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elemento compositivo no Design de Interiores contemporâneo. O campo de ... ilustrada de Francis D.K. CHING e Corky BINGGELI (2005)”, versão em língua.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Marjorie Lemos Gubert
Porto Alegre
Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós- Graduação em Design – da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Design, modalidade Acadêmico.
Orientação: Profª. Drª. Evelise Anicet Ruthschilling
Porto Alegre/RS 2011
Agradeço a minha família, pelo amor, pelo suporte e incentivo durante todas as etapas deste trabalho. Ao meu filho, que desperta o que há de melhor em mim e me faz seguir em frente. Ao meu marido, pelo seu apoio e carinho. A minha mãe, minha amiga, parceira de toda minha jornada, pelo seu apoio e amor incondicional. Aos meus irmãos Mauricio e Leonardo Gubert, exemplos de lutas e conquistas, que fazem da Natureza o ponto de partida para qualquer discussão científica. Aos meus amigos, que, de alguma forma, contribuíram para a realização desta pesquisa, em especial a Jussara Maia que, durante essa trajetória, ajudou-me a valorizar, com amor, a simplicidade do dia-a-dia; a Márcia Calazans, que há tempos me acompanha e me fez crer no desenvolvimento dessa pesquisa; a Claudia Sachs, com quem compartilhei questionamentos que me ajudaram a construir com clareza os meus objetivos; a Luciana Monteiro, que, em um momento especial, ajudou-me a seguir em frente, e a Ângela Gubert, pela sua atenção e carinho. Um agradecimento também especial a Maria Emilia Soares, que me ajudou a atravessar esse momento particular de minha vida e a acreditar que, além dos desafios pessoais, o conhecimento adquirido tem que ser compartilhado e que é preciso vencer as dificuldades para chegar a esse fim. Ao arquiteto Francisco Humberto Franck, por sua atenção e pelos documentos disponibilizados que contribuíram para a realização dessa pesquisa. A minha orientadora, professora Dra. Evelise Anicet Rüthschilling, por ter acreditado em mim, pela orientação, pela dedicação, pelo incentivo e pela valiosa contribuição no desenvolvimento dessa pesquisa. Ao Programa de Pós-Graduação em Design da UFRGS, à coordenação, aos professores e aos funcionários, pela dedicação e trabalho. À equipe do NDS (Núcleo de Design de Superfície), que sempre esteve disponível e contribuiu efetivamente com minha formação em Design de Superfície. A CAPES, pela bolsa de mestrado concedida, que, por 6 meses dessa jornada, possibilitou minha dedicação integral a esta pesquisa.
A presente dissertação estuda a relevância das padronagens como elemento compositivo no Design de Interiores contemporâneo. O campo de observação compõe-se da inter-relação entre o Design de Interiores e o Design de Superfícies, presente nos revestimentos e acabamento dos objetos. O desenvolvimento desta pesquisa teve como ponto inicial a constatação da autora, a partir da experiência profissional, da importância da padronagem na definição da identidade do ambiente e à forma intuitiva que se dá o processo de escolha desse elemento compositivo pelo profissional da área. A discussão do tema fundamenta-se teoricamente na investigação de autores como Ching e Binggeli, Gibbs, Gurgel, Rüthschilling, Lupton e Phillips, Savoir e Vilaseca, entre outros. O estudo está estruturado a partir de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo, utilizando as técnicas de pesquisa bibliográfica, documental, estudo de campo e estudo de caso. Com o intuito de verificar a importância das padronagens no Design de Interiores, a pesquisa tem como base conhecer a atividade de Design de Interiores, o desenvolvimento do projeto, observação de campo e estudo de caso de projeto específico. Apresenta o estado da arte do Design de Superfície sob o aspecto conceitual e compositivo no desenvolvimento das padronagens aplicadas em ambientes, por meio do estudo das “Visualidades Contemporâneas”. Na discussão dos resultados identifica a presença das padronagens no