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asaudavel p idosa, Notas de estudo de Nutrição

Alimantação saudável para uma pessoa idosa

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 25/02/2011

denise-bandeira-6
denise-bandeira-6 🇧🇷

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© 2009 Ministério da Saúde Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na página: http://www.saude.gov.br/editora

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Tiragem: 1.ª edição – 2009 13.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição SEPN 511 – Bloco C – Edifício Bittar IV – 4º andar CEP 70750-543 Brasília-DF Tel.: (61) 3448- Fax: (61) 3448- E-mail: cgpan@saude.gov.br Home Page: http://www.nutricao.saude.gov.br

Autoria do texto: Maria Teresa Fialho de Sousa Campos Ana Íris Mendes Coelho Professoras do Departamento de Nutrição e Saúde – DNS/ UFV-Universidade Federal Viçosa

Revisão técnica: Dillian Adelaine Cesar da Silva Helen Altoé Duar Maria de Fátima Cruz Correia de Carvalho Tais Porto Oliveira Patrícia Chaves Gentil Ana Beatriz Vasconcellos José Luiz Telles

Equipe Técnica do DNS/UFV: Rosângela Minardi Mitre Cotta Sylvia do Carmo Castro Franceschini Rita de Cássia Lanes Ribeiro Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima Rosado. Capa, projeto gráfico e diagramação: Hosana Seiffert.

________________________________________________________________________________________________Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentação saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde / Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 36 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1551-

  1. Saúde do idoso. 2. Assistência a Idosos. 3. Alimentação e Nutrição. I. Título. II. Série. ________________________________________________________________________________________________CDU 613. Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2009/

Títulos para indexação: Em inglês: Healthy food for eldery person: a handbook Em espanhol: Alimento saludable para el anciano: un guía para profesionales de salud

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

Com o aumento no ritmo de envelhecimento da população brasileira, torna-se funda- mental planejar e desenvolver ações de saúde que possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos idosos brasileiros. Dentre essas ações, estão as medidas relacionadas a uma alimentação saudável, que devem fazer parte das orientações trabalhadas pelos prof issionais de saúde à pessoa idosa e sua família. Este manual foi elaborado com o objetivo de oferecer subsídios aos profis- sionais de saúde com relação a essas orientações, apresentando medidas práticas para o preparo e o consumo dos alimentos, que podem contribuir para promover mais prazer, conforto e segurança durante as refeições diárias da pessoa idosa. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação sau- dável deve ser acessível do ponto de vista físico e f inanceiro, variada, referenciada pela cultura alimentar, harmônica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e se- gura sanitariamente. Ainda, com base nessa abordagem, é importante que o prof issional de saúde esteja atento ao contexto das mudanças que ocorrem no corpo com o avanço da idade e no am- biente em que os idosos vivem, seja ele doméstico ou institucional, mudanças essas que podem ter implicações no processo de compra, preparo, consumo e aproveitamento dos alimentos pelo organismo. A atenção integrada e humanizada e realizada com base na família, que seja capaz de trazer a pessoa idosa para o centro dos cuidados da equipe de saúde, deve ser o diferencial do trabalho da equipe na consecução das ações de promoção da saúde e da qualidade de vida, tendo a alimentação e a nutrição como pilares fundamentais para tal.

Ana Beatriz Vasconcellos Coordenadora-Geral da Política de Alimentação e Nutrição José Luiz Telles Coordenador da Área Técnica da Saúde do Idoso

2 Cada pessoa envelhece num ritmo próprio

Os diferentes ritmos de envelhecimento ajudam a explicar a razão pela qual, ao se fazer uma comparação entre duas pessoas que têm a mesma idade em anos, uma aparenta estar mais jovem ou em melhores condições físicas ou mentais que a outra.

Independente do ritmo de envelhecimento é preciso aceitar que esse processo faz parte do ciclo natural da vida.

Estabelecer rotinas saudáveis de vida traz benefícios para a saúde, mesmo nas idades mais avançadas. Isso mostra a importância de se conhecer mais sobre esse tema.

Entre os Cuidados diários com a saúde que contribuem para um ritmo favorável de envelhecimento está a ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

3 Quais as orientações para favorecer uma alimentação saudável para a pessoa idosa?

Com o passar dos anos, o corpo começa a apresentar naturalmente algumas mu- danças, que muitas vezes as pessoas demoram a perceber, mas que podem interferir na sua alimentação.

Tornar o ambiente da cozinha e o local de refeições mais adequado e agradável para conferir maior conforto, segurança e autonomia no dia-a-dia das pessoas idosas é uma medida que tem impacto positivo na auto-estima, no preparo das refeições e no es- tabelecimento do prazer à mesa.

