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Guias e Dicas
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Anatomia do sistema cardíaco, Resumos de Anatomia

Conteúdo: irrigação do coração pelas coronárias, drenagem venosa, inervação do miocárdio, vascularização e inervação do pericárdio fibroso. Caso clínico: dor visceral e referida do miocárdio, associação com a angina e infarto agudo do miocárdio,

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 16/07/2023

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Camila – T9
Anatomia SISTEMA CARDÍACO
1) Compreender a Vascularização:
a) Irrigação: Identificar as artérias coronárias Dir. e Esq. e seus principais
ramos e compreender o significado de dominância e as variações
anatômicas;
Existem duas artérias coronárias:
Artéria coronária esquerda: emerge do lado esquerdo do seio da aorta. Ela já se ramifica
após 1 cm, emitindo o ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo.
- Supre o átrio esquerdo, o ventrículo esquerdo, os dois terços anteriores do septo interventricular
e porções da parede ventricular anterior direita.
Artéria coronária direita: origina-se no lado direito do seio da aorta, segue no sulco
coronário ao longo do átrio direito, em direção à margem inferior do coração (margem
direita), e se estende sobre a face inferior (face diafragmática), onde ela normalmente
emite o ramo interventricular posterior (ramo terminal).
Artéria coronária direita (ACD) Artéria coronária esquerda (ACE)
Ramo do cone arterial: estende-se para o
cone arterial
Ramo interventricular anterior:
(descendente anterior) segue pelo sulco
interventricular anterior (limite entre os dois
ventrículos)
- Ramo do cone arterial
- Ramo lateral: paredes anteriores e laterais
do VE
-Ramo interventriculares septais: para os dois
terços anteriores do septo interventricular
Ramo do nó sinoatrial (ascendente) – irriga
o no AS
Ramo circunflexo: segue pelo sulco coronário
(limite entre átrio e ventrículos) para a parede
posterior
- Ramo do nó sinoatrial
- Ramo marginal esquerdo
- Ramo posterior do VE
- Ramo ventricular posterior
Ramo marginal direito (sulco coronário): –
irriga a margem direita do coração em direção
ao ápice (mas não chega ao ápice)
Ramo do nó atrioventricular (posterior):
irriga o nó AV
Ramo interventricular posterior: irriga VD e
VE, e terço posterior do SIV (septo
interventricular)
- Supre porções da face inferior do ventrículo esquerdo, o átrio direito, o ventrículo direito e,
sobretudo, os componentes do complexo estimulante do coração
O padrão normal de suprimento vascular ocorre apenas em 65% a 75% da população
o ramo interventricular posterior, oriundo da artéria coronária direita, supre o ventrículo
direito, enquanto a face posterior do ventrículo esquerdo é suprida pelo ramo posterior do
ventrículo esquerdo da artéria coronária esquerda
Variantes de suprimentos vasculares
Padrão esquerdo de suprimento vascular (cerca de 11-20%): o ramo interventricular
posterior (e também o ramo do nó atrioventricular) origina da artéria coronária esquerda.
Ambos derivam do ramo circunflexo. Neste caso, todo o septo interventricular é suprido
pela artéria coronária esquerda;
Padrão direito de suprimento vascular (cerca de 14-25%): a artéria coronária direita dá
origem ao ramo interventricular posterior (e também ao ramo do nó atrioventricular) e
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Anatomia SISTEMA CARDÍACO

1) Compreender a Vascularização:

a) Irrigação: Identificar as artérias coronárias Dir. e Esq. e seus principais

ramos e compreender o significado de dominância e as variações

anatômicas;

Existem duas artérias coronárias:  Artéria coronária esquerda : emerge do lado esquerdo do seio da aorta. Ela já se ramifica após 1 cm, emitindo o ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo.

