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Guias e Dicas
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desenvolvimentos das crianças com fissura, Notas de estudo de Enfermagem

fissuras labio palatais

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 19/02/2013

rosana-gonzaga-2
rosana-gonzaga-2 🇧🇷

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
DESEMPENHO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM
FISSURA LABIOPALATINA NA VISÃO DOS PAIS.
LÍGIA MARIA DA SILVA DUARTE
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris
Dissertação apresentada ao Hospital
de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
Universidade de São Paulo para obtenção de Título
de MESTRE em Ciências da Reabilitação.
Área de Concentração: Distúrbios da Comunicação
Humana.
Bauru / 2005
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Baixe desenvolvimentos das crianças com fissura e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS

DESEMPENHO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM

FISSURA LABIOPALATINA NA VISÃO DOS PAIS.

LÍGIA MARIA DA SILVA DUARTE

Orientador: Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris

Dissertação apresentada ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo para obtenção de Título de MESTRE em Ciências da Reabilitação. Área de Concentração: Distúrbios da Comunicação Humana.

Bauru / 2005

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS

R. Sílvio Marchione, 3- Caixa Postal 150117043-900 – Bauru – SP – Brasil Telefone: (14) 3235-

Profa. Dra. Suely Vilela Sampaio– Reitora da Usp Prof. Dr. José Alberto de Souza Freitas – Superintendente do HRAC/USP

Autorizo, exclusivamente, para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial deste trabalho.


Lígia Maria da Silva Duarte Bauru, 16 de dezembro de 2005.

D85d Duarte, Lígia Maria da SilvaDesempenho escolar de crianças com fissuras na visão dos pais. / Lígia Maria da Silva Duarte. Bauru, 2005. 121f.: il.; 30cm. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação – Área de Concentração Distúrbios da Comunicação Humana) – HRAC- USP. Cópia revisada em ________/_______/_______ Orientador: José Roberto Pereira Lauris Descritores: 1.Fissura labial 2.Fissura Palatina 3.Educação 4.Aprendizagem.

Dedicatórias

A Deus

que sempre me acompanhou ao longo dessa caminhada, que nos mostra todos os dias que podemos vencer as algemas do medo e as amarras de nossas dificuldades e que nenhum deserto é tão árido e tão longo que não passa ser transposto.

A minha mãe, Pelo exemplo de vida, otimismo e alegria sentimentos deixados como herança para toda a minha vida. Ao meu pai, razão da minha existência.

A Ricardo meu companheiro, pela paciência, compreensão e incentivo na realização dos meus sonhos.

Aos meus filhos, Gabriella e Gabriel, Razão do meu viver.

Agradecimentos

Ao meu orientador Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris, pela orientação e ensinamentos

recebidos, e pela confiança depositada em mim.

À Prof. Dra. Luciana de Vitto, pelo tempo, empenho e esforço dedicado neste trabalho.

Por sua ajuda desinteressada em todo momento e a confiança em mim depositada.

À Prof. Dra. Marisa Feniman, pelas valiosas sugestões no exame de qualificação e

disponibilidade

À Prof. Dra. Patrícia, pelo importante auxílio na parte inicial deste trabalho.

À Prof. Dra. Dionísia pela contribuição e aconselhamento diante dos desafios

enfrentados.

À Dra. Inge que ao nosso primeiro contato admitiu-me como estagiária voluntária neste

ambiente educacional hospitalar e por sua dedicação na presidência neste programa de

Pós-Graduação do HRAC-USP.

Aos funcionários do setor de Recepção e Registro, Mônica, Alessandra e Karen, pela

disponibilidade e ajuda

Aos funcionários do Departamento de Análise de prontuário , Mirian e Bia , pela

disponibilidade, prontidão e auxílio em todas as horas.

À todos os funcionários do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais de

Bauru que direta ou indiretamente, ajudaram na realização deste trabalho.

Aos pacientes do Centrinho e suas famílias, agradeço por serem exemplo e lição de vida.

