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Roteiro de aula 1) Estrutura dos fungos 2) Patogenias e tipos de infecções fúngicas 3) Antifúngicos 1. Mecanismo de ação 2. Farmacocinética 3. Efeitos adversos 4. Contraindicações
Tipologia: Resumos
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Antifúngicos Roteiro de aula
Principais infecções em prevalência: Candida albicans e outras em primeiro lugar e Aspergillus fumigatus. Mortalidade por infecção oportunista por Candida é alta (candidemia ocorre em 6,9/1000 pcs em UTI. Antifúngico ideal Amplo espectro de ação Baixa toxicidade Excelente penetração CRL, urina, ossos Múltiplas vias de administração Histórico: 1939 griseofulvina (ATB natural), 1949 nistatina isolada (natural), anfotericina B (natural), 1962 em diante: sintéticos – 5-FC, azóis (imidazóis), cetoconazol, triazóis 1ª geração, triazois de 2ª geração (2002) e equinocandinas. Classificação: fungistática (impede o crescimento do fungo e permite a ação do sistema imune) ou fungicida (mata o fungo, provocando lise celular). Alvos moleculares dos antifúngicos Focos principais RE e parede celular Reticulo endoplasmático e membrana plasmática: síntese de ergosterol. Alilaminas, benzilaminas, imidazólicos e triazólicos. Parede celular: equinocandinas Membrana plasmática: polienos (anfotericina B) Fuso mitótico: griseofulvina (em substituição) e síntese de DNA: flucitosina (não é mais usada) 1) Inibidores da estabilidade da membrana fúngica: pôliênicos ou macrolídeos poliênicos Nistatina (uso tópico) e anfotericina B (mais uso sistêmico) Mecanismo de ação: se ligam ao ergosterol, abrem canais (poros) e alteram e desestabilizam a permeabilidade da membrana, provocando extravasamento de elementos essenciais para o fungo (cátions). Anfotericina em especial forma radicais livres tóxicos ao fungo. Estratégias de resistência: principal – mudar a característica do esterol, fazer um esterol diferente, e a droga não reconhece mais o ponto de ligação ao ergosterol e a segunda é diminuir a quantidade de ergosterol. Nistatina: usada para candidíase bucal, esofágica e vaginal. Tem uso bem restrito e espectro pequeno. É mais de uso tópico (pomada, creme), ou xarope (náuseas, dor de cabeça). Mas o efeito é mais local, tópico. Espectro de ação pequeno. Pomada, creme: candidíase bucal (sapinho), candidíase de pele, candidíase vaginal (pomada, SUS) Xarope: candidíase esofágica, mas não tem boa absorção (ação é mais local). Efeitos colaterais: náusea, dor de cabeça. Anfotericina B: é um antifúngico antigo, por muito tempo foi usada como única opção de infecções sistêmicas, portanto alguns fungos já criaram resistência. Possui amplo
Azólicos: imidazólicos e triazólicos o Imidazólicos... o Triazólicos ... Local de ação: reticulo endoplasmático, inibindo a síntese do ergosterol. Inibe a enzima esqualeno epoxidase, inibindo o restante da cascata do ergosterol. Provoca também o acúmulo de esqualeno, que é toxico para o fungo. Então são dois efeitos paralelos, que tem efeito fungicida. Alilaminas: mais uso tópico Terbinafina (+ usada) – meia-vida de 300h, pois acumula em pelos, unhas. Naftifina Benzilaminas: Butenafina : mais uso tópico também. Mais efetiva que os azolicos. Indicação das duas: micoses superficiais da pele, dermatofitoses (pitiriase versicolor, tinea de pele, pé, capitis, pé de atleta, tinea cruris - virilha) e onicomicoses (micoses de unha). Alilaminas Farmacocinética: uso tópico e oral (T) mas sem muito efeito significativo. Acúmulo em pele, pelo, unha e gordura. Biodisponibilidade de 40%, ligação a proteínas de 99% Contraindicação: gravidez, lactação, IR ou IH, crianças < 2 anos, alergia ao PA.
