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Conceitos básicos de redes
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Antes da criação da Ethernet, no princípio da década de 60, os grandes computadores tinham uma Unidade de Controle de Processamento (UCP) construída com aproximadamente 10.000 transistores discretos. Na metade dessa década apareceram os circuitos integrados, que continham vários transistores em uma única pastilha. Daí para diante, em um processo acelerado de integração e miniaturização, o número de transistores contidos em uma pastilha multiplicou- se enormemente, e com isso o custo dos equipamentos caiu vertiginosamente. Em 1971, um aviso comercial publicado pela Intel na revista Electronic News reportava uma nova era na eletrônica, anunciando a existência de um dispositivo com aproximadamente 2.000 transistores que seria batizado de microprocessador.
A conseqüência direta desse desenvolvimento tecnológico foi uma proliferação de sistemas de pequeno tamanho, que cresciam ano a ano, levando a uma nova necessidade: a de interconectar esses equipamentos a fim de poder compartilhar recursos caros e também trocar dados entre os diversos sistemas.
No final da década de 60 entrou em funcionamento uma rede wireless chamada ALOHA, que utilizava o primeiro algoritmo que permitia a comunicação entre estações utilizando um canal único. Esse algoritmo ficou conhecido como protocolo de acesso múltiplo , e permitia que estações de trabalho existentes nas ilhas do Hawaii se comunicassem entre si. Essa rede foi desenvolvida principalmente por Norman Abramson, da Universidade do Hawaii. Nessa rede, qualquer estação transmitia quando tinha dados a transmitir, e esperava um ACK para ver se o pacote chegou no destino. Caso o ACK não viesse, a conclusão era que ocorreu uma colisão, ou seja, outra estação transmitiu simultaneamente. Nesse caso, ela esperava randomicamente determinado tempo e tentava novamente.
Esse sistema, conhecido como ALOHA puro, tinha uma eficiência baixa (o máximo que se conseguia era aproximadamente 18% devido ao aumento na taxa de colisões). Uma melhoria nesse sistema foi o ALOHA “slotted”, que possuía um relógio de sincronismo, onde as estações só transmitiam com o relógio. Isso causava colisões somente no início das transmissões, e não mais durante todo o tempo de duração do quadro. A eficiência aumentou para aproximadamente 37%.
No final de 1972, Bob Metcalfe, na época trabalhando na Xerox, desenvolveu um sistema para interconectar os computadores Xerox Alto (entre eles e com impressoras). Esse sistema foi baseado no ALOHA, e tinha uma taxa de transmissão de 2,94 Mbit/s, conectando mais de cem estações na distância de 1 Km. Essa rede foi chamada “Alto ALOHA Network”. Em 1973, Metcalfe mudou seu nome para Ethernet , para deixar claro que o sistema funcionava em qualquer máquina, e não apenas nos computadores da Xerox.
Em 1976, esse sistema foi publicado na revista Communications of the ACM, sendo apresentado ao público. A patente para o Ethernet foi criada em 1978, pela Xerox.
Tal sistema fez tanto sucesso que a DEC, Intel e Xerox, desenvolveram uma especificação de uma rede Ethernet a 10 Mbit/s. A primeira publicação do padrão Ethernet original foi em 1980, pela DEC, Intel e Xerox (padrão DIX), e posteriormente liberado sem qualquer ônus para a criação das normas abertas, juntamente com o nome “Ethernet”.
Nessa época vinham acontecendo esforços para desenvolvimento de padrões abertos, e o instituto IEEE tomou como base a norma DIX para criar o padrão IEEE 802.3, em 1985, chamado “ IEEE 802.3 Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection (CSMA/CD) Access Method and Physical Layer Specifications ”.
Em 1979, Bob Metcalfe fundou a 3Com ( Computer, Communication, Compatibility ), com o objetivo de auxiliar na comercialização do Ethernet [SPU 00], pg 20.
Depois da publicação da norma original IEEE 802.3 para cabo coaxial grosso, foi desenvolvida uma nova norma para coaxial fino, mais barato. Essa tecnologia foi inventada também pela equipe de Bob Metcalfe, da 3Com.
Desde então, essa tecnologia avançou rapidamente, passando da etapa experimental à etapa comercial. Uma das principais razões desse desenvolvimento foi o aumento da velocidade dos equipamentos e diminuição do custo de hardware.
