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Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
Thomas N, 45 anos de idade, gerente de uma empresa de telecomunicações, procura a clínica de cardiologia para avaliação de dispnéia aos esforços. O Sr. N sempre teve o cuidado de manter seu condicionamento aeróbico; entretanto, aproximadamente 6 meses antes de sua visita à clínica de cardiologia, começou a notar uma intensa falta de ar à medida que se aproximava o término de sua corrida diária, finalizada com uma inclinação suave, porém longa, na esteira. No transcorrer desses 6 meses, o paciente relata uma progressão dos sintomas de tal maneira que, agora, ele raramente consegue completar a primeira metade de sua corrida diária sem descansar. Nega qualquer desconforto torácico em repouso ou com atividade física. Sua história familiar é notável pela ocorrência de hipertensão e aterosclerose prematura. O Sr. N nunca utilizou produtos à base de tabaco. Ao exame, o paciente apresenta-se hipertenso (pressão arterial de 160/102 mm Hg), e pode-se ouvir uma quarta bulha pré-sistólica proeminente no ápice ventricular esquerdo. O exame é inespecífico sob os demais aspectos. A radiografia de tórax é considerada normal. O eletrocardiograma (ECG) revela um ritmo sinusal normal com critérios de voltagem para hipertrofia ventricular esquerda. O Sr. N é encaminhado para avaliação cardíaca não-invasiva, incluindo uma prova de esforço e um ecocardiograma transtorácico. A freqüência cardíaca máxima atinge 170 batimentos/min durante o exercício, e o Sr. N precisa interromper o teste, devido ao aparecimento de dispnéia intensa numa carga de 7 METS. (METS são equivalentes metabólicos, uma medida do consumo de energia; um valor de 7 METS está abaixo do normal para a idade deste paciente.) Não há evidências de isquemia do miocárdio com base nos critérios ECG. O ecocardiograma bidimensional revela hipertrofia ventricular esquerda de padrão concêntrico, aumento do átrio esquerdo e valvas aórtica e mitral normais. O enchimento diastólico ventricular esquerdo está anormal, com redução da taxa de enchimento rápido precoce e aumento significativo no grau de enchimento durante a sístole atrial. QUESTÕES 1. Qual provável patologia o Sr. N está acometido? Quais sinais apontam essa patologia? Quais os exames são utilizados para diagnóstico dessa patologia?
2. Tendo em vista a gravidade da hipertensão desse caso, o Sr. N provavelmente irá necessitar de pelo menos dois fármacos para obter um controle adequado da pressão arterial. Quais são as recomendações atuais para iniciar a terapia farmacológica anti- hipertensiva e quais as metas terapêuticas? Quando há necessidade de tratamento com múltiplos fármacos? As diretrizes atuais para o tratamento da hipertensão recomendam iniciar a terapia farmacológica na presença de pressão arterial sistólica elevada superior a 120 mmHg, particularmente em pacientes idosos. Essa recomendação contrasta com indicações previas para terapia farmacológica, como pressão arterial diastólica elevada isolada. A principal meta do tratamento consiste em reduzir a pressão arterial sistólica para 120 mmHg e a pressão arterial diastólica para menos de 80 mmHg. A natureza progressiva da hipertensão tipicamente leva ao uso de esquema de múltiplos fármacos. A terapia de combinação baseia-se no uso de agentes com mecanismos distintos de ação, além disso, ressalta a administração de doses submáximas dos fármacos na tentativa de minimizar efeitos adversos potenciais e toxicidades 3. Os diuréticos tiazídicos vêm sendo utilizados durante muitos anos como terapia de primeira linha em pacientes com hipertensão. Por que os diuréticos devem ser utilizados com cautela nesse paciente? Em que situações clínicas os tiazídicos
constituem agentes de primeira linha apropriados? Em que contexto se recomenda o uso de agentes alternativos? Os diuréticos tiazídicos podem causar sensação invulgar de cansaço quando você começa a tomar e pode perceber-se também um aumento da urina ou micções. Podem causar perda de potássio. Como efeitos colaterais temos, boca seca, aumento da sede, batimentos cardíacos fracos e irregulares, oscilações de humor, cólicas ou dores musculares, náuseas ou vômitos, cansaço ou fraqueza. No caso do paciente Sr. N, deve-se utilizar com cautela esse tipo de medicamento, devido o risco de pontencializar os sintomas já apresentados pelo paciente, que seriam dispneia e insuficiência cardíaca. Os tiazídicos são diuréticos baratos e bem tolerados, tão eficazes quanto às outras classes de agentes anti-hipertensivos. Podem ser administradas 1/dia, não existe titulação da dose e possuem poucas contraindições. Além disso, possuem efeitos aditivos ou sinérgicos quando combinadas com outras classes de agente anti- hipertenssivos. Estudos fornecem forte evidência de que os diuréticos tiazídicos são a melhor terapia inicial para hipertensão não complicada, pois além de diminuir o sódio, eles também tem ação vasodilatadora. Em pacientes com insuficiência renal avançada, os tiazídicos não funcionam. Neste caso, o melhor diurético é a furosemida, mesmo para hipertensão. Se não houver contraindicações, os tiazídicos devem ser a primeira, ou no máximo, a segunda escolha no tratamento da hipertensão