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Dimensionamento e fabricação de uma bancada para dosadores volumétricos, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

O dado relatório abordará o dimensionamento de dosadores volumétricos, sendo que estes cálculos serão automatizados através da criação de um aplicativo. A etapa posterior será a realização do projeto de uma bancada, ao qual poderão ser confirmados na prática os dados cálculados e também verificar o comportamento do escoamento ou transporte de diversos tipos de produtos.

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 16/01/2015

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM
JARAGUÁ DO SUL
LEONARDO HENRIQUE MARIN KIST
DIMENSIONAMENTO E FABRICAÇÃO DE UMA BANCADA PARA
DOSADORES VOLUMÉTRICOS
Jaraguá do Sul
Novembro/2014
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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM

JARAGUÁ DO SUL

LEONARDO HENRIQUE MARIN KIST

DIMENSIONAMENTO E FABRICAÇÃO DE UMA BANCADA PARA

DOSADORES VOLUMÉTRICOS

Jaraguá do Sul

Novembro/

LEONARDO HENRIQUE MARIN KIST

DIMENSIONAMENTO E FABRICAÇÃO DE UMA BANCADA PARA

DOSADORES VOLUMÉTRICOS

Relatório do Projeto de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário – Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul

Orientadora: Prof. M.Sc Ana Paula Bertoldi Oberziner

Jaraguá do Sul

Novembro/

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

  • Figura 1 - Dosador de rosca.
  • Figura 2 - Dosador de gaveta.
  • Figura 3 - Dosador de canecas giratório.
  • Figura 4 - Transportador Helicoidal.
  • Figura 5 - Sentido de rotação.
  • Figura 6 - Montagem das canecas.
  • Figura 7 - Dimensionamento dos transportadores helicoidais verticais.
  • Figura 8 - Dimensionamento das canecas dosadoras.
  • Figura 9 - Interface inicial do aplicativo.
  • Figura 10 - Volume da caneca superior.
  • Figura 11 - Volume da caneca inferior.
  • Figura 12 - Volume da caneca de redução.
  • Figura 13 - Volume das canecas montadas, sem e com a caneca de redução.
  • Figura 14 - Interface para o dimensionamento das canecas de dosagem.
  • Figura 15 - Dimensões do transportador helicoidal
  • Figura 16 - Planificado de um passo da helicoide
  • Figura 17 - Interface para dimensionamento de transportadores helicoidais horizontais.
  • Figura 18 - Perfil
  • Figura 19 - Perfil
  • Figura 20 - Interface para dimensionamento do transportador helicoidal vertical.
  • Figura 21 - Dosador helicoidal horizontal
    1. INTRODUÇÃO SUMÁRIO
  • 1.1 JUSTIFICATIVA
  • 1.2 OBJETIVOS
  • 1.2.1 Objetivo geral
  • 1.2.2 Objetivos específicos
    1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  • 2.1. DOSADORES
  • 2.1.1 Transportadores helicoidais
  • 2.1.2 Dosagem por canecas
    1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO
  • 3.1. MÉTODO ANTIGO DE DIMENSIONAMENTO
  • 3.2 MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO PROPOSTO
  • 3.2.1 Dimensionamento das Canecas de Dosagem
  • 3.2.2 Dimensionamento do transportador helicoidal horizontal
  • 3.2.3 Dimensionamento do transportador helicoidal vertical
  • 3.2.3.1 Cálculo do perfil
  • 3.2.3.2 Cálculo do perfil
  • 3.2.3.3 Cálculo da dosagem
  • 3.3 TESTES PRÁTICOS
  • 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS
  • ANEXOS
  • ANEXO A – TIPOS DE CARREGAMENTOS
  • ANEXO B – PROPRIEDADES DE ALGUNS PRODUTOS
  • ANEXO C – RELAÇÃO DO PASSO COM A ABRASIVIDADE
  • ANEXO D – COEFICIENTE DE ATRITO........................................................................
  • ANEXO E – COEFIENTE DE INCLINAÇÃO
  • APÊNDICE

1. INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado no setor de Engenharia de Produtos da empresa Indumak. A Indumak situa-se na cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, e foi fundada em 25 de abril de 1963, inicialmente seu nome era Oficina de Tornos KP Ltda. Atualmente a Indumak conta com um parque fabril de 4800m² e mais de 180 profissionais, e desenvolve empacotadeiras, enfardadeiras e dosadores. O dado relatório abordará o dimensionamento de dosadores volumétricos, sendo que estes cálculos serão automatizados através da criação de um aplicativo. A etapa posterior será a realização do projeto de uma bancada, ao qual poderão ser confirmados na prática os dados cálculados e também verificar o comportamento do escoamento ou transporte de diversos tipos de produtos.