O IEEE (Institute for Electrical and Electronics Engineers) padronizou uma série de normas que são utilizadas nas LANs atuais. Abaixo se encontram algumas tecnologias que estão sendo discutidas ou que já foram padronizadas.
As normas estão sempre evoluindo para adicionar um novo meio físico ou facilidade. Estes novos suplementos recebem uma letra para identificação, e quando o processo de normalização está completo, ele se torna parte da norma básica e não é mais publicado como um suplemento separado.
Alguns suplementos do IEEE 802.3 são descritos a seguir [SPU 00] pg. 8:
HUB
As características dessa rede dependem na maior parte das funções executadas pelo nó central, que podem ser diferentes dependendo do caso. Algumas destas funções são descritas a seguir:
A topologia em estrela é típica de redes telefônicas, com a central telefônica concentrando milhares de pares de fios em um só local. Esta topologia também é utilizada em PABX, onde os ramais e troncos são centralizados no equipamento.
Nas redes locais, a topologia estrela já está bastante difundida, devido às seguintes vantagens:
Entretanto, o componente central da estrela é bastante crítico e, na falha deste, toda a rede pára. Em alguns casos, é mantido um equipamento centralizador reserva para garantir a rapidez na manutenção da rede se acontecer alguma falha. Em caso de falha, um dos equipamentos centrais é desligado e o outro toma seu lugar.
1.3.2 Topologia em anel A topologia em anel consiste de um laço fechado no qual cada nó está conectado mediante um dispositivo repetidor intercalado ao meio. A informação circula unidirecionalmente no interior do anel, formando uma série de enlaces ponto a ponto entre os repetidores, conforme mostra a figura a seguir. Existem redes onde a transmissão é bidirecional, com um canal físico específico para cada transmissão (FDDI, por exemplo).
Um exemplo de rede local em anel é a Token Ring, onde a estação que deseja transmitir deve esperar sua vez e então enviar a mensagem ao anel, na forma de um pacote que possui, entre outras informações, o endereço fonte e destino da mensagem. Quando o pacote chega ao destino, os dados são copiados em um buffer auxiliar local e o pacote prossegue através do anel até fazer toda a volta e chegar novamente na estação origem, que é responsável por tirá-lo de circulação.
Em alguns casos cada nó possui um repetidor regenerador de mensagens, permitindo às redes que utilizam essa topologia obterem uma distância bem maior entre cada nó, fazendo com que a distância máxima seja maior que nas outras topologias. Essa é a topologia preferida em redes de longa distância (WANs), devido à redundância de caminhos que proporciona.
Em redes locais, como cada nó participa do processo de transmissão de qualquer mensagem que circule na rede, a confiabilidade do conjunto depende da confiabilidade de todos os nós, sendo necessário introduzir mecanismos de proteção para eliminar automaticamente do anel nós que possuam falhas, a fim de que essa situação não afete todo o sistema. Isso é comum nas redes FDDI.
OBS: Na prática, as redes na topologia em anel geralmente são interligadas fisicamente na forma de uma estrela, devido às melhores características de segurança da topologia estrela. Uma conseqüência negativa disso é que a distância das redes locais em anel é bastante reduzida.
1.3.3 Topologia em barra Em uma topologia em barra, tudo que é transmitido por uma estação através do barramento é escutado por todos os outros nós quase simultaneamente, caracterizando, portanto, um canal broadcast. A figura a seguir ilustra a topologia em barra.
O meio deve ser bidirecional, pois as mensagens partem do nó gerador em direção ao terminador do cabo, e apenas uma estação deve transmitir por vez, pois de outro modo ocorrem colisões e os dados são perdidos.
Nessa topologia, existem dois métodos principais de controle de acesso ao meio:
( jam signal ) [SPU 00] pg 56. Nesse ponto a interface interrompe a transmissão e entra no algoritmo de recuperação de colisão, esperando um tempo aleatório para tentar novamente.
O tempo aleatório que é esperado pelas estações obedece a um algoritmo conhecido como “ truncated binary exponential backoff ”, que funciona da seguinte forma: após a primeira colisão, a estação espera um tempo randômico equivalente a 0 ou 1 períodos de contenção. Caso transmita e ocorra nova colisão, a estação espera de 0 a 3 períodos de contenção, e assim por diante enquanto ocorrer colisão (o período randômico varia de 0 a 2n-1). Se ocorrerem 10 colisões seguidas, o intervalo randômico é congelado em um máximo de 1023 períodos de contenção. Se acontecerem 16 colisões seguidas, é reportado um erro para a estação que está tentando transmitir [SPU 00] pg. 27.
