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Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Manaus-AM 2012 ANDRÉA GALÚCIO NOEMIA VARRELA EDILANE CÂNDIDO
Trabalho apresentado ao UNICEL, para obtenção de nota parcial no curso de Enfermagem, na disciplina de Anatomia, turma 1Enf 1, ministrado pelo Professor: Fernando Barros Magalhães.
Manaus-AM 2012 Distúrbios músculo-esqueléticos em trabalhadores de enfermagem.
INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão a cerca dos distúbios músculo- esqueléticos em trabalhadores de enfermagem. Para sua realização utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica para melhor fundamentação teórica. Na literatura mundial, são utilizadas várias terminologias para descrever tais distúrbios, como, por exemplo, lesões por esforço repetitivo (LER), doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT), lesões por traumas cumulativos, lesões ou distúrbios musculoesqueléticos, entre outros. A DORT, atualmente denominada AMERT (Afecção musculoesquelética relacionadas com trabalho), causam lesões nos músculos, nos ossos, nervos, tendões, ligamentos e vasos sanguíneos, podendo apresentar sintomas como: diminuição da força muscular, inflamação, edema,
predisposição de acidentes no trabalho e a desenvolverem doenças ocupacionais, como lombalgias, devido à postura corporal incorreta.
Os trabalhadores da enfermagem padecem de diversos tipos de lesões músculos- esqueléticos causadas por trabalho considerado pesado no que se refere à execução da atividade, torna-se inquietante esse problema, pois, é indicativos do quanto estes profissionais são vulneráveis aos aparecimentos das doenças relacionadas ao trabalho.
Especialmente os que estão inseridos no ambiente hospitalar, permanecem ininterruptamente nos cuidados aos pacientes e, conseqüentemente, expõem-se a diversos riscos, podendo desenvolver doenças ocupacionais, além de lesões decorrentes dos acidentes de trabalho. Estas atividades são fisicamente desgastantes, possuem diferentes níveis de sobrecarga e podem tornar-se perigosas devido à má postura corporal adotada pelo profissional. A falta de manutenção de equipamentos e a utilização de mobiliários improvisados e inadequados, também, contribuem para tornar mais árduo o trabalho da enfermagem.
O comprometimento da produção, a constatação de altos índices de afastamento, excessivos custos de assistência médica e tratamentos, têm levado as autoridades governamentais e os demais interessados em produção em massa a incentivar a adoção de medidas ergonômicas e fisioterapia laboral, para prevenir as complicações e eliminar ao máximo situações de riscos. Tais medidas tem sido um desafio no cotidiano das organizações e um dos principais fatores de mudanças de paradigmas para ações em qualidade de vida. Tem-se aumentado a confiabilidade desses programas de prevenção e promoção de saúde do trabalhador pela considerada redução de custos e de condições inadequadas de trabalho, bem como implantação e manutenção de padrões de qualidade e excelência nas condições de trabalho.
Os distúrbios músculo-esqueléticos são um importante problema de saúde pública e um dos mais graves no campo da saúde do trabalhador. Acometem trabalhadores em todo o mundo, levando a diferentes graus de incapacidade funcional. Geram aumento de absenteísmo e de afastamentos temporários ou permanentes do trabalhador, e produzem custos expressivos em tratamento e indenizações. Conforme as literaturas pequisadas, os trabalhadores de enfermagem são um dos grupos ocupacionais mais atingidos por lesões dorsais ocupacionais sendo que 45,9% das lesões dorsais ocorrem durante o levantamento e transporte de pacientes. Organizações de várias partes do mundo dão a esse grupo de risco um destaque em relação ao crescimento de dores musculares e em particular as dores vertebrais e, um aspecto relevante dos
problemas músculo-esquelético é a questão da etiologia, pois são causados por inúmeros fatores inter-relacionados.
Identifica-se ainda o alto índice de profissionais de enfermagem com prevalência de lombalgia que varia de 20% a 86%, e a incidência relatada tem uma freqüência que varia de 7% a 20%.
