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Questões de cardiologia para estudo, conhecimento.
Tipologia: Resumos
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AMSL 2019 R1 Med. De Família Questão 21 C Reforço pré-sistólico na ausculta cardíaca e característico de qual patologia: a) Insuficiência aórtica b) Insuficiência mitral c) Estenose mitral d) Insuficiência tricúspide e) Estenose aórtica Classicamente, o sopro da estenose mitral é de baixa frequência (em ruflar), diastólico (meso- telediastólico), com reforço pré-sistólico, podendo ser precedido de um estalido de abertura da valva mitral. O reforço é explicado pela contração atrial “mais vigorosa” q e tenta vencer a resistência ao fl xo imposta pela estenose mitral, fato que aumenta a intensidade do ruflar diastólico. Observação: se o paciente tiver fibrilação atrial, não haverá contração atrial, e o reforço pré-sistólico estará ausente nesses casos. HAC 2019 R1 Acesso Direto Questão 49 B A tomada do pulso radial é uma prática rotineira na assistência médica e propicia informações semióticas importantes. Relacione os traçados da imagem abaixo, com as respectivas interpretações: a. II, III, I, IV b. III, IV, I, II c. I, II, IV, III d. III, I, IV, II e. II, III, IV, I O sistema arterial possui um regime pressórico muito maior em comparação ao venoso, o que origina pulsos palpáveis em diversas regiões do corpo. Bradicárdico quando < 50 bpm (traçado II). Taquicárdico quando > 100 bpm (traçado III). Na fibrilação atrial, não há contração atrial (ausência de onda P no ECG, substituída por uma linha de base trêmula– ondas “f” e complexos QRS irreg lares), o que origina pulsos irregulares de amplitude variáveis (traçado III). A sequência correta é: III-IV-I-II. Observação: nessa questão, devemos
diagnóstico etiológico, como arritmias, isquemia entre outros, é baixa (menor que 10%). Uma maneira de classificar a síncope é dividi-la em 3 grupos: hipotensão ortostática, vasovagal (neuro-mediada) e cardiogênica. As alternativas da questão são autoexplicativas e didáticas. As condições, como hipoglicemia e crise epiléptica, simulam síncope, mas não devem ser chamadas de síncope, já que não são causadas por hipoperfusão cerebral.A alternativa “C” dispõe sobre os critérios prognósticos conhecidos como “Regra de São Francisco”. Se o paciente possuir 1 desses critérios, o risco de complicações secundárias à síncope é alto, sendo indicado internação hospitalar ou observação / investigação mais aprofundada. SES-GO 2019 R1 Acesso Direto Questão 21 B Do ponto de vista do ciclo cardíaco, (A) o componente tricuspídeo (T1) da primeira bulha ocorre antes do componente mitral (M1), pois a pressão diastólica final do átrio direito é menor que a do átrio esquerdo. (B) o componente aórtico (A2) da segunda bulha ocorre antes do componente pulmonar (P2), pois a pressão gerada pela contração do ventrículo esquerdo é maior que a gerada pelo ventrículo direito. (C) o desdobramento fisiológico da segunda bulha ocorre durante a expiração. (D) o bloqueio de ramo direito é o responsável pelo desdobramento paradoxal da segunda bulha. As valvas das câmaras esquerdas tem fechamento mais precoce em relação às direitas, pelo regime de maior pressão. Portanto, a sequência temporal é: B1 (M1T1)B2 (A2P2). O desdobramento fisiológico da segunda b lha ocorre d rante a inspiração, pois há a mento do retorno venoso e “represamento” do vol me de sangue na circulação pulmonar, fatores que atrasam o fechamento da valva pulmonar (P2), tornando-a mais distante em relação ao fechamento da valva aórtica (A2). Portanto desdobrando B2. SUS-SP 2019 R1 Acesso Direto Questão 12 D Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos. Tem por base teórica que com a diminuição da pressão da bolsa a artéria permanece aberta na sístole, mas fechada na telediástole. O texto acima descreve os sons de Korotkoff na fase: (A) 5. (B) 2. (C) 1. (D) 3. (E) 4. Os sons de Korotkoff determinados pelo método auscultatório de aferição de pressão arterial: Fase I: surgimento dos primeiros sons. Define a pressão arterial sistólica Fase II: sons suaves e prolongados Fase III: sons mais intensos e nítidos (artéria totalmente aberta na sístole e fechada na diástole) Fase IV: sons de baixa intensidade e abafados (pressão da bolsa discretamente > pressão diastólica) Fase V: desaparecimento dos sons. Define a pressão diastólica