O tempo de contenção é definido como duas vezes o tempo que a mensagem leva para se propagar de um extremo ao outro do condutor, ou seja, é o equivalente a 64 bytes ou 512 bits [SPU 00] pg. 57. Note que a duração de um bit é diferente dependendo da velocidade do Ethernet, sendo de 100 ns para 10Mbit/s e 10ns para 100Mbit/s.
O tempo de contenção significa o máximo tempo que uma estação demora em detectar se houve colisão na sua mensagem. Assim, passado esse tempo, ela tem certeza que não sofrerá interferência de outras estações. Em outras palavras, suponha uma estação em um extremo do cabo iniciando uma transmissão no instante t0. Algum tempo depois (τ), os primeiros bits da mensagem vão atingir a extremidade oposta do cabo. Se uma segunda estação na extremidade oposta do cabo ouvir o meio físico um pequeno instante antes de t0 +τ, ela vai achar que o meio está livre e vai começar sua transmissão. A segunda estação vai detectar quase imediatamente a colisão, mas a primeira estação só vai detectar esta colisão quando os bits enviados pela segunda estação estiverem chegando nela ( t0 +τ+τ). É por isso que o tempo de contenção é igual a 2τ.
A tabela a seguir mostra os tempos de espera da interface de rede de 10Mbit/s no caso de colisão [SPU 00] pg. 59.
Colisão N. Números randômicos Tempo randômico 1 0...1 (^) 0...51,2 μs 2 0...2 (^) 0...153,6 μs 3 0...7 0...358,4 μs 4 0...15 (^) 0...768 μs 5 0...31 0...1,59 ms 6 0...63 0...3,23 ms 7 0...127 0...6,50 ms 8 0...255 0...13,1 ms 9 0...511 0...26,2 ms 10-15 0...1023 0...52,4 ms 16 N/A Descarta quadro
Uma estação não transmite vários pacotes intermitentemente, sendo obrigada a esperar um tempo conhecido como “ Inter Frame Gap ” (IFG), equivalente a 12 bytes ou 96 bits. Esta medida serve para liberar o meio físico e permitir que outras estações também possam enviar seus pacotes.
Em redes Ethernet Full-duplex, o protocolo CSMA/CD é desligado.
1.4.2 Sem colisão (utilizando token) Além dos protocolos que permitem a existência de colisões, existem outros em que as mesmas não ocorrem, visando aumentar o desempenho da rede, principalmente com alta carga.
Um deles é o método de tokens , utilizado pelas redes Token Ring e Token Bus, que possuem topologias em anel e barra, respectivamente.
Nesse método, existe uma entidade especial denominada token , que fica constantemente circulando entre as estações da rede. Somente a estação que possui o token pode efetuar a transmissão, e como existe apenas um token circulando, não acontecem colisões.
Quando uma estação quer transmitir uma mensagem, ela primeiramente deve aguardar a chegada do token, para então retirá-lo de circulação e enviar sua mensagem. Após a transmissão de sua mensagem, a estação deve gerar novo token para continuar circulando e atendendo as outras estações da rede.
Existem redes que permitem a existência de mais de um token simultaneamente, como as redes FDDI. As estações devem armazenar os quadros em buffers a fim de não gerarem colisões.
Cada tipo de meio físico está relacionado a uma forma de sinalização física na linha, e detalhes da sinalização de linha de cada um deles podem ser encontrados juntamente com a descrição dos padrões 10BASE5, 10BASE2, 10BASE-T e 10BASE-FL, a seguir.
O IEEE utiliza identificadores para os vários tipos de meios físicos e distância. Antigamente, o identificador relacionava a velocidade, tipo de modulação e distância do cabo (arredondada), como o 10BASE5 , significando 10Mbit/s , modulação banda base e distância de 500m. Atualmente, o identificador de distância foi eliminado e, em seu lugar, vem o tipo de meio físico, como o 10BASE-T, onde o T significa Twisted Pair (par trançado).
Nos próximos itens serão descritos os principais identificadores Ethernet:
O padrão 10BASE5 (10Mbit/s, banda base e 500m) identifica o sistema Ethernet original, baseado no cabo Ethernet grosso ( Thick Ethernet cable ). Este cabo, normalmente amarelo, possui marcações a cada 2,5 m para mostrar onde devem ir as conexões ( taps ) referentes a cada estação de trabalho.
