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Guias e Dicas
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ARTRODESE EM EQUINOS, Resumos de Medicina Veterinária

Artrodese em equinos com alccool 70 e amono cluroro

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 12/07/2025

fabio-prates-7
fabio-prates-7 🇧🇷

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UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL ETÍLICO 70%
E CLORETO DE AMÔNIO 2%, COMO
AGENTES PROMOTORES DA ARTRODESE
QUÍMICA DAS ARTICULAÇÕES
INTERFALANGEANAS PROXIMAIS DE
EQUINOSGIDOS
PELOTAS 2024
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
PROGRAMA DE S-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA,
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
Defesa de Dissertação de Mestrado
Mestrando: D.V.M Fabio Mendes Prates
Orientador: Prof. Dr. Charles Ferreira Martins
Coorientador: Dr. Gino Luigi Bonilla Lemos Pizzi
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UTILIZAÇÃO DO ÁLCOOL ETÍLICO 70%

E CLORETO DE AMÔNIO 2%, COMO

AGENTES PROMOTORES DA ARTRODESE

QUÍMICA DAS ARTICULAÇÕES

INTERFALANGEANAS PROXIMAIS DE

EQUINOS HÍGIDOS

PELOTAS 2024

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA,

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

Defesa de Dissertação de Mestrado

Mestrando: D.V.M Fabio Mendes Prates

Orientador: Prof. Dr. Charles Ferreira Martins

Coorientador: Dr. Gino Luigi Bonilla Lemos Pizzi

Agradecimentos

O caminho para elaboração desta dissertação foi muito enriquecedor e contribuiu de uma forma impressionante para minha

constante busca por evolução.

Seus múltiplos desafios, entre eles o retorno a academia após tanto tempo, que proporcionou novos aprendizados técnicos e

pessoais, que apesar do pouco tempo para dedicar-me a esta jornada, acredito humildemente que sai dela como um ser humano

melhor e mais completo.

Esta trajetória, jamais teria sido possível sem o apoio e a compreensão de muitas pessoas especiais.

Em primeiro lugar, minha esposa, que pacientemente esteve ao meu lado durante as longas jornadas de trabalho, que compreende

minhas faltas constantes em casa por conta dos meus afazeres, estudos e pesquisas. Seu apoio incondicional e resiliência, foram

fundamentais para que eu pudesse seguir em frente. Ao meu filho, que entende minhas ausências e as respeita pois sabe que são

por um bem maior, agradeço por sua compreensão e amor, saiba que a busca de ser um exemplo de conduta para vocês é o que me

move todos os dias.

Aos meus pacientes, que são a verdadeira inspiração para minha busca incessante por conhecimento, agradeço por me motivarem a

oferecer terapias de qualidade, sempre visando proporcionar-lhes uma vida melhor. É por eles que me esforço para aprender mais e

ser um profissional mais qualificado, sempre tendo em mente de que devemos atender e trabalhar para os cavalos e não para seus

proprietários.

Agradeço a Deus, por sempre me guiar pelo bom caminho, iluminando os momentos de incerteza e fraqueza com Sua sabedoria e

força.

À minha mãe (in memoriam), que sempre sonhou que eu repartisse conhecimentos e os buscasse incansavelmente, dedico este

trabalho. Sua memória é uma constante fonte de inspiração.

Não posso deixar de agradecer aos meus professores e orientadores, por sua paciência com minha falta de conhecimento do

funcionamento da academia e cujas orientações e ensinamentos foram cruciais para o desenvolvimento deste trabalho.

Aos meus colegas de mestrado, com quem compartilhei bons momentos, de trocas, aprendizados e parcerias.

A todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização de mais esta etapa, meu muito obrigado.

Que Deus nos conduza sempre ao caminho do Bem e da Luz

Abstract

Prates, Fabio Mendes. Use of 70% Ethyl Alcohol and 2% Ammonium

Chloride as agents promoting chemical arthrodesis of the proximal

  1. 45P. Dissertation (master’s in

interphalangeal joints of healthy horses.

sciences). – Postgraduate Program in Animal Science, Eliseu Maciel Faculty of

Agronomy, Federal University of Pelotas, Pelotas, 2024.

Chemical arthrodesis is a relevant therapeutic procedure in veterinary

medicine,

used to alleviate pain and lameness associated with severe joint disease,

with

chronic and intractable pain from osteoarthritis being indications for

arthrodesis.

