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Guias e Dicas
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Asteraceae família Brasil, Teses (TCC) de Botânica

Família botânica Asteraceae a maior família existente

Tipologia: Teses (TCC)

2021

Compartilhado em 19/05/2022

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Artigo recebido em 03/2008. Aceito para publicação em 06/2008.
1Parte da monografia de Bacharelado em Ciências Biológicas do primeiro autor.
2Herbarium Uberlandense, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, C.P. 593, 38400-902 Uberlândia, MG, Brasil.
3Instituto de Biologia, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais.
4Autor para correspondência: erichattori@gmail.com
Apoio Financeiro: CEMIG, ANEEL.
RESUMO
(Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brasil) A família Asteraceae é uma das maiores
famílias de Angiospermas, com cerca de 1.600 gêneros e 25.000 espécies aproximadamente. Para o estado de
Minas Gerais, os únicos estudos com a família como um todo são os levantamentos realizados na Serra do
Cipó, na Serra da Canastra, e em Grão-Mogol. O objetivo do presente estudo é o de apresentar as espécies de
Asteraceae ocorrentes na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, Perdizes. Foram
realizadas coletas mensais nesta estação, entre maio de 2002 e abril de 2004. O tratamento taxonômico inclui
uma chave de identificação, descrições das espécies e comentários sobre distribuição geográfica, hábitat e
características diagnósticas. Para os gêneros Eupatorium e Vernonia foram utilizados os conceitos tradicionais
de classificação, uma vez que as novas propostas de classificação ainda necessitam de estudos taxonômicos
mais aprofundados, particularmente para os táxons brasileiros. Foram encontradas 107 espécies em 34 gêneros.
Os gêneros mais representativos foram Vernonia (24 spp.), Eupatorium (19 spp.), Mikania (10 spp.) e
Baccharis (8 spp.). As espécies encontradas na área de estudo ocorrem principalmente nas formações
campestres, o que explica a existência de aproximadamente 75% (81 de 107) das espécies encontradas na área
de estudo em comum com a lista compilada da família para a flora do Cerrado.
Palavras-chave: florística, tratamento taxonômico, Compositae, flora do Cerrado.
ABSTRACT
(Asteraceae from EPDA-Galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brazil) The Asteraceae is one of the largest families
of Angiosperms, with approximately 1600 genera and 25000 species. In Minas Gerais State there are few
studies of the whole family, such as the surveys of the Serra do Cipó, Serra da Canastra and Grão-Mogol. The
objective of this study is to present an account of the species of Asteraceae in Estação de Pesquisa e
Desenvolvimento Ambiental-Galheiro, Perdizes, MG. The survey was carried out between May 2002 and
April 2004. The taxonomic treatment provides a identification key and descriptions of each species, followed
by comments on their distribution, habitat and diagnostic characteristics. Eupatorium and Vernonia were
treated using the traditional classification, once the current proposals still need further development particularly
concerning the Brazilian taxa. A total of 107 species were collected belonging to 34 genera. The most
representative genera were Vernonia (24 spp.), Eupatorium (19 spp.), Mikania (10 spp.) and Baccharis (8
spp.). The species found within the studied area are mainly representatives from open, savana-like vegetation,
resulting in an overlap of approx. 75% (81 out of 107 species) with a compiled list for the Cerrado flora.
Key words: floristics, taxonomic survey, Compositae, cerrado flora.
INTRODUÇÃO
Asteraceae é a maior família de
angiospermas, compreendendo 25.000
espécies pertencentes a 1.600 gêneros
dispostos em 17 tribos e três subfamílias
(Bremer 1994). No Brasil, a família está
representada por aproximadamente 196
gêneros e cerca de 1.900 espécies (Barroso
et al. 1991).
A FAMÍLIA ASTERACEAE NA ESTAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
AMBIENTAL GALHEIRO, PERDIZES, MINAS GERAIS, BRASIL1
Eric Koiti Okiyama Hattori2 4 & Jimi Naoki Nakajima3
Nos últimos 25 anos, esta família vem
sendo intensamente estudada não somente
quanto à sua morfologia, anatomia, ontogenia,
citogenética, ecologia e fitoquímica, mas
também quanto à sua estrutura
macromolecular (Holmes 1996). Estes
estudos contribuem para o aumento no
conhecimento sobre a classificação em
Asteraceae (Bremer 1994).
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Artigo recebido em 03/2008. Aceito para publicação em 06/2008. (^1) Parte da monografia de Bacharelado em Ciências Biológicas do primeiro autor. (^2) Herbarium Uberlandense, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, C.P. 593, 38400-902 Uberlândia, MG, Brasil. (^3) Instituto de Biologia, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais. (^4) Autor para correspondência: erichattori@gmail.com Apoio Financeiro: CEMIG, ANEEL.

RESUMO

(Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brasil) A família Asteraceae é uma das maiores famílias de Angiospermas, com cerca de 1.600 gêneros e 25.000 espécies aproximadamente. Para o estado de Minas Gerais, os únicos estudos com a família como um todo são os levantamentos realizados na Serra do Cipó, na Serra da Canastra, e em Grão-Mogol. O objetivo do presente estudo é o de apresentar as espécies de Asteraceae ocorrentes na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, Perdizes. Foram realizadas coletas mensais nesta estação, entre maio de 2002 e abril de 2004. O tratamento taxonômico inclui uma chave de identificação, descrições das espécies e comentários sobre distribuição geográfica, hábitat e características diagnósticas. Para os gêneros Eupatorium e Vernonia foram utilizados os conceitos tradicionais de classificação, uma vez que as novas propostas de classificação ainda necessitam de estudos taxonômicos mais aprofundados, particularmente para os táxons brasileiros. Foram encontradas 107 espécies em 34 gêneros. Os gêneros mais representativos foram Vernonia (24 spp.), Eupatorium (19 spp.), Mikania (10 spp.) e Baccharis (8 spp.). As espécies encontradas na área de estudo ocorrem principalmente nas formações campestres, o que explica a existência de aproximadamente 75% (81 de 107) das espécies encontradas na área de estudo em comum com a lista compilada da família para a flora do Cerrado. Palavras-chave : florística, tratamento taxonômico, Compositae, flora do Cerrado.

ABSTRACT (Asteraceae from EPDA-Galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brazil) The Asteraceae is one of the largest families of Angiosperms, with approximately 1600 genera and 25000 species. In Minas Gerais State there are few studies of the whole family, such as the surveys of the Serra do Cipó, Serra da Canastra and Grão-Mogol. The objective of this study is to present an account of the species of Asteraceae in Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental-Galheiro, Perdizes, MG. The survey was carried out between May 2002 and April 2004. The taxonomic treatment provides a identification key and descriptions of each species, followed by comments on their distribution, habitat and diagnostic characteristics. Eupatorium and Vernonia were treated using the traditional classification, once the current proposals still need further development particularly concerning the Brazilian taxa. A total of 107 species were collected belonging to 34 genera. The most representative genera were Vernonia (24 spp.), Eupatorium (19 spp.), Mikania (10 spp.) and Baccharis ( spp.). The species found within the studied area are mainly representatives from open, savana-like vegetation, resulting in an overlap of approx. 75% (81 out of 107 species) with a compiled list for the Cerrado flora. Key words : floristics, taxonomic survey, Compositae, cerrado flora.

