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Determinação da idade ótima de intervenção em um povoamento de Pinus taeda L.
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de conclusão de curso apresentado noCurso de Engenharia Florestal da Faculdade Jaguariaívapara obtenção – FAJAR, do título como de requisito Bacharel parcial em Engenharia Florestal. Orientador: Prof. Vitor Cezar Miessa Coelho
Dedico este trabalho aos meus pais, Dona Lúcia e Sr. Irineu, sobre tudo à minha amada mãe, pela sua generosidade, compreensão, paciência, pelo seu amor incondicional, não fosse por ela nada disso seria possível. Ao meu querido filho Dudu, meu maior incentivador, que nos momentos de fraqueza a sua simples imagem em minha memória me dava forças para continuar. Ao meu irmão Fábio de tantas idas e vindas nesses anos que se passaram. As minhas irmãs, Fabiana e Neiva, que sempre acreditaram em mim. Aos meus avós maternos, vó Santa e vô Mario, exemplos de conduta, com seus sábios conselhos, sempre desejando o melhor para mim. A memória dos meus avós paternos, vó Maria e vô Antonio, bom seria tê-los presentes ao meu lado, mas sei que estiveram sempre junto de mim. A Ana Paula, que nesses últimos meses se manteve sempre ao meu lado e desejo que isso se perpetue. A vocês dedico o que existe de melhor em mim, dedico o meu amor, que em tudo acredita, que tudo sustenta, que tudo se espera, esse amor que nunca se acaba.
Agradecimentos
A Deus, pela minha vida. Aos meus professores, pela minha formação, em especial ao professor Vitor Coelho, que me orientou neste trabalho e aos professores Osmael Portela e Daniella Magossi, que me ajudaram e me apoiaram nos momentos mais difíceis de minha formação acadêmica, por mais que tente é impossível para eu expressar tamanha gratidão e admiração por vocês. Aos meus colegas de classe, a todos sem exceções, que me aturaram por esses anos. Aos grandes amigos Tom, Casado e Julio, parceiros de muitos trabalhos acadêmicos e em especial ao meu grande amigo Valdemilson o “Breack”, que por muitas vezes me acolheu em seu lar nos meus momentos de dificuldades. A Dona Erondina e Senhor Wilson, que me acolheram de braços abertos em sua família. Aos meus pais, sempre.
O presente estudo tem como objetivo principal determinar a idade ótima para intervenção em um povoamento de Pinus taeda L. baseando-se em sua máxima produção biológica. O estudo foi realizado em um povoamento florestal de Pinus taeda L. não desbastado com 32 anos de idade, pertencente a uma empresa do setor florestal no municípiode Jaguariaíva, Paraná. Os discos para análise parcial do tronco foram cedidos pela própria empresa, que por sua vez são oriundos de estudos anteriores. Para tanto foram abatidas 34 árvores distribuídas em 7 unidades amostrais cada uma contendo 7 classes diamétricas, sendo que as classes diamétricas I e VII, foram descartadas por não possuírem freqüência observada. Os modelos de equações de crescimento e produção testados foram de Prodan e Schumacher sendo respectivamente; (^) e . Por derivação das equações de crescimento e produção foi possível determinar o Incremento Corrente Anual (ICA) e para a obtenção do Incremento Médio Anual (IMA) foi feita a divisão dos resultados decorrentes das equações de crescimento e produção pela idade correspondente. A análise dos gráficos de crescimento e produção indicaram que o povoamento encontra-se estocado, porém com a possibilidade de retomada do crescimento com a eventual liberação dos fatoresambientais. A partir das análises dos gráficos de ICA x IMA foi possível determinar a idade ótima de intervenção segundo as classes diamétricas. Portanto para as classes diamétricas II; III; IV; V e VI, fica determinado que, a idade ótima biológica de intervenção são respectivamente 10; 9; 13; 15 e 18 anos. Palavras chaves: Pinus taeda L., idade, desbaste.
GRÁFICO 1 – Aspecto geral da curva de produção e crescimento. ........................................ GRÁFICO 2 – Ponto de máxima tangência evidenciado pela reta........................................... GRÁFICO 3 – Cruzamento das curvas de ICA e IMA. ........................................................... GRÁFICO 4 – Comportamento da curva de crescimento e produção da classe classe II da unidade amostral 5 ....................................................................................................................
