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Artrodese em equinos com alccool 70 e amono cluroro
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Que Deus nos conduza sempre ao caminho do Bem e da Luz
Abstract
Prates, Fabio Mendes. Use of 70% Ethyl Alcohol and 2% Ammonium
Chloride as agents promoting chemical arthrodesis of the proximal
interphalangeal joints of healthy horses.
sciences). – Postgraduate Program in Animal Science, Eliseu Maciel Faculty of
Agronomy, Federal University of Pelotas, Pelotas, 2024.
Chemical arthrodesis is a relevant therapeutic procedure in veterinary
medicine,
used to alleviate pain and lameness associated with severe joint disease,
with
chronic and intractable pain from osteoarthritis being indications for
arthrodesis.
Given the significance of proximal interphalangeal joint lesions in equine
orthopaedics, this study aimed to evaluate the efficacy of intra-articular
administration of 70% Ethanol and 2% Ammonium Chloride for chemical
arthrodesis of the proximal interphalangeal joint in healthy horses. Three
horses
with healthy distal interphalangeal joints were used, which were inspected
through specific clinical and radiological examinations. Three treatments
were
employed: T1 (5 mL of 70% ethanol), T2 (5 mL of 0.9% NaCl saline solution),
and
T3 (5 mL of 2% ammonium chloride). Clinical examination assessed
sensitivity
to palpation, joint flexion, and rotation. Radiological monitoring was
conducted on
days 0, 15, 30, and every 30 days until 240 days were completed. All joints
underwent macroscopic and histopathological examination of the proximal
interphalangeal joint post-mortem. T1 resulted in greater pain sensitivity than
and T3, with T2 and T3 showing similar outcomes for this variable. No
radiographic evidence of joint degeneration or osteoarticular remodeling was
identified. Post-mortem examination revealed no fusion in any of the joints.
Future
studies are necessary, including equines with osteoarthritis, to reaffirm the
effects
of 70% ethanol and 2% ammonium chloride in accelerating the
degenerative
process. Arthrocentesis with ethanol and ammonium chloride in healthy
horses
was not effective in promoting reduction and collapse of the proximal
interphalangeal joint. Ammonium chloride is not a drug capable of causing
ankylosis.
Keywords: arthrocentesis, treatments, ankylosis.
Figura 1.
Lista de Figuras
Avaliação macroscópica da articulação interfalangeana proximal (AI
de equinos tratados com álcool etílico 70% (T1), evidenciando a presença de
fibrina (seta) 150 dias após a artrocentese. .....................................................
Figura 2. Avaliação macroscópica da articulação interfalangeana proximal (
AIP) de equinos tratados com cloreto de amônio 2% (T3), mostrando ausênc
ia de alterações articulares 150 dias após artrocentese. ..................................
Figura 3. Fotomicrografia da articulação interfalangeana proximal (AIP) de e
quinos tratados com álcool etílico 70% (T1), 240 dias após artrocentese, ond
e observa-se condrócitos achatados alinhados paralelamente à superfície (s
eta contínua), condrócitos ovais ou redondos na zona intermediária (seta p
ontilhada) e a linha de mineralização (seta vermelha). Coloração H&E, aume
nto de 50x.
