









Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS CINÉTICOS, pelos métodos: O método diferencial, o método integral, o método de meias-vidas e, o método das velocidades iniciais.
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 19/03/2013
4.6
(77)27 documentos
1 / 17
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Em oferta
Os parâmetros cinéticos da taxa de reação são as ordens ( a, b, n ou ) de reação em relação a cada componente, e as constantes cinéticas k. Este último pode ser encontrado de várias formas, caso se a cinética (ordem) seja dada, mas o primeiro parâmetro é frequentemente difícil de determinar sem ambiguidade. Cabe lembrar desde já, que o estudo cinético, usualmente, é feito a partir de dados experimentais coletados durante a evolução de uma reação química. Estes dados coletados podem ser analisados através de alguns métodos. Para obter experimentalmente esses dados cinéticos são realizadas análises químicas ao longo do tempo, de modo a conhecer, por exemplo, a evolução da concentração do(s) reagente(s) de interesse.
A seguir são apresentados os métodos matemáticos cinéticos diferentes, sendo que todos esses métodos partem de uma mesma base: Do conhecimento da concentração de pelo menos um dos reagentes ao longo do tempo. Os métodos para analisar os dados cinéticos são diversos, sendo os mais usuais: O método diferencial, o método integral, o método de meias-vidas e, o método das velocidades iniciais.
Para determinar a ordem da reação pelo método integral, supomos uma ordem de reação e integramos a equação diferencial utilizada para modelar o sistema em batelada. Se essa suposta ordem de reação assumida for correta, o gráfico correspondente (determinado a partir desta integração) dos dados de concentração-tempo deve ser linear. Caso isso não ocorra, se essa suposta ordem de reação não se ajustar a uma reta então, ela deve ser rejeitada.
O método integral de análise é utilizado mais frequentemente quando a ordem da reação é conhecida e se deseja calcular a velocidade específica da reação, a diferentes temperaturas tendo em vista a determinação da energia de ativação.
No método integral de análise de dados cinéticos, devemos procurar por uma função da concentração, correspondente a uma lei de velocidade específica, que seja linear com o tempo.
Para a reação A Produtos
Conduzida em um reator em batelada a volume constante, o balanço molar é
Para uma reação de ordem zero, rA = -k, e a combinação da lei de velocidade com o balanço molar é
Consequentemente, é possível ver que o gráfico de [ln(CA0/CA) em função do tempo é uma reta com inclinação k.
Se a reação é de segunda ordem, (Figura 3), então
Figura 3 – Reação de segunda ordem
Integrando, com o valor inicial de CA = CA0, obtemos
Obs: É possível observar que para uma reação de segunda ordem o gráfico de (1/CA) em função do tempo deve ser uma reta com inclinação k.
Nas figuras 1, 2 e 3, é possível ver que quando plotamos a função da concentração apropriada (i.e., CA, lnCA ou 1/CA) contra o tempo, obtemos funções lineares e concluímos que as reações são, respectivamente, de ordem zero, de primeira ordem ou de segunda ordem. Entretanto, se os gráficos dos dados de concentração contra o tempo não forem lineares, como mostrado na Figura 4, podemos afirmar que a ordem de reação suposta não ajusta os pontos experimentais. No caso da Figura 4, podemos concluir que a reação não é de segunda ordem.
É importante reafirmar que, dada uma lei de velocidade, devemos escolher prontamente a função da concentração ou da conversão que dá origem a uma reta quando plotada contra o tempo ou contra o tempo espacial.
Figura 4 – Gráfico do inverso da concentração em função do tempo
O método diferencial é aplicado diretamente na equação diferencial da velocidade a ser testada e permite avaliar todos os termos da equação, inclusive a derivada dCA/dt.
Obs 1: A determinação dos parâmetros cinéticos pelo método diferencial não é um método simples, mas é o mais usado nas situações complexas. Trata-se de um método que deve ser usado, de forma complementar ao método integral.
