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Informações sobre diferentes técnicas de cultivo de microrganismos anaeróbios obrigatórios, incluindo a jarra anaeróbica e meios seletivos ou inibidores. Além disso, o texto aborda o isolamento de bactérias a partir de amostras aleatórias, a coloração de gram das colônias crescidas em meio sólido e a leitura da aula prática anterior com coloração de gram das colônias. O documento também discute o efeito citopático produzido pelo vírus do sarampo, do herpes simples e da vaccínia, além da reação de hemaglutinação.
Tipologia: Resumos
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O primeiro dever de uma pessoa que trabalha em um laboratório de Microbiologia é adquirir a consciência do “invisível” e recordar que, constantemente, em todas as partes, existem numerosos organismos, a menos que se tenha tomado medidas para eliminá-los. Existem microrganismos inócuos e microrganismos patogênicos. Para que esses microrganismos não contaminem o material de trabalho e não venham a constituir risco para as pessoas saudáveis ou enfermas, foram desenvolvidas diversas técnicas para sua destruição (físicas, químicas ou biológicas), sendo indispensável adotar certas normas a cada vez em que se trabalhe no laboratório. A – AMBIENTE DE TRABALHO: a) Iluminação: o local deve ser bem iluminado, sem projeção de sombras, e essa luz pode ser natural ou artificial. No caso de se adotar uma iluminação artificial, esta não deve modificar a coloração dos meios de cultura, das colônias etc. b) Bancada: deve ser constituída de material liso, impermeável, não combustível e resistente a substâncias ácidas e básicas. c) Assentos: o ideal é que a pessoa trabalhe sentada, devendo o assento ser cômodo e ter a altura suficiente para apoiar os cotovelos sobre a bancada, tornando desta forma o trabalho mais seguro. B – MATERIAIS BÁSICOS: a) Placa de Petri: é uma placa circular de vidro (ou plástico descartável) que é composta de uma base e de uma tampa de superfícies planas. Nesta placa são adicionados os meios de cultura sólidos onde ocorrerá o desenvolvimento dos microrganismos. b) Pipetas Pasteur: são preparadas a partir de um tubo de vidro em diferentes diâmetros (2 até 8 mm). Num dos extremos deve haver algodão hidrófobo, sendo o outro extremo estirado e fechado na chama. Também são comercializadas pipetas Pasteur de material plástico, descartáveis.
c) Alça de platina: possui um cabo onde se acopla um fio de platina ou níquel-cromo. Quando o fio de platina termina no formato de um anel, recebe o nome de “alça”. Se for achatado é chamado de “espátula” e no caso de ser reto, denomina-se “agulha”. Além do material especificado anteriormente, no trabalho bacteriológico se empregam outros materiais de uso corrente em laboratórios. MICROSCOPIA Os avanços na área de Microbiologia estão diretamente relacionados ao desenvolvimento da microscopia. Ainda que existam diferentes tipos de microscópios, o mais utilizado é o de campo claro. Este utiliza a luz branca como fonte de iluminação, cujo feixe passa diretamente através do objeto que se deseja observar. O microscópio é constituído por uma parte mecânica e outra óptica. PARTE MECÂNICA: Base: sustenta o microscópio e permite manter a sua estabilidade. Coluna ou braço: corresponde à parte do microscópio na qual se encontram as lentes oculares e objetivas, além do condensador e do sistema de foco com os parafusos macro e micrométricos. Mesa ou Platina: é uma peça horizontal, com um orifício em sua parte central, que permite a passagem dos raios luminosos, onde se fixa a preparação a observar. Esta peça possui um “carro” que permite deslocar a preparação para melhor observação. Abaixo da platina, encontra-se o condensador. Tubo ou canhão: é um cilindro metálico com interior escuro para evitar a reflexão de luz. O tubo suporta a lente ocular na extremidade superior e, na porção inferior, possui uma peça denominada “revólver”, que é uma peça giratória portadora de objetivas de diferentes ampliações, podendo ser objetivas de 10x, 40x, 100x e, em alguns, 4x.