SUS-SP 2019 R1 Acesso Direto Questão 4 B O teste ergométrico é um exame apropriado para pacientes com (A) angina instável. (B) história de síndrome coronária aguda tratada, sem realização de angiografia de coronária. (C) pericardite aguda. (D) estenose aórtica sintomática. (E) infarto pulmonar. O teste ergométrico (TE) é um exame não invasivo, com baixas taxas de complicação (< 1:10.000 exames) e possui diversas finalidades, como investigação de sintomas ou sinais eletrocardiográficos de isquemia miocárdica, avaliação de arritmias, alterações de pressão arterial ou síncope induzidas pelo esforço. São contraindicações ou TE: doença febril, angina instável ou síndromes coronarianas agudas não compensadas ou não tratadas, embolia pulmonar, pericardite aguda, doença valvar significativa e sintomática. É possível a indicação de TE para pacientes já tratados após síndrome coronariana aguda (ex: após angioplastia coronariana), para estratificação de risco e orientação de atividade física. E mesmo para aqueles casos com síndrome coronariana aguda de baixo risco, com troponina negativa, compensadas e tratadas sem angiografia coronariana, para avaliação prognóstica. UEL 2019 R1 Acesso Direto Questão 49 B Quanto às bulhas cardíacas, assinale a alternativa correta. a) A primeira bulha cardíaca é formada pelo som causado pela coaptação das 3 cúspides da valva mitral, não participando o aparelho subvalvar. b) A terceira bulha cardíaca é a representação do som causado pelo choque da coluna de sangue na parede do ventrículo esquerdo durante a fase de enchimento rápido na diástole. c) A segunda bulha cardíaca é formada pela composição de sons quando as valvas semilunares aórtica e pulmonar são abertas pela coluna de sangue ejetada dos ventrículos. d) A quarta bulha cardíaca representa o choque entre a coluna de sangue e a parede do ventrículo esquerdo no início da diástole. e) A sequência de sons que compõem a segunda bulha cardíaca é formada pelo componente pulmonar e, depois, pelo componente aórtico. A valva mitral é bicúspide. A segunda bulha decorre do fechamento das valvas semilunares (primeiro aórtica depois pulmonar–A2P2). A quarta bulha (B4) ocorre no final da diástole, secundária à contração atrial contra uma pressão ventricular mais elevada, sendo considerado um marcador de disfunção diastólica. A terceira bulha (B3) ocorre precocemente na diástole (fase de enchimento rápido), e pode ser fisiológica (exemplo: na gestação, estado febril) ou patológica (exemplo: insuficiência cardíaca congestiva).
sem sopros, sonolenta, pouco contactuante, sem sinais de localização neurológica. Em relação ao quadro descrito, assinale a alternativa correta em relação ao diagnóstico: a) AVC isquêmico com emergência hipertensiva b) AVC hemorrágico com emergência hipertensiva c) Urgência hipertensiva d) HAS reacional e) Encefalopatia hipertensiva Trata-se de uma emergência hipertensiva, pois há um quadro de hipertensão arterial grave (o nível pressórico por si não é um critério obrigatório para definir essa condição, mas no geral a PA é > 180 x 110) associada à lesão de órgão alvo com risco iminente de morte (esse sim é o critério que define a emergência hipertensiva). Requer anti-hipertensivo parenteral para controle pressórico nas primeiras horas (nitroprussiato, nitrogilicerina, labetalol, hidralazina são alguns exemplos que podem ser usados). Exemplos de emergências hipertensivas: dissecção de aorta, AVCi, AVCh, encefalopatia hipertensiva, eclampsia, edema agudo de pulmão). Na verdade, o gabarito pode ser questionado, pois o diagnóstico diferencial inclui um insulto agudo em sistema nervoso central, principalmente entre o AVC hemorrágico, hemorragia subaracnóidea (que podem justificar sonolência, cefaleia, náuseas e tontura sem déficits localizatórios) e a encefalopatia hipertensiva (perda de autorregulação da pressão de perfusão cerebral com vasodilação excessiva e transudação extra-vascular). Obs: a ausência de sinais localizatórios de déficits neurológicos é mais comum na HSA do que no AVCh. HAC 2019 R1 Acesso Direto Questão 68 C Homem, 64 anos, afro-descendente, portador de hipertensão arterial e diabetes há vários anos é trazido ao pronto- socorro por confusão mental há 10 horas. O exame físico mostra paciente confuso, sem sinais