ACT - Análise Completa do Tronco ANATRO - Análise do Tronco APT - Análise Parcial do Tronco AT - Análise do Tronco C - Classe DAP - Diâmetro a Altura do Peito G - Área seccional I - Idade IA - Incremento Anual IC - Incremento Corrente ICA - Incremento Corrente Anual IM - Incremento Médio IMA - Incremento Médio Anual ITD - Idade Técnica de Desbaste UA - Unidade Amostral
Nas últimas décadas, houve uma crescente demanda por produtos de origem florestal, sobretudo daqueles oriundos de essências florestais cultivadas, justificado pela pressão das autoridades ambientais em função do ritmo acelerado dos desmatamentos, que consumiram grande parte desses recursos florestais naturais, chegando a níveis críticos de escassez. Algumas espécies florestais por serem consideradas madeiras nobres e utilizadas nos mais diversos setores do seguimento florestal foram amplamente exploradas. Mais especificamente na região sul do Brasil com expansão demográfica e crescimento exponencial da população, houve um grande consumo desses recursos, podendo citar como exemplo a espécie Araucaria angustifolia (BERTOL.) KUNTZE, chegando a quase extinção em meados da década de 1970 em função do extrativismo exacerbado. Em decorrência a esse fato, houve uma necessidade iminente de um produto similar para atender a demanda do mercado consumidor, o que propiciou como alternativa para suprir a referida demanda o cultivo de maciços florestais do gênero Pinus, e com sucesso, foi bem aceito com esse propósito. Concomitante a isso, o governo, como forma de fomento, promulga a lei de incentivo fiscal para florestamento e reflorestamento, acarretando em uma intensificação no cultivo de essências florestais exóticas, o que conseqüentemente, corroborou efetivamente com o aumento dos estudos e pesquisas referentes a esse segmento com o objetivo fundamental de melhorias dos aspectos qualitativos e quantitativos da produção florestal. Nesse novo patamar a engenharia florestal brasileira toma impulso, e nos estados que compreende a região sul do Brasil o gênero Pinus se destaca, aliviando a pressão sobre os remanescentes florestais nativos.
Deve-se atentar para a idade ótima de intervenção de desbaste em povoamentos florestais, pois, intervenções prematuras de desbaste, em suma, apresentam um caráter antieconômico, podendo prejudicar no rendimento financeiro, visto que o povoamento não entrou em competição, indicando que as árvores a serem retiradas obterão um ganho maior de incremento, aumentando, com efeito, o retorno dos investimentos de implantação do povoamento já no primeiro desbaste, e em intervenções tardias com a competição já estabelecida, pode acarretar em prejuízos a produção de madeira comercial futura em função da diminuição nos ganhos de incremento das árvores remanescentes, além de prolongar o tempo de retorno financeiro.
O presente estudo tem como objetivo principal determinar a idade ótima para intervenção em um povoamento de Pinus taeda L. baseando-se em sua máxima produção biológica.
No tocante a produção florestal uma das técnicas que possibilitam o seu aumento é o desbaste, visto que o incremento em altura depende exclusivamente da capacidade produtiva do sítio onde está inserido o povoamento florestal, já o crescimento em diâmetro, além de estar intrinsecamente relacionada à capacidade produtiva do sítio, se deve quase que exclusivamente pela disponibilidade de fatores ambientais, que por sua vez é influenciada pela intervenção de desbaste. Com a intervenção do desbaste é possível concentrar a capacidade produtiva do sítio nas árvores mais promissoras do povoamento, aumentando, portanto o estoque de madeira em cada árvore remanescente e, consequentemente, o seu valor comercial, em função de uma destinação mais nobre para essa madeira. Os desbastes têm sido, particularmente no caso de Pinus sp , uma das mais importantes alternativas silviculturais, influenciando o crescimento e a produção por meio do tamanho, do vigor, da qualidade das árvores e da regulação da densidade (SCOLFORO e MACHADO, 1996). Há de se destacar que a idade de desbaste em sua maioria é determinada de forma empírica, deixando margem para dúvidas quanto a sua efetividade, contudo, nos dias atuais essa situação torna-se cada vez menos aceitável, devido ao grau de desenvolvimento do setor florestal que, exige cada vez mais, resultados positivos embasados em informações concretas, não deixando espaço para suposições.
