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Tipos de Empreendedores: Conceitos e Características, Resumos de Tecnologia de Informação

Os tipos de empreendedores, baseado no relatório monitor global do empreendedorismo da babson college e london school of business. O texto discute o cenário brasileiro em relação à atividade empreendedora, a importância de empreendedorismo para a economia e os diferentes tipos de empreendedores, incluindo o empreendedor nato, o empreendedor que aprende, o empreendedor serial, o empreendedor corporativo, o empreendedor social, o empreendedor por necessidade e o empreendedor herdeiro. O documento também destaca as características comuns aos empreendedores de sucesso, como a capacidade de perceber oportunidades, a criatividade e a disposição a assumir riscos.

O que você vai aprender

  • Que escolas de Administração produziram o Relatório Monitor Global do Empreendedorismo?
  • Quais são os diferentes tipos de empreendedores?
  • Que características comuns possuem os empreendedores de sucesso?
  • Como a atividade empreendedora se relaciona à economia?
  • Quais são os principais aspectos que devem ser considerados sobre Empreendedorismo?

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 07/10/2021

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Empreendedorismo
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Baixe Tipos de Empreendedores: Conceitos e Características e outras Resumos em PDF para Tecnologia de Informação, somente na Docsity!

Empreendedorismo

**- Empreendedorismo – Conceitos Iniciais

  • Empreendedorismo – Definições
  • Características e Habilidades Empreendedoras
  • Tipos de Empreendedores**

· Introduzir o tema no sentido de apontar o crescimento do Empreen- dedorismo; · Contextualizar o termo Empreendedorismo a partir do viés histórico; · Apresentar algumas definições que fundamentam a prática empre- endedora; · Elencar algumas características e habilidades de um empreendedor; · Apresentar os tipos de empreendedores.

OBJETIVO DE APRENDIZADO

Empreendedorismo

Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:

Assim:

Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.

Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte

Mantenha o foco!

Evite se distrair com

as redes sociais.

Mantenha o foco!

Evite se distrair com

as redes sociais.

Determine um

horário fixo

para estudar.

Aproveite as

indicações

de Material

Complementar.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma

Não se esqueça

de se alimentar

e se manter

hidratado.

Aproveite as

Conserve seu

material e local de

estudos sempre

organizados.

Procure manter

contato com seus

colegas e tutores

para trocar ideias!

Isso amplia a

aprendizagem.

Seja original!

Nunca plagie

trabalhos.

UNIDADE Empreendedorismo

Introdução

Atualmente, muito se diz sobre empreender, Empreendedorismo e seus derivados.

Você já parou para pensar acerca desses temas? Ou mesmo, já teve a curiosidade de buscar as origens de tais termos? Será fácil empreender ou mesmo ser empreendedor? Quais as características de uma pessoa considerada empreendedora? Será que no Brasil há espaço para empreender?

Nesta Disciplina, abordaremos tais questões.

Para contextualizar a Disciplina no sentido de apontar os principais aspectos que devem ser considerados sobre Empreendedorismo, indicamos o Relatório Monitor Global do Empreendedorismo – Global Entrepreneurship Monitor (GEM), organizado por duas importantes escolas de Administração, a Babson College, dos Estados Unidos, e a London School of Business, da Inglaterra.

No Brasil, o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) é a insti- tuição executora do Projeto GEM Brasil. Além do IBQP, destaca-se a parceria dele com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Agência de Inovação da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Os estudos realizados pelo GEM são considerados referências acerca do Empreendedorismo no Brasil e também no mundo. Dados de 2014 apontam que participaram do projeto setenta e três países, os quais, juntos, consolidam um valioso acervo sobre o comportamento empreendedor mundial: Esse exaustivo e detalhado trabalho teve a participação de 73 países, dos cinco continentes, o que representa 90% do PIB mundial. Pela dimensão da pesquisa GEM, e segundo a base histórica, desde o ano 2000, no Brasil, podemos afirmar que, olhando a atividade empreendedora de uma nação, verificamos seu vigor para criar prosperidade e abundância, mesmo frente a cenários econômicos desafiadores. Nesse aspecto, o resultado da pesquisa mostrou até recentemente comportamento de crescimento do mercado interno, aumento da aquisição de bens de consumo, expansão do emprego e maior acesso ao crédito. Esses fatores retratam atividade empreendedora mais intensa, com oportunidades nas mais diversas áreas (VIEIRA apud GRECO, 2014, p. 17).