1.1 JUSTIFICATIVA

O setor de Engenharia de Produtos, responsável pelo projeto de máquinas padrões de linha, contém um alto volume de projetos e um prazo relativamente curto para a realização dos mesmos, portanto os projetos devem ser realizados de forma ágil e precisa. No entanto, os cálculos de alguns equipamentos, como os dosadores volumétricos, tomavam muito tempo. O dimensionamento dos dosadores volumétricos era realizado através de planilhas em Excel, porém alguns cálculos eram imprecisos e os resultados apresentados não condiziam com os dados obtidos na prática. Para sanar esta dificuldade, foi proposta a criação de um aplicativo para facilitar e agilizar os cálculos.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral Projetar e fabricar uma bancada para dosadores volumétricos.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Apresentar e automatizar os cálculos dos dosadores volumétricos; b) Realizar o projeto da bancada; c) Produzir a bancada;

d) Realizar testes práticos utilizando a bancada.

Figura 1 - Dosador de rosca.

1 Transportador helicoidal horizontal 2 Funil 3 Mexedor 4 Hélice 5 Transportador helicoidal vertical Fonte: Indumak, 2014.

O dosador, cuja dosagem é realizada por canecas, é apresentada na Figura 2. Neste dosador, o funil é alimentado por um silo e por conseguinte os dois cilindros superiores são acionados e abrem uma gaveta ao qual libera a passagem do produto até a caneca, após o enchimento da caneca, os cilindros superiores fecham a gaveta, e a gaveta inferior é aberta, liberando a passagem do produto para a empacotadora. Este modelo de dosador é muito utilizado para grãos, como o arroz, feijão, milho e lentilha.

Figura 2 - Dosador de gaveta.

Fonte: Indumak, 2014.

Outro modelo de dosador de canecas muito utilizado é apresentado na Figura 3. Este modelo de dosador conta com várias canecas dispostas em torno do eixo árvore, sendo que as canecas são alimentadas através do funil superior. O acionamento é realizado por um motor, ao qual o movimento de rotação gerado pelo motor acarreta no deslocamento das canecas. Sua aplicação está voltada para arroz, feijão, sal, açucar, dentre outros.

Figura 3 - Dosador de canecas giratório.

Fonte: Indumak, 2014.

1 Funil 2 Atuador^ pneumático superior 3 Atuador pneumático inferior 4 Funil de despejo 5 Caneca superior 6 Caneca inferior

1 Funil 2 Caneca superior 3 Caneca inferior 4 Motor 5 Eixo^ árvore 6 Funil de despejo

material que pode ser transportado de forma que não ocorra desgaste excessivo no transportador. As porcentagens de carregamento são 15%, 30% e 45% mas em alguns casos específicos pode-se chegar a até 95% (KWS, 2014). Nos anexos A e B encontram-se os tipos de carregamentos, propriedades de alguns produtos, respectivamente. E nos anexos C, D e E são apresentados os coeficientes pertinentes para a realização dos cálculos. Já os cálculos para dimensionamento das canecas estão na secção 3.2.1, o dimencionamento dos transportadores helicoidais encontram-se na secção 3.2.2, na secção 3.2.3 está o dimensionamento dos transportadores helicoidais verticais, que são responsáveis pela realização de dosagens finas, com isso o carregamento deve ser de 100%.

2.1.2 Dosagem por canecas

Os dosadores de canecas são constituídos de duas a três canecas. Uma das canecas é denominada caneca superior e outra de caneca inferior. A caneca superior é fixa e a caneca inferior é móvel, pois tem a função de realizar o ajuste fino, afim de garantir que a dosagem seja atingida. A terceira caneca, denominada caneca de redução, tem a função de reduzir o volume da caneca superior possibilitando assim a dosagem de massas diferentes no mesmo dosador. Na Figura 6 está representada a montagem das três canecas. No caso do dosador de canecas giratório, vários conjuntos destas canecas ficam dispostos ao redor do eixo árvore.

Figura 6 - Montagem das canecas.

Fonte: do autor, 2014.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO

Neste capítulo será abordado as atividades que foram desenvolvidas durante o estágio. Inicialmente será abordado, na seção 3.1, a forma antiga que era utilizada para efetuar o dimensionamento dos dosadores, na seção 3.2 será abordado o método proposto para efetuar o dimensionamento destes dosadores apresentado os cálculos e o aplicativo criado para o dimensionamento. Já na seção 3.3 será apresentado os testes práticos que foram realizados.

3.1. MÉTODO ANTIGO DE DIMENSIONAMENTO

Não tinha, no setor de Engenharia de Produto, nenhum método para o dimensionamento de transportadores helicoidais horizontais. E o dimensionamento dos transportadores helicoidais verticais era realizado em uma planilha do Excel conforme demonstra a Figura 7.

Figura 7 - Dimensionamento dos transportadores helicoidais verticais.

Fonte: Indumak, 2014.

3.2 MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO PROPOSTO

A primeira etapa do estágio foi apresentar todos os cálculos para o dimensionamento dos dosadores volumétricos e desenvolver um aplicativo para facilitar a realização destes cálculos. A interface inicial deste aplicativo é apresentada na Figura 9.

