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Monografia desenvolvida para o curso de Educação Física
Tipologia: Teses (TCC)
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Guarapari 2019
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Educação Física. Orientadora: Débora Iriya
Guarapari 2019
VICENTE, José Robson Ribeiro. Atividades físicas na reabilitação de pessoas vítimas de doenças arteriais coronárias. 2019. 26. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Faculdade Pitágoras, Guarapari, 2019.
RESUMO
Este estudo demonstra a atuação de educadores físicos na reabilitação de indivíduos vitimados por acidente vascular cerebral (AVC) e demais doenças arteriais coronárias, por meio de exercícios físicos aplicados no tratamento e controle de fatores de risco. A área de recuperação cardíaca é relativamente nova para a atividade de educadores físicos, sendo preciso, portanto, demonstrar a relevância de seu ofício para a evolução da saúde das pessoas vítimas de obstruções vasculares. Justificou-se ainda este estudo, a necessidade de conhecer mais sobre a formação dos profissionais para que não se descortinem parâmetros que versem entendimentos pertinentes à atividade de exercício físico como elemento de restauração de indivíduos infartados, há estudos que indicam vantagens das atividades físicas, tornando-se, portanto, necessário inserir no mercado de trabalho, profissionais de Educação Física que se tornem referências para essa demanda. De que forma profissionais de Educação Física podem contribuir no processo de recuperação de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral? Este é o norte que se buscou desenvolver nos estudos referentes às atividades físicas na reabilitação de pessoas vítimas de AVC, doença silenciosa e que pode deixar o indivíduo inválido ou até mesmo levá-lo a morte. O objetivo geral deste estudo foi estudar as principais atividades físicas enquanto proposta de reabilitação cardíaca a partir da atuação do educador físico, já os específicos, foram descrever os principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral; explicar do que se trata a reabilitação cardíaca por meio de atividades físicas, após o infarto agudo do miocárdio e; evidenciar a atuação do profissional de educação física em pacientes de acidente vascular cerebral em reabilitação. Quanto à metodologia utilizada, a pesquisa se caracterizou como estudo de caráter bibliográfico, visando encontrar e contribuir para novos achados e com os estudos atualizados na área. Foram consultados diversos autores por meio de escritos e eletrônicos, assim como sites, livros, artigos científicos, entre outros.
Palavras-chave: Reabilitação; Coronárias; Doenças arteriais; AVC.
VICENTE, José Robson Ribeiro. Physical activities in the rehabilitation of victims of coronary artery diseases. 2019. 26. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Faculdade Pitágoras, Guarapari, 2019.
ABSTRACT
This study demonstrates the role of physical educators in the rehabilitation of individuals affected by stroke and other coronary artery diseases through physical exercises applied to the treatment and control of risk factors. The area of cardiac recovery is relatively new for the activity of physical educators, therefore, it is necessary to demonstrate the relevance of their office to the evolution of the health of the victims of vascular obstructions. This study was also justified by the need to know more about the training of professionals so that parameters related to physical activity as an element of restoration of infarcted individuals can not be unveiled, there are studies that indicate the advantages of physical activities, It is therefore necessary to include in the labor market, Physical Education professionals who become references to this demand. How can physical education professionals contribute to the recovery process of stroke victims? This is the north that has been sought to develop in studies related to physical activities in the rehabilitation of people suffering from stroke, silent disease and that can render the individual invalid or even lead to death. The general objective of this study was to study the main physical activities as a proposal for cardiac rehabilitation from the physical educator's performance, while the specific ones were to describe the main risk factors for stroke; explain what cardiac rehabilitation is all about through physical activities after acute myocardial infarction; evidencing the performance of the physical education professional in stroke patients in rehabilitation. Regarding the methodology used, the research was characterized as a bibliographical study aiming to find and contribute to new findings and to the updated studies in the area. Several authors were consulted through written and electronic, as well as websites, books, scientific articles, among others.
Key-words : Rehabilitation; Crowns; Arterial diseases; AVC.
Esta pesquisa mostra, de maneira concisa, a atuação dos profissionais da Educação Física na reabilitação de indivíduos vitimados por acidente vascular cerebral (AVC) e demais doenças arteriais coronárias, por meio de exercícios físicos aplicados no tratamento e controle de fatores de risco. A área de recuperação cardíaca é relativamente nova para a atividade de educadores físicos, sendo preciso, portanto, demonstrar a relevância de seu ofício para a evolução da saúde das pessoas vítimas de obstruções vasculares.
