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Diabetes Mellitus - Farmacologia, Notas de estudo de Farmacologia

Resumo de aula baseado em slides, artigos e comentários da professora. Contém: órgãos-alvos dos medicamentos para diabetes mellitus e especificações das classes e medicamentos.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 17/01/2023

Martina_Franca
Martina_Franca 🇧🇷

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DIABETES MELLITUS
Farmacologia | Aula 1 UC22 .
ÓRGÃOS-ALVOS:
PÂNCREAS:
Secretagogos: estimulam liberação/secreção de
insulina,
Sulfoniluréias: glibenclamida 5mg (SUS),
glicazida (SUS), glimepirida
Inibidores de DPP-4: relacionado ao GLP-1,
hormônios que são degradados em minutos pela
enzima dipeptidil peptidase (DPP-4)
Importante lembrar! Na célula B também tem
receptores muscarínicos (M3), de forma que ao
mastigar tem resposta vagal estimula esses receptores,
estimulando a secreção de insulina. Lembrar aqui dos
efeitos adversos dos antipsicóticos (síndrome
metabólica).
FÍGADO:
Metformina: inibe neoglicogênese hepática (deve
ser inibida em todos os pacientes com DM2)
Pioglitazona: inibe neoglicogênese
RIM:
Inibidores de SGLT2: dapagliflozina, empagliflozina
MÚSCULO ESQUELÉTICO:
Metformina: estimula receptores de insulina
(aumento da sensibilidade dos receptores de
insulina)
Pioglitazona: casos de resistência tissular
insulínica
Para ver resistência tissular a insulina: dosar
insulina (deve estar em quantidade normal) +
medição tecido adiposo/muscular
Hemoglobina Glicada
HbA1c > 9% insulinoterapia, se DM2 é
adicionada aos outros medicamentos (sempre:
metformina)
A meta da HbA1c para pacientes em tratamento
de DM é até 7%
CLASSES E MEDICAMENTOS:
METFORMINA:
Dose plena: 2g/dia (máxima: 2.550mg)
Introdução da terapêutica a partir de 500mg,
adicionando mais 500mg após uma semana, até
utilizar 1g de manhã e 1g de noite
Metformina não sofre metabolização hepática e
não tem interação com CYP450
Éexcretada inalterada pela urina (depende
exclusivamente da filtração renal)
TFG > 50% permite uso de metformina
TFG < 30% a metformina deve ser suspensa
TFG entre 30 e 50% deve ter ajuste da dose
Principal efeito adverso é distúrbio
gastrointestinal, principalmente diarreia, de forma
que os pacientes não conseguem tolerar doses
muito altas (>2g/dia).
A metformina XR ajuda no manejo do
paciente com EA gastrointestinal, mas deve-se
iniciar o tratamento a noite, diferente da
metformina de liberação rápida, que é
administrada de dia (pico máximo após 7h da
administração).
Não há risco de hipoglicemia
Muitos pacientes usam em monoterapia
Capaz de reduzir HbA1c em 2% (muito efetivo)
Sempre tentar dose plena, se atingido o máximo
tolerado, adiciona-se o segundo medicamento
SULFONILURÉIAS:
São mais inseguras, pois causam hipoglicemia,
devido ao seu mecanismo de ação
Capaz de reduzir HbA1c em 2% (muito efetivo)
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DIABETES MELLITUS

Farmacologia | Aula 1 UC.

ÓRGÃOS-ALVOS:

PÂNCREAS:

Secretagogos: estimulam liberação/secreção de insulina, ○ Sulfoniluréias: glibenclamida 5mg (SUS), glicazida (SUS), glimepirida ● Inibidores de DPP-4: relacionado ao GLP-1, hormônios que são degradados em minutos pela enzima dipeptidil peptidase (DPP-4) Importante lembrar! Na célula B também tem receptores muscarínicos (M3), de forma que ao mastigar tem resposta vagal estimula esses receptores, estimulando a secreção de insulina. Lembrar aqui dos efeitos adversos dos antipsicóticos (síndrome metabólica).

FÍGADO:

Metformina: inibe neoglicogênese hepática (deve ser inibida em todos os pacientes com DM2) ● Pioglitazona: inibe neoglicogênese

RIM:

Inibidores de SGLT2: dapagliflozina, empagliflozina

MÚSCULO ESQUELÉTICO:

Metformina: estimula receptores de insulina (aumento da sensibilidade dos receptores de insulina) ● Pioglitazona: casos de resistência tissular insulínica ○ Para ver resistência tissular a insulina: dosar insulina (deve estar em quantidade normal) + medição tecido adiposo/muscular Hemoglobina Glicada ● HbA1c > 9% → insulinoterapia, se DM2 é adicionada aos outros medicamentos (sempre: metformina) ● A meta da HbA1c para pacientes em tratamento de DM é até 7%