O Empreendedorismo é um fenômeno global que tem provocado interesse de pesquisadores e estudiosos. No Brasil, essa atividade vem sendo estudada com afinco e o relatório da GEM demonstra resultados surpreendentes e que apontam futuro promissor, já que desde que as pesquisas iniciaram, vem obtendo índices cada vez melhores. O presidente do SEBRAE, Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, pode ratificar isso:

UNIDADE Empreendedorismo

Empreendedorismo – Conceitos Iniciais

Engana-se quem imagina que o campo de pesquisa em Empreendedorismo seja novo. Segundo Landström, Harirchi e Aström (2012), os estudos acerca desse assunto são tão antigos quanto o intercâmbio e o comércio entre os indivíduos na sociedade. O que esses autores demonstram é que o conceito apenas mereceu discussão a partir da evolução dos mercados.

Murphy, Liao e Welsch (2006) fazem constar que a atividade empreendedora se efetivou ao longo dos séculos XVI e XVII, como conhecimento experimental, baseada em certas habilidades e com foco no fornecimento de soluções.

A partir do século XVIII, com a especialização do conhecimento e a descoberta de novas oportunidades comerciais, a atividade empreendedora ganhou impulso.

Completando essa linha histórica, Landström e Benner (2010) relacionaram os principais autores que apresentaram as primeiras ideias sobre Empreendedorismo.

Nesse sentido, um pesquisador bastante significativo, citado pelos autores, foi Richard Cantillon. Para ele, os empreendedores estavam envolvidos em trocas de mercadorias direcionadas ao lucro e a decisões empresariais, tomadas em face das incertezas. Uma das características das análises de Cantillon está na ênfase sobre o “risco e as incertezas” (FILLION, 1999; HISRICH; PETERS & SHEPHERD, 2009; BRUYAT & JULIEN, 2000).

Outro autor que mereceu destaque foi Jean Baptiste Say, nos estudos de Landström & Benner (2010), para quem o empreendedor tem o papel de coordenar a produção e a distribuição, visando sempre a novos empreendimentos.

Dessa forma, as pesquisas acerca do Empreendedorismo foram evoluindo a partir das ideias que dominavam os períodos estudados. Landström e Benner (2010) apresentam três Eras distintas do pensamento empreendedor e o que cada uma significava, como se pode observar na Figura 1:

1870- Era Econômica

1850 1900 1950 2000

1940- Era Ciências Sociais

1970- Era Estudos de Gestão

Figura 1 – Eras do pensamento empreendedor Fonte: Landström & Benner (2010, p. 20)

Especificando-as, temos:

  • (^) Era Econômica (1870-1940), com foco no “risco” – Cantillon –, nas “incertezas” – Frank Knight –, na “mudança e inovação” – Joseph Schumpeter
    • e na ligação entre o empresário e a empresa – Escola Austríaca;
  • (^) Era das Ciências Sociais (1940-1970), com foco no empreendedor como indivíduo – estudiosos das áreas de Psicologia e Ciências Sociais. Autores como Max Weber foram destaques nesse período;
  • (^) Era dos Estudos de Gestão (1970 - atualidade), com foco em pesquisas que envolvem oportunidades, redes de acesso às informações e aos fatores sociológicos, entre outros. Nesse período, o Empreendedorismo torna-se tema relevante na sociedade. Ainda assim, segundo Landström & Benner (2010), isso não se configura consenso, apenas reforça a necessidade de pesquisas sistemáticas direcionadas a uma melhor compreensão do fenômeno. Diante de tudo o que já foi exposto, é possível afirmar que o campo de estudos sobre o tema Empreendedorismo é, atualmente, visto como uma nova Ciência.

Para Landström, Harirchi & Aström (2012), o interesse nos temas dessa área ocorre nas últimas cinco décadas, o que se torna fundamental para a construção inicial de seu conceito. No entanto, há, ainda, falta de consenso sobre o que precisamente se constitui como Empreendedorismo.

Empreendedorismo – Definições

Como já foi dito, buscar uma única definição para Empreendedorismo não é tarefa fácil, dado que seu campo ainda está em construção, apontando para várias definições.

Vamos conhecer algumas delas no intuito de aprofundar o estudo do fenômeno que se caracteriza de forma exponencial nos campos científico e profissional.

Importante!

EMPREENDEDORISMO

  • Ação de organizar recursos a fi m de gerenciar uma atividade comercial (BHIDDE apud

FELDMANN, 2001).

  • O processo de criação de uma Empresa é geralmente estudado como Empreende-

dorismo (SHANE & VENKATARAMAN apud ULHOI, 2005);

  • Contempla as funções, atividades e ações associadas à percepção de oportunidades e

à criação de Empresas (BYGRAVE & HOFER, 1991);

  • Oportunidade de criar algo novo, podendo ser um produto, serviço ou mercado

(BARON & SHANE, 2007);

  • O Empreendedorismo refl ete a prática de criar novos negócios ou revitalizar negócios

já existentes (CHIAVENATO, 2015, s/p. cap. 2).

Notou que de alguma forma cada defi nição se complementa? Mas que tal refl etirmos

um pouco mais a respeito?

Agora, partimos para discutir sobre o empreendedor.

Trocando ideias...

Ainda que existam inúmeras características para o empreendedor, há algumas peculiaridades comuns demonstradas pelos pesquisadores que, na sequência, faremos constar.

Para muitos estudiosos sobre o tema, o empreendedor é visionário, realiza sonhos, é responsável, criativo, dinâmico, pode assumir negócio de outro etc.:

“O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou dinamiza um negó cio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente” (CHIAVENATO, 2012, p.3).

Espera-se do profissional empreendedor características tais como: capacidade para criar, organizar, planejar, ser responsável, saber liderar, ser hábil, trabalhar em equipe, gostar da área, ter visão de futuro, solucionar, inovar, persistir, ouvir, comunicar e se expressar.

Podemos dizer que empreendedores são pessoas com perspicácia acentuada e, portanto, com habilidade para criar – e inovar – produtos e serviços.

Sérgio Diniz,^1 consultor do SEBRAE (2013), relaciona as principais habilidades que um empreendedor deve ter, a saber:

  • Iniciativa;
  • Perseverança;
  • Coragem para correr riscos calculados;
  • Capacidade de planejamento;
  • Efi ciência e qualidade;
  • Rede de contatos;
  • Liderança.

Estudo de Caso

O Espírito Empreendedor de Dell

Quando ainda era calouro na University of Texas, Michael Dell começou a vender peças de computador pelo correio. Quando alcançou o patamar mensal de vendas de 80 mil dólares, Dell abandonou a escola para se dedicar em tempo integral ao seu negócio. Dessa forma, rendia-se ao seu espírito empreendedor face às perspectivas favoráveis do seu negócio. Em meados de 1985, a Dell Computer Corporation começou a vender clones de PC IBM montados com peças em desuso a um preço inferior a US$ 1.000. Em 1993, as vendas anuais da empresa alcançaram US$ 2 bilhões! A partir daí, foi só crescimento.

1 (Fonte: As principais características de um empreendedor de sucesso. Boletim Empreendedor SEBRAE. Ed.4. 2013. Disponível em: http://goo.gl/2M4tL9. Acesso em: 19 nov. 2016)

UNIDADE Empreendedorismo

Dell afirma que nunca se imaginou como alguém que fizesse carreira até chegar ao topo. Tinha forte inclinação para criar um negócio e queria apenas controlar seu próprio destino, além de sempre confiar que teria sucesso em sua empreitada. O espírito empreendedor fica evidente nesse caso. A juventude não foi barreira para o sucesso de Dell. Ele começou do nada para criar uma pequena empresa que cresceu rapidamente e se tornou uma das maiores fabricantes de computadores pessoais nos Estados Unidos e uma forte concorrente entre grandes empresas como IBM, Apple e Hewlett-Packard. Fonte: CHIAVENATO, 2015, s.p., cap. 2.

Quer conhecer mais um case de sucesso? Abílio Diniz iniciou sua carreira em-

preendedora no Conselho do Grupo Pão de Açúcar, no qual atuou durante anos, pas-

sou pela na presidência do Conselho de Administração da BRF e, em maio de 2016,

foi nomeado membro do Conselho de Administração do Grupo Carrefour. Em sua

trajetória, vem sendo aclamado por sua capacidade de encarar os problemas, por

aproveitar as oportunidades, assumir riscos calculados e, ainda, pela humildade e

tolerância. Abílio Diniz dá dicas sobre empreender e ascender profissionalmente em

seu site, na página no Facebook e, ainda, no Twitter. Aproveite a sua hora de pausa

para navegar no universo do Empreendedorismo.

A Agência para o Desenvolvimento Internacional das Nações Unidas (USAID), a Management Systems International (MSI) e a McBeer & Company , Empresa de Consultoria de McClelland, na década de 1980, iniciaram um estudo. Aplicada em 34 países, a pesquisa do estudo identificou as principais características comuns do comportamento empreendedor, de modo que foram agrupadas em três categorias de competências pessoais (SILVA, 1991).

As características que o empreendedor bem sucedido deve desenvolver ou apri- morar, de acordo com os estudos realizados por McClelland^2 , estão descritas a seguir:

2 Os estudos científicos que analisam a postura empreendedora procuram dimensionar comportamentos, ações e atitudes que diferenciem o empreendedor do ser humano “normal”, estruturando características pessoais de sucesso que norteiam aqueles que desejam trabalhar por conta própria. É cada vez crescente o número de pesquisas e estudos realizados na tentativa de entender as forças psicológicas e sociológicas que movem o empreendedor de sucesso. Cada pesquisador, a partir de uma lógica e metodologia estabelecida em seu próprio campo, tem direcionado esforços significativos na identificação dos aspectos empreendedores. Entre os autores que estudaram o comportamento empreendedor, destacam-se McClelland (1972 apud SILVA, 1991), por uma pesquisa realizada a partir de 1982, em 34 países, identificando uma dezena de características de comportamento empreendedor, todos comuns às pessoas triunfadoras, assim como Mintzberg (2001), por seus estudos sobre a relação entre o empreendedorismo e o processo da estratégia do negócio.

UNIDADE Empreendedorismo

CATEGORIA: INFLUÊNCIA (RELAÇÃO COM AS PESSOAS) CCE: comprometimento Comportamentos manifestados

  • Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos;
  • Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho;
  • Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo. CCE: persuasão e redes de contato Comportamentos manifestados:
  • Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros;
  • Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos;
  • Age para desenvolver e manter relações comerciais. Fonte: adaptado de Silva (1991) Portanto – e a partir do que fez constar McClelland –, pode-se afirmar que, diferentemente do que se imaginava, o espírito empreendedor não tem relação, exclusivamente, genética, de modo que tal condição pode ser aprendida e ensinada. Para se tornar um empreendedor bem sucedido, deve-se desenvolver ou aprimorar certas características (MCCLELLAND, 1972 apud SILVA, 1991). Ratificando esse argumento, nós nos apropriamos dos estudos de Dornelas (2001), os quais revelam que os empreendedores de sucesso desenvolvem e aprimoram suas aptidões, conhecimentos e contatos com o passar do tempo e que a visão e a capacidade de perceber oportunidades é melhorada, igualmente, com o decorrer dos anos. Assim, fica evidente que não se trata de um fator exclusivamente genético, mas de prática. Dito de outra forma, o empreendedor pode ser inato, mas também pode ser desenvolvido considerando-se, entre outros fatores, um tripé que forma a base para sê-lo: trabalho, talento e reserva econômica (NASCIMENTO; NEIDE & ZAIDAM, 2011).

Tipos de Empreendedores

Ainda que a ideia não seja rotular ou estereotipar empreendedores, a pesquisa sobre o tema apresenta alguns tipos de empreendedores que são interessantes para o seu conhecimento. De acordo com Dornelas (2007), não existe apenas um único tipo de empreen- dedor, ou um único modelo padrão que possa ser identificado. Na obra intitulada Empreendedorismo na prática, o autor apresenta oito tipos de empreendedo- res: o empreendedor nato, o empreendedor que aprende, o empreendedor serial, o empreendedor corporativo, o empreendedor social, o empreende- dor por necessidade, o empreendedor herdeiro; o empreendedor “normal”.

Especificando-os, temos:

  • (^) Empreendedor nato – Visionário, otimista e que está à frente de seu tempo, comprometendo-se integralmente para realizar seus sonhos;
  • (^) Empreendedor que aprende – Trata-se daquela pessoa que se deparou com uma oportunidade de negócio e tomou a decisão de mudar o que fazia para se dedicar ao próprio empreendimento;
  • (^) Empreendedor serial – É aquele apaixonado por empreender. Cria um negócio após o outro, tendo como foco fazer cada um deles crescer;
  • (^) Empreendedor corporativo – A principal característica desse tipo é a capacidade gerencial. Normalmente, são executivos muito competentes. O empreendedor corporativo tem ficado mais em evidência nos últimos anos, devido à necessidade de renovação, inovação e criação de novos negócios por grandes organizações;
  • (^) Empreendedor social – Suas características são similares às dos demais empreendedores, mas a diferença é que esse tipo se realiza vendo seus projetos trazerem resultados para os outros, e não para si próprio;
  • (^) Empreendedor por necessidade – Suas iniciativas são simples, pouco inovadoras, geralmente não contribuem com impostos e outras taxas. Esse tipo de empreendedor costuma se envolver em negócios informais;
  • (^) Empreendedor herdeiro – Seu desafio é multiplicar o patrimônio recebido. Caso exemplar de parentes;
  • (^) Empreendedor “normal” – É o mais completo na definição de empreendedor. Trata-se daquele que estuda o processo de empreender. Chiavenato (2012) traz em seu livro Empreendedorismo: dando asas ao es- pírito empreendedor um estudo sobre as diversas características do empreende- dor. A maior delas discorre sobre pressupostos bem comuns, mas três constituem um resumo.