Justificou-se ainda este estudo, a necessidade de conhecer mais sobre a formação dos profissionais para que não se descortinem parâmetros que versem entendimentos pertinentes à atividade de exercício físico como elemento de restauração de indivíduos infartados, há estudos que indicam vantagens das atividades físicas, tornando-se, portanto, necessário inserir no mercado de trabalho, profissionais de Educação Física que se tornem referências para essa demanda.
De que forma profissionais de Educação Física podem contribuir no processo de recuperação de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral? Este é o norte que se buscou desenvolver nos estudos referentes às atividades físicas na reabilitação de pessoas vítimas de AVC, doença silenciosa e que pode deixar o indivíduo inválido ou até mesmo levá-lo a morte.
O objetivo geral deste estudo foi estudar as principais atividades físicas enquanto proposta de reabilitação cardíaca a partir da atuação do educador físico, já os específicos, foram descrever os principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral; explicar do que se trata a reabilitação cardíaca por meio de atividades físicas, após o infarto agudo do miocárdio e; evidenciar a atuação do profissional de educação física em pacientes de acidente vascular cerebral em reabilitação.
Quanto à metodologia utilizada, a pesquisa se caracterizou como estudo de caráter bibliográfico, visando encontrar e contribuir para novos achados e com os estudos atualizados na área. Foram consultados diversos autores por meio de escritos e eletrônicos, assim como sites, livros, artigos científicos, entre outros.
mesmos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais de enfermagem, terapeuta ocupacional e especialista de Educação Física. A respeito da equipe multidisciplinar Godoy (1997) diz que a mesma deverá abordar todos os aspectos que envolvam a vida do cardiopata, isto é, “psicológicos, físicos e sociais para que o indivíduo possa ter uma melhor resposta frente ao programa de recuperação” (GODOY, 1997, p.288). A cerca de a restauração cardíaca Godoy (1997b, p.48), afirma que: O treinamento físico tem como efeito fundamental a propriedade de aumentar a absorção pulmonar de oxigênio, facilitando o seu aproveitamento tecidual. O condicionamento físico possibilita, de maneira gradual, para cada batimento do coração, no mesmo volume de sangue, a absorção de mais oxigênio. Essa proporção maior de oxigênio no sangue permite ao coração bater menos vezes por minuto, mantendo o mesmo nível de oxigenação sanguínea sistêmica. Conforme Gardenghi; Dias (2004 p. 388) “na terceira fase do processo de reabilitação, o exercício pode ser realizado fora de o ambiente hospitalar, objetivando evitar a evolução da doença e também novos episódios de doença cardiovascular”.
Para Godoy (1997 p. 276 – 277) “em programas de atividade física, visando a saúde e a qualidade de vida, devem estar incluídas: resistência aeróbia, resistência muscular localizada (RML) e flexibilidade”. A cura é formada por três etapas sendo elas o aquecimento com durabilidade de 5 a 10 minutos, com exercícios de distensão, dinâmicos aeróbios e de coordenação, associados a exercícios respiratórios, que tem por objetivo ajeitar o corpo para a atividade física, aumentando o fluxo sanguíneo, o sistema cardiorrespiratório e a eminência da temperatura corporal. Parte principal ou de condicionamento que, de acordo com Marques (2004), tem objetivo treinar o paciente a uma frequência cardíaca programada a fim de alcançar efeito de treinamento. “Os exercícios aeróbicos, rítmicos e dinâmicos são enfatizados e planejados de ordem a treinar os grupos musculares das extremidades superiores e inferiores e compõem-se de caminhadas, exercícios de elasticidade e exercícios de força” (MARQUES, 2004 p. 26). De acordo com Godoy (1997, p. 277): A resistência aeróbia utiliza-se de exercícios dinâmicos, realizado sem condições de equilíbrio de oferta e demanda de oxigênio, intensidade moderada, tempo prolongado e envolvimento de grandes grupos musculares. Condições que são obtidas com exercícios cíclicos como andar, correr, pedalar, nadar, etc., que favorecem os ajustes metabólicos necessários para o desenvolvimento de adaptações fisiológicas relacionadas com a manutenção da saúde.