INTRODUÇÃO

Asteraceae é a maior família de angiospermas, compreendendo 25. espécies pertencentes a 1.600 gêneros dispostos em 17 tribos e três subfamílias (Bremer 1994). No Brasil, a família está representada por aproximadamente 196 gêneros e cerca de 1.900 espécies (Barroso et al. 1991).

A FAMÍLIA ASTERACEAE NA ESTAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

AMBIENTAL GALHEIRO, PERDIZES, MINAS GERAIS, BRASIL^1

Eric Koiti Okiyama Hattori 2 4^ & Jimi Naoki Nakajima^3

Nos últimos 25 anos, esta família vem sendo intensamente estudada não somente quanto à sua morfologia, anatomia, ontogenia, citogenética, ecologia e fitoquímica, mas também quanto à sua estrutura macromolecular (Holmes 1996). Estes estudos contribuem para o aumento no conhecimento sobre a classificação em Asteraceae (Bremer 1994).

688 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

Particularmente para o Brasil, os estudos com a família como um todo iniciaram com o trabalho de Baker (1873; 1876; 1882; 1884). Posteriormente, foram feitos levantamentos de tribos ou gêneros para determinados estados ou localidades, ou ainda, os levantamentos florísticos para a família como um todo, como por exemplo, no Mato Grosso (Malme 1932b), (Dubs 1998), Rio Grande do Sul (Malme 1932a), Paraná (Malme 1933), Itatiaia e cidade do Rio de Janeiro (Barroso 1957, 1959), Mucugê, BA (Harley & Simmons 1986), Pico das Almas, BA (Hind 1995), Chapada dos Veadeiros (Munhoz & Proença 1998), Picinguaba, SP (Moraes 1997) e Fontes do Ipiranga (Nakajima et al. 2001). Em Minas Gerais, existem apenas os trabalhos na Serra do Cipó (Leitão-Filho & Semir 1987), Serra da Canastra (Nakajima

  1. e Grão Mogol (Hind 2003) que tratam a família como um todo. Desta maneira, ainda são necessários levantamentos intensivos e revisões taxonômicas mais acuradas e atuais (Nakajima 2000). Particularmente para a Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, município de Perdizes, MG, um levantamento florístico realizado por LEME Engenharia (1995), revelou que a família Asteraceae apresenta o maior número de espécies. Entretanto, este levantamento não foi realizado de maneira intensiva e não apresenta nenhum tratamento sistemático. Com isso, o presente trabalho tem por objetivo apresentar e o tratamento sistemático das espécies da família Asteraceae na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

A Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, administrada pela CEMIG, está localizada no município de Perdizes (19º10’ e 19º15’S – 47º06’ e 47º11’W) (Fig. 1). A EPDA-

Galheiro possui uma área de 2.847 hectares, sendo registrada junto ao IBAMA como Reserva Particular do Patrimônio Natural (Portaria nº 73-N de 06.09.1995). Os limites da Estação são banhados pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte, na área formada pelos rios Quebra- Anzol e Galheiro; a topografia é caracterizada pelo domínio das chapadas e a variação altimétrica compreende um intervalo de 760 a 1.000 m; e o clima da região é caracterizado por um período chuvoso (outubro a abril) com precipitações anuais na ordem de 1.705 mm., com temperatura média anual da ordem de 19,3ºC e umidade relativa média anual do ar de 75% (LEME Engenharia Ltda. 1995). A EPDA-Galheiro apresenta dominância da formação cerrado strictu sensu que cobre cerca de 19% da área e apresenta-se em bom estado de conservação (Fig. 1). Ocorrem ainda as formações de campo limpo, campo cerrado, cerrado rupestre, cerradão e floresta estacional semidecídua em diferentes estágios de conservação. A área de vegetação natural ocupa 72% de toda a EPDA-Galheiro e registram-se ainda babaçuais e áreas de pasto que já apresentam presença de espécies cerrado ou mata. As antigas áreas de cultivo perfazem 1,6% da superfície total da EPDA- Galheiro (LEME Engenharia Ltda. 1995).

Levantamento florístico O levantamento florístico foi realizado entre abril de 2002 e maio de 2004, com coletas mensais. As expedições tiveram duração de 4 dias. Nestas expedições foram feitas caminhadas aleatórias de modo a cobrir toda a extensão da EPDA-Galheiro, principalmente 10 áreas de coleta: Cerrado próximo ao alojamento; Céu Cavalo e estrada para Céu Cavalo; divisa com João Alonso; Jerônimo e estrada para Jerônimo; Macega e estrada para Macega; Mata do Alaor e estrada para a Mata do Alaor; Mata da Aparecida e estrada para Mata da Aparecida; Mata da Zilda e estrada para Mata da Zilda; mata próxima ao alojamento; península; Trilha dos Primatas; voçoroca.

690 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

As coletas foram feitas de indivíduos com flores e/ou frutos e foram anotadas as observações relativas ao habitat, hábito e morfologia reprodutiva para confecção das etiquetas. Todos os exemplares foram prensados e desidratados em estufas de campo e de laboratório. A montagem e incorporação das exsicatas foram realizadas no Herbarium Uberlandense (HUFU) da Universidade Federal de Uberlândia, MG. O material coletado em 1995, que se encontra no herbário BHCB da Universidade Federal de Minas Gerais, também foi examinado.

Tratamento sistemático

Para o tratamento sistemático, foi elaborada uma chave de identificação a nível específico, seguida da descrição das espécies, materiais examinados e comentários sobre a distribuição geográfica, habitat e características diagnósticas. O levantamento dos dados sobre distribuição geográfica das espécies presentes no tratamento foi feito através de consulta a revisões de gêneros, monografias e teses que abordavam a família para uma determinada localidade. Para os gêneros Eupatorium e Vernonia foram utilizados os sistemas tradicionais de classificação, uma vez que as novas propostas de classificação ainda necessitam de estudos taxonômicos mais aprofundados, particularmente para os táxons brasileiros.

RESULTADOS

Levantamento florístico No levantamento foram encontradas 107 espécies pertencentes a 34 gêneros e nove tribos. Os gêneros mais representativos foram Vernonia (24 spp.), Eupatorium (19 spp.), Mikania (10 spp.) e Baccharis (8 spp.). Dos 30 demais gêneros encontrados, 17 deles apresentaram apenas uma espécie cada ( Achyrocline, Acmella, Ageratum, Chaptalia, Chresta, Conyza, Eclipta, Emilia, Ichthyothere, Porophyllum, Pseudobrickellia, Richterago, Riencourtia,

Strophopappus, Tilesia, Trichogonia e Tridax ), 10 gêneros apresentaram duas espécies cada ( Aspilia, Bidens, Calea, Dimerostemma, Eremanthus, Piptocarpha, Pterocaulon, Trixis, Viguiera e Wedelia ) e três gêneros apresentaram três espécies cada ( Dasyphyllum, Elephantopus e Gochnatia ). As espécies encontradas na área de estudo ocorrem principalmente nas formações savânicas, como por exemplo, o cerrado strictu sensu. Isto explica o grande número de espécies em comum, que foi de 81 espécies, de um total de 107, com a lista compilada por Mendonça et al. (1998), onde a maioria das espécies ocorre em formações savânicas ou campestres.