Não se tem aqui a pretensão de esgotar esse assunto, mas de tratá-lo de uma maneira mais prática, com ênfase nas medidas associadas ao preparo e ao consumo das refeições diárias.

Estar atento às outras informações do rótulo do alimento é também um procedi- mento indicado para:

  • Identif icar produtos específ icos para este grupo populacional;
  • Conhecer melhor a composição nutricional dos produtos;
  • Identi car os seus ingredientes;
  • Obter informação quanto à forma de conservação;
  • Preparar o alimento adequadamente;
  • Aprender novas receitas;
  • Utilizar os serviços de atendimento ao consumidor – SAC;
  • Comparar produtos similares, de diferentes marcas;
  • Fazer a melhor escolha de acordo com orçamento disponível. A consulta aos rótulos de alimentos deve ser feita como rotina pelas pessoas para se- lecionar alimentos mais saudáveis. Uma leitura atenta permite verifi car se há, entre os ingredientes, sal (sódio), açúcar, gorduras, glúten, fenilalanina, bem como a quantidade de calorias e nutrientes presentes em cada porção, a composição nutricional de produtos diet e light, entre outras informações.

A partir de 2006, tornou-se obrigatório no Brasil que todas as indústrias de alimentos declarem em seus produtos a quantidade de energia e os teores de carboidratos, proteí- nas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, f ibra alimentar e sódio.

Outras oportunidades para esclarecimentos podem surgir, por exemplo, em um diá- logo com outras pessoas no local de compra; ao entrar em contato com o fabricante por meio do serviço de atendimento ao consumidor – SAC; pela busca de um veículo conf iável de informação, como o Disque Saúde (0800 61 1997, serviço de teleatendimento gratuito do Ministério da Saúde) ou em uma consulta com o nutricionista.

4.2 Cuidados no armazenamento dos alimentos

  • Guardar cada alimento em local que ajude a manter a integridade dos produtos, a temperatura adequada para a sua conservação, a limpeza e a organização, para fa- cilitar o armazenamento dos produtos adquiridos e a retirada daqueles que serão utilizados no preparo das refeições e para consumo.
  • Usar primeiro alimentos que estejam com as datas de validade mais próximas do vencimento.
  • No local de armazenamento é recomendado manter um espaço entre os alimentos guardados , o que permite uma melhor circulação do ar, contribuindo para conservar melhor os produtos.
  • Os alimentos não devem ser armazenados diretamente no piso, para garantir a segurança sanitária dos produtos. Esse cuidado favorece a conservação dos ali- mentos, evitando umidade e facilitando a limpeza do piso.
  • A colocação dos produtos em prateleiras afastadas da parede e do piso, a preservação das embalagens sem danifi cação ou a manutenção dos alimentos em recipientes bem tampados e, ainda, o uso de telas nas janelas da despensa são outros cuidados que contribuem para a segurança sanitária, pois dif icultam o contato de animais (insetos, roedores, animais domésticos) e outras sujidades com os alimentos.
  • As embalagens e os recipientes que envolvem os alimentos funcionam como barreiras, afastando-os também do contato com outras sujidades (poeira, fragmen- tos de vidros, de pedra e outros). Antes de abrir qualquer embalagem, é importante limpá-la bem para evitar que o alimento seja contaminado.
  • Os alimentos devem ser guardados e organizados em locais de fácil acesso, que não exijam esforço físico exagerado da pessoa idosa ou apresentem risco de quedas (abaixar-se ou usar escadas para alcançá-los, por exemplo). Recomenda-se que as embalagens e os recipientes sejam etiquetados para facilitar a identif icação dos alimentos pelos idosos. Na identifi cação, devem-se usar etiquetas com letras em cor e tamanho que facilitem a leitura pela pessoa idosa.
  • Os locais onde há alimentos armazenados não são apropriados para guardar materiais de limpeza , para evitar o risco de contaminação dos alimentos. Reserve um outro local para guardar produtos de limpeza, os quais deverão estar em recipi- entes devidamente rotulados.

4.3 Cuidados com a higiene pessoal e durante o manuseio de alimentos O responsável pelo preparo da refeição deve adotar cuidados rigorosos tanto na hi- giene pessoal quanto no manuseio dos alimentos para prevenir contaminação e preservar as características próprias dos alimentos. Isso ajuda a evitar muitas doenças transmitidas por alimentos (DTA).