Given the significance of proximal interphalangeal joint lesions in equine

orthopaedics, this study aimed to evaluate the efficacy of intra-articular

administration of 70% Ethanol and 2% Ammonium Chloride for chemical

arthrodesis of the proximal interphalangeal joint in healthy horses. Three

horses

with healthy distal interphalangeal joints were used, which were inspected

through specific clinical and radiological examinations. Three treatments

were

employed: T1 (5 mL of 70% ethanol), T2 (5 mL of 0.9% NaCl saline solution),

and

T3 (5 mL of 2% ammonium chloride). Clinical examination assessed

sensitivity

to palpation, joint flexion, and rotation. Radiological monitoring was

conducted on

days 0, 15, 30, and every 30 days until 240 days were completed. All joints

underwent macroscopic and histopathological examination of the proximal

interphalangeal joint post-mortem. T1 resulted in greater pain sensitivity than

T

and T3, with T2 and T3 showing similar outcomes for this variable. No

radiographic evidence of joint degeneration or osteoarticular remodeling was

identified. Post-mortem examination revealed no fusion in any of the joints.

Future

studies are necessary, including equines with osteoarthritis, to reaffirm the

effects

of 70% ethanol and 2% ammonium chloride in accelerating the

degenerative

process. Arthrocentesis with ethanol and ammonium chloride in healthy

horses

was not effective in promoting reduction and collapse of the proximal

interphalangeal joint. Ammonium chloride is not a drug capable of causing

ankylosis.

Keywords: arthrocentesis, treatments, ankylosis.

Figura 1.

Lista de Figuras

Avaliação macroscópica da articulação interfalangeana proximal (AI

P)

de equinos tratados com álcool etílico 70% (T1), evidenciando a presença de

fibrina (seta) 150 dias após a artrocentese. .....................................................

Figura 2. Avaliação macroscópica da articulação interfalangeana proximal (

AIP) de equinos tratados com cloreto de amônio 2% (T3), mostrando ausênc

ia de alterações articulares 150 dias após artrocentese. ..................................

Figura 3. Fotomicrografia da articulação interfalangeana proximal (AIP) de e

quinos tratados com álcool etílico 70% (T1), 240 dias após artrocentese, ond

e observa-se condrócitos achatados alinhados paralelamente à superfície (s

eta contínua), condrócitos ovais ou redondos na zona intermediária (seta p

ontilhada) e a linha de mineralização (seta vermelha). Coloração H&E, aume

nto de 50x.

Lista de abreviaturas e siglas

AIP

AINEs

ATP

CTMs

DAD

EDTA

GAPDH

H&E IL-

1 IL-

kg MEC

mg

min

mm

PDGF

P

P

rpm

SRD

TGF-β

TNF-α

VEGF

μm

articulação interfalangeana proximal anti-

inflamatórios não esteroides adenosina

trifosfato células-tronco

mesenquimatosas doenças articulares

degenerativas ácido etilenodiamino tetra-

acético gliceraldeído-3-fosfato

desidrogenase hematoxilina e eosina

interleucina 1 interleucina 6 quilogramas

matriz extracelular

miligramas

minutos

milímetros

fator de crescimento derivado de

plaquetas

falange proximal

falange média

rotações por minuto

sem raça definida

fator de crescimento transformador beta

fator de necrose tumoral alfa

crescimento endotelial vascular

micrometros

Sumário

    1. MATERIAL E MÉTODOS
    1. RESULTADOS
    1. DISCUSSÃO
    1. CONCLUSÃO
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    1. INTRODUÇÃO
    1. OBJETIVOS
    1. HIPÓTESE
    1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
    • 2 Objetivos específicos 2.1 Objetivo geral 3 2.
      • em Equinos 4.1 Anatomia e Fisiologia das Articulações Interfalangeanas Proximais (AIP)
    • 4.2 Artrodese: Definição e Aplicações em Medicina Veterinária
    • 4.3 Métodos Químicos de Artrodese
    • 4.4 Métodos Cirúrgicos de Artrodese
    • 4.5 Considerações Éticas e de Bem-Estar Animal
    • 4.6 Cicatrização e Reparo de Tecidos Articulares
    • 4.7 Avanços Recentes em Artrodese Equina
    • Esporte 4.8 Impactos Clínicos e Práticos da Artrodese em Equinos de Trabalho e