Tratamento sistemático Asteraceae Família com ampla variação em suas características. Hábito herbáceo a arbóreo, às vezes trepadeira, caule geralmente subcilíndrico, não-alado, às vezes alado, indumento variado ou ausente. Folhas geralmente simples, alternas ou opostas, às vezes rosuladas basais ou verticiladas. Capítulos solitários ou em capitulescências laxas, às vezes congestas ou fundidas. Capítulos homógamos discóides, com todas as flores liguladas, bilabiadas, tubulosas ou filiformes ou capítulos heterógamos radiados, ou disciformes; invólucro cilíndrico a globoso; brácteas involucrais (1)2 a muitas, 1 a várias séries, geralmente persistentes; receptáculo côncavo a cônico, paleáceo, cerdoso ou glabro. Flores monóclinas, díclinas ou neutras, corola (3)5-mera, gamopétala; androceu com 4 ou 5 estames epipétalos, sinânteros, base da antera geralmente com apêndices estéreis ou férteis, ápice da antera com tipos variados de apêndices; gineceu sincárpico, ovário ínfero, bicarpelar, unilocular, 1 óvulo, estilete bífido, geralmente com apêndices estéreis. Cipsela cilíndrica a obovóide, superfície lisa a costada, glabra a

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 691

Chave de identificação para as espécies de Asteraceae na EPDA-Galheiro

  1. Plantas com espinhos; corola internamente setosa (Fig. 2a) (Barnadesieae).
    1. Planta volúvel; brácteas involucrais acuminadas. .............. Dasyphyllum synacanthum 2’. Arbustos ou subarbustos; brácteas involucrais mucronadas.
      1. Invólucro 2–3 cm compr.; ramos do estilete arredondados Dasyphyllum velutinum 3’. Invólucro 7–11 mm compr.; ramos do estilete agudos ...... Dasyphyllum flagellare 1’. Plantas sem espinhos; corola internamente glabra.
    2. Anteras caudadas (Mutisieae).
      1. Capítulos com flores trimorfas (Fig. 2b) .............................. Chaptalia integerrima 5’. Capítulos com flores isomorfas ou dimorfas.
        1. Corola bilabiada (Fig. 2c); ramos do estilete truncados (Fig. 2d).
          1. Capítulos em corimbos; invólucro 14–15 mm compr.; papilho alvo ............. ........................................................................................... Trixis glutinosa 7’. Capítulos em dicásios; invólucro 7–9 mm compr.; papilho palhete .............. ........................................................................................ Trixis divaricata 6’. Corola tubulosa (Fig. 2e); ramos do estilete arredondados ou obtusos (Fig. 2f).
          2. Papilho 1-seriado..................................................... Richterago discoidea 8’. Papilho 2-seriado (Fig. 2g).
            1. Capítulos heterógamos, com flores monóclinas e pistiladas ................. ............................................................................. Gochnatia velutina 9’. Capítulos homógamos, com flores pistiladas ou monóclinas.
              1. Folhas glabras na face adaxial, canescentes na face abaxial ....... ................................................................. Gochnatia floribunda 10’. Folhas com ambas as faces lanoso-tomentosas ............................ ................................................................ Gochnatia paniculata 4’. Anteras calcaradas, sagitadas, agudas ou obtusas.
      2. Estilete com pilosidade abaixo do ponto de bifurcação (Fig. 2h) (Vernonieae).
      3. Capítulos sem invólucro secundário de brácteas.
      4. Papilho 3-seriado (Fig. 2l) ................................ Strophopappus speciosus 13’. Papilho 2-seriado (Fig. 2k)
      5. Brácteas involucrais caducas; anteras com base caudada (Fig. 2m); estilete com papilas obtusas (Fig. 2n, 2o).
      6. Invólucro campanulado; cerca de 15 flores por capítulo ............... ............................................................ Piptocarpha macropoda 15’. Invólucro cilíndrico; cerca de 4–5 flores por capítulo ................... ........................................................... Piptocarpha rotundifolia 14’. Brácteas involucrais persistentes; anteras com base sagitada, aguda ou obtusa (Fig. 2j); estilete com papilas agudas (Fig. 2i).
      7. Capítulos com até 12 flores.
      8. Folhas com ambas as faces glabras, glanduloso pontuadas ... ................................................................ Vernonia obtusata 17’. Folhas com pilosidade pelo menos na face abaxial.

pilosa, glandulosa, ornamentada ou não; cálice ausente ou modificada em papilho podendo

ser escamiforme, coroniforme, paleáceo, aristado ou cerdoso.

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 693

  1. Capítulos em cimeiras escorpióides ........................................... Vernonia helophila 36’. Capítulos em panículas.
    1. Folhas elípticas, face abaxial lanuginoso-tomentosa ....... Vernonia ferruginea 37’. Folhas linear-lanceoladas a lanceoladas, face abaxial estrigoso-tomentoso ou serícea.
    2. Brácteas involucrais seríceas; papilho alaranjado ............. Vernonia stricta 38’. Brácteas involucrais glabras; papilho amarelado ..... Vernonia rubriramea 12’. Capítulos agrupados em invólucro secundário ou compostos, unidos.
  2. Papilho 5-seriado (Fig. 2p); glomérulo de capítulos solitário, terminal, escaposo ....... ................................................................................................... Chresta scapigera 39’. Papilho 1-3-seriado; glomérulos de capítulos agrupados tanto no ápice quanto na axila dos ramos.
  3. Ervas ou subarbustos; papilho 1–2-seriado (Fig. 2q).
  4. Glomérulos de capítulos formando corimbos terminais; papilho cerdoso ..... .................................................................................. Elephantopus mollis 41’. Glomérulos de capítulos formando espigas axilares; papilho paleáceo.
  5. Folhas caulinares linear-lanceoladas; 4 flores por capítulo; papilho 1- seriado ................................................... Elephantopus micropappus 42’. Folhas caulinares lanceoladas a oblongas; 2 flores por capítulo; papilho 2-seriado ........................................................ Elephantopus biflorus 40’. Árvores; papilho 3-seriado (Fig. 2r).
  6. Folhas coriáceas; glomérulos de capítulos que formam panículas ............... ............................................................................. Eremanthus goyazensis 43’. Folhas subcoriáceas; glomérulos de capítulos que formam corimbos .......... .................................................................... Eremanthus mattogrossensis 11’. Estilete sem pilosidade abaixo do ponto de bifurcação (Fig. 3a).
  7. Estilete com ramos longos, clavados ou capitados, papilosos, sem tricomas coletores (Fig. 3bB) (Eupatorieae).
  8. Capítulos com 4 brácteas involucrais e 4 flores; corola com fauce campanulada (Fig. 3b).
  9. Plantas volúveis.
  10. Capítulos em glomérulos ou em tirsos.
  11. Folhas com base cordada, margens crenadas ...................................... ....................................................................... Mikania microcephala 48’. Folhas com base arredondada, margens inteiras .... Mikania smilacina 47’. Capítulos em corimbos.
  12. Brácteas involucrais acuminadas ................. Mikania cynanchifolia 49’. Brácteas involucrais obtusas e arredondadas.
  13. Margens das folhas serreadas ..................... Mikania divaricata 50’. Margens das folhas inteiras.
  14. Brácteas involucrais glabras; cipsela 5-costada, glabra ......... ............................................................... Mikania pohliana 51’. Brácteas involucrais tomentosas; cipsela 10-costada, estrigosa ........................................................ Mikania purpurascens 46’. Plantas eretas.
  15. Folhas verticiladas; capítulos em ramos espiciformes .. Mikania triphylla 52’. Folhas opostas; capítulos em ramos tirsóides ou paniculiformes.
  16. Tubo da corola glandulosa .................................. Mikania sessilifolia 53’. Tubo da corola glabra ou setosa.