A determinação dos parâmetros cinéticos pelo método diferencial pode ser dada de duas maneiras: Utilizando os dados experimentais de concentração em função do tempo e por aproximação determinam-se as taxas a partir das curvas cinéticas; Determinando as taxas diretamente, utilizando os dados de um reator diferencial.
Para ilustrar o procedimento empregado no método diferencial de análise, consideraremos uma reação conduzida de forma isotérmica em um reator em batelada a volume constante em que é registrada a variação da concentração com o tempo. Pela combinação do balanço molar com a lei de velocidade dada pela equação
Obtemos
Após a aplicação do logaritmo natural a ambos os membros da equação anterior, temos,
c) Acompanha-se a concentração do reagente principal e mantém-se a concentração dos reagentes constantes, introduzindo-os em excesso, relativo à concentração do componente principal. A variação de concentração dos reagente em excesso é praticamente desprezível.
d) Se ambas as concentração variam, se faz uso do método das taxas parciais.
Este método é utilizado quando se há processos com reações não bem definidas, ocorrendo outras reações elementares ou intermediárias, que não podem ser classificadas nos modelos mais simples de ordem inteira.
Usualmente, adota-se o critério da meia-vida, considerando o tempo de meia-vida (t1/2). Aquele que corresponde a 50% de conversão ou metade da concentração inicial (CA= CA/2), (Figura 6).
Figura 6 – Tempo de meia-vida.
A partir do conhecimento da meia-vida de uma reação em função da concentração inicial, é possível determinar os valores da ordem e da velocidade específica da reação. Se a reação química envolver dois reagentes, o responsável pelo experimento deve usar o método do excesso em conjunção com o método das meias-vidas permitindo expressar a lei de velocidade na forma
Para a reação irreversível
A Produtos
O balanço molar da espécie A em um sistema de reação em batelada a volume constante, combinado com a lei de velocidade, dá origem à seguinte expressão:
Integrando com a condição inicial CA = CAO em t=0, chegamos a
Ressaltando o que já foi dito anteriormente, a meia-vida é definida como o tempo necessário para que a concentração de A seja reduzida à metade de seu valor inicial; isto é: t = t1/2, quando CA = (^) 1/2CA
Substituindo CA = (^) 1/2CA0 na equação anterior, teremos
Não há nada de especial em utilizarmos o tempo necessário à redução da concentração para a metade de seu valor inicial. O que também podemos utilizar como uma segunda alternativa é, usar o tempo necessário à redução da concentração para a 1/n de seu valor inicial, e, nesse caso, teríamos
No método de meias vidas, aplicando o logaritmo natural a ambos os membros da equação
c) De forma análoga à reportada na Figura 8(b), representar agora ln(- rA0) em função de ln(CA0).
Figura 8: (a) - determinação das velocidades de reação, rA; (b) - determinação da constante cinética e da ordem da reação.
O método diferencial de análise dos dados para determinar as ordens e as velocidades específicas de reações é nitidamente um dos mais fáceis, já que demanda apenas um experimento. Entretanto, outros efeitos, como a presença significativa de uma reação reversa, podem comprometer a eficiência do método diferencial. Nesses casos, o método das velocidades iniciais pode ser empregado para determinar a ordem e a velocidade específica da reação. Neste método, uma série de experimentos é conduzida a diferentes concentrações iniciais, CA0, sendo a velocidade inicial, -rA0, determinada para cada experimento. A velocidade inicial, -rA0, pode ser calculada por diferenciação dos dados e posterior extrapolação para o tempo zero. Por exemplo, na reação do cloreto de trifenil metila com o metanol, a velocidade inicial da reação é 0,00028 mol/(dm^3 min). Relacionando -rA0 com CA0 por meio de métodos gráficos ou numéricos, podemos obter a lei de velocidade apropriada. Se a lei de velocidade for da forma
A inclinação da reta do gráfico de ln(-rA0) contra ln(CA0) fornecerá a ordem de reação α.
Num pequeno reator equipado com um medidor sensível de pressão é colocada uma mistura de 76,94% de reagente A e 23,06% de inerte a 1 atm de pressão. A operação é efetuada a 14ºC, temperatura suficientemente baixa para que não haja reação apreciável. A temperatura é elevada rapidamente a 100ºC, sendo obtidas as leituras constantes da tabela a seguir.