A todos que, de uma forma ou de outra, compartilharam as alegrias e tristezas ocorridas

no período da realização deste trabalho, e que foram constantes incentivadores para sua

concretização.

Meus eternos agradecimentos

FACE

As faces dos “deficientes” são endurecidas, inseguras, nervosas, e, às vezes, até agressivas escondidas. Faces marcadas pela violência do trauma, da discriminação, do abandono, do medo, faces embrutecidas pelos olhares, pelas palavras, pelos sorrisos, pela desconfiança, faces com cicatrizes, com sulcos de dor, mas que sempre se emocionam com um simples toque de ternura. Apolônio Abadio do Carmo

ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

HRAC = Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais USP = Universidade de São Paulo p = Probabilidade ns = Estatisticamente não significante

  • = Estatisticamente significante

x

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Desenhos esquemáticos representativos do palato durante eapós a sua formação. 10

Figura 2 Desenhos esquemáticos ilustrando a formação dos palatos primário e secundário, no período embrionário, nos quais seobserva o forame incisivo como referência anatômica para o sistema de classificação das fissuras labiopalatinas.

Figura 3 Ilustrações esquemáticas reúnem os três principais tipos defissura, que acometem os palatos primário e/ou secundário, tomando-se como referência o forame incisivo.

Figura 4 Fissuras de palato primário: pré-forame incisivo. 13 Figura 5 Fissuras do palato primário e secundário – transforame incisivo.

Figura 6 Fissuras do palato secundário: pós-forame incisivo. 14 Figura 7 (^) fissuras raras.Fissuras desvinculadas do palato primário e secundário: 15

xii

14 Crianças da amostra quanto à idade de ingresso escolar. 62 15 Crianças da amostra quanto à escolaridade. 62 16 Crianças da amostra quanto ao tipo de escola que freqüentam.

17 Crianças da amostra quanto à freqüência escolar. 63 18 Crianças da amostra quanto ao desempenho escolar segundo à visão dos pais.

19 Crianças da amostra quanto ao gostar da escola. 64

20 Crianças da amostra quanto à aceitação na comunidade escolar.

21 Crianças da amostra quanto aos sentimentos vivenciados na comunidade escolar.

22 Criançasrelação à dificuldade de aprender. da amostra quanto à queixa do professor em 67

23 Crianças da amostra quanto à interferência da fissura labiopalatina no desempenho escolar.

24 Crianças da amostra quanto à repetência escolar. 68 25 Crianças da amostra quanto à repetência escolar dos irmãos.

26 Criançasatenção especial na escola. da amostra de acordo com a necessidade de 70

27 Sujeitosmelhora nos relacionamentos escolares e sociais com o da amostra com relação à expectativa de término do tratamento.

28 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e o desempenho escolar. das crianças da amostra em categorias 72

xiii

29 Repetência da criança com fissura em relação à repetência dos irmãos.

30 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e alteração estética. das crianças da amostra em categorias 75

31 Distribuiçãoquanto ao tipo de fissura e alteração auditiva. das crianças da amostra em categorias 76

32 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto ao tipo de fissura e alteração na fala.

33 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à série em curso e sua idade atual.

34 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à aceitação no ambiente escolar e o desempenho.

35 Distribuição dos sujeitos da amostra em categorias quanto ao tipo de fissura e aceitação na escola.

36 Distribuiçãoquanto à alteração estética e o desempenho escolar. das crianças da amostra em categorias 81

37 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à alteração auditiva e desempenho escolar.

38 Distribuição das crianças da amostra em categorias quanto à alteração da fala e desempenho escolar.

xv

filhos com fissura labiopalatina é satisfatório em sua maioria (79%), ou seja, ótimo e bom. Quanto aos possíveis fatores interferentes no desempenho escolar destes indivíduos, a aceitação na escola, as alterações de fala, estética e auditiva foram os achados estatisticamente significativos.