Ou seja, esta objetiva possui a capacidade de formar imagens independentes que se encontram separadas entre si, na preparação, por uma distância de 0,2 μm. Diafragma: permite regular o feixe luminoso, aumentando ou diminuindo o mesmo. Condensador: corresponde a um sistema de lentes que está colocado abaixo do orifício central da platina e cuja função é condensar os raios luminosos na preparação. Modificações no condensador permitem transformar o microscópio de campo claro em microscópio de campo escuro ou no de contraste de fase. Ocular: é constituída por duas lentes; a superior ou ocular propriamente dita, de tamanho menor, e a inferior, de tamanho maior, chamada de lente de campo. Sempre levam anotado o aumento que produzem (8x, 10x, 12,5x). Objetivas: estas lentes, no geral, correspondem aos aumentos 10 e 40 de microscopia seca, ou seja, existe ar entre a preparação e a lente; e 100 de microscopia de imersão, na qual se utiliza óleo de imersão, entre a preparação e a objetiva. A amplificação total do microscópio é obtida multiplicando-se a amplificação da ocular pela amplificação da objetiva que se está utilizando. Em Microbiologia, a objetiva mais utilizada é a de imersão, cujo aumento é de 100 vezes, de modo que, se a ocular tem um aumento 10x, estaremos amplificando 1000 vezes o diâmetro do observado. Neste tipo de microscopia, coloca-se uma gota de óleo de imersão sobre a lâmina onde está a preparação, de modo que a objetiva fique em contato com esse óleo. O objetivo disso é fazer o feixe de luz, depois que atravessa a preparação, passar através do óleo e não do ar, como ocorre no caso das objetivas secas de 10 e 40, evitando assim a refração dos raios luminosos. CUIDADOS COM O MICROSCÓPIO: A extraordinária precisão, tanto do sistema óptico como do sistema mecânico do microscópio, exige uma série de cuidados que se deve ter após cada observação. A poeira é a maior inimiga do microscópio e ao acumular-se no sistema de foco, faz com que o instrumento perca sua precisão. Nas peças ópticas, a poeira prejudica a qualidade da imagem. O óleo de imersão, as impressões digitais e outras impurezas acumuladas na lente frontal da objetiva prejudicam a nitidez da imagem, que aparece borrada e com pouco contraste. Pelas razões anteriormente descritas, cuidados como: evitar o acúmulo de poeira, óleo de imersão, entre outros, são fundamentais. Para eliminar a poeira e o óleo do sistema óptico, este deve ser limpo utilizando-se um pano seco que não desprenda pêlos ou ainda um pano umedecido em solvente (xilol, álcool, éter, etc.). A parte mecânica deve ser limpa utilizando-se um pano que não desprenda restos. Uma vez terminada a jornada de trabalho e após o procedimento de limpeza do microscópio, este deve ser guardado coberto com plástico apropriado, sendo assim protegido de sujidades.
A observação microscópica tem por objetivo determinar a morfologia e o agrupamento dos microrganismos, as suas características de tintura, além de outras características tais como: movimento, tipo de flagelo, presença de cápsula, esporo etc. O exame microscópico pode ser realizado a partir de uma amostra (exame direto) ou a partir de cultivo. De acordo com a sua preparação, classificam-se em: I – EXAME A FRESCO: microrganismos vivos. a) Sem coloração; b) Com coloração vital. II – ESFREGAÇO FIXADO: microrganismos mortos. a) Com coloração simples; b) Com coloração composta. EXAME MICROSCÓPICO A FRESCO: O exame microscópico a fresco é utilizado, principalmente, para a observação de motilidade em bactérias. No caso de microrganismos de maior tamanho, como fungos e protozoários, esta técnica permite determinar, além disso, as características morfológicas. No exame microscópico a fresco, realiza-se uma preparação úmida entre lâmina e lamínula. Exemplificando, se o material a ser examinado é sólido, como colônias de bactérias, suspender em gotas de soro fisiológico. Entretanto, no caso do material ser úmida como amostra de caldo de cultivo, deposita-se diretamente, com pipeta Pasteur, sobre a lâmina. Deve-se tomar cuidado para que não ocorra formação de bolhas entre a lâmina e a lamínula. Se o exame a fresco for realizado com coloração vital, deve ser agregada à suspensão inicial uma pequena quantidade de algum corante vital como o azul de metileno, pois este permitirá aumentar o contraste dos microrganismos, facilitando assim sua observação. Também existe um tipo de exame a fresco que se realiza em “gota pendente” utilizando uma lâmina escavada. Quando se deseja determinar, através desse tipo de observação, se uma bactéria é móvel, há que se ter em mente que as bactérias, por possuírem cargas negativas em sua superfície externa, estão em constante repulsão. Isto determina um movimento de tipo vibratório, conhecido como movimento browniano. Também podemos observar os movimentos de correntes de líquidos, principalmente, em preparações recentes, nas quais todo o observado se move em um mesmo sentido. As bactérias móveis apresentam, em um mesmo campo microscópico, movimentos em zig-zag, com mudanças de direção ou girando sobre si mesmas, o que permite diferenciá-los dos tipos de movimentos citados anteriormente.