focais, PA=230x160 mmHg, Pulso=108 bpm, FR=24 irpm, T=36,4ºC, glicemia capilar= 180 mg/dl. Ausculta pulmonar com estertores basais. A esposa conta que o paciente está com problemas financeiros e que há 02 semanas parou todas as suas medicações. A conduta imediata mais adequada: a. Captopril 25 mg sublingual ou clonidina VO e reduzir a PA gradualmente em 72 horas; b. Captopril 25 mg sublingual ou clonidina VO, aspirina 200 mg VO, Clopidogrel 300 mg VO e reduzir a PA gradualmente em 72 horas; c. Nitroprussiato de sódio IV e reduzir a PA para 160/110 mmHg em 2~6 horas e 135/85 mmHg em 24~ horas d. Hidralazina 10 mg IV e reduzir a PA para 120/80 mmHg em 02 horas e. Metoprolol IV + furosemida IV e reduzir a PA gradualmente em 72 horas Trata-se de uma emergência hipertensiva, pois há um quadro de hipertensão arterial grave (o nível pressórico por si não é um critério obrigatório para definir essa condição, mas no geral a PA é > 180 x 110) associada à lesão de órgão alvo com risco iminente de morte (esse sim é o critério que define a emergência hipertensiva). Uma meta de tratamento é a redução dos níveis de pressão arterial em aproximadamente 25% nas primeiras horas (1 a 6 horas), progressivamente normalizando nos primeiros dias. Convém mencionar que um exame de imagem (ex: tomografia computadorizada) deve se realizado para excluir
diagnósticos diferenciais como sangramento de SNC, que modificaria drasticamente a estratégia de tratamento. Novamente a encefalopatia hipertensiva é o diagnóstico mais provável (perda de autorregulação da pressão de perfusão cerebral com vasodilação excessiva e transudação extra-vascular), que costuma ser completamente reversível com o controle dos níveis pressóricos. HAS 2019 R1 Acesso Direto Questão 8 C Homem de 30 anos, sem comorbidades, refere idas sucessivas à emergência para analgesia por cólica nefrética. Refere nefrolitíase diagnosticada há cerca de 5 anos. Nega uso de medicações, exceto por uma prescrição decolecalciferol 5.000U por dia, seg ndo ele para “reforço da im nidade”. Na história familiar, possui pai e irmão com nefrolitíase. Os exames de investigação da causa apresentam: Cálcio sérico 9,0 mg/dl; fósforo 5,0 mg/dl; bicarbonato 23 mmol/L; vitamina D 47 ng/ml; ácido úrico 5,4 mg/dl; urina de 24h com ácido úrico 600mg (VR: <800); cálcio 400mg (VR: 100-300); citrato 400mg (VR: 300-900); oxalato 20mg (VR: 07-44). Diante da principal hipótese diagnóstica, assinale o melhor tratamento: A) Furosemida B) Espironolactona C) Hidroclorotiazida D) Acetazolamida E) Citrato de potássio O paciente apresenta nefrolitíase por precipitação de cristais de oxalato de cálcio (urina de 24 horas mostrando calciúria aumentada e redução de oxalato por consumo). Possivelmente o uso exógeno em excesso de vitamina D esteja contribuindo para calciúria e deva ser recomendada redução ou suspensão do uso. A hidroclorotiazida é um anti-hipertensivo que como efeitos colaterais promove redução da calciúria (além de, a saber: potencial para hipoK, hipoNa, elevação normalmente não grave do glicemia, ácido úrico, colesterol e triglicérides). Portanto, além do ajuste dos níveis de colecalciferol, o paciente poderia se beneficiar do tiazídico. HGIP 2019 R1 Acesso Direto Questão 30 D Sobre o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial, é CORRETO afirmar, EXCETO: a. Os mecanismos de ação anti-hipertensiva dos diuréticos relacionam-se, inicialmente, aos seus efeitos natriuréticos, com diminuição do volume extracelular. Após quatro a seis semanas, o volume circulante praticamente se normaliza, e ocorre redução da pressão arterial, por diminuição da resistência vascular periférica. São representantes desse grupo os diuréticos tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida). b. Os bloqueadores dos canais de cálcio agem, primordialmente, proporcionando redução da resistência vascular periférica, por diminuição da quantidade de cálcio no interior das células musculares lisas das arteríolas, diminuição essa decorrente do bloqueio dos canais de cálcio na membrana dessas células. São classificados em 2 tipos básicos: os diidropiridínicos e os não diidropiridínicos. c. Os vasodilatadores diretos atuam relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da resistência vascular periférica. Medicamentos que representam essa classe são hidralazina e minoxidil.