Conclusão : O desempenho escolar de crianças com fissuras labiopalatinas,

segundo a visão dos pais, foi referido em sua maioria como bom e ótimo (79%) e os possíveis fatores interferentes no desempenho escolar foram aceitação da criança na escola, alteração de fala, alteração estética e alteração auditiva.

Descritores : fissura labial, fissura palatina educação, aprendizagem.
_________________________________________________________________

xvi

ABSTRACT

Duarte LMS. School performance of children with cleft lip and palate
according to the standpoint of parents [dissertation]. Bauru: Hospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo; 2005.

Objective : to investigate, by evaluation of the opinion of parents of patients

with cleft lip and palate, the school performance of their children, identifying the factors related to the school difficulties observed.

Setting : Outpatient clinic of the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial

Anomalies of University of São Paulo – HRAC/USP/Bauru.

Participants : 300 subjects, parents of children with cleft lip and palate aged

6 to 12 years, of both genders, attending regular elementary schools.

Evaluation : Interview addressing data on personal identification, origin,

educational level, school performance, relationship in the school and others.

Results : Concerning the school performance of study subjects according to

the parental perception, data reveal that 3.0% presented poor performance; 18.0% regular performance; 37.7% optimal performance; and 41.3% presented good performance. The school performance of children with cleft lip and palate was mostly satisfactory (79%), i.e. optimal and good. Concerning the

Introdução - 1

  1. INTRODUÇÃO.

Ao se pensar sobre educação e dificuldades escolares, entendemos que as relações entre ambas percorrem uma construção histórica, social e cultural. Tempos atrás as crianças que apresentavam problemas quanto ao desempenho escolar eram punidas fisicamente, e eram tidas como crianças intelectualmente incapazes de aprender. Neste contexto quando a criança trazia um comprometimento físico, este fator agravava ainda mais a situação, rotulando-a como inadequada à aprendizagem e ao convívio no meio escolar. Atualmente, apesar de amplas discussões sobre a necessidade de se evidenciar as potencialidades do indivíduo no ambiente escolar, ainda observa-se problemas relevantes relacionados à criança com dificuldades. Problemas encontrados no seu próprio meio ambiente, na família e na comunidade. Na vida escolar, algumas crianças têm excelente interação e aproveitamento, enquanto outras apresentam dificuldade de socialização e aprendizagem que podem estar relacionadas à forma de como a criança foi aceita e tratada no ambiente familiar e escolar em relação a sua condição. A questão do desempenho escolar tem sido amplamente discutida na literatura como sendo função de um número grande de variáveis co- responsáveis. Estudos científicos que relatam sobre a aprendizagem e o

Introdução - 2

desempenho escolar de crianças com fissura labiopalatina são escassos com falta de dados e informações adequadas sobre o assunto. Muito do que se tem são teorizações sobre os comportamentos atípicos que as crianças com fissura labiopalatina apresentam como características que podem influenciar na percepção do professor, podendo afetar o seu desempenho em sala de aula. Muitas delas podem vivenciar, na escola, inibição e desconforto devido às cicatrizes e a dificuldade de uma comunicação eficiente, sendo possível que sejam considerados como intelectualmente inferiores, quer pelos colegas, quer pelos professores. E ainda podem ser colocadas no ostracismo pelos seus companheiros como também receberem apelidos tornando-as vítimas de estereótipos e preconceitos sociais (Cariola 1985, Amaral 1986 e Tavano 1994). A fissura labiopalatina pode ocasionar problemas relacionados à competência social, devido a barreiras e limitações, determinadas muitas vezes pelas perturbações emocionais, visto que, o indivíduo, com fissura labiopalatina, pode ser reconhecido com um aluno deficiente pela atratividade física facial (Omote 1990). Convêm lembrar que a escola é a primeira e a mais importante experiência fora do ambiente familiar para muitas crianças que apresentam qualquer deformidade. Será no ambiente escolar, que esta terá que enfrentar novos relacionamentos determinantes para integração e relação interpessoal,