Lista de abreviaturas e siglas
AINEs
CTMs
kg MEC
mg
min
mm
rpm
TGF-β
TNF-α
μm
articulação interfalangeana proximal anti-
inflamatórios não esteroides adenosina
trifosfato células-tronco
mesenquimatosas doenças articulares
degenerativas ácido etilenodiamino tetra-
acético gliceraldeído-3-fosfato
desidrogenase hematoxilina e eosina
interleucina 1 interleucina 6 quilogramas
matriz extracelular
miligramas
minutos
milímetros
fator de crescimento derivado de
plaquetas
falange proximal
falange média
rotações por minuto
sem raça definida
fator de crescimento transformador beta
fator de necrose tumoral alfa
crescimento endotelial vascular
micrometros
recuperação, além de apresentarem riscos cirúrgicos, como infecções e
complicações associadas ao implante (Souza et al., 2021; Zubrod & Schneider,
Em contraste, os métodos químicos, como a infusão intra-articular de
substâncias proteolíticas, têm sido investigados como alternativas menos
invasivas para alcançar a artrodese (Heaton et al. , 2019). Esses métodos têm o
potencial de incitar a anquilose de forma mais rápida e menos traumática,
destruindo a cartilagem articular e desencadeando a fusão óssea sem a
necessidade de intervenção cirúrgica extensa. No entanto, o uso de agentes
químicos, como o Álcool Etílico e o Cloreto de Amônio, ainda é pouco
explorado na articulação interfalangeana proximal, sendo a maior parte das
evidências científicas limitada a estudos preliminares ou relatos de caso. Isso
destaca a necessidade de investigações mais profundas para validar a eficácia
e segurança desses métodos químicos em comparação com as abordagens
cirúrgicas mais estabelecidas. O Álcool Etílico, por exemplo, tem sido utilizado
com sucesso em outras articulações para provocar bloqueios
semipermanentes da condutividade nervosa, graças às suas propriedades
neurolíticas e destrutivas não seletivas de proteínas (Watkins, 2019). Ao
interromper a matriz cartilaginosa e causar necrose dos condrócitos, o Álcool
acelera o processo de anquilose (Caston et al. , 2013). De forma semelhante, o
cloreto de amônio tem mostrado potencial para complementar esse efeito,
mas ainda há muito a ser investigado sobre o uso combinado dessas
substâncias na artrodese química da AIP.
Embora as técnicas cirúrgicas para artrodese sejam amplamente
documentadas, o conhecimento sobre métodos químicos para esse
Determinar os efeitos clínicos do Álcool Etílico 70% e Cloreto de Amônio 2%
em articulações interfalangeanas proximais saudáveis de equinos hígidos
como modelo experimental para artrodese química.
Determinar as complicações clínicas primárias nas articulações submetidas
à artrodese química proporcionadas pelos diferentes produtos químicos
utilizados;
Determinar os efeitos clínicos articulares enquanto a fusão ocorre;
Observar os efeitos analgésicos dessas substâncias; Comparar a velocidade
de destruição da cartilagem articular do Álcool Etílico
70% e Cloreto de Amônio 2%;
procedimento, especialmente na AIP, permanece limitado. Portanto, estudos
científicos detalhados que integrem acompanhamento clínico, diagnóstico
por imagem, e análises sinoviais e histopatológicas são essenciais para
elucidar o papel do Álcool Etílico 70% e do Cloreto de Amônio a 2% como
agentes promissores na artrodese química dessa articulação.
articulação interfalangeana proximal na ortopedia equina, este estudo visa Considerando-se a alta relevância das lesões na
avaliar a eficácia da administração intra-articular de Álcool Etílico 70% e
Cloreto de Amônio a 2% na artrodese dessa articulação em cavalos hígidos.
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
A estrutura das AIPs é sustentada por uma rede intricada de ligamentos que
garantem a estabilidade e a funcionalidade da articulação. Os principais
ligamentos incluem os ligamentos colaterais, que se estendem ao longo dos
aspectos lateral e medial da articulação, proporcionando suporte
laterolateral e prevenindo movimentos excessivos que poderiam resultar em
lesões (Mereu et al. , 2019). Além disso, a articulação é circundada por
ligamentos palmar/plantar, como o ligamento abaxial palmar/plantar, que se
origina na porção distal da falange proximal e se insere na falange média.
Esses ligamentos desempenham um papel crucial na manutenção da
integridade da articulação durante o movimento, especialmente em
situações de carga e estresse dinâmico (Kamm et al. , 2012).
Os tendões que cruzam a AIP também são componentes fundamentais para
a função articular. O tendão do músculo extensor digital comum/longo, que
se insere na parte dorsal da falange proximal, é responsável pela extensão
da articulação, permitindo que o membro se estenda durante a fase de
apoio da locomoção. Em contrapartida, os tendões dos músculos flexores
digitais, como o flexor digital superficial e o flexor digital profundo, são
responsáveis pela flexão da articulação, permitindo que o cavalo execute
movimentos de flexão e extensão de forma eficiente e coordenada. A
interação entre esses tendões e a articulação é vital para a mobilidade do
membro, possibilitando uma ampla gama de movimentos que são
essenciais para a performance atlética do animal (Lawson et al. , 2007).