ventrículo
esquerdo no ECG–sinal de Cornel: onda R em aVL + onda S em V3 > 28 mm em homens e > 20 mm em m lheres, além do padrão “strain”), e f ndoscopia com fios de prata (retinopatia hipertensiva). Isso nos direciona a suspeita diagnóstica de hipertensão mascarada (níveis de PA normais no consultório médico, porém elevados fora dele). Isso poderia ser confirmado pela medida ambulatorial ou residencial de PA (MAPA e MRPA, respectivamente). Observação: essa é a situação oposta da hipertensão do jaleco branco, em que o paciente tem níveis de PA aumentados no consultório e normais fora dele. A possibilidade de hiato auscultatório foi excluída, pois o médico realizou a insuflação do cuff até 20 mmHg acima do nível pressórico estimado pelo método palpatório (entre 130 a 140 mmHg). Já a pseudohipertensão ocorre pelo aumento da rigidez das artérias, mais comum em idosos, casos em que a manobra de Osler é positiva (artérias braquial ou radial permanecem palpáveis mesmo após manguito ser insuflado acima do nível da pressão sistólica). O paciente da questão possui manobra de Osler positiva, o que nos fornece a informação de rigidez arterial. Porém, não se trata de pse dohipertensão, primeiro porq e s a PA em cons ltório é “normal” (< 140 x 90 mmHg), e segundo porque ele se encaixa no diagnóstico de hipertensão mascarada. SANTA CASA-BH 2019 R1 Acesso Direto Questão 29 D Com relação ao tratamento medicamentoso da hipertensão arterial, é INCORRETO afirmar que: A) Os diuréticos tiazídicos podem causar hipocalemia, dislipidemia, alterações do metabolismo glicídico e hiperuricemia. B) Os alfabloqueadores promovem melhora dos sintomas de prostatismo e reduzem a resistência periférica à insulina. C) A associação de betabloqueadores aos bloqueadores dos canais de cálcio não- diidropiridínicos deve ser evitada, devido ao aumento dos efeitos inotrópico e cronotrópico negativos. D) A losartana reduz a microalbuminúria da nefropatia diabética, apesar de elevar o nível sérico de ácido úrico. Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e os bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA) são anti-hipertensivos que bloqueiam a formação e a ação da angiotensina II, respectivamente. São anti-hipertensivos de primeira linha, tendo múltiplos efeitos benéficos, incluindo a prevenção do remodelamento cardíaco na insuficiência cardíaca, redução de albuminúria e microalbuminúria em hipertensos e/ou diabéticos. A losartana possui também efeito uricosúrico, por mecanismo pouco conhecido, reduzindo o nível sérico de ácido úrico. As demais alternativas são corretas e autoexplicativas. SANTA CASA-SP 2019 R1 Acesso Direto Questão 45 D Com relação aos hipotensores, assinale a alternativa correta. (A) Há contraindicação relativa ao uso de alfabloqueadores em hipertensos com hipertrofia prostática benigna. (B) Os inibidores diretos da renina causam redução da produção de angiotensina II e há fortes evidências de seus benefícios sobre a morbimortalidade. (C) Os bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II proporcionam redução da morbimortalidade cardiovascular, mas não da renal.