campo da pesquisa – Design de Interiores e Design de Superfície aborda os aspectos considerados na utilização da padronagem como elemento compositivo no ambiente. Conclui que a padronagem é um elemento compositivo relevante na construção da identidade do ambiente. Evidencia a presença do Design de Superfície no desenvolvimento das padronagens observando os aspectos técnicos e conceituais aplicados aos revestimentos identificados em ambientes contemporâneos. Destaca a crescente e expressiva a utilização das padronagens, sendo quase impossível presenciar uma superfície sem tratamento. Palavras–Chaves: Design de Interiores – Design de Superfícies - Padronagens
ABD – Associação Brasileira de Design de Interiores APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos DA – Design de Ambientes DI – Design de Interiores DS – Design de Superfície EBA – Escola de Belas Artes IED – Instituto Europeo de Design IIDA – International Interior Design Association IFI – International Federation of Interior Designers / Architects IFPB – Instituto Federal da Paraíba IPA – Instituto Porto Alegre MEC – Ministério da Educação NDS – Núcleo de Design de Superfície UFRGS PGDesign – Programa de Pós-Graduação em Design SBDI – The Society of British Interior Design UAM – Universidade Anhembi Morumbi UEMG – Universidade Estadual de Minas Gerais UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro UFU – Universidade Federal de Uberlândia ULBRA – Universidade Luterana do Brasil
Esta dissertação apresenta o estudo realizado sobre a padronagem apreendida como elemento compositivo do ambiente no contexto do Design de Interiores contemporâneo. Este capítulo tem como objetivo situar o problema da pesquisa-base no universo analisado e demonstrar como a investigação foi estruturada.
1.1. Contextualização do Tema
Observa-se a expansão do campo do Design de Interiores através do número crescente de eventos profissionais ligados ao setor, tais como: lojas de móveis e objetos de decoração, salões de design, feiras de móveis, revestimentos e equipamentos, revistas especializadas, mostras de ambientes (desenvolvidos em parcerias por profissionais e fornecedores). Pode-se destacar a feira de Florença, o Salão de Milão, Surface Design Show (em Londres) etc. Além de programas de televisão enfocados em valorizar o Design de Interiores, e mostrar as tendências e as novidades do mercado, que acontecem no Brasil e no mundo. Com isso, observa-se o crescente interesse das pessoas investirem na adequação do espaço habitado, visando atender o conforto e as necessidades de bem-estar, considerando os aspectos sensórios fisiológicos (visual, acústico, térmico), psicológicos, culturais etc. Dentro desse contexto, o DI 1 vem ampliando sua atuação, consolidando e fortalecendo sua ação no mercado brasileiro, tanto na indústria e no comércio quanto na formação e no desempenho dos profissionais da área. A indústria tem oferecido uma grande variedade de materiais, revestimentos, móveis, tecidos e acessórios a preços relativamente acessíveis, com várias opções de cores, padrões, tamanhos e qualidades. Tudo isso no momento em que se reformulam os modelos tradicionais de produção e de consumo, assim como as expectativas de bem-estar e conforto. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos, APEX, vê-se que:
1 DI é a sigla utilizada neste trabalho para designar a expressão Design de Interiores
do ambiente pode contribuir de maneira a otimizar o espaço atribuindo identidade ao ambiente 3 a partir do conceito do projeto. O designer de interiores, enquanto se discute a regulamentação da profissão, busca estar cada vez mais qualificado para atender a demanda do mercado, conhecer os materiais, os recursos tecnológicos e práticas disponíveis para atender a função, e a estética dos interiores (equipamentos, conforto, segurança, sustentabilidade, acessibilidade). Sua formação pode ser em nível médio, superior ou tecnológico, e nível de bacharelado e pós-graduação. Esta pesquisa aprofunda essas questões no corpo do trabalho.
