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fissuras labio palatais
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Dissertação apresentada ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo para obtenção de Título de MESTRE em Ciências da Reabilitação. Área de Concentração: Distúrbios da Comunicação Humana.
R. Sílvio Marchione, 3- Caixa Postal 150117043-900 – Bauru – SP – Brasil Telefone: (14) 3235-
Profa. Dra. Suely Vilela Sampaio– Reitora da Usp Prof. Dr. José Alberto de Souza Freitas – Superintendente do HRAC/USP
Autorizo, exclusivamente, para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial deste trabalho.
Lígia Maria da Silva Duarte Bauru, 16 de dezembro de 2005.
D85d Duarte, Lígia Maria da SilvaDesempenho escolar de crianças com fissuras na visão dos pais. / Lígia Maria da Silva Duarte. Bauru, 2005. 121f.: il.; 30cm. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação – Área de Concentração Distúrbios da Comunicação Humana) – HRAC- USP. Cópia revisada em ________/_______/_______ Orientador: José Roberto Pereira Lauris Descritores: 1.Fissura labial 2.Fissura Palatina 3.Educação 4.Aprendizagem.
que sempre me acompanhou ao longo dessa caminhada, que nos mostra todos os dias que podemos vencer as algemas do medo e as amarras de nossas dificuldades e que nenhum deserto é tão árido e tão longo que não passa ser transposto.
A minha mãe, Pelo exemplo de vida, otimismo e alegria sentimentos deixados como herança para toda a minha vida. Ao meu pai, razão da minha existência.
A Ricardo meu companheiro, pela paciência, compreensão e incentivo na realização dos meus sonhos.
Aos meus filhos, Gabriella e Gabriel, Razão do meu viver.
FACE
As faces dos “deficientes” são endurecidas, inseguras, nervosas, e, às vezes, até agressivas escondidas. Faces marcadas pela violência do trauma, da discriminação, do abandono, do medo, faces embrutecidas pelos olhares, pelas palavras, pelos sorrisos, pela desconfiança, faces com cicatrizes, com sulcos de dor, mas que sempre se emocionam com um simples toque de ternura. Apolônio Abadio do Carmo
ix
HRAC = Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais USP = Universidade de São Paulo p = Probabilidade ns = Estatisticamente não significante
x
Figura 1 Desenhos esquemáticos representativos do palato durante eapós a sua formação. 10
Figura 2 Desenhos esquemáticos ilustrando a formação dos palatos primário e secundário, no período embrionário, nos quais seobserva o forame incisivo como referência anatômica para o sistema de classificação das fissuras labiopalatinas.
Figura 3 Ilustrações esquemáticas reúnem os três principais tipos defissura, que acometem os palatos primário e/ou secundário, tomando-se como referência o forame incisivo.
Figura 4 Fissuras de palato primário: pré-forame incisivo. 13 Figura 5 Fissuras do palato primário e secundário – transforame incisivo.
Figura 6 Fissuras do palato secundário: pós-forame incisivo. 14 Figura 7 (^) fissuras raras.Fissuras desvinculadas do palato primário e secundário: 15
xii
14 Crianças da amostra quanto à idade de ingresso escolar. 62 15 Crianças da amostra quanto à escolaridade. 62 16 Crianças da amostra quanto ao tipo de escola que freqüentam.
17 Crianças da amostra quanto à freqüência escolar. 63 18 Crianças da amostra quanto ao desempenho escolar segundo à visão dos pais.
19 Crianças da amostra quanto ao gostar da escola. 64
20 Crianças da amostra quanto à aceitação na comunidade escolar.
21 Crianças da amostra quanto aos sentimentos vivenciados na comunidade escolar.
22 Criançasrelação à dificuldade de aprender. da amostra quanto à queixa do professor em 67
23 Crianças da amostra quanto à interferência da fissura labiopalatina no desempenho escolar.
24 Crianças da amostra quanto à repetência escolar. 68 25 Crianças da amostra quanto à repetência escolar dos irmãos.
26 Criançasatenção especial na escola. da amostra de acordo com a necessidade de 70
27 Sujeitosmelhora nos relacionamentos escolares e sociais com o da amostra com relação à expectativa de término do tratamento.