O ultrassom doppler de artérias renais é o exame de triagem indicado para pacientes com suspeita de hipertensão renovascular (estenose de artéria renal). No entanto, considerando a melhor acurácia (relação sensibilidade x especificidade) e ainda a possibilidade de tratamento percutâneo com stent, a arteriografia é considerada o exame padrão-ouro diagnóstico, a despeito de ser um exame mais invasivo. Muitas diretrizes, no entanto, indicam que a tomografia computadorizada com contraste, por ser menos invasiva e mais disponível, deva ser realizada antes da arteriografia no algoritmo diagnóstico de HAS renovascular. UFF 2019 R1 Acesso Direto Questão 1 A Homem, 50 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica e diabetes melito, comparece a consulta ambulatorial médica. Está assintomático e sua pressão arterial é de 148 x 102 mmHg, FC = 70 bpm. Exames laboratoriais mostram hemo grama normal, glicemia = 160 mg/dl, hemoglobina glicada = 8,4%, colesterol total = 200 mg/dl, HDL = 30 mg/dl e triglicerídeos = 250 mg/dl; bioquímica normal; albuminúria = 190 mg/g. Doppler de carótidas com placa na carótida comum direita = 90%. Está em uso de losartana 50 mg/dia, metformina 2000 mg/dia e sinvastatina 20 mg/dia. Com base na VII Diretriz Brasileira de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, pode-se afirmar que: (A) há evidências a favor do uso de duas drogas anti-hipertensivas associadas em dose baixa. (B) consideram-se os iECA são mais eficazes que os BRA na prevenção cardiovascular. (C) deve-se intensificar as medidas não farmacológicas, sem mudança na posologia dos fármacos, e revisão da PA em seis meses. (D) deve-se aumentar dose de losartana para 100 mg/dia. (E) está indicada associação de iECA com BRA para melhor efeito antiproteinúria. Trata-se de um paciente de alto risco cardiovascular, diabético, que apesar de assintomático possui lesões de órgão alvo (estenose carotídea, albuminúria), fora das metas propostas para os casos de alto risco (PA < 130 x 80 mmHg, colesterol total < 200 mg/dL, LDL < 70 mg/dL, triglicérides < 150 mg/dL, Hb glicada < 7%). A associação de IECA e BRA é contraindicada pelo risco de hipercalemia sem benefício claro na redução de desfechos cardiovasculares. A intensificação de medidas não farmacológica é recomendada para todos os pacientes. Porém, por ser de alto risco e estar fora das metas, é recomendada a adição de uma nova classe de anti-hipertensivo (medida mais eficaz no controle de PA do que aumentar a dose da classe já em uso). Para pacientes com HAS estágios 2 ou 3, bem como para aqueles de alto risco cardiovascular, recomenda- se iniciar com 2 classes de anti-hipertensivos. Estudos de não inferioridade mostram que os BRA são equivalentes aos IECA na prevenção cardiovascular e também no tratamento de insuficiência cardíaca. UFG 2019 R1 Acesso Direto Questão 35 B Uma mulher de 65 anos, com hipertensão arterial, insuficiência ventricular esquerda e nefropatia diabética, desenvolveu tosse seca, persistente e intolerável na vigência do tratamento com lisinopril. Qual das seguintes intervenções tem a menor probabilidade de melhorar a tosse? (A) Substituir o lisinopril por um antagonista dos receptores de angiotensina II. (B) Substituir o lisinopril pelo enalapril. (C) Acrescentar a nifedipina.
(D) Acrescentar a indometacina. Os IECA, além de inibirem a enzima conversora de angiotensina e consequentemente reduzir os níveis de angiotensina II, também bloqueiam o metabolismo da bradicinina. É o aumento dos níveis circulantes de bradicinina (que também é uma substância vasodilatadora), especialmente no pulmão, que explica o mecanismo relacionado à tosse seca dos IECA, efeito colateral que pode acometer até 10% dos pacientes. É um efeito de classe, sendo recomendada substituição do IECA por outra classe de anti-HAS. UFG 2019 R1 Acesso Direto Questão 7 C Paciente de 24 anos, do sexo masculino, apresentando febre, sudorese e palpitações. Ao exame físico, a pressão ar- terial encontra-se em 180/110 mmHg. Que exame poderia auxiliar fortemente no seu diagnóstico? (A) Dosagem de sódio urinário. (B) Dosagem de serotonina urinária. (C) Dosagem de metanefrina urinária. (D) Dosagem de creatinina urinária. Pacientes com hipertensão arterial iniciada antes dos 30 anos devem ser investigados para HAS secundária: obesidade, apneia do sono, coarctação de aorta, insuficiência renal, hiperaldosteronismo primário, entre outras causas. São descritos os sintomas