Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Apostila Cicatrização e Reparo, Resumos de Patologia

Apostila sobre Cicatrização e Reparo - Unicamp

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 28/05/2020

adam-oliveira-1
adam-oliveira-1 🇧🇷

5

(3)

4 documentos

1 / 7

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Cicatrização e regeneração
Nathalia Fuga Patologia Página 1
Regeneração e cicatrização
1 Introdução
2 Células lábeis, estáveis e permanentes
3 Regeneração
4 Cicatrização
A. Cicatrização por 1ª Intenção
B. Cicatrização por 2ª Intenção
5 Tecido de granulação
6 Fatores que participam da reparação
A. Sistêmicos
B. Locais
1 Introdução
A neutralização de agentes agressores leva a desorganização e destruição
tecidual. Torna-se necessária uma segunda etapa dos mecanismos de defesa,
caracterizada pela reorganização da área lesada. O reparo consiste na substituição das
células e tecidos alterados por um tecido neoformado derivado do parênquima e/ou
estroma do local injuriado. Se a reparação for feita principalmente pelos elementos
parenquimatosos, uma reconstrução igual a original pode ocorrer (regeneração), mas se
for feita em grande parte pelo estroma, um tecido fibrosado não especializado será
formado (cicatriz). Poderá ocorrer um ou outro processo ou os dois, dependendo de
alguns fatores sendo os mais importantes: a capacidade dos elementos do parênquima se
regenerarem e a extensão da lesão.
2 Células lábeis, estáveis e permanentes
As células do corpo podem ser divididas em 3 categorias de acordo com a
capacidade de regeneração:
a) As lábeis são aquelas que continuam a se multiplicar durante a vida toda (células
epiteliais, hematopoiéticas e linfóides).
b) As estáveis normalmente não se dividem, contudo têm a capacidade de proliferar
quando estimuladas (são as células das glândulas como: fígado, pâncreas,
salivares, endócrinas e as células derivadas do mesênquima como fibroblastos,
osteoblastos).
O termo quelóide é usado para as cicatrizações hipertróficas que ocorrem comumente
nos indivíduos da raça negra.
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Apostila Cicatrização e Reparo e outras Resumos em PDF para Patologia, somente na Docsity!

Regeneração e cicatrização

1 Introdução 2 Células lábeis, estáveis e permanentes 3 Regeneração 4 Cicatrização A. Cicatrização por 1ª Intenção B. Cicatrização por 2ª Intenção 5 Tecido de granulação 6 Fatores que participam da reparação A. Sistêmicos B. Locais

1 – Introdução

A neutralização de agentes agressores leva a desorganização e destruição tecidual. Torna-se necessária uma segunda etapa dos mecanismos de defesa, caracterizada pela reorganização da área lesada. O reparo consiste na substituição das células e tecidos alterados por um tecido neoformado derivado do parênquima e/ou estroma do local injuriado. Se a reparação for feita principalmente pelos elementos parenquimatosos, uma reconstrução igual a original pode ocorrer (regeneração), mas se for feita em grande parte pelo estroma, um tecido fibrosado não especializado será formado (cicatriz). Poderá ocorrer um ou outro processo ou os dois, dependendo de alguns fatores sendo os mais importantes: a capacidade dos elementos do parênquima se regenerarem e a extensão da lesão.

2 – Células lábeis, estáveis e permanentes

As células do corpo podem ser divididas em 3 categorias de acordo com a capacidade de regeneração: a) As lábeis são aquelas que continuam a se multiplicar durante a vida toda (células epiteliais, hematopoiéticas e linfóides). b) As estáveis normalmente não se dividem, contudo têm a capacidade de proliferar quando estimuladas (são as células das glândulas como: fígado, pâncreas, salivares, endócrinas e as células derivadas do mesênquima como fibroblastos, osteoblastos).

O termo quelóide é usado para as cicatrizações hipertróficas que ocorrem comumente nos indivíduos da raça negra.

c) As permanentes são aquelas que perderam totalmente a capacidade de se dividir, como as células do sistema nervoso central e músculo.

Uma reconstrução original da área lesada só poderá ocorrer se as células afetadas forem do tipo lábil ou estável porque se for do tipo permanente, ocorrerá à substituição por tecido conjuntivo. O processo de reparo pode ser dividido em duas grandes classes, a regeneração e a cicatrização.

3 – Regeneração (regenerar = re-produzir, ou produzir de novo):

Compreende o processo onde o tecido lesado é reposto por células da mesma origem daquelas que se perderam. É necessário que se faça aqui à distinção entre a regeneração de tecido previamente lesado e a regeneração dita "fisiológica", que significa a reposição de células tais como as células do sangue e do epitélio, que são destruídas normalmente. Diariamente ocorre a substituição de 2% de células do organismo, isto representa cerca de 1Kg. Na pneumonia lobar ocorre intenso acúmulo de células inflamatórias, com destruição dos pneumócitos, mas os vasos e a arquitetura são preservados, permitindo a regeneração. Fica claro que a regeneração restitui à área lesada à completa normalidade, tanto morfológica quanto funcional; seria, portanto ideal que todo o processo de cura se efetuasse pela regeneração.