  • Supre o átrio esquerdo, o ventrículo esquerdo, os dois terços anteriores do septo interventricular e porções da parede ventricular anterior direita.  Artéria coronária direita : origina-se no lado direito do seio da aorta, segue no sulco coronário ao longo do átrio direito, em direção à margem inferior do coração (margem direita), e se estende sobre a face inferior (face diafragmática), onde ela normalmente emite o ramo interventricular posterior (ramo terminal). Artéria coronária direita (ACD) Artéria coronária esquerda (ACE) Ramo do cone arterial: estende-se para o cone arterial Ramo interventricular anterior: (descendente anterior) segue pelo sulco interventricular anterior (limite entre os dois ventrículos) - Ramo do cone arterial
  • Ramo lateral: paredes anteriores e laterais do VE -Ramo interventriculares septais: para os dois terços anteriores do septo interventricular Ramo do nó sinoatrial (ascendente) – irriga o no AS Ramo circunflexo: segue pelo sulco coronário (limite entre átrio e ventrículos) para a parede posterior - Ramo do nó sinoatrial
  • Ramo marginal esquerdo
  • Ramo posterior do VE
  • Ramo ventricular posterior Ramo marginal direito (sulco coronário): – irriga a margem direita do coração em direção ao ápice (mas não chega ao ápice) Ramo do nó atrioventricular (posterior): irriga o nó AV Ramo interventricular posterior : irriga VD e VE, e terço posterior do SIV (septo interventricular)
  • Supre porções da face inferior do ventrículo esquerdo, o átrio direito, o ventrículo direito e, sobretudo, os componentes do complexo estimulante do coração O padrão normal de suprimento vascular ocorre apenas em 65% a 75% da população  o ramo interventricular posterior , oriundo da artéria coronária direita , supre o ventrículo direito, enquanto a face posterior do ventrículo esquerdo é suprida pelo ramo posterior do ventrículo esquerdo da artéria coronária esquerda Variantes de suprimentos vascularesPadrão esquerdo de suprimento vascular (cerca de 11-20%): o ramo interventricular posterior (e também o ramo do nó atrioventricular) origina da artéria coronária esquerda. Ambos derivam do ramo circunflexo. Neste caso, todo o septo interventricular é suprido pela artéria coronária esquerda;  Padrão direito de suprimento vascular (cerca de 14-25%): a artéria coronária direita dá origem ao ramo interventricular posterior (e também ao ramo do nó atrioventricular) e

supre com um outro ramo – correspondente ao ramo posterior do ventrículo esquerdo – partes da face posterior do ventrículo esquerdo, além da maior parte do septo interventricular.  DOMINÂNCIA: é a relação da irrigação da parede posterior do coração, ou pela A. coronária D (dominância direita), ou pela A. coronária E (dominância esquerda) ou pelas duas (dominância compartilhada)  a artéria dominante é o vaso que dá origem ao ramo interventricular posterior , ou seja, trata-se da artéria coronária direita nos padrões normal (balanceado) e direito de suprimento vascular

  • Leitura complementar: Drenagem linfática do miocárdio;

2) Compreender a inervação do MIOCÁRDIO:

a) Inervação simpática: Compreender e identificar as estruturas do trajeto dos

nervos cardíacos cervicais superior, médio e inferior e dos nervos esplâncnicos

cardiopulmonares desde a formação na coluna lateral de T1 a 4 até o coração e

suas ações;

 Inervação simpática: aumenta a FC, a condução do impulso, a força de contração e o fluxo sanguíneo dos vasos coronários para garantir o aumento da atividade  A estimulação adrenérgica do nó SA e do sistema condutor aumenta a frequência de despolarização das células do marca-passo e a condução atrioventricular (direita – fibras nervosas simpáticas / indireta – hormônios suprarrenais)  Gera: aumento da frequência cardíaca, da velocidade de condução cardíaca, da pressão arterial, da contratilidade e da capacidade do coração em relaxar e se encher, além da diminuição do período refratário. Parte cervical:  Gânglios cervicais (3)  nervos cardíacos cervicais superior, médio e inferior  plexo cardíaco Parte torácica  T1-T4  Gânglios torácicos  ramos cardíacos torácicos  plexo cardíaco

b) Inervação parassimpática: Compreender e identificar o trajeto da inervação

vagal desde o núcleo dorsal do n. vago e do n. ambíguo, até a formação dos

nervos cardíacos cervicais superiores e inferiores e os nervos cardíacos

torácicos até o coração e suas ações.