de sudorese e palpitações (caso fossem associados à cefaleia constit iriam a clássica “tríade do feocromocitoma”). O feocromocitoma é m t mor de cél las enterocromafins, produtoras de metanefrinas, em 90% dos casos localizados na glândula adrenal, que pode levar também à febre, além dos sintomas mencionados. As dosagens de metanefrinas plasmáticas ou urinárias são possíveis métodos de diagnóstico inicial. Seguido de exame de imagem (tomografia, ressonância ou cintilografia) para identificação do tumor. UFRN 2019 R1 Acesso Direto Questão 44 D Homem de 51 anos de idade procura o clínico relatando aumento dos níveis pressóricos, mesmo estando assintomático e calmo, trazendo à consulta o medidor digital de pressão automático (braço), com registro de medidas elevadas (a maior de 166x104mmHg). Apresenta histórico familiar de infarto (mãe enfartou aos 58 anos), pratica atividade física de maneira irregular, não utiliza medicamentos e adota dieta inadequada. Ao exame físico, apresentou: PA 164x102 mmHg; FC 80 bpm; IMC: 28 kg/m 2 ; auscultas cardíaca e pulmonar normais; ausência de sopro abdominal; pulsos presentes e simétricos; restante sem alterações. Realizou exames que apresentaram os seguintes resultados: glicemia 96 mg/dL; Hb glicada 5, % ; colesterol total 248 mg/dL; HDL 38 mg/dL; LDL 180 mg/dL; TG 150 mg/dL; creatinina 0,7 mg/dL; K 4, mEq/L; Na 141 mEq/L; ácido úrico 4,8 mg/dL; TSH 2,6 uM/L; EAS normal e eletrocardiograma sem alterações. Foram realizadas orientações sobre as mudanças no estilo de vida e em relação ao tratamento medicamentoso da pressão arterial. Diante do caso apresentado e conforme a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, a conduta mais adequada é: A) iniciar Anlodipino 5 mg, 1 x ao dia, com reavaliação em 2 meses. Se a PA persistir elevada, acrescentar Clortalidona 25 mg, 1x ao dia.
tratar de uma urgência hipertensiva, na qual se propõe o uso de medicamentos orais para controle de PA em 24 horas. UNIFESP 2019 R1 Acesso Direto Questão 24 B Considere os seguintes anti-hipertensivos: inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA), bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA); antagonista dos canais de cálcio (ACC), betabloqueador, vasodilatador arterial e diurético. A combinação mais potente é? A. IECA + BRA + diuréticos. B. IECA ou BRA + ACC + diuréticos. C. IECA ou BRA + betabloqueador + ACC. D. Diurético + ACC + betabloqueador. E. Diurético + ACC + vasodilatador arterial. Os três medicamentos anti-hipertensivos mais potentes quando associados, reconhecidamente de primeira linha no tratamento de HAS, são IECA ou BRA, ACC e diuréticos tiazídicos. UNITAU 2019 R1 Acesso Direto Questão 21 D Quanto à conduta em casos hipertensão arterial, é INCORRETO afirmar: a) O tratamento medicamentoso inicial combinando duas drogas anti-hipertensivas, associadas às mudanças do estilo de vida, é recomendado em hipertensos estágio 2 e 3 com alto risco cardiovascular. b) Para indivíduos portadores de hipertensão arterial estágio 1 com alto risco cardiovascular está indicado o tratamento anti-hipertensivo inicial, associado às mudanças do estilo de vida. c) Em indivíduos com níveis de PA >120/80 e <139/89 mmHg, a mudança do estilo de vida está recomendada como tratamento inicial. d) O ecocardiograma está indicado para a pesquisa da etiologia da hipertensão arterial em portadores de eletrocardiograma normal e que apresentem sinais e sintomas de doença arterial coronária. e) A realização de um eletrocardiograma durante a avaliação inicial é recomendada em todos os casos de pacientes hipertensos. O ecocardiograma não é um exame que elucida a etiologia da HAS e nem é o exame mais adequado para avaliação de pacientes com suspeita de doença arterial coronariana. O ecocardiograma deve ser solicitado para pacientes com suspeita clínica de valvopatias ou insuficiência cardíaca, por exemplo. Convém lembrar que em 95% dos casos a HAS é essencial (primária), modulada por fatores genéticos, comportamentais e comorbidades. Mudança de estilo de vida deve ser estimulada mesmo nos pacientes pré-hipertensos (alternativa “c” está correta). Lembrando q e naq eles indivíd os de alto risco cardiovasc lar (ex: comlesão de órgão alvo já estabelecida, diabéticos ou com risco cardiovascular alto estimado pelo escore de Framingham ou escore Global) devem iniciar tratamento anti-HAS imediatamente, mesmo que estejam no estágio I de HAS (PAS 140 a 159 e/ou PAD 90 a 99).