Com cabo coaxial grosso, a forma de ligar as estações é como mostra a figura a seguir. Transceptor
Cabo do Transceptor (^) Soquete AUI
A distância máxima de cada segmento é de 500 metros, e pode-se expandir para um máximo de 5 segmentos, ou 2.500 metros, utilizando-se 4 repetidores. O número máximo de estações por segmento é de 100.
2.5.1 Sinalização física no 10BASE No cabo Ethernet grosso, as tensões envolvidas são: bit “1”=0V e bit “0”=-2V, com um nível de offset de “-1V” ao redor do qual o sinal é enviado [SPU 00] pg 118. A figura a seguir ilustra a codificação.
1
Codificação Manchester para o 10BASE5 – coaxial grosso
0 1
-1 V
0 V
-2 V
1 0 0
100ns
O padrão 10BASE2 (10Mbit/s, banda base e 185m) identifica o sistema Ethernet com cabo coaxial fino ( Thin Ethernet cable ). O cabo é mais fino e flexível, utilizando conectores tipo BNC para fazer as junções às estações de trabalho. Este cabo é muito mais barato, o que fez com que esse tipo de rede ganhasse um apelido, “ cheapernet ”.
O conector BNC e terminador utilizado para coaxial fino pode ser visto na figura a seguir (www.helmig.com).
Tanto o cabo coaxial fino como o grosso devem possuir uma impedância de 50 ohms, podendo ser interconectados em certos casos. Ao final do cabo, devem existir terminadores de 50 ohms, que servem para simular a mesma impedância da linha, evitando eco no cabo. Em www.helmig.com, é enfatizado a necessidade de aterrar um dos terminadores, pois na prática a rede pode ficar lenta caso isso não seja feito. Isso é especificado também na norma do cabo Ethernet fino. A figura a seguir mostra os dois tipos existentes para coaxial fino. Cada tipo deve ser usado em um lado da rede. Se aterrar os dois lados ou deixar os dois “abertos”, a rede vai funcionar, mas podem acontecer erros, insegurança na transmissão de dados e lentidão.
O máximo nesse padrão é 185 metros por segmento, e um máximo de 5 segmentos, ou 925 metros, utilizando-se 4 repetidores. O número máximo de estações por segmento é 30, e a distância mínima entre cada estação é de 0,5 metros, conforme figura.
Caso não se utilizem repetidores, pode-se utilizar um segmento único de 300 metros.
2.6.1 Sinalização física no 10BASE
A figura a seguir identifica os segmentos, e se pode visualizar o número de segmentos contando a partir da estação A.
(^1 )
2
A (^) B
(^3 )
C D
(^4 )
E (^) F
(^5 )
G H
3 4
Entretanto, existem hubs empilháveis, ou stackable , que são ligados por um barramento de alta velocidade e funcionam como se fossem um único hub , eliminando dessa forma o limite de 4 hubs imposto anteriormente.
A norma prevê um máximo de 100 metros entre o hub e a estação, e também entre hubs. Para maiores distâncias, pode-se utilizar fibra ótica.
2.7.2 Sinalização física no 10BASE-T Os sinais do 10BASE-T são enviados através de dois pares trançados utilizando transmissão diferencial balanceada, ou seja, em cada par, um fio é usado para levar a amplitude positiva do sinal diferencial (de 0V a +2,5V) e um fio leva a amplitude negativa do sinal (de 0V a –2,5V). O sinal pico a pico medido entre os dois fios é, portanto, 5V.
A transmissão diferencial fornece seu próprio ponto de referência , através do qual os sinais elétricos mudam para negativo ou positivo (de acordo com a codificação Manchester). Não há necessidade de terra comum nos equipamentos ligados por um segmento UTP, o que isola a sinalização de problemas com variações de voltagem de terra, aumentando a segurança do sistema [SPU 00] pg 127. A figura a seguir ilustra o processo.
1
Codificação Manchester para o 10BASE-T – par trançado 0 1
Fio trançado 1
1 0 0
100ns
+2,5V
-2,5V
0 V Fio trançado 2
A norma FOIRL ( Fiber Optic Inter-Repeater Link ) foi publicada em 1989 pelo IEEE, com o objetivo de permitir a ligação de segmentos Ethernet remotos até uma distância de 1.000 m. A especificação original permitia apenas a ligação de dois repetidores, e os fabricantes modificaram o sistema para permitir ligar mais segmentos, bem como estações de trabalho. Essas mudanças foram incorporadas na norma 10BASE-F, descrita a seguir, que veio para substituir o FOIRL.
