades encontradas (apêndice A). A ideia principal do check list de exame físico utilizado pelos alunos foi de nortear as etapas desse procedimento, tentando contribuir dessa forma para um melhor aprendizado da assistência de enfermagem. Cabe ressaltar que a pesquisa contou com dois grupos de alunos. Um grupo realizou o exame físico portando o instrumento de check list sobre exame físico, e o