694 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

  1. Folhas pecioladas, oval-lanceoladas; brácteas involucrais agudas ... Mikania hirsutissima 54’. Folhas subsésseis, ovadas a orbiculares; brácteas involucrais arredondadas................... Mikania nummularia 45’. Capítulos com mais de 4 brácteas involucrais e mais de 4 flores; corola com fauce infundibuliforme.
  2. Papilho plumoso (Fig. 3c); corola com lobos papilosos (Fig. 3d) ...................................... .................................................................................................... Trichogonia attenuata 55’. Papilho ausente ou cerdoso; corola sem lobos papilosos.
  3. Papilho ausente (Fig. 3e) ...................................................... Ageratum fastigiatum 56’. Papilho cerdoso.
  4. Papilho 2-seriado (Fig. 3f); folhas lineares ....... Pseudobrickellia brasiliensis 57’. Papilho 1-seriado (Fig. 3g); folhas linear-lanceoladas, lanceoladas, oval- lanceoladas, oblongas a ovadas.
  5. Folhas alternas .................................................. Eupatorium spathulatum 58’. Folhas opostas.
  6. Brácteas involucrais caducas, ou pelo menos as séries mais internas.
  7. Brácteas involucrais vináceas .............. Eupatorium kleinioides 60’. Brácteas involucrais esverdeadas, creme, violetas, púrpuras, alvas.
  8. Folhas com gemas axilares desenvolvidas, dando um aspecto fasciculado.
  9. Invólucro campanulado; brácteas involucrais 4-seriadas ................................................... Eupatorium capillare 62’. Invólucro cilíndrico; brácteas involucrais 5–7-seriadas.
  10. Folhas ovadas a oval-lanceoladas; brácteas involucrais esverdeadas ..................... Eupatorium squalidum 63’. Folhas lanceoladas a oblongas; brácteas involucrais mais internas violetas ..... Eupatorium horminoides 61’. Folhas com gemas axilares não desenvolvidas.
  11. Erva decumbente. ................. Eupatorium decumbens 64’. Erva ereta ou subarbusto.
  12. Invólucro campanulado; brácteas involucrais 3- seriadas ................................ Eupatorium catarium 65’. Invólucro cilíndrico; brácteas involucrais 4–7- seriadas.
  13. Folhas sésseis ou subsésseis ............................ ........................ Eupatorium calamocephalum 66’. Folhas pecioladas.
  14. Receptáculo plano.
  15. Capítulos em corimbos laxos .............. ...... Eupatorium cylindrocephalum 68’. Capítulos em corimbos densos ........... ................... Eupatorium laevigatum 67’. Receptáculo convexo.
  16. Folhas com indumento estrigoso em ambas as faces................................... .................. Eupatorium maximiliani 69’. Folhas com indumento setoso em ambas as faces ......... Eupatorium extensum

696 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

86’. Folhas com indumento alvo ou canescente na face abaxial; capítulos em corimbos ou em espigas; cipsela cilíndrica ou quando comprimida sem duas nervuras laterais (Inuleae).

  1. Flores centrais monóclinas; capítulos em corimbos densos; estilete com ramos truncados (Fig. 3n) ................................................... Achyrocline satureioides 87’. Flores centrais estaminadas por aborto do gineceu; capítulos em espigas; estilete com ramos obtusos (Fig. 3l)
    1. Folhas com face adaxial glabra; capítulos em espigas alongadas ................ ....................................................................... Pterocaulon alopecuroides 88’. Folhas com face adaxial lanuginosa; capítulos em espigas globosas ou ovóides ................................................................................ Pterocaulon rugosum 85’. Brácteas involucrais unidas, 1-seriadas.
  2. Brácteas involucrais com glândulas translúcidas; corola filiforme; estilete com ramos obtusos (Fig. 3o) (Tageteae) ................................................ Porophyllum ruderale 89’. Brácteas involucrais sem glândulas translúcidas; corola tubulosa (Fig. 3Q); estilete com ramos truncados (Fig. 3p) (Senecioneae) .......................... Emilia sonchifolia 76’. Capítulos simples radiados, ou compostos disciformes (Heliantheae).
  3. Capítulo disciforme.
  4. Flor pistilada única; receptáculo com páleas lineares; cipsela sem costa (Fig. 4a) .... ......................................................................................... Riencourtia oblongifolia 91’. Flor pistilada 2; receptáculo com páleas escamiformes; cipsela com costa (Fig. 4b) ................................................................................................... Ichthyothere mollis 90’. Capítulo radiado.
  5. Flores do raio pistiladas.
  6. Papilho plumoso (Fig. 4c) ................................................... Tridax procumbens 93’. Papilho paleáceo, coroniforme, aristado ou ausente.
  7. Brácteas involucrais escariosas; flores do raio alvas, curto liguliformes (Fig. 4e); cipsela rugosa (Fig. 4d) ........................................... Eclipta prostrata 94’. Brácteas involucrais membranáceas; flores do raio amarelas, liguliformes; cipselas não rugosas.
  8. Flores do raio inconspícuas, flores do disco conspícuas (Fig. 4g); papilho aristado (Fig. 4f) .................................................... Acmella uliginosa 95’. Flores do raio e do disco (Fig. 4i, 4n) desenvolvidas; papilho paleáceo ou coroniforme.
  9. Brácteas involucrais com nervuras estriadas; papilho paleáceo (Fig. 4h).
  10. Capítulo solitário; folhas sésseis, linear-lanceoladas .............. ............................................................ Calea multiplinervia 97’. Capítulos em panículas; folhas pecioladas, ovadas ................ ................................................................. Calea ferruginea 96’. Brácteas involucrais com nervuras reticuladas; papilho coroniforme (Fig. 4j).
  11. Subarbusto; folhas sésseis; capítulo com pedúnculo estrigoso- tomentoso próximo à base do invólucro .... Wedelia puberula 98’. Erva escandente; folhas pecioladas; capítulo com pedúnculo alvo-tomentoso próximo à base do invólucro ......................... .......................................................... Wedelia trichostephia 92’. Flores do raio neutras (Fig. 4r).

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 697

  1. Erva volúvel; corola com lobos estrigosos (Fig. 4k); papilho carnoso (Fig. 4l) ......................... ........................................................................................................................ Tilesia baccata 99’. Ervas ou subarbustos; corola com lobos glabros ou pilosos; papilho coroniforme, paleáceo e/ou aristado.
    1. Papilho aristado, aristas com pêlos retrorsos (Fig. 4m).
    2. Folhas pinatissectas; cipsela glandulosa; papilho 4-aristado .......... Bidens pilosa 101’. Folhas compostas; cipsela bulado-ciliada; papilho 2-aristado ............................... ................................................................................................... Bidens segetum 100’. Papilho aristado-coroniforme ou aristado-paleáceo.
    3. Invólucro com uma série externa de brácteas foliáceas; cipselas aladas (Fig. 4o, 4p).
    4. Folhas alternas, pecioladas; capítulos sésseis ..... Dimerostemma vestitum 103’. Folhas opostas, sésseis; capítulos longo-pedunculados ............................... ...................................................................... Dimerostemma brasilianum
    5. Invólucro sem a série externa de brácteas foliáceas; cipselas não aladas.
    6. Folhas alternas; papilho aristado-paleáceo (Fig. 4q).
    7. Folhas ovadas a oval-lanceoladas; brácteas involucrais obtusas ...... ............................................................................. Viguiera robusta 105’. Folhas linear-lanceoladas; brácteas involucrais agudas ou acuminadas .......................................................................... Viguiera bracteata
    8. Folhas opostas; papilho aristado-coroniforme (Fig. 4s)
    9. Folhas sésseis, margens serreadas; páleas do receptáculo oblongas ................................................................................. Aspilia reflexa
    10. Folhas pecioladas, margens inteiras ou levemente denteadas; páleas do receptáculo lanceoladas ..................................... Aspilia riedellii