O padrão 10BASE-F (10Mbit/s, banda base e fibra ótica) identifica o sistema Ethernet com fibra ótica, e foi adotado em 1993, sendo normalmente utilizado para conectar hubs entre si. Da padronização original (10BASE-FB, 10BASE-FP e 10BASE-FL), a 10BASE-FL ( Fiber Link ) é amplamente utilizada atualmente, enquanto as outras são praticamente inexistentes [SPU 00]. O padrão 10BASE-FL define como 2.000 metros a distância entre hubs com fibra ótica multimodo 62,5μm/125μm.
2.9.1 Sinalização física no 10BASE-FL Os transceivers óticos enviam e recebem pulsos de luz através da fibra ótica de acordo com a codificação Manchester, com um esquema de sinalização bastante simples conhecido como NRZ ( Non-Return-to-Zero ), onde o bit “1” significa a existência de luz e o bit “0” significa a ausência de luz. Existe uma fibra para enviar o sinal (TX) e uma para receber o sinal (RX). Veja exemplo na figura a seguir.
1
Codificação Manchester para o 10BASE-FL – fibra ótica 0 1 Presença de luz
Ausência de luz
1 0 0
100ns
Vale lembrar que o Ethernet é um protocolo do subnível MAC do nível de enlace do modelo OSI, e a sua estrutura de quadro é mostrada na figura a seguir.
IEEE 802. IFG (12)
Preâmbulo (7)
DI (1)
End. Destino (6)
End. Origem (6)
Tam (2)
Dados (46-1500)
CRC (4)
Ethernet II IFG (12)
Preâmbulo (7)
DI (1)
End. Destino (6)
End. Origem (6)
Tipo (2)
Dados (46-1500)
CRC (4)
2.10.1 Ethernet SNAP (Ethernet Subnetwork Access Protocol) Foi criada uma modificação no pacote de dados para permitir usar o quadro 802.3 com um campo de comprimento para transportar protocolos diferentes em quadros diferentes, que fluem na mesma rede.
Preâmbulo (7)
End. Destino (6)
End. Origem (6)
Tam (2)
Dados (46-1500)
Control (1 ou 2)
Protocol ID (3)
Ethertype (2) Dados
Maiores referências podem ser encontradas nas seguintes RFC´s:
Na época da criação do padrão Ethernet (1980), a velocidade de 10Mbps era satisfatória, visto que a capacidade de processamento dos computadores era bem inferior. À medida que a tecnologia evoluiu, os computadores ficaram rápidos suficientes para necessitar mais de 10Mbps. Uma resposta a essa necessidade foi a criação do Fast-Ethernet, adotada formalmente em 1995 (IEEE 802.3u – 100BASE-T), estendendo a capacidade do Ethernet para 100Mbit/s, mas preservando a especificação original de formato do quadro de dados. Tal especificação abandonou a utilização de cabo coaxial, sendo padronizada apenas em par trançado e fibra ótica.
Em redes Fast-Ethernet, a topologia utilizada é estrela, e o cabo coaxial não é suportado. Isso permitiu a alteração na sinalização física do sinal, que agora é contínua, ou seja, sempre existe portadora na linha. Quando ninguém está transmitindo, o sinal IDLE é enviado (isso será mais detalhado adiante).
Tipicamente, o mesmo que se aplica no Ethernet se aplica no Fast-Ethernet.
Tanto o 100BASE-TX como o 100BASE-FX utilizam o sistema de codificação 4B/5B para efetuar a transmissão dos sinais. O 4B/5B transforma 4 bits a serem transmitidos em 5 bits, causando um overhead de 25%, mas agregando funções de controle [SPU 00] pg 120. Esta sinalização foi adaptada da utilizada nas redes FDDI ( Fiber Distributed Data Interface ).
A codificação com 5 bits (32 símbolos) ao invés de 4 (16 símbolos) permite um acréscimo de 16 símbolos (32-16) ao sistema. Um desses símbolos é o IDLE, que é continuamente enviado quando não existem dados a transmitir naquele momento. Isso faz com que a sinalização fique permanentemente ativa, enviando sinais a 125Mbauds (overhead de 25% em relação aos 100Mbit/s) quando nada mais está em andamento.
