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Principais doenças sistêmicas dos suínos (resumo)
Tipologia: Notas de estudo
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Doenças sistêmicas são aquelas que determinam alterações patológicas em diversos órgãos do organismo, ao mesmo tempo. Causam sérios danos à saúde dos animais, as doenças sistêmicas podem ou não acometer o sistema nervoso, causando a morte dos animais quando não tratada. Porém alguns podem atingir determinados órgãos sem afetar outros, ou atingir órgãos com maior intensidade do que outro. As principais doenças são:
Esta doença foi diagnosticada no Brasil no ano 2000. Desde então ela ocorre de forma endêmica na suinocultura, afetando principalmente leitões no final da fase de creche e no primeiro mês de crescimento. A mortalidade geralmente fica entre 3% a 10%, mas pode atingir até 35%. No Brasil, ainda não existem estudos para verificar a frequência da doença em regiões ou mesmo no País. Atualmente, é a doença que causa maior impacto econômico na suinocultura brasileira. Estimativas baseadas em dados não publicados apontam uma frequência da doença em 62,05% das creches e 66,75% das terminações de granjas tecnificadas, com taxas de mortalidade variando de 2% a 10%. Além disso, a circovirose por ser uma doença imunossupressora deixa os suínos mais vulneráveis a outros agentes que provocam doenças respiratórias e entéricas, aumentando os prejuízos.
Ainda não existe um consenso sobre o nome a ser usado no Brasil para descrever a forma principal de apresentação clínica da infecção pelo circovírus (definhamento). A primeira descrição do circovírus foi em 1964, o agente foi encontrado como contaminante de cultivos celulares PK15. Descrição: É um vírus pequeno, de aproximadamente 17 nanômetros. O genoma é composto de DNA, em forma de fita circular. Existem três vírus reconhecidos nesse grupo: vírus da anemia infecciosas das galinhas, vírus da doença das pernas e bico dos psitacídeos e o circovírus suíno. Uma característica comum a todos é o ataque ao tecido linfóide, resultando em imunodepressão.
A doença já foi descrita na maioria dos países em que a suinocultura apresenta importância. No Brasil, o primeiro registro foi de Zanella et al., 2002, em 20 leitões entre 5 a 12 semanas de idade, recebidos para exame no Centro Nacional de Pesquisa em Suínos e Aves, EMBRAPA, em Concórdia.
Para prevenir a Doença de Glasser (DG) deve- se: eliminar ou reduzir os fatores de estresse: evitar o deslocamento, estresse social (colocar o animal em outro lote) e alimentação.
A erisipela é uma doença infecto- contagiosa do tipo hemorrágica, caracterizada por lesões cutâneas, articulares, cardíacas ou septicemia, além de causar aborto. É uma zoonose causada pela bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae.
Também encontrada em outros mamíferos, aves e peixes. A fonte de infecção mais importante é o suíno portador. Os suínos alojam a bactéria nas tonsilas ou em outros tecidos linfóides e eliminam o agente nas fezes, urina, saliva e secreções nasais. As bactérias contaminam o solo, a água, a cama e os alimentos, que são fontes de infecção. Além disso, os roedores e animais silvestre também são fontes de infecção para os suínos.
A ocorrência de erisipela suína depende de diversos fatores: Idade do suíno por ocasião da infecção, nível de anticorpos (pelo colostro ou vacinação), intensidade da contaminação ambiental, virulência da amostra da bactéria, existência de fatores imunodepressores.
Há três tipos de sintomas da ocorrência de Erisipela em suínos: Agudos: Os animais apresentam sintomas da doença sistêmica. Eles ficam deitados e relutam em levantar. Se forçados a se levantar, ficam com suas pernas encolhidas sob seu corpo. Os animais afetados deixam de se alimentar, e podem ter febre de até 40,0 a 42,2 ºC. As matrizes gestantes podem abortar. Lesões avermelhadas na pele (lesão chamada de “ pele de diamante’’), frequentemente aparecem entre 2 a 3 dias e animais que desenvolvem lesões severas na pele geralmente morrem.
Sub- agudos: A Erisipela sub- aguda, inclui muito dos mesmos sintomas acima descritos, mas com menos severidade, às vezes ao ponto de passarem desapercebidas.
Crônica: A Erisipela crônica, pode resultar de casos de Erisipela aguda ou sub- aguda, ou pode aparecer em suínos que não tenham tido sinal prévio da doença. Suínos com Erisipela crônica normalmente mostram sinais de artrite, devido a alterações degenerativas nas articulações. As válvulas do coração também podem ser afetadas e, neste caso, os animais podem mostrar sinais de doenças cardíacas, como falta de ar.
O diagnóstico de erisipela suína pode ser realizado na granja (pela apresentação do quadro, especialmente quando ocorrem lesões cutâneas) e por testes laboratoriais.
O controle da doença baseia-se no uso de medicamentos em caso de surtos e medidas sanitárias para evitar a sua disseminação. Sendo assim, o uso da vacinação é eficaz para aumentar a resistência individual do animal e a resistência do rebanho.