As AIPs desempenham um papel crucial na locomoção equina, pois permitem
a flexão e extensão dos membros, movimentos que são essenciais para a
corrida, saltos e outras atividades locomotoras. A capacidade de
A artrodese é um procedimento cirúrgico que visa a fusão de uma articulação,
resultando em anquilose. Este procedimento é frequentemente indicado em
casos de osteoartrite avançada, onde a função articular normal não é mais
possível, levando a dor crônica e incapacidade funcional (Zubrod & Schneider,
2005). A artrodese é particularmente relevante na medicina veterinária
equina, pois permite que os cavalos que não respondem a tratamentos
conservadores, como medicamentos anti-inflamatórios, possam retornar a
uma vida funcional, mesmo que não necessariamente ao desempenho
atlético completo (Silva et al., 2023).
Existem duas abordagens principais para a artrodese em equinos: a artrodese
química e a artrodese cirúrgica. A artrodese química envolve a injeção de
agentes químicos, como o monoiodoacetato de sódio, que induzem a fusão
articular através da destruição do cartilagem articular e subsequente
formação de tecido ósseo (Bohanon, 1995). Este método é menos invasivo e
pode ser
movimentar essas articulações de forma coordenada é vital para a adaptação
do cavalo a diferentes superfícies e condições de superfícies, permitindo que
o animal mantenha a estabilidade e a eficiência durante a locomoção
(Clayton, 2010). A integridade estrutural das AIPs, incluindo a saúde dos
ossos, ligamentos e tendões, é crucial para a eficiência do movimento e a
performance atlética do animal. Lesões ou disfunções nessas articulações
podem comprometer significativamente a capacidade locomotora do cavalo,
resultando em dor, limitação de movimento e, em última análise, impactando
negativamente a performance atlética e a qualidade de vida do animal
(Herthel et al. , 2016).
4.2 Artrodese: Definição e Aplicações em Medicina Veterinária
realizar a artrodese deve ser cuidadosamente ponderada, levando em
consideração a condição geral do cavalo, a gravidade da dor e a expectativa
de recuperação.
A artrodese química é uma técnica que surgiu como uma alternativa menos
invasiva à artrodese cirúrgica. Historicamente, as primeiras tentativas de
artrodese química utilizaram substâncias como o Álcool Etílico e o Cloreto de
Amônio. O uso do Álcool Etílico 70% ganhou destaque devido à sua
capacidade de induzir a fusão articular através da necrose controlada do
tecido cartilaginoso (Lischer & Auer, 2019). O Cloreto de Amônio a 2% é
utilizado por sua propriedade irritativa, que pode levar à formação de tecido
de cicatrização e, consequentemente, ao bloqueio da articulação.
O Álcool Etílico 70% atua principalmente através da desidratação celular e da
necrose dos tecidos articulares, o que resulta na formação de um ambiente
propício à cicatrização e fusão articular. Em contrapartida, o cloreto de
amônio provoca uma reação inflamatória local que estimula a formação de
tecido fibroso, promovendo a união das superfícies articulares. Ambos os
métodos têm como objetivo a imobilização da articulação, reduzindo a dor e
melhorando a função do membro afetado.
Estudos demonstraram que a artrodese química com Álcool Etílico pode
resultar em um tempo de recuperação de aproximadamente 8 meses, com
50% dos casos apresentando melhora significativa após três injeções intra-
articulares administradas mensalmente (Lischer & Auer, 2019). Entretanto,
algumas complicações, como reações inflamatórias locais e artrite séptica,
foram
4.3 Métodos Químicos de Artrodese
observadas, destacando a necessidade de monitoramento cuidadoso após
o tratamento (Souto et al. , 2020). Comparações entre métodos químicos e
cirúrgicos indicam que, embora a artrodese química seja menos invasiva,
ela pode apresentar taxas de complicações que exigem consideração
cuidadosa ao escolher a abordagem mais adequada para cada caso
(Schneider et al., 1993).A artrodese química utilizando monoiodoacetato de sódio é uma técnica
mais comum, que também envolve a indução de degeneração articular
controlada para alcançar a fusão das superfícies articulares. O
monoiodoacetato de sódio atua como um potente inibidor da enzima
gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH), uma enzima essencial no
metabolismo glicolítico das células cartilaginosas. A inibição dessa enzima
leva à morte celular progressiva e à degradação da matriz cartilaginosa,
promovendo a aproximação e eventual fusão das superfícies ósseas (Angeli
& Nicoletti, 2008). Esta técnica é particularmente interessante devido à sua
capacidade de provocar uma artrodese eficaz sem a necessidade de
intervenção cirúrgica invasiva. O processo de destruição da cartilagem é
gradual, o que permite um controle mais preciso sobre a extensão e o tempo
da artrodese, sendo uma vantagem significativa em relação a outros
métodos químicos ou cirúrgicos.O monoiodoacetato de sódio age inibindo a produção de ATP nas células
cartilaginosas, resultando em necrose celular. A ausência de energia celular
compromete a manutenção da matriz extracelular, levando à desorganização
da estrutura cartilaginosa e à exposição das superfícies ósseas subjacentes.