Segundo Fydriszewski (2014), o profissional de educação física será o abonador por realizar programas de exercício físico supervisionado de modo estruturado, respeitando a personalidade do beneficiário para que o mesmo consiga aperfeiçoar seu condicionamento físico, habilidade física, habilidades motoras, que conquiste sua independência e adoção de um estilo de vida salutar e melhore por consequência sua qualidade de vida.
É ele que define qual será a atividade física mais indicada para cada pessoa, orientando-o quanto a forma de realizar o exercício e suas variáveis como a proporção, sobrecarga, duração, frequência semanal e progressão do esforço. Igualmente é de sua obrigação fomentar o beneficiário trazendo atividades recreativas que proporcionem a impressão de bem-estar e socialização, contribuindo para a atenuação do estresse e das tensões referentes à instabilidade que a ocorrência cardíaca trouxe ao mesmo. (FYDRISZEWSKI, 2014).
2.1 TREINAMENTO DE FORÇA PARA REABILITAÇÃO DE VÍTIMAS COM AVC
O sedentarismo, de acordo com Costa; Duarte (2002), talvez tenha sido uma das maiores causas provocadoras do AVC. Corrobora com este pensamento ACSM (2006): “Assim as pessoas com sequelas de acidente vascular cerebral devem estar na sua maioria engajadas na prática da atividade física regular para a manutenção da sua saúde ou da sua condição orgânica, o que proporcionará uma melhor qualidade de vida”. O exercício físico tem grande função sobre a qualidade de vida dos indivíduos que tiveram AVC, através do seu efeito benéfico, de acordo com Scalzo (2010), ao afirmar que sua prática “pode influenciar na manutenção e na melhora da capacidade funcional desses pacientes, capacidade essa que é muita afetada com as percas neurológicas causadas pelas sequelas da patologia, principalmente na deambulação desses indivíduos”. Especificamente mencionando o treinamento de força (TF), modalidade de atividade física mais praticada na atualidade, é também defendida por Harris (2001) que ressalta seu impacto positivo, não somente no músculo esquelético, como também “na excitação neuromotora, na integridade, na viabilidade do tecido conjuntivo e inclusive na sensação de bem estar de uma pessoa” (HARRIS, 2001, p. 85).
oscilação dos braços e das pernas e a adoção intermitente da posição sentada e ereta com o propósito de sustentar os reflexos cardíacos. A prescrição de atividades, segundo Castro et. al. (1995) deve obedecer a um parâmetro conexo ao condicionamento físico de cada pessoa, que pode ser um inativo, praticante esporádico de atividade física ou ainda um esportista. Gus; Fischmann; Medina (2002, p. 478) observaram prevalência acima de 60% de sedentarismo, independentemente da faixa etária, e verificaram que; o sedentarismo é muito frequente, mesmo nas faixas etárias mais baixas. É preciso ressaltar que o estilo de vida sedentário tem sido considerado um fator que aumenta o risco de aterosclerose coronariana e de episódios de IAM. Aqueles indivíduos que cultivaram no passado o hábito de caminhar regularmente, há mais de um ano, apresentam risco menor de IAM. O mesmo não ocorre com aqueles que não caminhavam e os que o fizeram apenas no último ano, segundo Silva; Sousa; Schargodsky (1998, p. 667). “Este fato sugere que o efeito protetor do exercício não é imediato, manifestando-se apenas, no mínimo, após um ano de atividade física”.
De acordo com Gonzales (2016), um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), finalizado em 2010, despontou que pacientes que tiveram infarto e não adotaram treinamento físico, conservaram o risco de ter outro ataque cardíaco, ainda que sob medicação, já quem se tornou ativo fisicamente diminuiu esse risco.
O delineamento dos principais fatores de risco para coronariopatias, segundo Schnohr (2002) é um conceito que surgiu inicialmente numa boletim de Framingham nos Estados Unidos, em (1961), e é fundamentado nessa proeminência que a Associação Americana do Coração, Organização Mundial da Saúde (OMS), Associação Europeia de Cardiologia, entre outros corpos, começaram justaposições
científicas que transportam ao conhecimento preventivo desses fatores, na tentativa de se extinguir as coronariopatias. Outras especialidades advertidas como fatores de risco, que não podem ser aludidas com menos seriedade e devem ser implantadas nesse contexto são o álcool, histórico familiar, a ociosidade física e os fatores psicossociais e comportamentais. Uma acepção ampla de fator de risco segundo Ross (1996), é que qualquer hábito ou traço que possa ser usado para se prever a perspectiva de um indivíduo aumentar a doença. A presença de um fator de risco não sugere numa relação causal direta e não pode ser aludido como único fator catalisador para taxas de mortalidade, e também nenhum fator poderá ser responsável por qualquer redução na mortandade.
