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Resumo de psiquiatria sobre benzodiazepínicos baseado no Compência de Psiquiatria.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Introdução Os benzodiazepínicos recebem esse nome devido à sua estrutura molecular. Seu efeito é sobre os receptores benzodiazepínicos, os quais modulam a atividade do GABA. Zolpidem, zaleplona e eszoplicona são agonistas não benzoadiazepínicos que atuam nos receptores localizados próximos aos receptores benzodiazepínicos. Benzodiazepínicos são usados com maior frequência para o tratamento agudo de insônia, ansiedade, agitação ou ansiedade associada a qualquer tipo de transtorno psiquiátrico, possuem um efeito sedativo ansiolítico rápido. São usados como anestésicos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares e como o tratamento mais indicado para catatonia (anormalidades comportamentais impressionantes que podem incluir imobilidade ou excitação motora, negativismo profundo ou ecolalia (limitação da fala) ou ecopraxia (imitação de movimentos). São fármacos que apresentam risco de dependência psicológica e física, por esse motivo a avaliação ininterrupta deve fazer parte do tratamento. Ao se levar em consideração a natureza de seus transtornos, a melhor opção costuma ser o uso de benzodiazepínicos em conjunto com psicoterapia. Além disso, quando associados no tratamento de transtornos crônicos de ansiedade apresentam resultados positivos. Ações farmacológicas Todos os benzodiazepínicos são absorvidos totalmente após a administração oral e atingem níveis séricos de pico em 30 minutos a 2 horas. Diazepam, lorazepam, alprazolam, triazolam e estazolam são benzodiazepínicos que apresentam início de ação mais rápidos, dado importante para utilizar em casos de explosão episódica de ansiedade ou para dormir rapidamente. Os únicos benzodiazepínicos que possuem absorção rápida e confiável quando administrados via intramuscular são lorazepam e midazolam. Alguns fármacos de ação prolongada são: diazepam, clordiazepóxido, clonazepam, clorazepato, flurazepam e quazepam, que possuem meias-vidas plasmáticas de 30 horas a mais de 100 horas, alcançando até 200 horas em pacientes com metabolismo lento. Apesar de existirem esses fármacos com meia vida plasmática de longa duração, não necessariamente apresentarão efeito farmacológico concomitante. O que determina a distribuição, início e término do efeito farmacológico é a lipossolubilidade. Por esse motivo, mesmo os fármacos possuindo uma meia vida longa, podem cursar com efeito de curta duração, como diazepam. Em contrapartida, lorazepam, que tem meia-vida de eliminação mais curta do que o diazepam, mas que é menos lipossolúvel, apresenta início de ação mais lento após uma dose única, porque o fármaco é absorvido e penetra no cérebro com mais lentidão. Porém, a duração de ação após uma dose única permanece mais tempo, porque demora mais para que o lorazepam deixe o cérebro e os níveis cerebrais fiquem abaixo da concentração que produz o efeito.