Figura 9 - Interface inicial do aplicativo.

Fonte: do autor, 2014.

Na subseção 3.2.1 será apresentado o dimensionamento das canecas de dosagem, na subseção 3.2.2 são demonstrados os cálculos pertinentes aos transportadores helicoidais horizontais e na subseção 3.2.3 serão relatados os cálculos do transportador helicoidal vertical.

3.2.1 Dimensionamento das Canecas de Dosagem

O volume da caneca superior ou da redução deve ser tal que armazene aproximadamente 80% da massa total a ser dosada, fazendo com que o restante da dosagem seja completado através da regulagem de altura da caneca inferior. Os volumes das canecas são descritos conforme as equações 3.1, 3.2 e 3.3, sendo que VS é o volume da caneca superior, VI é o volume da caneca inferior VR é o volume da caneca de redução. As unidades das dimensões são em mm e a unidade dos volumes são em mm³. Na Figura 10 é demonstrada a caneca superior em corte, possibilitando a visualização do volume total da mesma, ao qual é definida pela equação 3.1.

Figura 10 - Volume da caneca superior.

Fonte: do autor, 2014.

𝑉𝑆 = 𝜋 × ∅𝑆

2 4 𝐻^ (3.1) No dimensionamento do volume da caneca inferior não é considerado o volume total que cabe dentro da caneca, pois a caneca superior é encaixada na caneca inferior, logo deve ser descontado 5 mm, que é a distância mínima entre a caneca superior e a inferior (cota E da Figura 6). O volume útil da caneca inferior é demonstrado na Figura 11.

Figura 11 - Volume da caneca inferior.

Fonte: do autor, 2014. Logo, o volume útil da caneca inferior é definido pela equação 3.2.

𝑉𝐼 = 𝜋 × ∅𝐼

2 4 (𝐿 − 5)^ (3.2) O volume da caneca de redução, apresentado na Figura 12, é definida pela equação 3.3. Figura 12 - Volume da caneca de redução.

Fonte: do autor, 2014.

𝑉𝑅 = 𝜋 (∫ (− 𝐵𝐴 𝑥 + ∅𝑅 2 + 𝐵)

2 𝑑𝑥 + ∫ (∅𝑅 2 )

2 𝑑𝑥

𝐻 𝐴

𝐴 0

Figura 14 - Interface para o dimensionamento das canecas de dosagem.

Fonte: do autor, 2014.

3.2.2 Dimensionamento do transportador helicoidal horizontal

A Figura 15 apresenta as dimensões de um transportador helicoidal, onde L é o seu comprimento em m, De é o diêmetro externo e Di é o diâmetro interno (ambos em m), T é o passo em m e B é a inclinação resultante de algum desnível que possa ter o transportador.

Figura 15 - Dimensões do transportador helicoidal

Fonte: do autor, 2014. O passo da helicoide é relacionado de acordo com a abrasividade do produto, conforme demonstra o Anexo C. A área da secção transversal da helicoide, apresentada por Pereira (2012), é dada conforme a equação 3.7, sendo que a mesma é dada em m².

𝑆 = 𝜋(𝐷𝑒

A velocidade de transporte do material em m/s é expressa na equação 3.8, sendo que n é a rotação da helicoide em rpm. (Adaptado de PEREIRA, 2012)

𝑣 = 𝑛 60 𝑇 (3.8) A vazão volumétrica Q do material transportado é dado em m³/h (adaptado de PEREIRA, 2012), sendo relacionado pela área da secção transversal do transportador e pela velocidade de transporte, porém alguns coeficientes importantes são utilizados como o coeficiente de enchimento Ce (Anexo A) e o coeficiente de inclinação Ci (Anexo E). 𝑄 = 𝑣 × 𝐶𝑒 × 𝑆 × 𝐶𝑖 × 3600 (3.9) A vazão mássica do produto (𝑚̇) é apresentada na equação 3.10, sendo a mesma dada em kg/min.

𝑚̇ = 𝑄 × 𝜌 60 (3.10) A potência da helicoide em kW, apresentado por Pereira (2012), é apresentada na equação 3.11:

𝑃 = 𝑄𝑇 367 × 𝐻 + 𝐶𝑎 𝑄 367 𝑇^ × 𝐿 (3.11) Onde Ca é o coeficiente de atrito (Anexo D), H é o desnível do helicoide em m e QT é a vazão mássica em toneladas por hora 𝐻 = 𝐿 × sin 𝛽 (3.12) 𝑄𝑇 = 𝑄 × 𝜌 1000 (3.13) Já a potência necessária no motor em kW é apresentada na equação 3.14, onde que r é o rendimento do motor. (PEREIRA, 2012)

𝑃𝑚 = 𝑃𝑟 (3.14)

Os transportadores helicoidais são usualmente fabricados com a utilização de chapas, sendo que a planificação de um passo da helicoide (Figura 16) é dado conforme as equações apresentadas por Pereira (2012).