3.2 FATOR DE RISCO 1 - USO DO TABACO
Segundo Corrêa (2003), o tabagismo tem abundado em um número elevadíssimo de pessoas. Na população mundial são mais de um bilhão e 260 milhões e no Brasil são mais de 3,3 milhões de fumantes. Somente em São Paulo 45% dos homens e 32% das mulheres são fumantes. Para Farmer (1996) a grande inquietação da saúde pública para o futuro é o aumento nos números de fumantes entre os jovens e nas mulheres. O total de mortes por causa do uso do tabaco chega a 4,9 milhões, de acordo com Gomes (2003), o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Grande parte destas mortes se dá por causa de uma posterior doença coronária ou seus eventos. De acordo com Nozawa et al. (2003) os produtos do tabaco podem abreviar o processo da aterosclerose. Vários estudos ratificam que o tabagismo agrega-se à maior morbidade e mortalidade por doença coronariana aterosclerotica. Segundo Stuchi (2003), em estudo concretizado sobre o perfil dos pacientes com infarto agudo do miocárdio, abrangendo uma amostra de 45 pacientes, despontou que 80% dessa amostra fazia parte de pacientes fumantes e ex- fumantes. O uso do tabaco é um fator de risco preocupante devido seu intercâmbio com uma multiplicidade de outros fatores de risco para coronariopatias. Farmer (1996) confirma que o tabagismo demonstra efeitos adversos sobre o perfil lipídico, exibindo adulterações em níveis de HDL inferior ao normal colacionando pessoas não fumantes e fumantes intensivos e LDL superior ao
associada ao gene “hiper- apo B”, triglicerídeos aumentados, HDL diminuída, LDL pequena e densa, hiperinsulinemia e resistência a insulina.
3.4 FATOR DE RISCO 3 - OBESIDADE
Segundo Souza (2003) os estudos epidemiológicos alcançados sobre a preponderância da obesidade são poucos, avaliando a vastidão do problema. De acordo com estudos do Consenso Latino Americano de Obesidade, cerca de 200 mil pessoas morrem devido a doenças associadas ao excesso de peso. Só nos Estados Unidos esse número aumenta para 300 mil. O autor assegura que estudos nacionais sobre a obesidade despontam que adveio um aumento de cerca de 100% na prevalência de obesidade em homens e de 70% nas mulheres, e estima-se que 70% dos obesos brasileiros sejam mulheres. (SOUZA, 2003). Para Farmer (1996) a obesidade começou a ser percebida como um fator de risco cardiovascular autônomo no estudo de Framinghan realizado em 5.209 homens e mulheres. Essa apreciação dos dados do estudo de Framinghan aparece numa ajuda independente pelo colesterol sanguíneo alto, pressão sanguínea, glicose e ácido úrico. Carvalho (2001) essa compreensão da obesidade independente é mais exacerbada na obesidade androide, ou seja, aquela que prevalece no abdome e na parte superior do corpo, com uma razão entre as medidas da cintura e do quadril maior do que 0,95 nos homens e de 0,85 nas mulheres. Valores acima destes são meditados obesidade, descrito por Jean Vague desde 1947, e está relacionado à forma independente, à hipertensão, dislipidemia, diabetes. Segundo Farmer (1996) a obesidade tem relação direta com todos os fatores de risco relacionados à coronariopatias exceto o tabagismo, aparentando tanto a saúde quanto à longevidade. As correspondências mais fortes com outros fatores de risco são com pressão alta, hipretriglicerimia, hiperinsulinemia, todas estas relações positivas, sendo inversa a relação com a concentração de HDL.
Mansur (2002) afirma que a história familiar positiva para coronariopatia, genética ou ambiental, deve ser considerada fator de risco independente. O histórico
familiar positivo inclui colesterol, lipoproteínas, pressão sanguínea, diabetes e obesidade. Cada vez mais há indícios de que é maior a prevalência da doença coronária em pessoas que migraram de um ambiente em que se inseria um perfil de risco para a aterosclerose. O autor ainda assegura que a transmissão dos fatores de risco dos pais para os filhos foi especialmente ambiental ou relacionada ao estilo de vida do que ao componente genético.