CLASSES E MEDICAMENTOS:

METFORMINA:

Dose plena: 2g/dia (máxima: 2.550mg) ● Introdução da terapêutica a partir de 500mg, adicionando mais 500mg após uma semana, até utilizar 1g de manhã e 1g de noite ● Metformina não sofre metabolização hepática e não tem interação com CYP ● É excretada inalterada pela urina (depende exclusivamente da filtração renal) ○ TFG > 50% permite uso de metformina ○ TFG < 30% a metformina deve ser suspensa ○ TFG entre 30 e 50% deve ter ajuste da dose ● Principal efeito adverso é distúrbio gastrointestinal, principalmente diarreia, de forma que os pacientes não conseguem tolerar doses muito altas (>2g/dia). ○ A metformina XR ajuda no manejo do paciente com EA gastrointestinal, mas deve-se iniciar o tratamento a noite, diferente da metformina de liberação rápida, que é administrada de dia (pico máximo após 7h da administração). ● Não há risco de hipoglicemia ● Muitos pacientes usam em monoterapia ● Capaz de reduzir HbA1c em 2% (muito efetivo) ● Sempre tentar dose plena, se atingido o máximo tolerado, adiciona-se o segundo medicamento

SULFONILURÉIAS:

● São mais inseguras, pois causam hipoglicemia, devido ao seu mecanismo de ação ● Capaz de reduzir HbA1c em 2% (muito efetivo)

Mecanismo de ação: ativa receptor SUR1, fechando canal de K, acumulando K dentro da célula B-pancreática, abrindo canal de Ca voltagem dependente, estimulando a secreção de insulina, pela despolarização celular (forma mais efetiva de promover secreção de insulina). ○ Glinidas também são agonistas desses receptores, têm a mesma eficácia, mas a posologia é ruim pois tem farmacocinética curta, devendo ser administrada 3x ao dia, mas tem a vantagem a excreção biliar.

GLIBENCLAMIDA:

Dose máxima: 20mg/dia, mas não se recomenda essa utilização, pois há mais efeito adverso do que benefício nesta dose ● Dose: 10mg/dia na posologia de 5mg de manhã e 5mg a noite ● Muito efetivo ● Normalmente associada a metformina. ● Excretado via biliar, sendo possível seu uso em pacientes com TFG > 30%, sendo mais segura para pacientes com insuficiência renal ● Interações farmacológicas: ○ Tem alta fixação plasmática (mais de 90%) podendo causar hipoglicemia quando administrada a outros fármacos de alta fixação plasmática, pois desloca a glibenclamida gerando glibenclamida livre, atuando no sítio de ação mais significativamente ○ Interação com CYP450. Deve-se evitar administração de fluoxetina com glibenclamida, pois a fluoxetina é inibidora CYP450 e tem alta fixação plasmática. ● Lembrar que este medicamento aumenta o peso, mas como é associada a metformina, que causa náusea, gerando um equilíbrio.

GLICAZIDA MR:

● Dose: 5mg, 10mg ● Pacientes que possuem hipoglicemia com glibenclamida são indicados para usar, pois este medicamento não faz pico de insulina ● Ainda tem problema de ganho de peso ● Tem excreção renal

GLIMEPIRIDA:

● Dose, 1mg, 2mg, 4mg ● Mais potente ● Sulfonilureia de 3ª geração ● Neutralidade ponderal e não faz pico de insulina ● Tem excreção renal

REPAGLINIDA:

● 3 vezes ao dia ● Indicada para paciente com insuficiência renal (TFG < 30)

INIBIDORES DA DPP4:

● Seguros, não faz hipoglicemia ● Neutralidade ponderal ● Reduz HbA1c menos que 1% ● Tem custo elevado, pode ser judicializado, não está na RENAME ● Formulações associadas à metformina

PIOGLITAZONA:

● Dose máxima: 30mg ● Dose usual: 15mg ● Aumenta expressão de insulina ● Seu uso prolongado está relacionado a câncer de bexiga ● Faz indução rápida de perda óssea, devendo-se evitar em idosos e mulheres pós-menopausa; também faz osteonecrose de mandíbula. ● É um medicamento que se usa por períodos curtos ● Também atua no fígado inibindo a neoglicogênese ● Pode ser associada à metformina

INIBIDORES DE SGLT2:

● Inibem o transporte de sódio e glicose no túbulo contorcido proximal, aumentando excreção de glicose (estimula glicosúria) ● Reduz de 1 a 1,5% de HbA1c ● Causam frequentemente infecção urinária (associam antisséptico urinário - Cystex)

AGONISTAS GLP1:

● Os receptores para glucagon 1 são estimulados pelo GLP1 (secretado pelo intestino) e [GIP (secretado pelo estômago)], promovendo o