Inicialmente é um tecido altamente celular, mas com a contínua produção de fibras colágenas, tornam-se menos celular e dentro de algum tempo a área está ocupada por um tecido com pouca células e vascularizado, rico em fibras, constituindo a cicatrização, marcando para sempre o local da incisão cirúrgica. O epitélio de revestimento da pele ou da mucosa bucal tem grande capacidade de proliferação, recobrindo rapidamente a área alterada. A proliferação não contínua de células epiteliais é controlada por fatores do crescimento celular, e esta é uma das diferenças importantes em relação ao que ocorre nos carcinomas.

B-Cicatrização por 2ª intenção : Também chamada de união secundária, ocorre quando a área lesada é mais extensa e os bordos não podem ser coaptados por sutura, como por exemplo, em úlceras, abcessos ou então devido à contaminação de uma incisão cirúrgica. O processo básico é o mesmo que na união primária, diferindo apenas por ser a área lesada maior e ter grande quantidade de exsudato inflamatório e restos necrosados. O tecido de granulação vai se proliferando à medida que a área vai sendo limpa. A cicatrização por segunda intenção ocorre inevitavelmente com a formação de grande quantidade de tecido cicatricial. A formação excessiva de tecido cicatricial pode provocar uma protuberância no local, sendo o processo chamado de quelóide.

A união secundária difere da primária por:

  1. Perda de grande quantidade de tecido
  2. Presença de uma maior quantidade de restos necróticos e exsudato inflamatório
  3. Formação de maior quantidade de tecido de granulação
  4. Produção de cicatriz mais extensa

Fases da cicatrização:

  1. Angiogênese: brotamento de novos capilares, macrófagos fagocitam o exsudato e o tecido lesado. Ocorre a substituição do tecido por tecido de granulação vascular (capilar, macrófagos e celulas de sustentação).
  2. Crescimento de fibroblastos: o tecido é preenchido por capilares, miofibroblastos, fibroblastos e poucos macrófagos, formando o tecido de granulação fibrovascular.
  3. Os espaços entre os vasos são preenchidos por fibroblastos e colágenos, formando o tecido de granulaçao fibroso e ocorre retração da lesão devido aos miofibroblastos.
  4. Formação de colágeno denso forma escara colagenosa.
  5. Após a síntese de grande quantidade de colágeno, os fibroblastos voltam ao repouso, tornando-se fibrócitos.

5 - Tecido de granulação

A resposta dos tecidos à injúria é um acúmulo de células inflamatórias na região atingida. Dentro das primeiras 24 horas, estas células acumuladas são principalmente polimorfonucleares. Posteriormente, os macrófagos tornam-se mais numerosos, e por volta do 3º dia, os fibroblastos começam a proliferar. Novos capilares avançam para a zona lesada, enquanto material extracelular, produzido pelos fibroblastos, começa a acumular-se. Este conjunto de células, material extracelular (fibras e componentes da substância fundamental) e vasos neoformados constituem o tecido de granulação jovem. O tecido de granulação se caracteriza macroscopicamente pelo aspecto róseo granular, e microscopicamente pela proliferação de vasos e fibroblastos. Com o passar do tempo, este tecido de granulação modifica-se paulatinamente, tornando-se maduro e adquirindo aspectos e funções diferentes daqueles dos primeiros dias. É importante que se estude detalhadamente os diversos passos deste processo. a) Fibroblastos: As principais atividades do fibroblasto na inflamação são:

  • síntese de substância fundamental e fibras.
  • fagocitose de fibrilas de colágeno.
  • contração tecidual durante a cicatrização – miofibroblastos b) Fatores de crescimento: São fatores que estimulam a proliferação celular. (Fator de Crescimento Epidérmico, Fator de Crescimento Derivado das Plaquetas, estimula proliferação de fibroblastos e céls musculares lisas; Fator de crescimento dos Fibroblastos, estimula fibroblastos e angiogênese, estimula produção de colágeno e

B. LOCAIS:

a) Suprimento Sanguíneo: Como todo o processo inflamatório, a reparação depende do suprimento sanguíneo local. b) Presença de Corpo Estranho: A presença de qualquer corpo estranho impede que haja a reparação pois, é um estímulo constante para a inflamação. O tecido necrosado (infarto) é estímulo para a inflamação e deve ser removido. c) Mobilidade: Nos casos de reparação óssea é importante que haja uma imobilização e redução da fratura. Em tecidos moles a imobilização também parece ajudar a reparação. d) Extensão da lesão e) Natureza do Tecido Lesado f) Infecção