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Coeficiente de Poisson ou Razão de Poisson, Notas de aula de Cultura

Quando se exerce um esforço de tensão num pedaço de um material qualquer este vai sofrer uma deformação longitudinal, proporcional ao esforço aplicado, e determinado pelo seu módulo de Young. Quando definimos o módulo de Young, só considerá-mos a deformação longitudinal, no entanto, qualquer material elástico ao ser ?esticado? sofre também uma deformação transversal que é proporcional à deformação longitudinal aplicada. Pode verificar a ocorrência destes dois tipos de deformação esticando um

Tipologia: Notas de aula

Antes de 2010

Compartilhado em 23/11/2009

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Coeficiente de Poisson
(ou Razão de Poisson)
Quando se exerce um esforço de tensão num pedaço de um material
qualquer este vai sofrer uma deformação longitudinal, proporcional ao esforço
aplicado, e determinado pelo seu módulo de Young.
Quando definimos o módulo de Young, só considerá-mos a deformação
longitudinal, no entanto, qualquer material elástico ao ser “esticado” sofre
também uma deformação transversal que é proporcional à deformação
longitudinal aplicada. Pode verificar a ocorrência destes dois tipos de
deformação esticando um pedaço de borracha suficientemente maleável.
A razão entre a deformação transversal associada a uma deformação
longitudinal na direção do esforço de tração chama-se o coeficiente (ou razão)
de Poisson, n:
n
F 0
3 D
F 0
2 0
F 0
2 D
F 0
2 0 Deftransv
Deflong
Como se pode ver na figura seguinte, para uma deformação longitudinal
F 0
C 4
F 0
C 4
positiva ( L/L) a deformação transversal ( A/A) é negativa, por isso se inclui o
sinal negativo na definição do coeficiente de Poisson, de modo a obter um
coeficiente positivo.
Em praticamente todos os materiais comuns a sua secção estreita
quando são distendidos. A razão deste fato é que a maior parte dos materiais
resiste mais a uma mudança de volume (determinada pelo seu módulo de
compressibilidade, B) do que a uma mudança de forma (determinada pelo
módulo de corte, S).
O coeficiente de Poisson está relacionado com os módulos elásticos, de
Young (Y), de compressibilidade (B) e de corte (S) pelas seguintes relações:
n F0
3 D
F 0
2 03B -
F 0
2 0 2S
6B
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2 B
F 0
2 0 2S
Y F 0
3 D
F 0
2 0 2SF 0
2 B
(1 n)
Na teoria da elasticidade de meios isotrópicos o valor de n varia entre -1
e 1/2. A razão física destes valores é que, para que um material seja estável, os
seus módulos de elasticidade têm que ser positivos, e os módulos de
compressibilidade e de corte estão interrelacionados por expressões que
incorporam o coeficiente de Poisson.
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Coeficiente de Poisson

(ou Razão de Poisson)

Quando se exerce um esforço de tensão num pedaço de um material qualquer este vai sofrer uma deformação longitudinal, proporcional ao esforço aplicado, e determinado pelo seu módulo de Young. Quando definimos o módulo de Young, só considerá-mos a deformação longitudinal, no entanto, qualquer material elástico ao ser “esticado” sofre também uma deformação transversal que é proporcional à deformação longitudinal aplicada. Pode verificar a ocorrência destes dois tipos de deformação esticando um pedaço de borracha suficientemente maleável. A razão entre a deformação transversal associada a uma deformação longitudinal na direção do esforço de tração chama-se o coeficiente (ou razão) de Poisson, n :

n F 03 DF 02 0F 02 DF 02 0 Deftransv Deflong

Como se pode ver na figura seguinte, para uma deformação longitudinal F 0 C 4 F 0 positiva ( L/L) a deformação transversal (C 4 A/A) é negativa, por isso se inclui o sinal negativo na definição do coeficiente de Poisson, de modo a obter um coeficiente positivo. Em praticamente todos os materiais comuns a sua secção estreita quando são distendidos. A razão deste fato é que a maior parte dos materiais resiste mais a uma mudança de volume (determinada pelo seu módulo de compressibilidade, B) do que a uma mudança de forma (determinada pelo módulo de corte, S). O coeficiente de Poisson está relacionado com os módulos elásticos, de Young (Y), de compressibilidade (B) e de corte (S) pelas seguintes relações: n F 03 DF 02 0 3 B - F 02 0 2 S 6 B F 02 BF 02 0 2 S

Y F 03 DF 02 0 2 S (1F 02 B n )

Na teoria da elasticidade de meios isotrópicos o valor de n varia entre - e 1/2. A razão física destes valores é que, para que um material seja estável, os seus módulos de elasticidade têm que ser positivos, e os módulos de compressibilidade e de corte estão interrelacionados por expressões que incorporam o coeficiente de Poisson.

Deformação por cisalhamento

Se um material sofre um esforço de cisalhamento puro conforme Figura 01 (a), ele se deforma conforme (b) da mesma figura.

Na região elástica, o ângulo de distorção γ e a tensão τ são proporcionais τ = G γ #A.1#. O coeficiente G é denominado módulo de elasticidade transversal ou módulo de rigidez do material. A relação com o módulo de elasticidade (simbolizado por "E") e o módulo de Poisson (aqui simbolizado por "ν") é dada por G = E / [ 2 (1 + ν) ] #A.2#.

Fig 02 Para uma barra de seção transversal S constante, submetida a uma força cisalhante F e sem considerar a deformação por flexão, tem-se o ângulo γ aproximadamente igual a y / L para pequenas deformações (Figura 02).