Nas células gram-negativas, o álcool penetra a membrana externa e o complexo violeta-lugol é removido da camada fina de peptideoglicano. Estas células são, em seguida, coradas pelo segundo corante (corante de contraste ou de fundo), a fucsina ou safranina, adquirindo a coloração rosa.
Cada aluno realizará uma coloração de GRAM a partir de esfregaços fixados. Adicionalmente, cada grupo poderá coletar amostras de diferentes ambientes e sítios corpóreos com “swab estéril”, fazendo um esfregaço em lamina de vidro, fixando e corando. Técnica: fazer um esfregaço com as bactérias crescidas em caldo ou placa de ágar, ou com a amostra coletada com “swab estéril”.
Bactéria (espécie) Descrição microscópica Staphylococcus aureus Streptococcus spp. Escherichia coli Bacillus spp. Amostra coleta com “swab estéril”
Os microrganismos, como outra qualquer célula, necessitam de substâncias ou nutrientes para viver e se multiplicar. Quando os requerimentos nutritivos são proporcionados por um organismo vivo, este é denominado HOSPEDEIRO. Se os nutrientes são obtidos por um meio artificial, denomina-se MEIO DE CULTURA. Os requerimentos nutricionais variam de um organismo para o outro e são determinados, em parte, por sua constituição genética e também por fatores ambientais. Os principais elementos da célula são: H 2 , O 2 , (85% na forma de H 2 O), C, N, S e P. Além disso, necessitam de oligoelementos como: Na, K, Ca, Mg, Fé, Zn, Cu, Co, etc. Deve ser considerada também uma série de reações químicas (metabolismo), que permitirão à célula incorporar estes elementos, já que na natureza encontram-se como “compostos”. Estas trocas químicas podem ser de dois tipos:
c) Atmosfera: segundo o requerimento de O2, os microrganismos classificam-se em:
A semeadura microbiológica é um procedimento, mediante o qual se deposita (semeia- se), assepticamente, um microrganismo em um meio de cultura. Neste meio de cultura, os microrganismos multiplicar-se-ão produzindo milhões de descendentes que formarão unidades macroscopicamente visíveis, denominadas colônias. O material que contém os microrganismos que serão semeados recebe o nome de inóculo e este procedimento é realizado utilizando-se uma alça de cultivo ou uma pipeta. Para realizar a semeadura, deve-se considerar o estado físico do meio de cultura. As semeaduras podem ser realizadas de:
Os meios de cultura semeados são incubados a uma temperatura e requerimentos de O 2 próprios para cada microrganismo. A forma de evidenciar o desenvolvimento microbiano nos meios líquidos é através da presença de: a) Turbidez uniforme; b) Sedimento; c) Floculação ou grânulos; d) Películas; e) Formação de gás; f) Viragem se solução indicadora de pH. Em meios sólidos o crescimento bacteriano se evidencia pela formação de colônias, que podem apresentar, entre outras, as seguintes características:
d) Incubar a placa de ágar nutriente e o tubo com caldo nutriente a 37°C por 24 horas; e) Fixar a amostra em uma lâmina de vidro e realizar a coloração de Gram; f) Desenhar a morfologia microscópica e coloração de Gram das bactérias observadas diretamente nas amostras; Procedimento 2: Cultivo e isolamento de bactérias em meios sólidos e líquidos a) Flambar (esterilizar) a alça; b) Coletar amostra de caldo de cultura contendo bacterias com a alça estéril, e previamente esfriada, e depositar a amostra na superfície de uma placa de ágar nutriente; c) Semear por esgotamento: a partir de um ponto de inoculação, distribuir o material com a alça bacteriológica previamente esterilizada e esfriada, na placa de ágar estéril, fazendo “estrias ou zig-zag” no restante da placa. Este procedimento “separa/espalha” bactérias e, quando crescem, produzem colônias isoladas. d) Flambar (esterilizar) a alça; f) Coletar amostra de caldo de cultura contendo bacterias com a alça estéril, e previamente esfriada, e depositar a amostra no tubo contendo caldo de cultura estéril; g) Incubar a placa de ágar nutriente e o tubo com caldo nutriente a 37°C por 24 horas; Procedimento 3: Cultivo de bactérias da Microbiota Humana Objetivo: constatar a presença e a variedade de microrganismos da nossa microbiota normal das mãos. Verificar o crescimento e diferentes morfológicas microscópicas e macroscópicas das colônias isoladas em placas de Petri contendo ágar nutriente estéril. Material: