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Introdução ao Desempenho Bioclimático: Uma Abordagem Morfológica, Manuais, Projetos, Pesquisas de Arquitetura

Arquitetura e urbanismo

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 31/07/2019

Arquitetura-01
Arquitetura-01 🇧🇷

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DESEMPENHO BIOCLIMÁTICO DOS
LUGARES
Maria Elaine Kohlsdorf
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DESEMPENHO BIOCLIMÁTICO DOS

LUGARES

Maria Elaine Kohlsdorf

QUATRO SUBDIMENSÕES BIOCLIMÁTICAS

HIGROTÉRMICA ACÚSTICA LUMINOSA QUALIDADE DO AR

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA

Observa os fatores configurativos do espaço incidentes no conforto físico dos indivíduos, em termos de temperatura e umidade (conforto higrotérmico), som (conforto acústico), luz (conforto luminoso) e qualidade do ar.

O desempenho dos lugares para expectativas referentes a cada uma das quatro subdimensões bioclimáticas depende de:

I. fatores climáticos específicos à situação considerada;

II. atributos morfológicos incidentes no controle climático mediante modificação das ações de tais fatores nas sensações humanas.

Tiradentes, MG (V.Medeiros)^1

Refere-se ao atendimento da necessidade de boa percepção de sons e bem estar acústico dos indivíduos considerando-se fatores climáticos da situação abordada e atributos morfológicos genericamente incidentes no controle de ruídos indesejáveis.

Fontes de poluição sonora são a principal origem da perturbação acústica no interior de edifícios e de lotes, assim como em áreas urbanas de diversos tipos. Portanto, interessam:

 as atividades realizadas na área considerada ou em seu entorno imediato e remoto.

Alguns atributos de configuração espacial incidem nos níveis de ruído ambiental e em qualidades das ondas sonoras, devendo-se:

 conhecê-los e os empregar para melhorar o desempenho acústico da configuração espacial em interiores, lotes e áreas urbanas.

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : b) subdimensão acústica

características climáticas e necessidades de controle de fontes de ruído e de ventos;

implicações acústicas de atributos morfológicos frente às características climáticas.

x

Refere-se ao atendimento de condições de iluminação confortáveis e adequadas ao desempenho de atividades considerando-se fatores climáticos e atributos morfológicos incidentes no controle da quantidade e da qualidade de luz.

Otimização ou redução da quantidade de luz proveniente da abóbada celeste vincula-se a determinantes climáticos:

 presença do sol e sua inclinação;

 nebulosidade e luminosidade da abóbada;

 acuidade e movimento do ar.

A recepção da quantidade de luz proveniente da abóboda celeste varia conforme:

 posição do sol, latitude e longitude geográficas;

 tipo específico de céu, hora, dia e mês do ano;

 regime pluviométrico, balanço hídrico, umidade relativa do ar e possibilidades de evaporação;

 tamanho, cores e proporções dos recintos e luz artificial neles eventualmente atuante.

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : c) subdimensão luminosa

características climáticas e necessidades de controle de insolação ;

implicações luminosas de atributos configurativos frente às características climáticas.

x

**1) Configuração do relevo do solo

  1. Densidade de ocupação
  2. Orientação solar e eólica
  3. Permeabilidade do solo
  4. Áreas aqüíferas
  5. Vegetação arbustiva e arbórea
  6. Rugosidade
  7. Porosidade
  8. Materiais constituintes das superfícies expostas às trocas térmicas
  9. Distância das fontes de ruído
  10. Obstáculos à propagação do som
  11. Superfícies paralelas horizontais e verticais
  12. Usos do solo conforme sua possibilidade de geração de incômodos bioclimáticos**

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA

Atributos morfológicos incidentes no controle dos fatores climáticos

Esses atributos morfológicos atendem de modo diferente cada uma das quatro subdimensões bioclimáticas:

 atributos 1, 2, 7 e 9 incidem de modos específicos, nos quatro tipos de conforto bioclimático;

 atributos 10, 11 e 12 incidem apenas no conforto acústico;

 atributo 3 incide no conforto higrotérmico, mas parcialmente e de modo específico, nos demais tipos de conforto bioclimático;   atributos 4, 5, 6, 8 e 13 incidem ora em um tipo, ora em outros tipos de conforto bioclimático.

Essas propriedades se expressam no quadro seguinte.

Sub-dimensão / Cat. Morf. Higrotérmica Acústica Luminosa Qual. do Ar

**1. conf. relevo solo

  1. densidade ocup.
  2. orientação solar e eólia
  3. permeabilidade do solo
  4. áreas aqüíferas
  5. vegetação
  6. rugosidade
  7. porosidade
  8. materiais const.superfícies
  9. dist. fontes de ruídos
  10. obstáculos prop. do som
  11. sup. paralelas horiz. e vert.
  12. usos do solo cf.geração incômodos**

L.Andrade, M.E. Kohlsdorf, M. Villas Boas, P.M. Oliveira, M. Romero 7

SÍTIO PROTEGIDO

SÍTIO DEVASSADO

Fonte: LENGEN (2002)

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão higrotérmica

Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo

Características climáticas e necessidades de controle de ventos, insolação e umidade relativa do ar mediante a configuração do relevo do solo (entendida como condicionante da implantação de edifícios, da organização de seus conjuntos e da composição do tecido urbano).

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão acústica

Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo

Fonte: Romero (2001)

Configuração do relevo do solo como modificador da intensidade e direção dos ventos (estes últimos, entendidos como condicionantes da difusão e propagação das ondas sonoras e da percepção de ruídos).

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão da qualidade do ar

Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo

SÍTIO CONVEXO

SÍTIO CÔNCAVO Fonte: ROMERO (2001)

Cidade de Goiás (N.Goulart Reis)

CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA

Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação

É a relação entre massa edificada e a área total da situação considerada e sua

incidência na passagem e mudança de direção e intensidade dos ventos, do sol e de precipitações. No interior de lotes, se relaciona à taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento do terreno e aos afastamentos / recuos entre edifícios e limites do lote. Em interiores, decorre da quantidade de paredes em relação aos vãos, mas também depende da quantidade e tamanho do mobiliário. Classifica-se como muito densa, densa ou pouco densa.

Baixa (Brasília) e alta (São Paulo) densidade de ocupação do solo.

G. Kohlsdorf

S / ref.

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica

Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação

(EURIMAGE) 15

(TOPOCART)

Baixa densidade de ocupação (Brasília) e alta densidade de ocupação (Rabat): ventilação excessiva transporta os ruídos em longas distâncias (Brasília)

e o concentra nos lugares quando há pouca ventilação (Rabat).

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão luminosa

Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação

Toledo (D. Zamboni)

Brasília (Alfainter)

Alta densidade de ocupação em Toledo (menor luminosidade nas áreas livres públicas)

e baixa densidade em Brasília (maior luminosidade nas áreas livres públicas).

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA

Categorias morfológicas / 3) orientação solar e eólica

Indica a orientação ao percurso aparente do sol e aos ventos dominantes:

 do edifício e de sua disposição interna;  da malha viária;  dos volumes edilícios;  de árvores, arbustos e, especialmente, de seus grupamentos;  de outros elementos volumétricos de médio e grande porte (viadutos, quiosques etc.).

Tais orientações implicam incidência de ventos, sol e precipitações em edificações, interiores edilícios e áreas urbanas.

V. Medeiros

L (Predominante)

VENTOS

SOL

DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica

Categorias morfológicas / 3) orientação solar e eólica

Orientação de aberturas e uso de varandas em Villa na Itália (A. Palladio).

Média diária dos níveis de insolação do entorno do Palácio do Itamaraty (22 /12/ 16h), software ECOTECT V5.2, simulação: Darja Kos Braga.

V.Medeiros

s/ref.