USP-SP 2019 R1 Acesso Direto Questão 37 D Mulher, 37 anos de idade, vem para consulta ambulatorial porque esteve em serviço de pronto atendimento há quatro semanas por crise de enxaqueca que melhorou com analgésicos simples. Relata ter episódios esporádicos, de até um dia de duração, cerca de uma vez ao mês, intercalando com longos períodos sem crises desde os 20 anos de idade. Associa as crises a momentos de estresse importante e, principalmente, por privação de sono. Preocupou-se quando soube da medida de pressão arterial de 190 mmHg, durante a crise no pronto-socorro. Em outras medidas, na UBS e em casa, e na ausência de dor foi confirmado o diagnóstico de hipertensão arterial. Nega outras queixas. Ao exame clínico apresenta bom estado geral, corada, hidratada, anictérica, acianótica, eupneica, IMC 23kg/m², PA 158x100mmHg, P=80bpm cheios e simétricos. Semiologias neurológica, pulmonar, cardíaca e abdominal sem alterações. Considerando a hipertensão e as características da enxaqueca, qual é o tratamento ambulatorial? (A) Losartana e topiramato. (B) Anlodipina e amitriptilina. (C) Hidroclorotiazida e valproato. (D) Enalapril e dipirona. Está indicado o tratamento anti-hipertensivo, pois a HAS da paciente é estágio 2 pelo menos (PAS entre 160 e 179 e/ou PAD entre 100 e 109 mmHg). Em vigência de enxaqueca, chegou a níveis até mais altos. Portanto, no mínimo o risco cardiovascular é moderado, e devemos optar por uma das classes de primeira linha (IECA ou BRA, BCC ou tiazídico). Como a enxaqueca é de curta duração, até 1 dia, e com longos períodos sem crises, devemos orientar quanto à analgesia e seguimento, a priori sem indicação de medicação profilática. Uma opção a ser considerada é um betabloqueador, que além do efeito anti-HAS também poderia ser útil como profilaxia às crises de enxaqueca. Exemplo: propranolol. Porém, seu uso não é mandatório, mesmo porque o padrão da enxaqueca não leva à indicação de medicação profilática nesse caso. Síndromes coronarianas agudas e dislipidemias Dislipidemias Disfunção endotelial e aterosclerose Síndromes coronarianas agudas Angina crônica estável AMSL 2019 R1 Med. De Família Questão 2 Gabarito A A fórmula de Friedewald está correta: LDL = colesterol total–HDL–Triglicérides/
b) Nitratos estão contraindicados na presença de hipotensão arterial (Pressão Arterial Sistólica < 90 mmHg), uso prévio de sildenafil nas últimas 24 horas e quando houver suspeita de comprometimento do Ventrículo Direito. c) A utilização de betabloqueador endovenoso deve ser feita de rotina na admissão para todos os pacientes de acordo com o estudo COMMIT (Clopidogrel and Metoprolol in Myocardial Infarction Trial), que mostrou redução de mortalidade em todos os subgrupos de pacientes avaliados. d) O AAS tem ação sinérgica com fibrinolítico, levando à associação de ambos os medicamentos a um decréscimo de 42% na mortalidade no estudo ISIS-2. O estudo COMMIT mostrou que o uso indiscriminado de betabloqueador endovenoso na admissão de pacientes com IAM com supra de ST, baseado na premissa de redução do consumo miocárdico e da área de infarto, na realidade aumentou eventos adversos como hipotensão, choque cardiogênico e óbito. As demais alternativas são didáticas e autoexplicativas. O estudo ISIS-2 foi um marco para Cardiologia, e estabeleceu uma evidência clara de benefício em do tratamento antiplaquetário (AAS) e fibrinolítico (estreptoquinase para IAM com supra de ST) no tratamento de coronariopatias agudas. FAMERP 2019 R1 Acesso Direto Questão 72 A Ainda em relação ao paciente em questão, responda: Quanto ao tratamento e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) Na dupla antiagregação plaquetária, o prasugrel tem indicação preferencial em pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (AVC) prévio. b) O ticagrelor é uma opção em