A equação estequiométrica é A 2R. Passado um certo período, as análises demonstraram não haver presença de A. Determinar a equação de velocidade nas unidades moles, litros e minutos que melhor se ajuste aos dados obtidos.
A análise dos dados experimentais obtidos revela o desconhecimento da pressão inicial do reator no tempo zero (t=0). O primeiro passo é efetuar este cálculo. A análise das informações disponíveis revela tratar-se de uma reação química a volume constante, sendo que o carregamento do reator é aparado a 14ºC, mas a reação química somente ocorre após a sua elevação para 100ºC. Do estudo de gases ideais a volume constante, têm-se então:
Como a mistura possui 76,94% molar do reagente A, portanto esta é a percentagem do reagente A no reator no início da reação. Da equação de pressão parcial para gases ideais, tem-se então:
A pressão parcial do reagente A ao longo da reação é o parâmetro que necessita ser calculado para a realização do estudo cinético. Utilizando-se de conceitos de estequiometria cinética, tem-se que:
Aplicando-se nos dados disponíveis do exercício têm-se o cálculo de pA.
Supõe-se uma ordem para a reação e deduz-se a equação de velocidade da suposta ordem. Em seguida, verifica-se graficamente se os dados experimentais se ajustam ao modelo matemático proposto.
2.1 – Suposição - Ordem 1:
2.3 – Suposição - Ordem 1,5:
PASSO 3 – MÉTODO DIFERENCIAL
O primeiro passo é a construção do gráfico de pressão parcial do reagente (pA) versus tempo (t) a partir dos dados experimentais disponíveis. Para uma reação química de ordem genérica n, tem-se:
Aplicando-se logaritmos de ambos os lados:
Finalmente tem-se que:
Constrói-se o gráfico de pressão parcial de versus tempo. Em seguida, escolhem-se alguns pontos sobre a curva e traça-se as retas tangentes a cada ponto. Para cada um destes pontos calcula-se então o valor de (-dpA/dt), que na prática é o ∆pA/t do triângulo a ser visualizado a partir da reta tangente traçada.
que k = 0,430 (atm)0,44(min)-1. Verifica-se que os resultados encontrados são muito parecidos com os obtidos no método integral.
PASSO 4 - MÉTODO DO TEMPO DE MEIA-VIDA
O ponto inicial da resolução por este método é o gráfico de pressão parcial do reagente (pA) versus tempo (t). Neste gráfico, escolhem-se 3 supostas condições iniciais, nas quais para cada pA0 proposto, lê-se o tempo de meia-vida de cada um dos 2 pontos escolhidos. Neste exemplo, estão sendo escolhidos pA0 = 1atm, pA0 = 0,8 atm e pA0 = 0,46 atm.
Do gráfico (próxima folha), pode-se calcular o t½ para cada um das pressões iniciais consideradas.
Estes valores então são utilizados na equação matemática deste método o que resulta no cálculo da ordem, a partir da seguinte equação:
Os resultados encontrados, após combinação de pares de Pressão inicial e tempo de meia vida, são:
Como os resultados são bem próximos, considera-se a média destes valores como uma resposta adequada para a ordem da reação. Neste caso, n = 1,57.
O Cálculo da constante de velocidade é feito a partir da seguinte equação:
Aplicando-se esta equação para as 3 condições propostas, o resultado obtido é apresentado na tabela abaixo:
Como os resultados são bem próximos, considera-se a média destes valores como uma resposta adequada para a constante de velocidade da reação. Neste caso, k = 0,482 (atm)0,56(min)-
Levenspiel, O., Modelling in chemical engineering, Chemical Engineering Science, 57, 4691 – 4696, 2002.
Smith, J. M., Chemical Engineering Kinetics, 3rd ed., McGraw-Hill, 1981.
Schmal, Martin., Cinética e Reatores: aplicação na engenharia química: teoria e exercícios– Editora Synergia, 2010.