SOUZA (1973), apud ENCINAS, SILVA e PINTO (2005), define a idade da árvore como o número de anos transcorridos desde a germinação da semente, ou da brotação das touças de uma raiz, até o momento em que é observado ou medido. Segundo KOEHLER (2009), na mensuração florestal a idade da árvore é uma variável muito importante, especialmente na estimativa da produção florestal, sendo utilizada principalmente nas avaliações de crescimento e produtividade de um sítio e nos planos de ordenamento florestal. No mesmo sentido, ENCINAS, SILVA e PINTO (2005), afirma que, a idade é também utilizada como ferramenta para práticas silviculturais, na determinação do crescimento presente e futuro da floresta e nas decisões dos planos de manejo. Em povoamento multiâneos característico de florestas nativas, a idade torna-se um parâmetro difícil de determinar, pois as árvores não iniciam o seu crescimento em uma mesma época, portanto para essa situação a idade é determinada de forma empírica visualmente pelo aspecto geral da árvore. Em povoamentos equiâneos, formação característica de florestas plantadas, sobretudo em coníferas, pode-se lançar mão da técnica de contagem dos anéis anuais de crescimento que é composto por duas camadas, uma outonal e outra primaveril, que se desenvolvem normalmente no intervalo de um ano e que são bem definidas nessas espécies.
O termo produção é definido por ASSMANN (1970) apud DACOSTA (2008), como o processo de crescimento da floresta em relação ao tempo, sítio e as medidas técnicas e econômicas adotadas no manejo. A produção de um povoamento pode ser expressa graficamente, e adquire um formato peculiar, apresentando uma curva sigmoidal, caracterizada pela dinâmica do desenvolvimento do povoamento, um ponto de inflexão (1), que por sua vez coincide com o ponto de máxima produtividade do ciclo, indicando também a transição das fases juvenil e madura do povoamento, um ponto de máxima tangência (2), que indica o ponto de máximo incremento médio anual e a transição das fases de maturidade e senilidade do povoamento, e uma assíntota (3), paralela a curva de produção imediatamente após o ponto de máxima tangência, que representa a estabilização ou o estoqueamento da produção do povoamento.
GRÁFICO 1 – Aspecto geral da curva de crescimento e produção.Fonte: do autor
Entende-se por crescimento, então, o aumento de dimensões mensuráveis (altura, diâmetro) de uma árvore ou povoamento florestal em um espaço de tempo, o incremento refere-se à variável dendrométrica mensurada sucessivamente ao longo do tempo, e a produção é o acumulo das variáveis de interesse mensuradas desde a perpetuação do povoamento até a idade da última medição.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
CURVA DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
*** 1**
3
Idade (anos)
Àrea Seccional ( g )
A metodologia mais precisa para avaliar conjuntamente a idade e o crescimento de uma árvore é a contagem e medição dos anéis de crescimento, respectivamente, quando, obviamente, não se conhece a data de plantio. KOEHLER (2009). Para DACOSTA (2008), trata-se de um procedimento empregado para estudar a história do crescimento em diâmetro e altura de uma árvore, reconstruindo o perfil do tronco da árvore desde sua fase jovem até a idade da análise, principalmente para aquelas espécies que apresentam anéis de crescimento visíveis. Corroborando para isso, CAMPOS e LEITE (2009), diz que, a análise do tronco é um procedimento empregado para estudar a história do crescimento em altura de uma árvore. Também presta para conhecer o crescimento em diâmetro e volume. Complementando, o mesmo autor diz que, as medições dos anéis de crescimento são feitas em seções horizontais do tronco permitindo o emprego de arvores já maduras para obter informações de árvores velhas e novas. Segundo ENCINAS, SILVA e PINTO (2005), o procedimento para contagem dos anéis de crescimento consiste na realização de uma análise de tronco, que pode ser completa ou parcial. Do mesmo autor, este método adquire importância, uma vez que em qualquer época pode-se reconstruir o passado de uma árvore, sintetizando seu comportamento desde o estágio juvenil até o momento em que é realizada a análise.