associação ao AAS na dupla antiagregação plaquetária em pacientes com IAMCST em programação de ICP primária. c) Quanto ao uso do clopidogrel, uma dose de ataque de 300 mg deve ser feita para pacientes com menos de 75 anos (não submetidos à ICP primária) d) Pacientes com contraindicação para o uso precoce dos betabloqueadores devem ser reavaliados para candidatos a essa terapia na prevenção secundária. Dentre os antiagregantes da classe dos inibidores de ADP (tienopiridínicos), o ticagrelor e o prasugrel são mais potentes, não possuem relato de resistência e comprovadamente reduzem eventos combinados (morte cardiovascular, IAM e AVC) em comparação ao clopidogrel. Porém, o prasugrel não deve ser usado em pacientes com AVC prévio, com menos de 60 Kg ou com mais de 75 anos (subgrupos em que houve aumento de sangramento). O comprimido de clopidogrel tem 75 mg. Deve ser realizada dose de somente 75 mg em pacientes com mais de 75 anos. Para pacientes com menos de 75 anos, a dose de ataque de 300 mg deve ser realizada, com a recomendação de uma dosagem de ataque ainda maior (de 600 mg) para aqueles com IAM com supra de ST submetidos à intervenção coronariana percutânea primária (observação: se optado por trombólise, a dose de ataque deve ser de 300 mg). FMJ 2019 R1 Acesso Direto Questão 11 D Homem de 82 anos, chega ao PSA com dor precordial intensa, localizada, que não piora á palpação local, sem concomitantes e nega episódios semelhantes anteriormente (somente HAS em tratamento regular). O
exame clínico é normal, com PA: 140X90, P: FC: 60 spm. Ao ECG apresenta supradesnivelamento do segmento ST e do ponto J, com ondas Q patológicas em região inferior, com inversão simétrica das ondas T na mesma região. Enzimas não dosadas pelo curto tempo de evolução. Em relação ao quadro descrito, assinale a alternativa correta em relação ao diagnóstico: a) Angina instável b) Angina variante de Prinzmetal c) Infarto do miocárdio sem supradesnivelamento de ST d) Infarto do miocárdio com supradesnivelamento de ST e) Pericardite aguda A quarta definição universal de infarto agudo do miocárdio (2018), estabelece que diante de um paciente com quadro clínico sugestivo de isquemia miocárdica, o supradesnivelamento de segmento ST é suficiente para definir a síndrome coronariana aguda com supra de ST quando: ≥1 mm no ponto J (junção do complexo QRS com o segmento ST) em derivações contíguas (que delimitem uma mesma parede) Exceto em V2 e V3:≥1,5 mm em m lheres independente da idade,≥2 mm em homens≥40 anos e ≥2,5 mm em homens < 40 anos Convém lembrar que o diagnóstico e tratamento do IAM com supra de ST devem ser instituídos independente do resultado dos marcadores de necrose miocárdica. O diagnóstico é clínico- eletrocardiográfico. A troponina ultrassensível pode ser detectada a partir de 1 hora após o início do IAM, e a troponina de alta sensibilidade a partir de aproximadamente 3 horas do início do IAM. Convém lembrar que a CKMB não deve ser solicitada rotineiramente, sendo a troponina o marcador de escolha na suspeita de síndrome coronariana aguda. FMJ 2019 R1 Acesso Direto Questão 14 D Em relação à dislipidemia, quais os níveis lipídicos devemos atingir, na prevenção secundária para aterosclerose: a) LDL < 100, HDL > 45, Triglicérides < 150 b) LDL < 130, HDL > 45, Triglicérides < 200 c) LDL < 100, HDL > 60, Triglicérides < 200 d) LDL < 70, HDL > 60, Triglicérides < 150 e) LDL < 130, HDL > 40, Triglicérides < 150 A prevenção secundária pressupõe um evento cardiovascular prévio e automaticamente o paciente é classificado como sendo de alto risco cardiovascular, com metas terapêuticas mais rígidas: PA < 130 x 80 mmHg LDL colesterol < 70 mg/dL (atualmente, uma meta ainda mais rígida, menor que 50 mg/dL, é proposta para pacientes de muito alto risco cardiovascular) Colesterol total < 200 mg/dL