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Este documento discute as inovações tecnológicas na indústria de alimentos e bebidas, incluindo o uso de plasma para processamento, embalagens inteligentes e aerossolização. O texto aborda aplicações práticas, benefícios e desafios de cada tecnologia, além de mencionar estudos em andamento. As inovações visam melhorar a segurança, qualidade, econômica e sustentabilidade dos produtos.
Tipologia: Esquemas
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TECNOLOGIA DE ALIMENTOS UNIFOR-MG
Prof. Fernando Lage Nutricionista CRN9: 3889 Agosto 2020
A inovação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer empresa. No setor de alimentos não é diferente, e cada vez mais os consumidores desejam consumir novos produtos que consigam aliar sabor, nutrição, qualidade e segurança. Para auxiliar nesse processo de inovação, já existem diversas empresas especializadas em inovação e ciência de alimentos.
O plasma frio consiste em um gás ionizado, que é criado submetendo um gás neutro a uma voltagem específica. Este gás contém moléculas reativas de nitrogênio, oxigênio e ou argônio. Uma vez ionizado, estes gases podem causar danos ao exterior das membranas dos microrganismos e, ao romper essas membranas, os microrganismos acabam morrendo.
O processamento a plasma frio tem sido utilizado para esterilização, funcionalização, inativação de enzimas, alteração das propriedades hidrofílicas ou hidrofóbicas, ataque químico ou deposição de filmes. Por exemplo: algumas pesquisas comprovam a obtenção de uma cor vermelha mais agradável em salsichas, costela bovina e lombo defumado com o uso de plasma frio. O tratamento com plasma frio também pode ser utilizado para purificar a água. Neste caso, formam-se ligações reativas de oxigênio, além de uma série de ligações de nitrogênio (nitratos e nitritos). Com isso, pode-se usar água tratada com plasma para preparar produtos à base de carne. A água normalmente usada durante o preparo da carne (salmoura para injeção ou imersão, gelo para recheio) pode ser substituída pela água tratada com plasma, criando novas oportunidades.
As embalagens inteligentes funcionam como um indicador interno ou externo da qualidade do produto embalado, como de tempo e temperatura, para fornecer informações para o consumidor. Quando um alimento está se deteriorando, reações bioquímicas estão ocorrendo nele e muitas vezes são imperceptíveis, pois sua aparência se mantém como a de um produto fresco. Além de apresentar diversas dessas características citadas anteriormente, as embalagens bioativas ou biofilmes também são ambientalmente corretas, pois são feitas do reaproveitamento de resíduos que seriam descartados na natureza e que se degradam facilmente no meio ambiente. Isso permite dizer que a embalagem bioativa é desenvolvida pensando também no futuro da sociedade, que consome cada vez mais alimentos processados e gera consequentemente uma maior quantidade de resíduos, o que causa prejuízos a médio e longo prazo para o planeta.
Os produtos e matérias primas utilizados para a produção de embalagens bioativas podem ser obtidos de diferentes polissacarídeos e fontes renováveis como fécula de mandioca, amido, gelatina, nanopartículas, quitosana e as pectinas, matriz polimérica base para o desenvolvimento dos biofilmes e que podem ser extraídas de frutas cítricas, algumas frutas do cerrado como o pequi. Existem também a pectina elaborada industrialmente, conhecida como comercial e outras fontes. Há estudos em desenvolvimento para a produção de embalagem bioativa produzida com a pectina extraída do mesocarpo do pequi acrescida de extrato etanólico de própolis. Esse ingrediente confere o incremento de compostos bioativos, flavonoides, terpenos, álcoois e possui atividade antimicrobiana, com a função inicial de embalar alimentos, garantindo proteção contra microrganismos e mantendo por mais tempo suas características sensoriais originais e intactas do alimento a ser embalado.
As embalagens inteligentes se propõem a monitorar dados através de sensores, como parâmetros de qualidade (temperatura e grau de amadurecimento) e apresentá-los aos consumidores em tempo real. Além do fornecimento de informações mais confiáveis, outro grande benefício desta tecnologia seria a prevenção do manuseio inadequado e consequente prevenção de perdas e desperdícios. Exemplificando: na seleção de frutas, muitos consumidores costumam pressioná-las para identificação de seu grau de amadurecimento, comprometendo a qualidade de um ou mais itens nesse processo, o que representa uma parcela importante das perdas nas redes varejistas.
Aplicações da tecnologia na indústria de alimentos AEROSSÓIS: a) Frutas e verduras: Existe uma necessidade crítica não atendida de melhorar a segurança microbiana de frutas e legumes frescos, com intuito de aumentar seu shelf life. Neste sentido, recentes estudos têm sido reportados, obtendo sucesso na utilização da aerossolização de diferentes produtos. B) Desinfecção de equipamentos e ambientes: Outro grande potencial de uso desta tecnologia é na desinfecção de superfícies de equipamentos e de ambientes de processamento. Na desinfecção de ambientes e equipamentos, estudos têm observado sucesso quando aplicadas aerossolização de soluções químicas, como peróxido de hidrogênio e ácido paracético.
O status regulatório do tratamento com luz UV-C para sucos e laticínios e o crescente mercado de bebidas premium abrem novas oportunidades para o desenvolvimento e a comercialização dessa tecnologia em escala industrial. As indústrias de alimentos que desejam investir e testar essa tecnologia devem entender as vantagens e limitações do processo. Ao monitorar os parâmetros do produto, as condições de tratamento UV podem ser adaptadas para evitar o excesso de processamento e o desenvolvimento de sabores estranhos. Os sistemas de processamento UV também devem ser integrados à linha de produção para evitar a contaminação cruzada e alcançar a vida útil máxima do produto.
Embora tenha havido um avanço constante de técnicas para detectar mel adulterado, é necessário intensificar esforços para desenvolver métodos analíticos inovadores e de ponta que permitam uma verificação fácil e rápida da autenticidade do mel. Referências SE, Kuan Wei et al. Detection techniques for adulterants in honey: Challenges and recent trends. Journal Of Food Composition And Analysis, [s.l.], v. 80, p.16-32, jul. 2019.