Necessidade de realização

Disposição para Autoconfiança assumir riscos

Fonte: CHIAVENATO, 2012, p. 14

Segundo o autor, o empreendedor é criativo, busca inovação e autorealização, estando disposto a assumir risco (CHIAVENATO, 2012).

Explor^ Que tal estabelecer a relação entre a teoria e a prática agora mesmo?!

Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites Estudos e Práticas Relacionadas ao Fenômeno do Empreendedorismo Fique por dentro dos estudos e práticas relacionadas ao fenômeno do Empreen- dedorismo acessando os textos e artigos publicados no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). https://goo.gl/iNWXxa

Livros Quer Saber se Você tem Perfil para Ser um Empreendedor? O livro indicado a seguir possui teste de perfil e desenvolvimento de habilidades empreendedoras: DORNELAS, José. Empreendedorismo na Prática – Mitos e Verdades do Empreendedor de Sucesso. 3.ed. Local: São Paulo. LTC, 2015.

Vídeos Empreende[dor]: A Coragem de Demitir o Time dos Sonhos para Não Quebrar Tudo pode estar favorável, mas o vento pode soprar e mudar o rumo das coisas. Assista ao vídeo indicado a seguir e veja que a coragem de assumir riscos calculados é uma das características de um empreendedor. Conheça a história de José Rizzo, empreendedor Endeavor e fundador da Pollux: Empreende [dor]: A coragem de demitir o time dos sonhos para não quebrar. Publicado em 22 de set de 2016. Uma correalização Endeavor e SEBRAE. Duração: 4’25’’. https://youtu.be/WpEuiS16nGM O Ex-Vendedor de Picolé que Criou uma Empresa com Mais de 2 mil Funcionários Uma das coisas que abordamos nesta Unidade é Tipo de Empreendedor. Então, leia a matéria sobre a história de Daniel de Jesus, fundador da Niely, e veja quais as características que ele possui e como foram canalizadas para que ele fosse bem sucedido: LEVY, GABRIELA. Day1. O ex-vendedor de picolé que criou uma empresa com mais de 2 mil funcionários. Endeavor Brasil Time de Conteúdo. https://goo.gl/EnmBB

UNIDADE Empreendedorismo

Referências

BARON, R.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thompson, 2007.

BRUYAT, C.; JULIEN, P. A. Defining the field of research in entrepreneurship. Journal of Business Venturing, v. 16, p. 165-180, 2000.

BYGRAVE, W. D.; HOFER, C. W. Theorizing about entrepreneurship. Entrepreneurship , Theory and Pratice, 16 (2), 13-22, 1991.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor, Local: São Paulo Manole, 2012.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor, 4th edição. Local: São Paulo: Manole, 02/2015.

DINIZ, Sérgio. As principais características de um empreendedor de sucesso. Boletim Empreendedor SEBRAE. Ed. 4. 2013. Disponível em: <http://goo. gl/2M4tL9>. Acesso em: 19 nov. 2016.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2001.

________. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

FELDMANN, M. P. The entrepreneurial event revisited: firm formation in a regional context. Industrial and Corporate Change, v. 10, n. 4, p. 861, 2001.

FILLION, L. J. Empreendedorismo: Empreendedorismo e proprietários- gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28, abr./jun. 1999.

________. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. In: WORKSHOP INTERNACIONAL DO PROGRAMA REUNEMINAS GERAIS, 1997, Belo Horizonte, MG. Anais.Belo Horizonte, MG: Projeto SoftStart/Sebrae-MG, 1997. p. 1-25.

GRECO, SIMARA M. S. S. Global Entrepreneurship Monitor Empreendedorismo no Brasil: 2014. Coordenação de Simara Maria de Souza Silveira Greco; autores: Tales Andreassi... [ et al ] -- Curitiba: IBQP, 2014. Disponível em: <http:// observatorio.sebraema.com.br/media/2014/12/GEM-2014-completa.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2016.

HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. Tradução de Teresa Cristina Felix de Souza. 7.ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.