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Apostilas de Filosofia sobre o estudo da Ciência da Idade Moderna, posições à respeito da ciência, alfabeto do universo.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Caros colegas, resolvi escrever este pequeno texto para auxiliar quem esteja com dificuldades de se situar temporalmente, historicamente, as filosofias de Maquiavel, Bacon e Descartes para a prova do Prof. Douglas. Esse texto foi escrito baseado nos meus estudos em obras de história da filosofia. Pois bem, para entender as críticas e as posições maquiavélicas, baconianas e cartesianas à respeito da filosofia é necessário pintar um quadro sobre a ciência na idade moderna. Tal quadro é melhor representado pela figura de Galileu Galilei. A ciência de Galileu é a ciência da explicitação de pressupostos, da delimitação de sua autonomia e na identificação das normas do método. G. tinha algumas posições à respeito da ciência, vamos colocá-las:
Galileu, desta forma, elimina uma dificuldade epistemológica da ciência: (REALE; 280 §1) “o autoritarismo de uma tradição sufocante que bloqueia a ciência”.
Recordem-se, digníssimos colegas, que ciência para o magnânimo Aristóteles era conhecer
aquilo que está além. A ciência aristotélica é profundamente metafísica. “Tomar ciência” no sentido aristotélico é saber os POR QUÊ. Para o sapientíssimo Galileu “tomar ciência” não é mais saber o POR QUE, mas saber COMO. Para Aristóteles, todos nós sabemos que o sol nasce e se põe, o cientista sabe que o sol nasce e se põe porque se mova ao redor da terra. Para G., cientista é o que sabe, que é a Terra que se move ao redor do sol, e que não obstante, sabe como esse movimento se dá: de forma elíptica e orbital. Aristotélicamente falando, a experiência é substancialmente observação, para G. a “experiência é experimento”. Não só a observação do que já está dado, mas a construção do experimento é o que procede à experiência. Parece a G., que a investigação das essências é ingrata e impossível, pois o máximo que se poderá conhecer além das qualidades objetivas – explicadas pela ciência – são as qualidades objetivas, e como estas podem mudar e mudam frequentemente de pessoa para pessoa, não há como estabelecer conhecimento seguro acerca da “essência” de algo. Não há como, para Galileu, o estudo de qualidades metafísicas (no sentido clássico) dos corpos, embora em nenhum momento o sapientíssimo cientista afirme que estas características não existem.
Talvez tenha sido FRANCIS BACON inspirado pela convicção galileana sobre o papel da experiência no conhecimento do mundo que o fez pousar toda sua filosofia sobre as bases empíricas.
Ora, se os conhecimentos geométricos e matemáticos são definitivos, necessários e seguros, se a natureza está escrita em linguagem geométrica e matemática e se o conhecimento é a redescoberta da linguagem da natureza, então qualquer um pode ver o grau de confiança que Galileu alimentava na razão e no conhecimento científico. Assim, o conhecimento científico é muito mais do que um conjunto de instrumentos mais ou menos úteis.
Da explicação supracitada pode-se entender a confiança em Descartes nas leis matemáticas, uma vez que sendo contemporâneo de Galileu e ao saber das punições do Santo Ofício ao cientista, decidiu não publicar suas obras, sabendo que inevitavelmente iriam associar – e corretamente – sua filosofia com a física de Galileu, essencialmente copernicana.
a) Excluí o homem do universo da investigação da física
b)Excluindo o homem; excluí-se um cosmos inteiro de coisas e objetos ordenados e hierarquizados em função do homem
c)Excluí a investigação qualitativa (cor, cheiro, sabor) em benefício da quantitativa (tamanho, peso,
Bom colegas, espero ter ajudado a esclarecer as dúvidas à respeito de como se deu a filosofia moderna no campo da revolução científica. A bibliografia que usei foi: REALE, ARISTERI; História da Filosofia, V.II, 2ªEd. 1990; São Paulo; Ed. Paulus.
Campinas, 1º de Maio de 2009