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aula de pericardite ministrada pela residente da especialidade de infectologia do hc uftm., Notas de aula de Infectologia

aula de pericardite ministrada pela residente da especialidade de infectologia do hc uftm.

Tipologia: Notas de aula

2025

Compartilhado em 13/07/2025

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Miocardite
Residente: Ana Beatriz
Residente: Ana Beatriz
Oliveira de Souza
Oliveira de Souza
Seminário de infectologia - 05/2025
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Miocardite

Residente: Ana Beatriz Residente: Ana Beatriz

Oliveira de Souza Oliveira de Souza

Seminário de infectologia - 05/

MIOCARDITE

Doença inflamatória do miocárdio, causada por fatores

infecciosos ou não.

Uma das principais determinantes do desenvolvimento da

cardiomiopatia dilatada idiopática;

Maior prevalência no sexo masculino, adulto jovem;

Principais causas de morte súbita em pessoas com menos de 40 anos

de idade e em crianças;

Crianças que sobrevivem à miocardite: maior mortalidade e

necessidade de transplante cardíaco em 12 anos.

Na América do Sul (Brasil) a
miocardite chagásica causada pelo
protozoário Trypanosoma cruzi, é a
forma mais prevalente de
miocardite ou cardiomiopatia
dilatada;
Subaguda:
4º - 14º dia;
a invasão do miocárdio pelos linfócitos T atinge seu pico;
ocorre maior dano celular;
infiltração de linfócitos B (1º ao 3º mês).
a resposta imune humoral tem importante papel na lesão e disfunção
miocárdica.
lesão dos miócitos → libera miosina na circulação → liberação de
anticorpos → estimula os linfócitos CD4 (lesão de células cardíacas)
Crônica:
15º - 90º dia;
deposição intensa de colágeno no interstício miocárdico com fibrose
miocárdica evoluindo para dilatação, disfunção e insuficiência cardíaca.

Especificidades miocardite bacteriana: agressão direta aos miócitos + produção de toxinas + resposta inflamatória intensa (infiltrado de macrófagos e células natural killer); miocardite induzida por drogas: pode ocorrer de horas a meses após a exposição. Há hipersensibilidade em resposta a componentes quimicamente reativos que se ligam a proteínas promovendo modificações estruturais; síndrome hipereosinofílica: promovem resposta inflamatória intensa no miocárdio, levando a lesão celular com disfunção e IC; miocardite de células gigantes: forma autoimune, há infiltrado de células gigantes multinucleadas, além de infiltrado inflamatório de células T, eosinófilos e histiócitos. A presença marcante de células CD8 (citotóxicas) promove intensa lesão miocítica. Encontra-se em até 20% dos casos, associada a doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, artrite reumatoide, miastenia gravis, arterite de Takayasu; sarcoidose: acúmulo de linfócitos T, fagócitos mononucleares e granulomas não caseosos nos tecidos envolvidos. Os pulmões são afetados em cerca de 90% dos casos e é fator independente de morbimortalidade.

Suspeita clínica + métodos diagnósticos não invasivos;
Confirmação diagnóstica só é possível através da análise histológica pela
biópsia endomiocárdica (BEM) do ventrículo direito;
Prática clínica: suspeição diagnóstica apenas.

Diagnóstico

Marcadores laboratoriais de agressão inflamatória VHS, PCR e leucometria podem estar elevados ou inalterados; Os marcadores de necrose miocárdica se mantêm em um platô por maior tempo; A elevação de troponinas é mais comum que da CK-MB, e níveis elevados conferem pior prognóstico. Marcadores laboratoriais de pesquisa etiopatogênica Todos os pacientes devem ser investigados para doenças sistêmicas inflamatórias autoimunes: lúpus, artrite reumatoide, sarcoidose, Churg-Strauss, doença celíaca; A pesquisa de sorologias virais possui baixa sensibilidade e especificidade; No Brasil: doença de Chagas deve ser investigada de forma rotineira em todos os pacientes de áreas endêmicas.

Eletrocardiograma Fase aguda: alterações mais comuns são os distúrbios de repolarização e bloqueios atrioventriculares, assim como padrão sugestivo de isquemia coronariana com infra ou supradesnível do segmento ST de região cardíaca específica ou difusa, sendo que a presença de onda Q indica pior prognóstico. Pode haver a presença de arritmias supraventriculares ou ventriculares é frequente. Fases subaguda ou crônica: predominam os sinais de remodelamento de câmaras - sobrecarga ventricular e presença de bloqueio de ramo esquerdo (pior prognóstico). Perimiocardite: padrão clássico de pericardite com supradesnível do segmento ST difuso e infra do segmento PR.

Ecocardiograma Achados inespecíficos que espelham a agressão inflamatória miocárdica; Trombos intraventriculares ou atriais; Alterações na contração ventricular difusas ou segmentares, indistinguíveis das alterações isquêmicas; A presença de disfunção ventricular direita é incomum (pior prognóstico); Miopericardite: derrame pericárdico na ausência de ICC sugere; Importante papel no diagnóstico diferencial: doenças valvulares agudas, cardiomiopatia inflamatória de takotsubo e infarto agudo do miocárdio; Serve como guia durante a realização da BEM.

Trombo mural e dilatação cardíaca