Achyrocline satureioides (Lam.) DC., Prodr. 6: 220. 1838. Gnaphalium satureioides Lam., Encyc. 2: 747. 1788. Erva 0,5–1 m alt.; ramos cilíndricos, costados, lanosos. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 10–70 × 2–7 mm, linear- lanceolado; ápice acuminado, margens inteiras, base truncada; face adaxial tomentosa, face abaxial canescente. Capítulos disciformes sésseis, em corimbos densos; invólucro cilíndrico, 5–6 mm compr., 1–2 mm diâm.; brácteas involucrais hialinas, 3-seriadas, 2,5– 5 × 0,7–1 mm, ovadas a lanceoladas, glandulosas, séries externas com ápice agudo, margens inteiras, base lanosa; receptáculo plano, foveolado, glabro. Flores marginais &s, creme, corola filiforme, tubo 4,5 mm compr., 0,1 mm diâm., internamente glabro, 5-dentada; ramos do estilete cilíndricos, ápice truncado, glabro. Cipsela elipsóide, 1 mm compr., 0,5 mm diâm., glabra; papilho 5 mm. Flores centrais monóclinas, creme, corola tubulosa, tubo 3,5 mm

compr., 0,6 mm diâm., internamente glabro, lobos 0,5 × 0,1 mm, glandulosos; anteras com apêndice do conectivo lanceolado, base calcarada; ramos do estilete cilíndricos, truncados, penicelados, sem pilosidade abaixo do ponto de bifurcação. Cipsela cilíndrica, 4–5-costada, 1 mm compr., 0,4 mm diâm.; papilho 1-seriado, cerdoso, caduco, 5 mm. Materiais examinados : cerrado próximo ao alojamento, 27.VI.2002, fl., S. Mendes et al. 105 (HUFU); 1.VIII.2002, fl., R. Arruda et al. 70 (HUFU); Céu Cavalo, 09.V.2003, fl., S. Mendes et al. 747 (HUFU); divisa com João Alonso, 24.V.1994, fl., E. Tameirão- Neto & M. S. Werneck 1291 (BHCB); estrada para Jerônimo, 16.V.2002, fl., E. H. Amorim et al. 32 (HUFU); mata próxima ao alojamento, 19.IX.2002, fl., E. H. Amorim et al. 189 (HUFU). Espécie de distribuição ampla na América do Sul. Na EPDA-Galheiro ocorre em mata, cerrado e cerrado rupestre. Achyrocline satureioides é reconhecida pelo hábito ramificado, ramos cilíndricos e sem alas e invólucro cilíndrico. A espécie mais

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 699

Esta espécie ocorre apenas no Brasil, sendo de distribuição ampla no país. Na EPDA- Galheiro ocorre em cerrado e cerrado rupestre. Ageratum fastigiatum é facilmente reconhecida por suas folhas linear-lanceoladas a lanceoladas e corola com tricomas glandulares. A espécie mais próxima é A. myriadenium R.M.King & H.Rob., mas que se diferencia pelas folhas rombóideas, corola glabra e brácteas involucrais setosas.

Aspilia reflexa Baker, Fl. bras. 6(3): 196.

Erva 0,2–1,2 m alt.; ramos cilíndricos, ramificados, costados, setosos. Folhas simples, opostas, sésseis, limbo 13–95 × 13–20 mm, lanceolado; ápice obtuso, margens serreadas, base amplexicaule; ambas as faces estrigosas. Capítulo radiado, pedúnculo até 6 cm compr., solitário; invólucro campanulado, 11–16 mm compr., 13–20 mm diâm.; brácteas involucrais 3-seriadas, 15 × 4–8 mm, ovadas, estrigosas, ápice obtuso, margens ciliadas; receptáculo plano, páleas conduplicadas, escariosas, 10x1, mm, oblongas. Flores do raio neutras, amarelas, corola liguliforme, tubo 3–5 mm compr., 0,5– 0,7 mm diâm., glabro, limbo 16–19 × 6–7 mm, internamente glabro, ápice 2–3-dentado. Cipsela obcônica, angulosa, serícea, 4 mm compr., 1,1 mm diâm.; papilho aristado- coroniforme, 0,3–1mm. Flores do disco monóclinas, amarelas, corola tubulosa, tubo 7– 7,5 mm compr., 2–2,5 mm diâm., glabro internamente, lobos 1 × 1 mm, internamente glabro, lobos triangulares, glabros; anteras com apêndice do conectivo triangular, base levemente sagitada; ramos do estilete planos, lanceolados, sem pilosidade abaixo do ponto de bifurcação. Cipsela fusiforme, angulosa, serícea, 4 mm compr., 1,5 mm diâm., ápice constrito; papilho aristado-coroniforme, 0,5– 1 mm. Materiais examinados : Céu Cavalo, 23.XI.2002, fl., E. H. Amorim et al. 316 (HUFU); 20.XII.2002, fl., S. Mendes et al. 385 (HUFU); 5.XII.2003, fl., E. K. O. Hattori et al. 85 (HUFU); estrada para a mata do Alaor, 23.XI.2002, fl., E. H. Amorim et al. 342

(HUFU); Jerônimo, 17.I.2003, fl., E. H. Amorim et al. 535 (HUFU). Esta espécie ocorre no Paraguai e no Brasil (Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo). Na EPDA-Galheiro ocorre em cerrado e cerrado rupestre. Aspilia reflexa é facilmente reconhecida por suas folhas estrigosas e capítulos solitários. A espécie mais semelhante é A. bonplandiana Blake, mas esta possui a margem da folha inteira ou levemente serreada, além de ocorrer somente nos estados da Bahia, Ceará e Piauí.

Aspilia riedelii Baker, Fl. bras. 6(3): 196.

Erva ereta 0,3–0,5 m alt.; ramos cilíndricos, costados, híspidos. Folhas simples, opostas, pecíolo até 3 mm, limbo 6–90 × 4– mm, lanceolado; ápice agudo, margens inteiras a levemente denteadas, base aguda; ambas as faces setosas. Capítulo radiado, pedúnculo até 5 cm compr., solitário; invólucro campanulado, 7–15 mm compr., 8–13 mm diâm.; brácteas involucrais 2–3-seriadas, 9– 14 × 2–4 mm, lanceoladas, setosas, ápice obtuso, margens ciliadas; receptáculo com páleas conduplicadas, escariosas, lanceoladas. Flores do raio neutras, amarelas, corola tubulosa, tubo 4 mm compr., 0,9–1 mm diâm., internamente glabro, limbo 12–14 × 5,5–7 mm, glabro, ápice 2–3-dentado. Cipsela cilíndrica, serícea, 3 mm compr.; papilho aristado- coroniforme, aristas curtas, 0,5 mm. Flores do disco monóclinas, amarelas, corola tubulosa, tubo 5,5 mm compr., 1 mm diâm., internamente glabro, lobos 1 × 0,8 mm, pilosos; anteras com apêndice do conectivo triangular, base levemente sagitada; ramos do estilete cilíndricos, ápice papiloso, sem pilosidade abaixo do ponto de bifurcação. Cipsela fusiforme, glabra, 3,5–4 mm ápice constrito; papilho aristado-coroniforme 0,5 mm. Materiais examinados : cerrado próximo ao alojamento, 25.X.2002, fl., S. Mendes et al. 339 (HUFU); Céu Cavalo, 24.XI.2002, fl., E. H. Amorim et al. 383 (HUFU); 20.XII.2002, fl., S. Mendes et al. 386 (HUFU); 14.II.2003, fl., E. H. Amorim et al. 568 (HUFU); 3.X.2003, fl., E. K. O. Hattori et al. 33