O exercício físico, segundo Brum (2004) caracteriza-se por uma circunstância que retira o organismo de sua homeostase, pois provoca no aumento imediato uma pendência energética da musculatura exercitada do organismo como um todo. É preciso diversas adaptações fisiológicas para completar a nova demanda metabólica, dentre elas, as adaptações cardiovasculares. Van Camp (1994) assevera que os pacientes implantados em programas de exercícios físicos de uma recuperação cardíaca não compõem um grupo homogêneo, mas sim deve ser abordada de forma individual, investigando o estado
Segundo Pollock (1993) o objetivo neste momento é melhorar progressivamente a competência funcional do doente, abaixando os fatores de risco cardiovasculares, preparando-o para um retorno à sua vocação normal. Nessa fase a abrangência do treino se faz necessária e deve permanecer por 3 meses. O autor assegura esta etapa tem início quando o paciente recebe alta hospitalar e retorna a casa, precisando ser submetido a trabalho de equipe multidisciplinar que deseje, além da prática regular e supervisionada de exercícios, equipar com orientação nutricional, aclaramentos sobre a doença e asseverar o apoio psicológico. O programa de exercícios pode ser concretizado em casa, segundo o autor, ou ainda nos centros especializados, não ultrapassando a frequência cardíaca entre 70 e 80%. Os exercícios aumentam gradualmente até o paciente subir 10 degraus de escada ou caminhar, no plano, 200 metros.
A finalidade neste período é incentivar o paciente a melhorar seu status físico, fornecendo-lhe ênfase continuada na transformação dos fatores de risco relativos ao risco cardiovascular. De acordo com Pollock (1993) a passagem da fase II para fase III deve ter grande informação clinica fisiológica e psicológica para os pacientes envolvidos, acontecendo resultados estáveis e esperados por meio da combinação dos medicamentos e da terapia dos exercícios que acontecem de 6 a 12 semanas. Segundo Meneghelo et al. (1993) os exercícios aconselhados são os isotônicos, evitando atividades isométricas. O regime de trabalho deve ser aeróbico e a intensidade deve ficar entre 70 e 85% da frequência cardíaca máxima. Quanto à permanência da atividade física deve ter entre 30 e 60 minutos e abranger calefação, estímulo e desaquecimento. Van Camp (1994) salienta que os exercícios devem envolver grandes grupos musculares como nadar remar, andar, correr, pedalar e aeróbica, o que são mais
indicados para um condicionamento de resistência cardiovascular. O treinamento de força também é aconselhado sendo benéfico para pacientes escolhidos. Arakaki; Magalhães (1996) sugerem frequência dos exercícios físicos num total de 3 a 4 vezes semanais. Já para Meneghelo et al. (1993) cita a assiduidade de 3 vezes semanais como sendo ideal. ACSM (1994), alega que a constância mínima é de 3 vezes por semana sendo que alguns pacientes escolhem exercitar-se diariamente, entretanto, com essa frequência aumentada de exercícios, o risco de lesão músculo esquelética acresce. De acordo com Karvonen (1998) a intensidade dos exercícios inspecionados devem ser realizados de forma confortável, geralmente 40-85% da capacidade funcional máxima (VO2máx), que corresponde a 40-85% da frequência cardíaca máxima de reserva: (frequência cardíaca máxima – frequência cardíaca de repouso) X 40-85% + frequência cardíaca de repouso. Borg (1998) afirma que o grau de esforço alcançado também pode ser usado para monitorar a intensidade do exercício, com a finalidade de manter a amplitude em nível amenizado, sendo usada a escala de classificação do esforço. Van Camp (1994) afirma que a administração e o monitoramento das atividades devem ser conseguidos mais largamente quando se tratar de pacientes de alto risco, e quando os exercícios forem concretizados por pacientes sem supervisão devem ser destacados em baixas intensidades. A supervisão do paciente abarca tanto observação direta quando monitoramento da frequência cardíaca e ritmos cardíacos, a aferição da pressão arterial é geralmente feita quando indicada clinicamente.
Van Camp (1994) esclarece que nesta fase são fornecidos aos pacientes meios de monitorar e sustentar os resultados obtidos durante as etapas mais adiantadas da recuperação cardíaca. O programa de exercícios físicos para pacientes é fundamentado na determinação habitual para o incremento do treinamento em pessoas saudáveis, entretanto, é demudado de acordo com a condição cardiovascular e estado clinico geral do paciente, envolvendo adequado