A tabela a seguir mostra alguns símbolos que podem ser enviados no canal. Os símbolos de controle são representados por letras, como J e K, utilizados juntos para marcar o início do preâmbulo no quadro. Outros dois códigos, T e R, são utilizados para marcar o final do quadro.
Dado (4 bits) Código (5 bits) Interpretação 0000 11110 Dado 0 0001 01001 Dado 1 0010 10100 Dado 2 (^0011 10101) Dado 3 (^0100 01010) Dado 4 Etc. Etc. (^) Etc. 1111 11101 Dado F Vazio 11111 IDLE 0101 11000 J (^0101 10001) K Etc. Etc. Etc. A interface de rede ignora os símbolos IDLE, portanto, uma “portadora” só é detectada quando símbolos de dados válidos são vistos no canal, mantendo a compatibilidade com o método CSMA/CD.
3.5.2 Sinalização física no 100BASE-TX A sinalização de linha efetivamente utilizada para transmitir os códigos de 5 bits do 4B/5B sobre par de fios é baseada numa sinalização chamada MLT-3 ( MultiLevel Threshold 3). Durante cada transição de sinal (4 bits convertido para 5 bits) o sinal pode assumir um entre 3 níveis. Durante cada ciclo de relógio, uma mudança de um nível marca bit “1”, enquanto que um sinal constante marca bit “0”. Como o nível de sinal não muda durante os bits “0”, reduz a freqüência necessária no fio, entretanto, torna necessário o uso de um scrambler , a fim de espalhar os padrões de emissão eletromagnética nos dados (/**/?). Os três níveis são conseguidos através de tensões diferenciais que variam de 0 a +1 no fio positivo e de 0 a –1 no fio negativo.
Apesar dessa redução na freqüência necessária, é bom lembrar que o sinal ainda trafega numa taxa de 125Mbauds, e cabos categoria 5 de boa qualidade devem ser usados [SPU 00] pg
A figura a seguir mostra a transmissão do sinal hexadecimal “0E”, que é primeiramente dividido em pedaços de 4 bits, depois passa pela tabela do 4B/5B e então é transmitido através do par trançado na sinalização MLT-3.
http://www.optimized.com/COMPENDI/.
O 100BASE-FX (100Mbps, banda base, fibra ótica) permite distâncias de até 2Km sobre fibra ótica multimodo (62,5/125μm com λ=1350nm) quando operando em Full-Duplex.
Distâncias maiores (20 Km ou mais) podem ser conseguidas com fibra ótica monomodo, mas sempre operando em full-duplex.
Quando opera em half-duplex, o comprimento máximo entre dois segmentos em fibra multimodo é 412m, e se utilizar um repetidor em alguma ponta, este comprimento diminui /*/ / completar – cap 13 */
3.5.4 Sinalização física no 100BASE-FX A sinalização física para enviar a codificação de 5 bits obtida pelo 4B/5B é uma variante do NRZ, conhecido como NRZI ( Non-Return-to-Zero, Invert-on-Ones ). Este sistema não modifica o sinal quando envia bit “0”, e inverte o sinal do estado anterior quando enviando bit “1”.
A figura a seguir mostra a transmissão do sinal hexadecimal “0E”, que é primeiramente dividido em pedaços de 4 bits, depois passa pela tabela do 4B/5B e então é transmitido através da fibra na sinalização NRZI.
http://www.optimized.com/COMPENDI/FE-NRZI.htm.
O 100BASE-T4 (100Mbps, banda base, 4 pares trançados de categoria 3 ou maior) não fez muito sucesso, pois a diferença de preço do cabo categoria 3 para o categoria 5 é pequena, e os usuários preferiram a utilização de apenas 2 pares, o que utiliza menos canaletas e é mais garantido para melhorias futuras na velocidade da rede.
O 100BASE-T2 (100Mbps, banda base, 2 pares trançados de categoria 3 ou maior) nunca foi desenvolvida pelos fabricantes, e equipamentos para este padrão são inexistentes [SPU 00].
O protocolo MAC utilizado no Fast-Ethernet é igual ao do Ethernet. Como a sinalização física de linha é contínua, como descrito anteriormente, não necessitaria o preâmbulo, mas ele foi mantido por questões de compatibilidade.