700 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

(HUFU); Jerônimo, 20.XII.2002, fl., S. Mendes et al. 418 (HUFU); península, 19.I.2004, fl., E. H. Amorim et al. 795 (HUFU); 13.II.2004, fl., E. K. O. Hattori et al. 194 (HUFU); voçoroca, 22.XI.1994, fl., E. Tameirão-Neto & M. S. Werneck 1303 (BHCB). Esta espécie ocorre exclusivamente no Brasil (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Na EPDA-Galheiro, ocorre cerrado e cerrado rupestre. Aspilia riedelli pode ser considerada semelhante a A. procumbens Baker e A. montevidensis Kuntze, mas se diferencia destas pelo hábito ereto, ramos híspidos, ambas as faces da folha e da bráctea involucral setosa.

Baccharis calvescens DC., Prodr. 5: 413.

Árvore, 2 m alt., dióicas; ramos cilíndricos, costados, setoso-tomentosos. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 11– × 5–14 mm, oblanceolado, uninervado; ápice arredondado, margens inteiras, base aguda; face adaxial glabra, face abaxial com tricomas agregados em vários pontos. Capítulos discóides estaminados, em panículas; invólucro campanulado, 2–3 mm compr., 2–3,5 mm diâm., brácteas involucrais 3-seriadas, 1,5– × 0,5–1,2 mm, ovadas a lanceoladas, setosas, margens serrilhadas; receptáculo convexo, glabro. Flores ca. 20, creme, corola tubulosa, tubo 1,5 mm compr., 0,4 mm diâm., internamente glabro, lobos 1,0 × 0,2 mm glabros; anteras com apêndice apical lanceolado, base obtusa; estilete indiviso, piloso. Cipsela abortiva; papilho cerdoso, 1-seriado, 2,5–3 mm, cerdas com ápice espessado. Capítulos discóides pistilados, em panículas; invólucro campanulado, 5 mm compr., 5 mm diâm.; brácteas involucrais 3-seriadas, 2–5 × 1 mm, ovadas a linear-lanceoladas, glandulosas, margens serrilhadas, ápice fimbriado; receptáculo convexo, alveolado, glabro. Flores ca. 30, creme, corola filiforme, tubo 2,5 mm compr., 0,1 mm diâm., internamente glabro; ramos do estilete lineares, glabros. Cipsela elipsóide, 10-costada, glabra, 1 mm compr., 0,2 mm diâm.; papilho cerdoso, 1-seriado, 4 mm.

Material examinado : Jerônimo, 05.VII.2003, fl. (%), S. Mendes et al. 969 (HUFU). Material adicional examinado : PARANÁ: Tibagi, Parque Estadual do Guartelá, 26.III.2004, fl. e fr. (&), M. R. B. Carmo 860 (HUEPG, HUFU). Esta espécie ocorre exclusivamente no Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). Na EPDA-Galheiro foi coletada em cerrado. Baccharis calvescens se assemelha a B. lateralis DC., que se distingue por suas folhas cuneadas, trinervadas, ambas as faces viscosas, brácteas involucrais viscosas e capítulos dispostos em espigas terminais.

Baccharis camporum DC., Prodr. 5: 399.

Erva a subarbusto 0,3–1m, dióicos, caules simples; ramos cilíndricos, costados, glabros. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 13– × 6–20 mm, elíptico a oblanceolado, trinervado; ápice obtuso, margens denteadas, base cuneada; ambas as faces glandulosas. Capítulos discóides estaminados subsésseis, em espigas terminais; invólucro campanulado, 8 mm compr., 4 mm diâm., brácteas involucrais 4-seriadas, 2–7 × 1,5–2,5 mm, ovadas a linear- lanceoladas, glabras, ápice glanduloso, margens ciliadas; receptáculo plano, glabro. Flores creme, corola tubulosa, tubo 4 mm compr., 0,6 mm diâm., internamente glabro, lobos 1,5 × 0,4 mm; anteras com apêndice apical oval-lanceolado, base arredondada; ramos do estilete planos, lanceolados, ápice agudo, piloso. Cipsela abortiva, 1,5 mm; papilho cerdoso, 1-seriado, 7 mm, cerdas com ápice espessado. Capítulos discóides pistilados, subsésseis em espigas terminais; invólucro cilíndrico, 6–7 mm compr., 2–4 mm diâm.; brácteas involucrais 4-seriadas, 2–9 × 0,7– mm, ovadas a linear-lanceoladas, glabras, margens ciliadas; receptáculo plano, laciniado. Flores ca. 25, creme, corola filiforme, tubo 6 mm compr., 0,2 mm diâm., internamente glabro, ápice dentado; ramos do estilete lineares, glabros. Cipsela cilíndrica, 2 mm compr., 0,5 mm diâm., costada, glabra; papilho cerdoso, 1-seriado, 9 mm.

702 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

Materiais examinados : Céu Cavalo, 22.XI.1994, fl. fr. (&), E. Tameirão-Neto & M. S. Werneck 1300 (BHCB); 24.XI.2002, fl. E. H. Amorim et al. 387 (HUFU); 17.I.2003, fl. (&), E. H. Amorim et al. 490 (HUFU); 5.XII.2003, fl. (&), E. K. O. Hattori et al. 81 (HUFU); 6.XII.2003, fl. (%), E. K. O. Hattori et al. 170 (HUFU). Esta espécie ocorre na América do Sul, no Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil (Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo). Na EPDA-Galheiro ocorre em cerrado rupestre. Baccharis camporum é facilmente reconhecida por seu hábito não ramificado, capítulos em espiga terminal congesta, glomeruliforme, corola das flores %s dividida em lobos lineares.

Baccharis dracunculifolia DC., Prodr. 5:

Subarbusto a arbusto 0,4–2 m alt., dióico; 

ramos cilíndricos, tomentosos. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 8–35 × 2–9 mm, linear- lanceolado a lanceolado, uninervado; ápice agudo, margens denteadas, base aguda; ambas as faces glandulosas. Capítulos discóides estaminados, pedunculados, em espigas longas; invólucro campanulado, 3 mm compr., 4 mm diâm.; brácteas involucrais 4-seriadas, 1,5–3, × 1–1,5 mm, ovadas a lanceoladas, glandulosas, margens ciliadas; receptáculo plano, glabro. Flores creme, corola tubulosa, tubo 1,5–2,8 mm compr., 0,2 mm diâm., estrigoso, internamente glabro, lobos 0,7 × 0,2 mm, glabros; anteras com apêndice apical lanceolado, base arredondada ou obtusa; estilete indiviso, ovado, longo-papiloso no ápice. Cipsela abortiva, 0,1– 0,2 mm; papilho cerdoso, 1-seriado, 3 mm, cerdas com ápice espessado. Capítulos discóides pistilados, pedunculados, em espigas longas; invólucro campanulado, 4–6 mm compr., 3–5 mm diâm., brácteas involucrais 4- seriadas, 3–4,5 × 1–1,5 mm larg., ovadas a lanceoladas, estrigosas, glandulosas, ápice agudo, margens ciliadas; receptáculo convexo, glabro. Flores creme, corola filiforme, tubo 2,5– 3 mm compr., 0,1 mm diâm., internamente glabro, ramos do estilete lineares, glabros. Cipsela fusiforme, 1,5 mm compr., 0,6 mm diâm., glabra; papilho cerdoso, 1-seriado, 4–5 mm.