recuperação, além de apresentarem riscos cirúrgicos, como infecções e

complicações associadas ao implante (Souza et al., 2021; Zubrod & Schneider,

Em contraste, os métodos químicos, como a infusão intra-articular de

substâncias proteolíticas, têm sido investigados como alternativas menos

invasivas para alcançar a artrodese (Heaton et al. , 2019). Esses métodos têm o

potencial de incitar a anquilose de forma mais rápida e menos traumática,

destruindo a cartilagem articular e desencadeando a fusão óssea sem a

necessidade de intervenção cirúrgica extensa. No entanto, o uso de agentes

químicos, como o Álcool Etílico e o Cloreto de Amônio, ainda é pouco

explorado na articulação interfalangeana proximal, sendo a maior parte das

evidências científicas limitada a estudos preliminares ou relatos de caso. Isso

destaca a necessidade de investigações mais profundas para validar a eficácia

e segurança desses métodos químicos em comparação com as abordagens

cirúrgicas mais estabelecidas. O Álcool Etílico, por exemplo, tem sido utilizado

com sucesso em outras articulações para provocar bloqueios

semipermanentes da condutividade nervosa, graças às suas propriedades

neurolíticas e destrutivas não seletivas de proteínas (Watkins, 2019). Ao

interromper a matriz cartilaginosa e causar necrose dos condrócitos, o Álcool

acelera o processo de anquilose (Caston et al. , 2013). De forma semelhante, o

cloreto de amônio tem mostrado potencial para complementar esse efeito,

mas ainda há muito a ser investigado sobre o uso combinado dessas

substâncias na artrodese química da AIP.

Embora as técnicas cirúrgicas para artrodese sejam amplamente

documentadas, o conhecimento sobre métodos químicos para esse

Determinar os efeitos clínicos do Álcool Etílico 70% e Cloreto de Amônio 2%

em articulações interfalangeanas proximais saudáveis de equinos hígidos

como modelo experimental para artrodese química.

 Determinar as complicações clínicas primárias nas articulações submetidas

à artrodese química proporcionadas pelos diferentes produtos químicos

utilizados;

 Determinar os efeitos clínicos articulares enquanto a fusão ocorre; 

Observar os efeitos analgésicos dessas substâncias;  Comparar a velocidade

de destruição da cartilagem articular do Álcool Etílico

70% e Cloreto de Amônio 2%;

procedimento, especialmente na AIP, permanece limitado. Portanto, estudos

científicos detalhados que integrem acompanhamento clínico, diagnóstico

por imagem, e análises sinoviais e histopatológicas são essenciais para

elucidar o papel do Álcool Etílico 70% e do Cloreto de Amônio a 2% como

agentes promissores na artrodese química dessa articulação.

articulação interfalangeana proximal na ortopedia equina, este estudo visa Considerando-se a alta relevância das lesões na

avaliar a eficácia da administração intra-articular de Álcool Etílico 70% e

Cloreto de Amônio a 2% na artrodese dessa articulação em cavalos hígidos.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

2.2 Objetivos específicos

A estrutura das AIPs é sustentada por uma rede intricada de ligamentos que

garantem a estabilidade e a funcionalidade da articulação. Os principais

ligamentos incluem os ligamentos colaterais, que se estendem ao longo dos

aspectos lateral e medial da articulação, proporcionando suporte

laterolateral e prevenindo movimentos excessivos que poderiam resultar em

lesões (Mereu et al. , 2019). Além disso, a articulação é circundada por

ligamentos palmar/plantar, como o ligamento abaxial palmar/plantar, que se

origina na porção distal da falange proximal e se insere na falange média.

Esses ligamentos desempenham um papel crucial na manutenção da

integridade da articulação durante o movimento, especialmente em

situações de carga e estresse dinâmico (Kamm et al. , 2012).

Os tendões que cruzam a AIP também são componentes fundamentais para

a função articular. O tendão do músculo extensor digital comum/longo, que

se insere na parte dorsal da falange proximal, é responsável pela extensão

da articulação, permitindo que o membro se estenda durante a fase de

apoio da locomoção. Em contrapartida, os tendões dos músculos flexores

digitais, como o flexor digital superficial e o flexor digital profundo, são

responsáveis pela flexão da articulação, permitindo que o cavalo execute

movimentos de flexão e extensão de forma eficiente e coordenada. A

interação entre esses tendões e a articulação é vital para a mobilidade do

membro, possibilitando uma ampla gama de movimentos que são

essenciais para a performance atlética do animal (Lawson et al. , 2007).