É quase impossível erradicar a Erisipela de um rebanho infectado, em virtude da resistência da bactéria ao ambiente. Adotar um programa de vacinação, associado ao um programa de desinfecção, vazio sanitário, eliminação dos animais contaminados classificados como forma aguda, diminuir as chances de nova introdução da bactéria no ambiente da granja, adotar cercas de isolamento, quarentenário para novos animais a serem introduzidos no plantel, banho e troca de roupas para funcionários e visitantes.
Verificar se não há sintomas durante a fase de amamentação: os sintomas devem ser verificados na matriz durante sua gestação pois se houverem sintomas a matriz e seus leitões que ainda correm risco de vida. Instalação e uso frequente de um pedilúvio: o pedilúvio deve ser usado tanto pelos animais em seu deslocamento, quanto pelo homem, pois este também pode levar a doença para granja.
O Tratamento da febre aftosa dos suínos baseia-se em medidas sanitárias e vacinação. Medidas sanitárias: Estabelecimento de quarentenário nas granjas, para que os novos animas do passem por um período de observação antes de entrarem no plantel. Inspeção sanitária dos animais que entram na propriedade. Interdição da propriedade com foco da doença por até 30 dias após o aparecimento do último caso. Desinfecção de pocilgas, utensílios e viaturas das propriedades com focos da doença. Desinfetantes: Devem ser usados produtos com acidez elevada para a desinfecção, já que o vírus da Febre Aftosa é altamente perecível sob pH elevado. Assim recomenda-se fazer uso de ácido cítrico a 2%, hidróxido de sódio a 2%, carbonato de sódio a 4% e formol a 1%.
Vacinação: Nos últimos anos um considerável número de pesquisas, foram realizadas no sentido de desenvolver uma vacina eficaz conta Febre Aftosa em Suínos. Na Europa existe uma vacina oleosa que está dando resultados acima de 805 de segurança, com um período de proteção de 6 meses. Comenta-se que a vacina de bovinos com a dose triplicada protegeria os suínos da doença, o que infelizmente não é verídico.
Manejo sanitário: o criador deve realizar a limpeza de equipamentos e do próprio galpão frequentemente e de forma adequada para reduzir ao máximo o risco de contração da doença para dentro do seu plantel de criação de suínos. Imunização: A imunização dos animais deve ser feita de 4 em 4 meses, usando uma vacina com os vírus do tipo A, O e C inativados e emulsionada em óleo mineral, que desenvolve imunidade a partir do 7° dia de sua aplicação. Leitões destinados ao abate necessitam ser vacinados apenas uma vez, aos dois meses de idade, enquanto os reprodutores devem ser vacinados a cada 4 meses e quanto as fêmeas no final da gestação, estas não devem ser vacinadas pois a vacina pode atuar sobre os fetos, de modo que eles podem nascer com sua resistência diminuída.
Doença de etiologia viral, altamente contagiosa que acomete os suínos, podendo determinar quadros de febre, hemorragias múltiplas e alta morbidade e mortalidade. A peste suína clássica é uma doença altamente contagiosa que atinge porcos outros animais como javalis.
O vírus pertence à família Flaviviridae e ao gênero Pestivírus.
Infecção natural normalmente ocorre através da via oronasal e o período de incubação típico varia de 7 a 10 dias, sendo mais curto em infecções conjuntiva, lesões cutâneas, as células-alvo para o vírus da PSC são as células endoteliais, células linfo-reticulares, os macrófagos e algumas células epiteliais específicas. Em infecções pré-natais o vírus afeta a diferenciação dos órgãos, causando malformações. Nas infecções pós-natais, as lesões estão relacionadas ao dano às células endoteliais e trombose, que ocasiona diátese hemorrágica.
Paralisia nas patas traseiras; Manchas avermelhadas; E dificuldades respiratórias. Sinais clínicos: Forma aguda - alta virulência, febre alta (41°C), agrupamento de animais pelos cantos da pocilga, vômito, diarréia, período de incubação curto, depressão, anorexia, incoordenação, são observados eritrema, hemorragia e cianose, particularmente nas extremidades, abdome, axilas e face interna dos membros, hemorragias petequiais em mucosas, embora este achado não seja consistente. Sinais nervosos são observados frequentemente, incluindo letargia, convulsões ocasionais, ranger de dentes e dificuldade de locomoção. Forma crônica – moderada virulência, ocorrem corrimento nasal e tosse, sub- clínica: a forma atualmente mais encontrada, nessa forma, ela provoca alterações reprodutivas, como esterilidade e abortos, além de ocorrência de leitões
infecciosos. O criador deve saber que a sequência de limpeza das baias é determinada pela idade dos leitões, começando pelos mais novos. A biossegurança, formada por um conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidos, determina que a granja tenha uma distância de pelo menos 500 m de qualquer outra criação de suínos e de no mínimo 100m de estradas por onde possam passar caminhões com suínos. O acesso ao criadouro deve ser restrito ao trânsito de pessoas e/ou veículos e, para que possam entrar no local, dever ser exigida uma autorização prévia. É importante também que seja feito um cinturão verde a partir da cerca de isolamento, com uma largura de aproximadamente 50 m. A quarentena é mais uma barreira que deve ser levada em conta, pois evita a entrada de agentes patogênicos na granja. A quarentena consiste na permanência dos animais em instalação segregada por um período de pelo menos 28 dias antes de introduzi-los no rebanho.