Por envolver numerosos fatores de risco para a saúde, o trabalho de enfermagem deve estar de acordo com a capacidade do organismo humano e adequado às suas possibilidades físicas, evitando assim o estresse ocasionado pelo esforço que não corresponde com o sistema músculo-esquelético de determinadas pessoas, como por exemplo, as mulheres por menor resistência muscular comparada aos homens não devem ocupar tarefas que precisam de uma força física além do que podem suportar.
Para haver um desenvolvimento seguro e ativo do profissional, este tem que ter ao seu dispor equipamentos e condições de trabalho que possam propiciar um melhor rendimento em suas atividades e ao mesmo tempo ter um padrão de bem estar físico e mental.
A manipulação de pacientes tem importante participação em lesões na região dorsal dos trabalhadores de enfermagem. Como exemplos dessas atividades, citam-se o ajuste da pessoa a cama, transferência da cama para a maca/cadeira de rodas e vice- versa, o banho no leito e outros fatores agravantes como as técnicas e ambientes inadequados e organização de trabalho.
No Brasil, a partir da década de 1980, observou-se aumento da ocorrência de distúrbios músculo-esqueléticos nas estatísticas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com os dados disponíveis, mais de 80% dos diagnósticos desses distúrbios resultaram em concessão de auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez pela Previdência Social.
Dentre as profissões da área da saúde, a enfermagem, em particular, tem sido especialmente afetada pelo distúrbio musculoesquelético. Pesquisas realizadas em vários países exibem prevalências superiores a 80% de ocorrência desses distúrbios em trabalhadores de enfermagem. Estudos brasileiros mostram prevalências de 43% a 93%.
O ambiente de trabalho, quando em condições adversas, é considerado como fator de risco para o desenvolvimento de alterações no sistema músculo-esquelético. Entre os principais fatores de risco relacionados aos distúrbios músculo-esqueléticos, estão: a organização do trabalho (aumento da jornada de trabalho, horas extras
A saúde do trabalhador é essencial para o desenvolvimento de qualquer instituição de saúde. Porém se observa maior cobrança por produtividade e desempenho, sem que sejam oferecidas condições favoráveis para que o profissional possa desenvolver suas funções sem prejuízos à saúde. Na enfermagem, as baixas remunerações, a sobrecarga de trabalho, a rotina estressante e cansativa acabam agravando essa situação. É essencial um planejamento de ações, com participação da enfermagem, com o intuito de melhorar as condições de trabalho; levar a um contentamento da equipe e, conseqüentemente, preservar a saúde dos trabalhadores, assegurando maior rendimento profissional e qualidade na assistência prestada ao paciente.
Conclui-se que a prevenção de lesões do sistema músculo-esquelético deve ser realizada mediante o melhoramento do ambiente, instrumentos, equipamentos e método de trabalho, porém, o mais importante, é incentivar o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação aos efeitos do ambiente de trabalho sobre a saúde dos trabalhadores.
A adequação ergonômica dos postos de trabalho e do sistema de produção são necessidades imediatas para diminuir e prevenir dores posturais principalmente as musculoesqueléticas, complicações físicas e mentais, fadiga e acidentes.
Medidas simples de planejamento como avaliação do espaço físico de trabalho, do biótipo do funcionário e dos fatores ambientais prevalentes no local são essenciais para a saúde e o bem-estar do indivíduo. O próprio profissional precisa conscientizar-se da extensão do problema que frequentemente interfere na sua qualidade de vida. Enquanto não houver conscientização e uma adaptação ergonômica, os problemas de saúde ocasionados pelo ambiente continuarão a existir. É fundamental buscar medidas que venham a melhorar suas condições de trabalho e, conseqüentemente, a qualidade de vida.
Brasil. Ministério da Saúde. Instrução normativa INSS/DC n° 98, de 05 de dezembro de
Bulhões Ivone. Riscos do Trabalho de Enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca; 1994
Gurgueira GP, Alexandre NMC, Corrêa Filho HR. Prevalência de sintomas músculo- esqueléticos em trabalhadoras de enfermagem. Rev Latinoam Enferm. 2003;11(5): 608-13.
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