Isso facilita a formação de tecido ósseo novo, resultando na anquilose
(Penraat et al. , 2000). Na prática veterinária, a artrodese química com
monoiodoacetato de sódio tem sido explorada como uma alternativa para o
tratamento de articulações
4,5mm, associada a dois parafusos corticais transarticulares de 5,5mm,
considerada o padrão ouro na prática veterinária (Souza & Zoppa, 2021).
Durante o procedimento, a abordagem cirúrgica envolve a realização de uma
incisão na pele e a exposição da articulação, permitindo a colocação da placa
de forma adequada. A perfuração do osso subcondral das falanges proximal
e média com uma broca de 2,5mm é uma etapa importante, pois favorece a
migração de vasos sanguíneos e melhora a anquilose entre as falanges
(Zubrod & Schneider, 2005). A fixação é realizada com uma placa de
compressão que deve ser posicionada manualmente no plano sagital,
garantindo que a perfuração de bloqueio esteja na extremidade proximal da
falange média (Ahern et al. , 2013).
Após a cirurgia, é fundamental um período de contenção em estábulo por
aproximadamente três meses. O retorno gradual às atividades deve ser
iniciado com um programa de exercícios assistido, sempre acompanhado por
monitoramento clínico e radiográfico. Indicadores clínicos positivos incluem a
ausência de aspectos como lise óssea, de falhas no implante, edema e
claudicação (Lischer & Auer, 2019). Os equinos podem retornar a atividades de
alta performance após cerca de oito meses, quando sinais adequados de
anquilose são evidentes.
A escolha dos implantes e da técnica cirúrgica é crucial para o sucesso da
artrodese. A placa de compressão bloqueada proporciona uma estabilidade
mecânica superior em comparação com outras técnicas, como a placa de
compressão dinâmica limitada (Ahern et al. , 2013). Além disso, estudos
biomecânicos sugerem que a combinação de placas e parafusos
transarticulares oferece uma fixação mais robusta e confiável.
A escolha do método de artrodese, seja químico ou cirúrgico, tem implicações
significativas para o bem-estar dos equinos. A artrodese é um procedimento
invasivo que visa a fusão das articulações para estabilizar áreas com lesões ou
degenerações severas. No entanto, o impacto desse procedimento no bem-
estar animal depende de vários fatores, incluindo a técnica utilizada, o manejo
pós-operatório, e a capacidade de minimizar a dor e o desconforto durante o
processo de recuperação.
A artrodese química, como a que utiliza o monoiodoacetato de sódio,
oferece uma alternativa menos invasiva em comparação com a
abordagem cirúrgica tradicional (Angeli & Nicoletti, 2008). Essa técnica
promove a fusão das articulações através da indução controlada de
necrose cartilaginosa, evitando a necessidade de intervenções mecânicas
diretas nos ossos e tecidos circundantes. Embora essa abordagem possa
reduzir a dor associada à cirurgia, ela não está isenta de desconforto. A
reação inflamatória que acompanha a destruição do tecido cartilaginoso
pode causar dor significativa, e o risco de inflamação prolongada ou
artrite séptica representa uma preocupação contínua para o bem-estar do
animal. É essencial que protocolos de manejo da dor sejam
rigorosamente implementados para mitigar esses efeitos adversos.Por outro lado, a artrodese cirúrgica, que envolve a fixação das articulações
com placas, parafusos ou outros dispositivos mecânicos, é um procedimento
que, embora invasivo, pode proporcionar uma fusão mais rápida e previsível
das articulações (Schneider et al., 1993). No entanto, essa técnica exige uma
abordagem altamente controlada para minimizar os riscos de
4.5 Considerações Éticas e de Bem-Estar Animal