1.2. Universo da Pesquisa
Esta pesquisa baseia-se na investigação e construção de conhecimentos teóricos sobre Design de Interiores e Design de Superfície investigando os fatores referentes à utilização das padronagens como elemento compositivo no ambiente contemporâneo, em que: − Identifica e constrói conceitos referentes às atividades adjacentes ao Design de Interiores; − Estuda as atribuições sugeridas por determinadas instituições reguladoras da profissão no Brasil, nos Estados Unidos, no Canadá e na Grã-Bretanha; − Evidencia o estado da arte das padronagens no Design de Superfície, observando os aspectos conceituais e compositivos das padronagens em diferentes aplicações; − Estuda as padronagens no desenvolvimento do projeto de Design de Interiores; − Verifica sua utilização como elemento compositivo do ambiente contemporâneo presente nos revestimentos e objetos utilizados (por meio da análise de um ambiente da mostra Casa Cor 2010: o Ateliê do Fotógrafo). A organização e a relação estabelecida entre esses conteúdos estão representadas no esquema a seguir.
3 Conjunto de características recorrentes da composição dos elementos do design de interiores que atribui o aspecto de unidade ao ambiente.
Figura 1: Esquema de organização do conteúdo: Mapa Mental Fonte: autora A fundamentação teórica seguiu a abordagem contemporânea dos autores Ching e Binggeli, Gibbs, Gurgel, entre outros, que contribuíram expressivamente na orientação e estruturação do conteúdo sobre Design de Interiores. A construção do conteúdo referente ao Design de Superfície e ao Design de Padronagens ( pattern design ) contou expressivamente com autores como Rüthschilling, Minuzzi, Lupton e Phillips, Savoir e Vilaseca, entre outros.
1.3. O Problema de Pesquisa
Identificar quais são os aspectos considerados na utilização das padronagens, como elemento compositivo do ambiente, no contexto do Design de Interiores contemporâneo.
1.4. Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
Estudar a utilização da padronagem como elemento compositivo no Design de Interiores contemporâneo.
estar do usuário. Poucos designers de interiores, no entanto, têm compreensão de como e por que essas respostas são produzidas e que padronagens são mais susceptíveis de provocar uma específica reação no usuário. Podendo ocupar uma grande área ou mesmo sendo um detalhe, a padronagem raramente é descrita por suas particularidades. Ela agrega elementos de linguagem carregados de conotações e interpretações pessoais para os usuários, constituindo, assim, um recurso técnico importante no Design de Interiores. As padronagens estão diretamente ligadas às superfícies de forma impressa, aplicada, recortada, projetada em que se somam às características dos materiais propondo volume, profundidade, textura ao projeto de DI. Além do conhecimento empírico e da experiência do profissional, que aspectos estão relacionados no momento de escolha das padronagens? Diante de uma vasta oferta, a necessidade de conciliar o gosto do cliente com a proposta do projeto, que critérios são utilizados na composição com as padronagens? Que aspectos subjetivos (conceituais e compositivos) podem ser observados no estado da arte do Design de Superfície contemporâneo? Essas perguntas são o ponto de partida para o desenvolvimento desta pesquisa. A contribuição desta investigação encontra-se no trabalho da localização deste tema no contexto acadêmico, no mercado, na organização e sistematização de conceitos relativos ao Design de Interiores e ao Design de Superfícies.
A subjetividade quanto à utilização de grafismos como forma de expressão do homem remonta uma longa história da humanidade. Registros encontrados desde o período Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada (30.000 a.C.), mostram que desenhos eram feitos em pedras ornamentais, chifres e utensílios. Segundo KUBISCH e SEGER (2007), o adorno como decoração de interiores, num sentido mais amplo, pode ser documentado desde a época dos primeiros habitantes das cavernas, como mostra uma série de pinturas rupestres na caverna Grotta dei Cervi, no Sul da Itália. As paredes da caverna são decoradas com a pintura de motivos abstratos e figurativos, incluindo cenas de caçadas com arcos e padrões, como labirintos lembrando espirais, provavelmente, o motivo mais comum desde a Pré-história e que tem sido considerado por todas as culturas subsequentes.
Figura 2: Idade da Pedra: Pintura rupestre na parede da Grotta dei Cevi, Apulia. Fonte: Kubisch e Seger (2007, p. 16)
A abstração observada nessas representações resume um caráter particular constante nas expressões artísticas até hoje.