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aula de pericardite ministrada pela residente da especialidade de infectologia do hc uftm.
Tipologia: Notas de aula
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Seminário de infectologia - 05/
MIOCARDITE
Especificidades miocardite bacteriana: agressão direta aos miócitos + produção de toxinas + resposta inflamatória intensa (infiltrado de macrófagos e células natural killer); miocardite induzida por drogas: pode ocorrer de horas a meses após a exposição. Há hipersensibilidade em resposta a componentes quimicamente reativos que se ligam a proteínas promovendo modificações estruturais; síndrome hipereosinofílica: promovem resposta inflamatória intensa no miocárdio, levando a lesão celular com disfunção e IC; miocardite de células gigantes: forma autoimune, há infiltrado de células gigantes multinucleadas, além de infiltrado inflamatório de células T, eosinófilos e histiócitos. A presença marcante de células CD8 (citotóxicas) promove intensa lesão miocítica. Encontra-se em até 20% dos casos, associada a doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, artrite reumatoide, miastenia gravis, arterite de Takayasu; sarcoidose: acúmulo de linfócitos T, fagócitos mononucleares e granulomas não caseosos nos tecidos envolvidos. Os pulmões são afetados em cerca de 90% dos casos e é fator independente de morbimortalidade.
Diagnóstico
Marcadores laboratoriais de agressão inflamatória VHS, PCR e leucometria podem estar elevados ou inalterados; Os marcadores de necrose miocárdica se mantêm em um platô por maior tempo; A elevação de troponinas é mais comum que da CK-MB, e níveis elevados conferem pior prognóstico. Marcadores laboratoriais de pesquisa etiopatogênica Todos os pacientes devem ser investigados para doenças sistêmicas inflamatórias autoimunes: lúpus, artrite reumatoide, sarcoidose, Churg-Strauss, doença celíaca; A pesquisa de sorologias virais possui baixa sensibilidade e especificidade; No Brasil: doença de Chagas deve ser investigada de forma rotineira em todos os pacientes de áreas endêmicas.
Eletrocardiograma Fase aguda: alterações mais comuns são os distúrbios de repolarização e bloqueios atrioventriculares, assim como padrão sugestivo de isquemia coronariana com infra ou supradesnível do segmento ST de região cardíaca específica ou difusa, sendo que a presença de onda Q indica pior prognóstico. Pode haver a presença de arritmias supraventriculares ou ventriculares é frequente. Fases subaguda ou crônica: predominam os sinais de remodelamento de câmaras - sobrecarga ventricular e presença de bloqueio de ramo esquerdo (pior prognóstico). Perimiocardite: padrão clássico de pericardite com supradesnível do segmento ST difuso e infra do segmento PR.
Ecocardiograma Achados inespecíficos que espelham a agressão inflamatória miocárdica; Trombos intraventriculares ou atriais; Alterações na contração ventricular difusas ou segmentares, indistinguíveis das alterações isquêmicas; A presença de disfunção ventricular direita é incomum (pior prognóstico); Miopericardite: derrame pericárdico na ausência de ICC sugere; Importante papel no diagnóstico diferencial: doenças valvulares agudas, cardiomiopatia inflamatória de takotsubo e infarto agudo do miocárdio; Serve como guia durante a realização da BEM.