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Guias e Dicas
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Atividade 1 EAD texto, Provas de Desenvolvimento Humano

Atividade 1 texto dissertativo EAD

Tipologia: Provas

2020

Compartilhado em 01/11/2021

lylia-nascimento
lylia-nascimento 🇧🇷

4 documentos

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Para entender como as escolas, enquanto instituições sociais, podem contribuir
no enfrentamento às desigualdades presentes na sociedade é preciso compreender,
primeiramente, como essas entidades se definem e do que se trata o cenário de
desigualdade e exclusão social em que essa instituição pode afetar positivamente.
Uma instituição social pode ser entendida como uma esfera criada pela sociedade
com características específicas e que serve aos seus próprios interesses. A escola é
uma instituição de socialização secundária. Ela é responsável por internalizar no
indivíduo as normas sociais, legais e de comportamento, as quais ele deve levar
para o resto de sua vida, além de prepará-lo para o mundo do trabalho. Desse
modo, a escola tem o potencial de diminuir as desigualdades financeiras entre os
indivíduos, oferecendo conhecimentos e habilidades suficientes para que pessoas
de classe baixa alcancem melhores oportunidades de trabalho.
Além disso, a escola possui a capacidade de acolher pessoas historicamente
excluídas, pois nela se encontram diversas etnias, jovens e adolescentes
descobrindo suas próprias identidades como indivíduos. Assim ela é o lugar da
aprendizagem do espírito democrático e republicano.
A educação cidadã é a peça central do objeto da escola a aprendizagem
permanente, os conhecimentos escolares e as competências culturais
diversas conferem ao jovem o direito de se apropriar e cultivar a tradição, os
debates políticos, as questões científicas e até mesmo os assuntos morais
ou existenciais. (MARTUCCELLI, 2006).
O direito à educação vai muito além de garantir que os jovens estejam na escola.
Tem a ver com o direito ao desenvolvimento pleno e integral dos estudantes. Para
contribuir de maneira eficiente com a realidade dos jovens, a escola precisa estar
conectada com as diversidades econômicas, ideológicas,religiosas e sexuais dos
seus alunos. Na Constituição Federal Brasileira (BRASIL, 2002, p. 123), artigo 205,
a educação é referida como “direito de todos e dever do Estado e da família”,
inclusive sendo “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho". Logo para as instituições de ensino atuarem em
seu pleno potencial precisam do apoio das instituições familiares e do Estado.
Não podemos tratar os desiguais como iguais, como se as diferenças não
existissem. Para combater as discrepâncias sociais é preciso uma educação
de qualidade com iguais oportunidades para todos, dentro dos parâmetros
de universalização do ensino defendido pelo Plano Nacional de Educação.
Mas é necessário mais do que isso. A educação pode sim modificar toda a
nossa sociedade e nos dar melhores condições de vida, mas, enfatizo, se
em seus parâmetros as desigualdades sociais não forem consideradas, a
educação não dará o seu grande salto. (BONINI, 2016).
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Para entender como as escolas, enquanto instituições sociais, podem contribuir no enfrentamento às desigualdades presentes na sociedade é preciso compreender, primeiramente, como essas entidades se definem e do que se trata o cenário de desigualdade e exclusão social em que essa instituição pode afetar positivamente. Uma instituição social pode ser entendida como uma esfera criada pela sociedade com características específicas e que serve aos seus próprios interesses. A escola é uma instituição de socialização secundária. Ela é responsável por internalizar no indivíduo as normas sociais, legais e de comportamento, as quais ele deve levar para o resto de sua vida, além de prepará-lo para o mundo do trabalho. Desse modo, a escola tem o potencial de diminuir as desigualdades financeiras entre os indivíduos, oferecendo conhecimentos e habilidades suficientes para que pessoas de classe baixa alcancem melhores oportunidades de trabalho. Além disso, a escola possui a capacidade de acolher pessoas historicamente excluídas, pois nela se encontram diversas etnias, jovens e adolescentes descobrindo suas próprias identidades como indivíduos. Assim ela é o lugar da aprendizagem do espírito democrático e republicano. A educação cidadã é a peça central do objeto da escola a aprendizagem permanente, os conhecimentos escolares e as competências culturais diversas conferem ao jovem o direito de se apropriar e cultivar a tradição, os debates políticos, as questões científicas e até mesmo os assuntos morais ou existenciais. (MARTUCCELLI, 2006). O direito à educação vai muito além de garantir que os jovens estejam na escola. Tem a ver com o direito ao desenvolvimento pleno e integral dos estudantes. Para contribuir de maneira eficiente com a realidade dos jovens, a escola precisa estar conectada com as diversidades econômicas, ideológicas,religiosas e sexuais dos seus alunos. Na Constituição Federal Brasileira (BRASIL, 2002, p. 123), artigo 205, a educação é referida como “direito de todos e dever do Estado e da família”, inclusive sendo “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Logo para as instituições de ensino atuarem em seu pleno potencial precisam do apoio das instituições familiares e do Estado. Não podemos tratar os desiguais como iguais, como se as diferenças não existissem. Para combater as discrepâncias sociais é preciso uma educação de qualidade com iguais oportunidades para todos, dentro dos parâmetros de universalização do ensino defendido pelo Plano Nacional de Educação. Mas é necessário mais do que isso. A educação pode sim modificar toda a nossa sociedade e nos dar melhores condições de vida, mas, enfatizo, se em seus parâmetros as desigualdades sociais não forem consideradas, a educação não dará o seu grande salto. (BONINI, 2016).

Nesse sentido, a família tem a função de complementar à formação do indivíduo, pois são os responsáveis diretos. Desse modo, a família e escola são co-responsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da personalidade das crianças e adolescentes. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação juntamente com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) indica que uma das mais importantes dimensões explicativas do desempenho de estudantes encontra-se em sua origem familiar. Por isso, é de fundamental importância conhecer o capital cultural e econômico das famílias dos estudantes. Essas duas instituições trabalhando juntas têm o potencial de melhorar o atual cenário da desigualdade e exclusão social. As famílias podem desenvolver práticas que venham a facilitar a aprendizagem na escolar (por exemplo: preparar para a alfabetização) e desenvolver hábitos coerentes com os exigidos pela escola (por exemplo: hábitos de conversação) ou não [...] (SZYMANZKI, 2003, p.101). Em conclusão, é dever do Estado assegurar a educação para todos os cidadãos, oferecendo recursos financeiros e suporte às instituições de ensino. Além disso, o ele pode contribuir para manter os alunos dentro da escola, disponibilizando programas para as famílias de baixa renda, mantendo assim os jovens estudando, ao invés de engajar precocemente e despreparadamente no mercado de trabalho.