Materiais examinados : Céu Cavalo, 11.IV.2003, fl. (&), R. Arruda et al. 297 (HUFU); 5.XII.2003, fl. (&), E. K. O. Hattori et al. 92 (HUFU); estrada para Jerônimo, 16.V.2002, fl. (&), E. H. Amorim et al. 8 (HUFU); estrada para mata da Zilda, 17.V.2002, fl. (&), E. H. Amorim et al. 61 (HUFU); 17.V.2002, fl. (%), E. H. Amorim et al. 62 (HUFU); Macega, 18.V.2002, fl. (%), R. Arruda et al. 55 (HUFU); 14.II.2004, fl. (%), E. K. O. Hattori et al. 226 (HUFU); mata do Alaor, 12.III.2004, fl. (&), E. K. O. Hattori et al. 291 (HUFU); 12.III.2004, fl. (%), E. K. O. Hattori et al. 293 (HUFU); mata da Aparecida, 14.II.2003, fl. (%), R. Arruda et al. 212 (HUFU); mata da Zilda, 17.XII.1994, fl. (&), E. Tameirão-Neto & M. S. Werneck 1288 (BHCB); Península, 19.I.2004, fl. (%), E. H. Amorim et al. 790 (HUFU); Trilha dos Primatas, 7.III.2003, fl. (%), E. H. Amorim et al. 707 (HUFU); 12.IV.2003, fl. (%), R. Arruda et al. 396 (HUFU). Esta espécie ocorre na Argentina, Bolívia, Paraguai e no Brasil (Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). Na EPDA- Galheiro foi coletada em cerrado, borda de mata semidecídua e cerrado rupestre. Baccharis dracunculifolia possui ampla variação morfológica, e a espécie mais semelhante é B. caprariifolia DC., que possui ramos densamente pilosos, folhas oblongas a elípticas e ambas as faces sem pontuações glandulosas.

Baccharis ramosissima Gardner, London J. Bot. 7: 84. 1848. Subarbusto a arbusto 0,5–2 m alt., dióicos; ramos cilíndricos, costados, estrigosos. Folhas simples, alternas, subsésseis, limbo 13–65 × 10– 30 mm, elíptico a obovado, trinervado; ápice arredondado, margens denteadas, base cuneada; ambas as faces glandulosas. Capítulos discóides estaminados, pedunculados, em corimbos; invólucro campanulado, 5 mm compr., 2,5–3 mm diâm.; brácteas involucrais 4-seriadas, 2–6 × 1,5–2 mm, ovadas a lanceoladas, ápice estrigoso, margens serreadas; receptáculo plano, glabro. Flores ca. 13, creme, corola tubulosa, tubo 3,5 mm compr., 0,3 mm diâm, setoso, internamente glabro, lobos 1,5 × 0,2 mm; anteras com apêndice apical ovado, base arredondada; ramos do

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 703

estilete lanceolados, longo-papilosos, ápice agudo. Cipsela abortiva, 0,5 mm, glabra, costada; papilho cerdoso, 1-seriado, 4,5–5 mm, cerdas com ápice espessado. Capítulos discóides pistilados, pedunculados, em corimbos; invólucro cilíndrico, 8–10 mm compr., 3–4 mm diâm.; brácteas involucrais persistentes, 4-seriadas, 1,5–5,5 × 1–2 mm, ovadas a linear-lanceoladas, ápice glanduloso, margens ciliadas; receptáculo plano, glabro. Flores ca. 5, creme, corola filiforme, tubo 4 mm compr., 0,2 mm diâm, setoso, internamente glabro, ápice 4-dentado; ramos do estilete lineares, glabros. Cipsela cilíndrica, 1,2–1,5 mm compr. 0,8 mm diâm, glabra; papilho cerdoso, 1-seriado, 4,5 mm. Materiais examinados : cerrado próximo ao alojamento, 30.IV.2004, fl. (%), E. H. Amorim et al. 885 (HUFU); Céu Cavalo, 27.VI.2002, fl. (%), S. Mendes et al. 90 (HUFU); estrada para Macega, 1.VIII.2002, fl. (&), R. Arruda et al. 100 (HUFU); Jerônimo, 11.IV.2003, fl. (%), R. Arruda et al. 362 (HUFU); 5.VII.2003, fl. (&), S. Mendes et al. 986 (HUFU); Macega, 29.VI.2002, fl. (%), S. Mendes et al. 148 (HUFU); 14.VI.2003, fl. (%), R. Arruda et al. 522 (HUFU); mata da Aparecida, 28.V.1994, fl. (%), E. Tameirão-Neto & M. S. Werneck 1287 (BHCB); 4.VII.2003, fl. (&), S. Mendes et al. 953 (HUFU). Esta espécie ocorre exclusivamente no Brasil (Goiás e Minas Gerais). Na EPDA- Galheiro ocorre em mata de galeria, cerradão. Baccharis ramosissima é considerada semelhante a B. mesoneura DC., e B. retusa DC., que possuem semelhança na forma da folha segundo Baker (1882). Porém se diferenciam principalmente na nervura das folhas, já que B. ramosissima possui folhas trinervadas, enquanto B. retusa possui folhas quinquenervadas e B. mesoneura possui folhas peninervadas.

Baccharis subdentata DC., Prodr. 5: 408.

Subarbusto a arbusto 0,8–1 m alt., dióicos; ramos cilíndricos, costados, glabros. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 7– 40 × 2,5–16 mm, elíptico a obovado; ápice obtuso, margens inteiras ou denteadas, base

cuneada; ambas as faces glandulosas. Capítulos discóides estaminados; sésseis, em espigas curtas; invólucro campanulado, 4,5– 5,5 mm compr., 3,5 mm diâm.; brácteas involucrais 6–7-seriadas, 1,5–4 × 1–2 mm, ovadas, setosas; receptáculo convexo, glabro. Flores creme ca. 8–10, corola tubulosa, tubo 2,5 mm compr., 0,7 mm diâm., estrigoso, internamente glabro, lobos 1,2 × 0,2 mm; anteras com apêndice apical oval- lanceolado, base arredondada; ramos do estilete lanceolados, longo-papilosos, ápice agudo. Cipsela abortiva, 0,5 mm; papilho cerdoso, 1-seriado, 5 mm. Capítulos pistilados sésseis, em espigas curtas; invólucro campanulado, 6–6,5 mm compr., 4–6 mm diâm.; brácteas involucrais 6–7- seriadas, 2–5,5 × 1–1,5 mm, oval-lanceoladas a lanceoladas, glabras, ápice glanduloso, margens ciliadas; receptáculo cônico, glabro. Flores creme, corola filiforme, tubo 3,5–4 mm compr., 0,2 mm diâm, internamente glabro; ramos do estilete lineares, glabros. Cipsela cilíndrica, 1,1,5 mm compr., 0,3 mm diâm, glabra; papilho cerdoso, 1-seriado, 4–4,5 mm. Materiais examinados : cerrado próximo ao alojamento, 27.VI.2002, fl. (%), S. Mendes et al. 121 (HUFU); 27.VI.2002, fl. (&), E. H. Amorim et al. 133 (HUFU). Esta espécie ocorre no Brasil (Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo). Na EPDA-Galheiro ocorre em cerrado. Baccharis subdentata é semelhante a B. cognata DC., mas esta se difere pelas folhas denteadas, capítulos estaminados com número maior de flores (ca. 15), enquanto em B. subdentata possui folhas inteiras a levemente denteada, capítulos estaminados com 8–10 flores.