Acatisia: síndrome psicomotora que se manifesta pela impossibilidade de estar parado, também são eficazes no tratamento de alguns pacientes com esse transtorno. Doença de Parkinson: uso de zolpidem de longo prazo com bradicinesia e rigidez. Outras indicações psiquiátricas: Clordiazepóxido e clorazepato são usados no manejo dos sintomas de abstinência de álcool. Os benzodiazepínicos (especialmente lorazepam IM) são utilizados no controle de agitação induzida por substância e agitação psicótica em pronto- socorro. Uso de flumanezil O flumazenil é usado para reverter os efeitos adversos psicomotores, amnésicos e sedativos dos agonistas de receptores benzodiazepínicos, incluindo benzodiazepínicos, zolpidem e zaleplona. Sua administração é feita por via IV e tem meia-vida de 7 a 15 minutos. O efeito adverso grave mais comum associado a seu uso é a precipitação de convulsões, as quais têm maior probabilidade de ocorrência em indivíduos com transtornos convulsivos, em pessoas fisicamente dependentes de benzodiazepínicos e naquelas que ingeriram uma grande quantidade desses fármacos. O flumazenil, de forma isolada, pode prejudicar a evocação de memórias. Superdosagem de benzodiazepínicos, suspeitada ou identificada, recomenda-se uma dosagem inicial de flumazenil de 0,2 mg (2 mL) administrada por via IV ao longo de 30 segundos. Caso o estado de consciência desejado não seja obtido após esse tempo, uma nova dose de 0,3 mg ( mL) pode ser administrada durante mais 30 segundos. Novas doses de 0,5 mg (5 mL) podem ser aplicadas ao longo de 30 segundos em intervalos de 1 minuto até uma dose cumulativa de 3,0 mg. O clínico não deve se precipitar para usar flumazenil. Uma via aérea segura e acesso IV devem ser estabelecidos antes da utilização do fármaco. O paciente deve ser despertado de maneira gradativa. Caso uma pessoa não tenha respondido em 5 minutos após receber uma dose cumulativa de 5 mg, é provável que a causa principal de sedação não seja um agonista de receptores de benzodiazepínicos. Precauções e reações adversas O efeito adverso mais comum dos benzodiazepínicos é sonolência (10%), ataxia (menos de 2%) e tontura (menos de 1%). Esses sintomas podem resultar em quedas e fraturas de quadril, sobretudo em idosos. Os efeitos adversos mais graves ocorrem quando outras substâncias sedativas, como álcool, são tomadas de modo concomitante. Essas combinações podem resultar em sonolência acentuada, desinibição ou mesmo depressão respiratória. Benzodiazepínicos de alta potência, em especial triazolam, podem causar amnésia anterógrada. Os sintomas de intoxicação por benzodiazepínicos incluem confusão, fala arrastada, ataxia, sonolência, dispneia e hiporreflexia.
Indivíduos com doença hepática e idosos têm maior probabilidade de apresentar efeitos adversos e toxicidade relacionados a benzodiazepínicos, incluindo coma hepático, em particular quando são administrados de modo repetitivo ou em doses elevadas. Durante a gravidez não é aconselhado, pois são teratogênicos. Além disso, os fármacos são secretados no leite materno em concentrações suficientes para afetar bebês. Ben- zodiazepínicos podem causar dispneia, bradicardia e sonolência em bebês que mamam no peito. Tolerância, dependência e abstinência Quando usados durante períodos breves (1 a 2 semanas), em dosagens moderadas, os benzodiazepínicos normalmente não causam tolerância, dependência ou efeitos de abstinência significativos. O surgimento de uma síndrome de abstinência, também chamada de síndrome de descontinuação , depende da quantidade de tempo em que a pessoa foi medicada com benzodiazepínico, da dosagem, da velocidade de sua remoção gradativa e da meia-vida do composto. A síndrome de abstinência desses fármacos consiste em ansiedade, nervosismo, diaforese, inquietação, irritabilidade, fadiga, sensação de cabeça leve, tremor, insônia e fraqueza. É observado apenas em indivíduos que tomaram doses elevadas durante períodos longos. Quando for necessário descontinuar a medicação, o fármaco deve ser retirado bem devagar (25% por semana); caso contrário, recorrência ou rebote de sintomas são prováveis. Interações medicamentosas A interação mais comum e potencialmente grave de agonistas dos receptores benzodiazepínicos é a ocorrência de sedação excessiva e depressão respiratória quando benzodiazepínicos, zolpidem ou zaleplona são administrados de modo concomitante com outros depressores do SNC, como álcool , barbitúricos, fármacos tricíclicos e tetracíclicos, antagonistas dos receptores de dopamina, opioides e anti-histamínicos. Ataxia e disartria têm probabilidade de ocorrer quando lítio, antipsicóticos e clonazepam são combinados. Relatou-se que a combinação de benzodiazepínicos e clozapina causa delirium, devendo ser evitada. Cimetidina, dissulfiram, isoniazida, estrógeno e contraceptivos orais aumentam a concentração plasmática de diazepam, clordiazepóxido, clorazepato e fluzarepam. Dosagem e diretrizes clínicas