As AIPs desempenham um papel crucial na locomoção equina, pois permitem

a flexão e extensão dos membros, movimentos que são essenciais para a

corrida, saltos e outras atividades locomotoras. A capacidade de

A artrodese é um procedimento cirúrgico que visa a fusão de uma articulação,

resultando em anquilose. Este procedimento é frequentemente indicado em

casos de osteoartrite avançada, onde a função articular normal não é mais

possível, levando a dor crônica e incapacidade funcional (Zubrod & Schneider,

2005). A artrodese é particularmente relevante na medicina veterinária

equina, pois permite que os cavalos que não respondem a tratamentos

conservadores, como medicamentos anti-inflamatórios, possam retornar a

uma vida funcional, mesmo que não necessariamente ao desempenho

atlético completo (Silva et al., 2023).

Existem duas abordagens principais para a artrodese em equinos: a artrodese

química e a artrodese cirúrgica. A artrodese química envolve a injeção de

agentes químicos, como o monoiodoacetato de sódio, que induzem a fusão

articular através da destruição do cartilagem articular e subsequente

formação de tecido ósseo (Bohanon, 1995). Este método é menos invasivo e

pode ser

movimentar essas articulações de forma coordenada é vital para a adaptação

do cavalo a diferentes superfícies e condições de superfícies, permitindo que

o animal mantenha a estabilidade e a eficiência durante a locomoção

(Clayton, 2010). A integridade estrutural das AIPs, incluindo a saúde dos

ossos, ligamentos e tendões, é crucial para a eficiência do movimento e a

performance atlética do animal. Lesões ou disfunções nessas articulações

podem comprometer significativamente a capacidade locomotora do cavalo,

resultando em dor, limitação de movimento e, em última análise, impactando

negativamente a performance atlética e a qualidade de vida do animal

(Herthel et al. , 2016).

4.2 Artrodese: Definição e Aplicações em Medicina Veterinária

realizar a artrodese deve ser cuidadosamente ponderada, levando em

consideração a condição geral do cavalo, a gravidade da dor e a expectativa

de recuperação.

A artrodese química é uma técnica que surgiu como uma alternativa menos

invasiva à artrodese cirúrgica. Historicamente, as primeiras tentativas de

artrodese química utilizaram substâncias como o Álcool Etílico e o Cloreto de

Amônio. O uso do Álcool Etílico 70% ganhou destaque devido à sua

capacidade de induzir a fusão articular através da necrose controlada do

tecido cartilaginoso (Lischer & Auer, 2019). O Cloreto de Amônio a 2% é

utilizado por sua propriedade irritativa, que pode levar à formação de tecido

de cicatrização e, consequentemente, ao bloqueio da articulação.

O Álcool Etílico 70% atua principalmente através da desidratação celular e da

necrose dos tecidos articulares, o que resulta na formação de um ambiente

propício à cicatrização e fusão articular. Em contrapartida, o cloreto de

amônio provoca uma reação inflamatória local que estimula a formação de

tecido fibroso, promovendo a união das superfícies articulares. Ambos os

métodos têm como objetivo a imobilização da articulação, reduzindo a dor e

melhorando a função do membro afetado.

Estudos demonstraram que a artrodese química com Álcool Etílico pode

resultar em um tempo de recuperação de aproximadamente 8 meses, com

50% dos casos apresentando melhora significativa após três injeções intra-

articulares administradas mensalmente (Lischer & Auer, 2019). Entretanto,

algumas complicações, como reações inflamatórias locais e artrite séptica,

foram

4.3 Métodos Químicos de Artrodese

observadas, destacando a necessidade de monitoramento cuidadoso após

o tratamento (Souto et al. , 2020). Comparações entre métodos químicos e

cirúrgicos indicam que, embora a artrodese química seja menos invasiva,

ela pode apresentar taxas de complicações que exigem consideração

cuidadosa ao escolher a abordagem mais adequada para cada caso

(Schneider et al., 1993).A artrodese química utilizando monoiodoacetato de sódio é uma técnica

mais comum, que também envolve a indução de degeneração articular

controlada para alcançar a fusão das superfícies articulares. O

monoiodoacetato de sódio atua como um potente inibidor da enzima

gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH), uma enzima essencial no