Então τ = F / S = G γ ≈ G y / L. Rearranjando a igualdade, y ≈ F L / (G S) #A.3#.

Energia da deformação por cisalhamento

A equação #A.3# do tópico anterior pode ser reescrita para a força F em função do deslocamento y F = (G S / L) y. A energia ou trabalho de deformação é dada pela integração do produto da força pelo deslocamento W = ∫0,y (G S / L) y dy = |0,y (G S / L) y^2 / 2 = G S y^2 / (2 L). Para exibir o trabalho em função da força F, substitui-se y pelo valor da igualdade #A.3# do mesmo tópico W = G S (F L / G S) 2 / (2 L), isto é, W = F^2 L / (2 G S) #A.1#.

Exemplo de cisalhamento: união soldada

Seja o exemplo da Figura 01 abaixo: a uma chapa central são soldadas duas laterais totalizando 4 filetes de solda de seção triangular, de comprimento L e largura t.

Fig 01

O conjunto é tracionado por uma força F atuante conforme figura. Nessa condição, os esforços nos filetes de solda são basicamente de cisalhamento. Considerando que a tração aplicada se distribui igualmente pelos 4 filetes, cada um suporta um esforço de cisalhamento igual a F/4. O detalhe A da figura é uma ampliação do corte do filete. A menor

εr = (1 / E) ( σr − ν σ (^) θ )

εθ = (1 / E) ( σθ − ν σ (^) r ) #C.2#.

Notar que o coeficiente de Poisson não pode ser maior que 0,5 porque, se fosse, um elemento tensionado poderia atingir volume nulo ou negativo. Valores típicos para aços estão na faixa de 0,20 a 0,40. Borracha apresenta valor perto de 0,5 e cortiça, perto de 0 (essa é uma das razões para uso da cortiça em rolhas de garrafas. Praticamente não há variação de comprimento ao ser pressionada pelos lados).

Módulo de Young

O módulo de Young ou módulo de elasticidade é um parâmetro mecânico que proporciona uma medida da rigidez de um material sólido.

Obtém-se da razão entre a tensão (ou pressão) exercida e a deformação unitária sofrida pelo material. Isto é, onde (em unidades do SI):

E é o módulo de Young, medido em pascal.

F é a força medida em newton.

A é a área da secção através da qual é exercida a tensão, e mede-se em metros quadrados.

x é a extensão, o incremento na longitude, medido em metros.

l é o comprimento inicial medido em metros. Para a maioria dos metais, este módulo varia entre 45 GPa, para o magnésio, até 407 GPa , para o tungstênio. Os polímeros geralmente possuem módulo de elasticidade bem mais baixos, variando entre 0,007 e 4 GPa. A diferença na magnitude do módulo de elasticidade dos metais, cerâmicas e polímeros é conseqüência dos diferentes tipos de ligação atômica existentes neste três tipos de materiais. Além disso, com o aumento da temperatura, o módulo de elasticidade diminui para praticamente todos os materiais, com exceção de alguns elastômeros.

Diagrama tensão-deformação obtido através de um ensaio de tração

  1. Tensão Máxima de Tração
  2. Tensão de Escoamento
  3. Tensão de Ruptura
  1. Região de Encruamento
  2. Região de "Empescoçamento".

Deformação Elástica Para a maioria dos metais que são solicitados em tração e com níveis de tensão relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais de acordo com a relação abaixo. σ = E ε Esta é a conhecida lei de Hooke uniaxial e a constante de proporcionalidade “E” é o módulo de elasticidade, ou módulo de Young.

As deformações elásticas não são permanentes, ou seja, quando a carga é removida, o corpo retorna ao seu formato original. No entanto, a curva tensão-deformação não é sempre linear, como por exemplo, no ferro fundido cinzento, concreto e polímeros.

Até este ponto, assume-se que a deformação elástica é independente do tempo, ou seja, quando uma carga é aplicada, a deformação elástica permanece constante durante o período em que a carga é mantida constante. Também é assumido que após a remoção da carga, a deformação é totalmente recuperada, ou seja, a deformação imediatamente retorna para o valor zero.

Deformação Plástica Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou seja, ocorrem deformações permanentes. O ponto na qual estas deformações permanentes começam a se tornar significativas é chamado de limite de escoamento.

Para metais que possuem transição gradual do regime elástico para o plástico, as deformações plásticas se iniciam no ponto na qual a curva tensão- deformação deixa de ser linear, sendo este ponto chamado de limite de proporcionalidade (ou tensão limite-elasticidade). No entanto, é difícil determinar este ponto precisamente. Como conseqüência, criou-se uma convenção na qual é construída uma linha reta paralela à porção elástica, passando pela deformação de 0,2% da deformação total. A tensão correspondente à intersecção desta linha com a curva tensão-deformação é o limite de escoamento (ou tensão de cedência).

A magnitude do limite de escoamento é a medida da resistência de um material à deformação plástica e pode variar muito, como por exemplo, entre 35 MPa para uma liga de alumínio de baixa resistência até 1400 MPa para um aço de alta resistência.

Durante a deformação plástica, a tensão necessária para continuar a deformar um metal aumenta até um ponto máximo, chamado de limite de resistência à tração (ou tensão de ruptura), na qual a tensão é a máxima na curva tensão-deformação de engenharia. Isto corresponde a maior tensão que o material pode resistir; se esta tensão for aplicada e mantida, o resultado será a fractura. Toda a deformação até este ponto é uniforme na seção. No entanto, após este ponto, começa a se formar uma estricção, na qual toda a deformação subseqüente está confinada e, é nesta região que ocorrerá ruptura. A tensão corresponde a fractura é chamada de limite de ruptura.