Baccharis trimera (Less.) DC., Prodr. 5: 425.

  1. Molina trimera Less., Linnaea 6: 141.
Erva 1–1,2 m alt., dióicos; ramos glabros, 

alados, alas do ramo 2–9 mm larg. Folhas atrofiadas ou ausentes. Capítulos discóides estaminados, sésseis, axilares; invólucro

Asteraceae na EPDA-Galheiro, Perdizes, MG 705

Figura 3 – Representação esquemática das estruturas vegetativas e reprodutivas de alguns gêneros encontrados na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, Perdizes, Minas Gerais. Eupatorium – a. ramos do estilete; Mikania – b. corola e ramos do estilete; Trichogonia – c. cipsela e papilho; d. corola; Ageratum – e. cipsela e corola; Pseudobrickellia

  • f. corola, cipsela e papilho; Eupatorium – g. cipsela e papilho; Baccharis – h. ramos do estilete da flor estaminada; i. ramos do estilete da flor pistilada; j. corola da flor estaminada; k. corola da flor pistilada; Pterocaulon – l. ramos do estilete; Conyza
  • m. cipsela e papilho; Achyrocline – n. ramos do estilete; Porophyllum – o. ramos do estilete; Emilia – p. estilete; q. corola.

0,1 mm

1 mm

a

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706 Hattori, E. K. O. & Nakajima, J. N.

Baccharis varians Gardner, London J. Bot. 7: 84. 1848. Subarbusto 0,5–2 m alt., dióico; ramos cilíndricos costados, angulosos, glabros. Folhas simples, alternas, sésseis, limbo 9–28 × 2,5– mm, oblongo a oblanceolado, trinervado; ápice arredondado, margens inteiras, base cuneada; ambas as faces glabras. Capítulos discóides estaminados, em panículas; invólucro cilíndrico, 4–6 mm compr., 2,5 mm diâm., brácteas involucrais 4-seriadas, 1,5–5 × 0,8–1 mm, ovadas a lanceoladas, ápice glanduloso, margens ciliadas; receptáculo plano, laciniado. Flores ca. 8, creme, corola tubulosa, tubo 2 mm compr., 0,2 mm diâm., estrigoso, internamente glabro, lobos 0,5 × 0,1 mm, estrigosos; anteras com apêndice apical lanceolado, base arredondada; ramos do estilete curtos, ovados, longo-papilosos. Cipsela abortiva, 0,2 mm; papilho cerdoso, 1-seriado, 4 mm, cerdas com ápice espessado. Capítulos discóides pistilados, em panículas; invólucro cilíndrico, 3–4 mm compr., 2mm diâm.; brácteas involucrais 3–4-seriadas, 1–3,5 × 1– 1,5 mm, ovadas a lanceoladas, glabras ou glandulosas, margens ciliadas; receptáculo plano, glabro. Flores creme, corola filiforme, tubo 2–2,5 mm compr., 0,1 mm diâm., estrigoso, internamente glabro. Cipsela fusiforme, 1 mm compr., 0,6 mm diâm, glabra, costada, ápice comprimido; papilho cerdoso, 1-seriado, 3 mm. Materiais examinados : Céu Cavalo, 27.VI.2002, fl. (%), E. H. Amorim et al. 104 (HUFU); 27.VI.2002, fl. (&), E. H. Amorim et al. 105 (HUFU); 2.VIII.2002, fl. (&), R. Arruda et al. 158 (HUFU); 11.IV.2003, fl. (%), R. Arruda et al. 296 (HUFU); 04.VII.2003, fl. (&), S. Mendes et al. 920 (HUFU); estrada para Céu Cavalo, 27.VI.2002, fl. (%), S. Mendes et al. 73 (HUFU); Jerônimo, 5.VII.2003, fl. (&) S. Mendes et al. 975 (HUFU); Trilha dos Primatas, 13.VI.2003, fl. (%), E. H. Amorim et al. 673 (HUFU). Esta espécie ocorre na Argentina e no Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo). Na EPDA- Galheiro foi coletada em cerrado, cerrado rupestre e transição cerrado-mata. Baccharis varians é muito semelhante a B. leptocephala DC., mas se diferencia por

suas folhas fasciculadas, coflorescência paniculiforme alongada formada por 5– capítulos.

Bidens pilosa L., Sp. Pl. 2: 832. 1753. Erva 0,7–1,5 m alt.; ramos cilíndricos, costados, híspidos. Folhas pinatissectas, opostas, pecíolo até 2,5 mm compr., limbo 25– 70 × 15–60 mm; ápice obtuso, margens serreadas, base decorrente; ambas as faces estrigosas. Capítulo radiado, pedunculado, solitário; invólucro campanulado, 5–10 mm compr., 7–12 mm diâm.; brácteas involucrais 2-seriadas, série externa membranácea, 3x mm, linear-lanceolada, estrigosa, ápice agudo, margens ciliadas, série interna 10 × 2 mm, lanceolada, estrigosa, ápice agudo; receptáculo levemente convexo, páleas planas, 8–9 × 1 mm, linear-lanceoladas, ápice retuso, piloso, margens serreadas. Flores do raio quando presentes brancas, neutras, corola liguliforme, tubo 1 mm compr., 0,5 mm diâm., limbo 14– × 4–5 mm, internamente glabro, ápice 2–3- dentado. Cipsela abortiva, 3–3,5 mm, bordos pilosos, glandulosos; papilho aristado, 1,5–2, mm, aristas com pêlos retrorsos. Flores do disco amarelas, monóclinas, corola tubulosa, tubo 5 mm compr., 1 mm diâm., estrigoso, internamente glabro, lobos 2–3 × 0,4 mm, glabros; anteras com apêndice apical triangular, base sagitada; ramos do estilete planos, ápice agudo, piloso, sem pilosidade abaixo do ponto de bifurcação. Cipsela elipsóide, 2,5–3 mm compr., 1 mm diâm., angulosa, glandulosa; papilho aristado, 4 aristas, 1,5–2,5 mm, com pêlos retrorsos. Materiais examinados: Céu Cavalo, 09.V.2003, fl. e fr., S. Mendes et al. 745 (HUFU); 13.II.2004, fr., E. K. O. Hattori et al. 214 (HUFU); mata do Alaor, 12.III.2004, fl., E. K. O. Hattori et al. 296 (HUFU); Península, 13.II.2004, fl. e fr., E. K. O. Hattori et al. 197 (HUFU); residência do sr. José Ferreira D’Ávila, 22.XI.1994, fr., E. Tameirão-Neto & M. S. Werneck 1286 (BHCB); Trilha dos Primatas, 14.II.2004, bot., E. K. O. Hattori et al. 256 (HUFU). Amplamente distribuída em regiões tropicais e subtropicais, ocorrendo em quase todos os continentes. Na EPDA-Galheiro