4.4 Procedimentos de rotina

  • Utilizar proteção para os cabelos, como boné ou touca, além de avental e de sapatos fechados e não escorregadios, pode ajudar a prevenir acidentes e contaminação dos alimentos durante seu preparo.
  • O ato de lavar as mãos freqüentemente é essencial para proteger os alimentos que serão consumidos. A higienização freqüente de utensílios e equipamentos usados durante o preparo dos diversos alimentos que compõem as refeições também é fun- damental para prevenir a contaminação.
  • Para maior segurança, higienizar bem os alimentos, especialmente os que serão in- geridos crus ou refogados. O cozimento adequado dos alimentos também pode evi- tar o risco para a saúde e a perda de nutrientes.

5 Medidas associadas ao consumo das refeições

A atenção a essas medidas visa deixar a pessoa idosa mais disposta para alimentar-se com prazer.

A maioria dessas medidas não requer investimento fi nanceiro, depende mais da dis- posição das pessoas em realizar algumas mudanças que podem fazer a diferença para toda a família ou para os moradores de uma instituição de longa permanência. Por exemplo: otimizar os recursos existentes como móveis, utensílios de mesa e de cozinha, elementos de decoração, dentro de um planejamento adequado da alimentação para a pessoa idosa.

Quando algum investimento é necessário, deve-se avaliar os benefícios para as pes- soas idosas, estabelecendo prioridades e considerando também o tempo e a disponibili- dade f inanceira.

É importante envolver a pessoa idosa nessas decisões.

5.1 Fazer as refeições em local agradável O ambiente onde a refeição é consumida deve:

  • Estar limpo;
  • Ser arejado;
  • Apresentar boa luminosidade;
  • Ter mobiliário resistente e adequado: mesa com cantos arredondados, de preferên- cia, cadeira com dois braços, sendo a altura da mesa compatível com a altura das cadeiras e da pessoa idosa;
  • Ter espaço livre para a circulação das pessoas. Usar tonalidades de cores que favoreçam boa refl exão de luz para o local de refeições, visto que o declínio visual é comum nas pessoas idosas. Para tornar esse ambiente ainda mais atrativo, usar elementos de decoração é uma opção viável, mas deve haver moder- ação para não desviar a atenção da pessoa idosa da alimentação.

5.2 Incentivar a higienização das mãos antes das refeições Esta é uma medida importante para evitar a contaminação dos alimentos por sujidades presentes nas mãos. A orientação sobre o correto procedimento de higienização das mãos e cuidados com as unhas , que devem ser mantidas curtas e limpas, pode garantir bons resultados, quando essa prática é realizada com atenção. Em caso de necessidade a pessoa idosa deve ser auxiliada durante esse procedimento.

5.3 Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições Durante o dia, três refeições básicas devem ser feitas: desjejum, almoço e jantar, inter- caladas com dois ou três pequenos lanches: colação (lanche leve pela manhã), lanche da tarde e ceia (lanche noturno leve). Esta distribuição estimula o funcionamento do intestino e evita que se coma fora de hora.

É importante estabelecer horários regulares para as refeições, com intervalos para atender às peculiaridades da f isiologia digestiva da pessoa idosa, considerando que sua digestão é mais lenta. O ajuste dos horários de refeição contribui para garantir o forneci- mento de nutrientes e energia, maior conforto e apetite para a pessoa idosa.

5.4 Estimular o entrosamento social nos horários das refeições É importante que a pessoa idosa possa ter companhia nas refeições. Sentar confor- tavelmente à mesa em companhia de outras pessoas , sejam elas da família, amigos ou o próprio cuidador, proporciona mais prazer com a alimentação e favorece o apetite.

A falta de companhia na alimentação acaba contribuindo para que a pessoa idosa tenha menos preocupação com o tipo de alimento consumido e a tendência, nessa situ- ação, é alimentar-se de maneira inadequada tanto do ponto de vista da qualidade, como da quantidade.

Na prática, nem todas as famílias conseguem manter o vínculo em todas as refeições do dia, por causa das atribuições de trabalho ou de outras atividades executadas. O mais importante é a família eleger a refeição do dia em que todos ou quase todos estarão presentes e sentados à mesa e, nos f inais de semana, o convívio social à mesa pode ser maior. Se o cuidador mora com a pessoa idosa, ele poderá fazer-lhe companhia em uma ou outra refeição do dia.

Nas instituições de longa permanência para pessoas idosas é preciso estimular os mo- radores a freqüentarem o salão de refeições. Para isso, uma alternativa é tornar esse salão de refeições atrativo e agradável. Por exemplo, a pintura da parede deve ser de uma cor que é diferente daquela usada nos quartos das pessoas idosas para combater a mo- notonia visual, proporcionando, ao mesmo tempo, um ambiente agradável e garantindo a luminosidade adequada para maior segurança durante o deslocamento das pessoas e no consumo da refeição.