metabolismo glicolítico das células cartilaginosas. A inibição dessa enzima

leva à morte celular progressiva e à degradação da matriz cartilaginosa,

promovendo a aproximação e eventual fusão das superfícies ósseas (Angeli

& Nicoletti, 2008). Esta técnica é particularmente interessante devido à sua

capacidade de provocar uma artrodese eficaz sem a necessidade de

intervenção cirúrgica invasiva. O processo de destruição da cartilagem é

gradual, o que permite um controle mais preciso sobre a extensão e o tempo

da artrodese, sendo uma vantagem significativa em relação a outros

métodos químicos ou cirúrgicos.O monoiodoacetato de sódio age inibindo a produção de ATP nas células

cartilaginosas, resultando em necrose celular. A ausência de energia celular

compromete a manutenção da matriz extracelular, levando à desorganização

da estrutura cartilaginosa e à exposição das superfícies ósseas subjacentes.

Isso facilita a formação de tecido ósseo novo, resultando na anquilose

(Penraat et al. , 2000). Na prática veterinária, a artrodese química com

monoiodoacetato de sódio tem sido explorada como uma alternativa para o

tratamento de articulações

4,5mm, associada a dois parafusos corticais transarticulares de 5,5mm,

considerada o padrão ouro na prática veterinária (Souza & Zoppa, 2021).

Durante o procedimento, a abordagem cirúrgica envolve a realização de uma

incisão na pele e a exposição da articulação, permitindo a colocação da placa

de forma adequada. A perfuração do osso subcondral das falanges proximal

e média com uma broca de 2,5mm é uma etapa importante, pois favorece a

migração de vasos sanguíneos e melhora a anquilose entre as falanges

(Zubrod & Schneider, 2005). A fixação é realizada com uma placa de

compressão que deve ser posicionada manualmente no plano sagital,

garantindo que a perfuração de bloqueio esteja na extremidade proximal da

falange média (Ahern et al. , 2013).

Após a cirurgia, é fundamental um período de contenção em estábulo por

aproximadamente três meses. O retorno gradual às atividades deve ser

iniciado com um programa de exercícios assistido, sempre acompanhado por

monitoramento clínico e radiográfico. Indicadores clínicos positivos incluem a

ausência de aspectos como lise óssea, de falhas no implante, edema e

claudicação (Lischer & Auer, 2019). Os equinos podem retornar a atividades de

alta performance após cerca de oito meses, quando sinais adequados de

anquilose são evidentes.

A escolha dos implantes e da técnica cirúrgica é crucial para o sucesso da

artrodese. A placa de compressão bloqueada proporciona uma estabilidade

mecânica superior em comparação com outras técnicas, como a placa de

compressão dinâmica limitada (Ahern et al. , 2013). Além disso, estudos

biomecânicos sugerem que a combinação de placas e parafusos

transarticulares oferece uma fixação mais robusta e confiável.

A escolha do método de artrodese, seja químico ou cirúrgico, tem implicações

significativas para o bem-estar dos equinos. A artrodese é um procedimento

invasivo que visa a fusão das articulações para estabilizar áreas com lesões ou

degenerações severas. No entanto, o impacto desse procedimento no bem-

estar animal depende de vários fatores, incluindo a técnica utilizada, o manejo

pós-operatório, e a capacidade de minimizar a dor e o desconforto durante o

processo de recuperação.

A artrodese química, como a que utiliza o monoiodoacetato de sódio,

oferece uma alternativa menos invasiva em comparação com a

abordagem cirúrgica tradicional (Angeli & Nicoletti, 2008). Essa técnica

promove a fusão das articulações através da indução controlada de

necrose cartilaginosa, evitando a necessidade de intervenções mecânicas

diretas nos ossos e tecidos circundantes. Embora essa abordagem possa

reduzir a dor associada à cirurgia, ela não está isenta de desconforto. A

reação inflamatória que acompanha a destruição do tecido cartilaginoso

pode causar dor significativa, e o risco de inflamação prolongada ou

artrite séptica representa uma preocupação contínua para o bem-estar do

animal. É essencial que protocolos de manejo da dor sejam

rigorosamente implementados para mitigar esses efeitos adversos.Por outro lado, a artrodese cirúrgica, que envolve a fixação das articulações

com placas, parafusos ou outros dispositivos mecânicos, é um procedimento

que, embora invasivo, pode proporcionar uma fusão mais rápida e previsível

das articulações (Schneider et al., 1993). No entanto, essa técnica exige uma

abordagem altamente controlada para minimizar os riscos de

4.5 Considerações Éticas e de Bem-Estar Animal