Efeitos adversos: normalmente é bem tolerada. Alterações TGI, erupções cutâneas, prurido, dores articulares e musculares, cefaleia, tontura – mas não são frequentes. OBS: amplo espectro de atividade contra fungos patogênicos da pele, cabelo e unhas inclusive dermatófitos como Trichophyton, Microsporun, Epidermophyton floccosum e leveduras do gênero Candida e Pityrosporum, mas são menos efetivos que os azólicos. Benzilaminas Farmacocinética: adm. Tópica em creme ou gel. Contraindicação: alergia ou alguma reação incomum a qualquer um dos componentes da fórmula. Efeitos adversos: queimação, formigamento, prurido (coceira), dermatite de contato, eritema e irritação. Azólicos: inibem a 14alfa-dismetilase diminuindo a produção de ergosterol e provocando acúmulo de lanosterol (também será toxico para o fungo, como o esqualeno). Grande parte dos azólicos tem efeito fungistático, mas alguns podem ter efeito fungicida. Imidazólicos: 2 nitrogênios na estrutura. Protótipo da classe: cetoconazol e miconazol. Usados em infecções fúngicas superficiais. Triazólicos: 3 nitrogênios na sua estrutura: fluconazol. Usados em infecção fúngica sistêmica. Muitos azólicos têm boa especificidade Cetoconazol: metabolizados pelas enzimas do citocromo P450 >> implica em interações medicamentosas. Por isso, vem sendo substituído pelo itraconazol Imidazólicos Indicações: dermatofitoses (Dermatófitos) e infecção por Candida superficial (cutânea, vagina) – cândida sistêmica usam-se os triazólicos. São fungistáticos. Econazol Miconazol Clotrimazol Cetoconazol (tópico e sistêmico) – desvantagens e porque está sendo cada vez menos usado alta espec. para interação com as enzimas citocromo P450 >> interação medicamentosa. Por isso, vem sendo substituído pelo itraconazol. Para ocorrer absorção precisa ser convertido em um sal, e pra isso precisa ter um pH ácido normal. Se o pc usa algum antiácido, inibidor de bomba, então o efeito no uso sistêmico será menor, pois vai se converter em sal em menos quantidade. Isso ocorre no cetoconazol, itraconazol também, posaconazol,. Fluconazol sofre interferência pela pH. Outro detalhe é que também diminui a síntese de testosterona Econazol, miconazol e clotrimazol: miconazol e clotrimazol são os mais usados hoje, pois tem menos efeitos adversos (são mais leves: prurido, queimação). Ex: Vodol
Contraindicação: Gravidez e lactação, crianças < 2 anos e indivíduos com problemas hepáticos e histórico de Lúpus. Efeitos adversos: SN (letargia, vertigem, visão embaçada), cefaleia, erupção na pele e urticaria, hematológica (leucopenia, neutropenia), insônia, distúrbios TGI, hepatotoxicidade. OBS: Efeitos adversos aumentam com o consumo de álcool Interação medicamentosa: contraceptivo oral, varfarina Flucitosina: inibição do ácido nucleico. Tem ação fungistática. NÃO É MAIS USADA. Mecanismo de ação: inibe a síntese de DNA e divisão celular por formação de um antimetabólito da timidilato sintetase. Foi excluída da terapêutica em 2006: resistência primária em cerca de 10% das cepas, resistência secundária (que surge durante a terapia) em 30% dos pacientes – monoterapia abandonada. Tem vários efeitos colaterais, inclusive hematológicos, e deve ser reajustada em IR, além de que o fabricante retirou do mercado. Era usada em associação com anfotericina B na aspergilose, criptococose e candidíase graves, mas itraconazol pode substitui-lo, pois possui as mesmas indicações.