28 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e o desempenho escolar. das crianças da amostra em categorias 72
xiii
29 Repetência da criança com fissura em relação à repetência dos irmãos.
30 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e alteração estética. das crianças da amostra em categorias 75
31 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e alteração auditiva. das crianças da amostra em categorias 76
32 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto ao tipo de fissura e alteração na fala.
33 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à série em curso e sua idade atual.
34 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à aceitação no ambiente escolar e o desempenho.
35 Distribuição dos sujeitos da amostra em categorias quanto ao tipo de fissura e aceitação na escola.
36 Distribuiçãoquanto à alteração estética e o desempenho escolar. das crianças da amostra em categorias 81
37 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à alteração auditiva e desempenho escolar.
38 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à alteração da fala e desempenho escolar.
xv
filhos com fissura labiopalatina é satisfatório em sua maioria (79%), ou seja, ótimo e bom. Quanto aos possíveis fatores interferentes no desempenho escolar destes indivíduos, a aceitação na escola, as alterações de fala, estética e auditiva foram os achados estatisticamente significativos.
segundo a visão dos pais, foi referido em sua maioria como bom e ótimo (79%) e os possíveis fatores interferentes no desempenho escolar foram aceitação da criança na escola, alteração de fala, alteração estética e alteração auditiva.
xvi
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo; 2005.
with cleft lip and palate, the school performance of their children, identifying the factors related to the school difficulties observed.
Anomalies of University of São Paulo – HRAC/USP/Bauru.
6 to 12 years, of both genders, attending regular elementary schools.
educational level, school performance, relationship in the school and others.
the parental perception, data reveal that 3.0% presented poor performance; 18.0% regular performance; 37.7% optimal performance; and 41.3% presented good performance. The school performance of children with cleft lip and palate was mostly satisfactory (79%), i.e. optimal and good. Concerning the
Introdução - 1
Ao se pensar sobre educação e dificuldades escolares, entendemos que as relações entre ambas percorrem uma construção histórica, social e cultural. Tempos atrás as crianças que apresentavam problemas quanto ao desempenho escolar eram punidas fisicamente, e eram tidas como crianças intelectualmente incapazes de aprender. Neste contexto quando a criança trazia um comprometimento físico, este fator agravava ainda mais a situação, rotulando-a como inadequada à aprendizagem e ao convívio no meio escolar. Atualmente, apesar de amplas discussões sobre a necessidade de se evidenciar as potencialidades do indivíduo no ambiente escolar, ainda observa-se problemas relevantes relacionados à criança com dificuldades. Problemas encontrados no seu próprio meio ambiente, na família e na comunidade. Na vida escolar, algumas crianças têm excelente interação e aproveitamento, enquanto outras apresentam dificuldade de socialização e aprendizagem que podem estar relacionadas à forma de como a criança foi aceita e tratada no ambiente familiar e escolar em relação a sua condição. A questão do desempenho escolar tem sido amplamente discutida na literatura como sendo função de um número grande de variáveis co- responsáveis. Estudos científicos que relatam sobre a aprendizagem e o
Introdução - 2
desempenho escolar de crianças com fissura labiopalatina são escassos com falta de dados e informações adequadas sobre o assunto. Muito do que se tem são teorizações sobre os comportamentos atípicos que as crianças com fissura labiopalatina apresentam como características que podem influenciar na percepção do professor, podendo afetar o seu desempenho em sala de aula. Muitas delas podem vivenciar, na escola, inibição e desconforto devido às cicatrizes e a dificuldade de uma comunicação eficiente, sendo possível que sejam considerados como intelectualmente inferiores, quer pelos colegas, quer pelos professores. E ainda podem ser colocadas no ostracismo pelos seus companheiros como também receberem apelidos tornando-as vítimas de estereótipos e preconceitos sociais (Cariola 1985, Amaral 1986 e Tavano 1994). A fissura labiopalatina pode ocasionar problemas relacionados à competência social, devido a barreiras e limitações, determinadas muitas vezes pelas perturbações emocionais, visto que, o indivíduo, com fissura labiopalatina, pode ser reconhecido com um aluno deficiente pela atratividade física facial (Omote 1990). Convêm lembrar que a escola é a primeira e a mais importante experiência fora do ambiente familiar para muitas crianças que apresentam qualquer deformidade. Será no ambiente escolar, que esta terá que enfrentar novos relacionamentos determinantes para integração e relação interpessoal,