 Gera: bradicardia, redução da força de contração arterial, redução da frequência das despolarizações espontâneas das fibras auto rítmicas  Sua ação ocorre de modo dependente da liberação de acetilcolina nas terminações pós- ganglionares  Os impulsos nervosos parassimpáticos chegam ao coração via nervo vago o qual age inicialmente no nó sinoatrial (SA), posteriormente no nó atrioventricular (AV) até que sejam propagados para todo o miocárdio atrial.

c) Identificar nas peças anatômicas a localização do nodo sinoatrial, do nodo

atrioventricular, do feixe atrioventricular (Hiss) e das fibras de Purkinje.

 Nó sinoatrial (SA): localizado anterolateralmente, na junção da VCS com o átrio direito  responsável por iniciar e controlar os impulsos para as contrações cardíacas  Nó atrioventricular (AV): localizado na região posteroinferior do septo interatrial perto da abertura do seio coronário  Feixe atrioventricular (Feixe de Hiss): que se divide em  Ramos direitos e esquerdo  prosseguem de cada lado do SIV muscular profundamente ao endocárdio e depois se ramificam em ramos subendocárdico (fibras de purkinje)  Fibras de purkinje: que se estendem até as paredes dos respectivos ventrículos. Plexos  Plexo cardíaco : sobre o coração, particularmente proeminentes na base do coração e ao longo dos vasos coronários (inervação do coração)  Plexo aórtico torácico : ao redor da parte torácica da aorta (fibras para o coração e para os outros plexos de órgãos: plexo pulmonar e plexo esofágico)  Plexo pulmonar : ao redor das Aa. (e Vv.) pulmonares e sobre os brônquios

  • Leitura complementar:
  • Plexos cardíacos superficial e profundo.
  • Sistema de condução cardíaca. Núcleo posterior do nervo vago  nervo vago  ramos cardíacos cervicais superiores e inferiores (pescoço)  Ramos cardíacos torácicos (tórax)

b) Drenagem venosa: v. pericardicofrênica Dir. e Esq. tributárias da v.

braquiocefálica Dir. e Esq.

 Veia pericardicofrênicas D e E → veia braquiocefálica → VCS

c) Drenagem linfática do pericárdio fibroso.

d) Inervação: Nervo Frênico (Coluna anterior de C3/5- Sensitivo Somático)

Ver dermátomos da dor referida do pericárdio fibroso.  Os nervos frênicos entram no mediastino superior entre a artéria subclávia e a origem da veia braquiocefálica  romove apenas a inervação sensitiva do pericárdio e, portanto, não está incluído no plexo cardíaco.  Dor referida: dermátomos de C3 a C5 – região supraclavicular ipsilateral

Leitura complementar:

a) Clínica:

  • Pericardite: Inflamação do pericárdio, que causa edema no órgão. Pode ser aguda, recorrente ou crônica, geralmente idiopático, apesar de relacionado a infecções bacterianas ou virais serem suspeitas, pode ser decorrente de trauma e câncer
  • Derrame pericárdico: Acúmulo patológico de líquido no espaço pericárdico, pode ser decorrente de pericardite
  • Tamponamento cardíaco : Acúmulo de sangue no espaço pericárdico, crônico (pericárdio se adapta) ou agudo (restrição por fibrose e compressão do coração)
  • Pericardiocentese: Drenagem de líquido da cavidade pericárdica, geralmente para aliviar tamponamento cardíaco

b) Pericárdio fibroso: Ligamentos pericárdicos:

- Ligg. esternopericárdicos : Fixação à face posterior do esterno - Ligg. pericardicofrênicos :  Parede inferior (assoalho) do saco pericárdico fibroso apresenta-se fixada e confluente ao centro tendíneo do diafragma  O pericárdio é influenciado por movimentos do coração e dos grandes vasos, do esterno e do diafragma. - Ligg. pericardicovertebrais: fixa o pericárdio na coluna vertebral

c) REVER a sintopia do CORAÇÃO, suas faces e margens e sua morfologia

externa e interna;

d) Rever o pericárdio fibroso e o mediastino, o pericárdio seroso parietal e

pericárdio seroso visceral (epicárdio)

Pericárdio: membrana fibroserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos

 Pericárdio fibroso (externo) : camada de tecido conjuntivo denso

 Pericárdio seroso lâmina parietal : está aderida ao pericárdio fibroso

cavidade pericárdica é o espaço virtual entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso. Normalmente contém uma fina película de líquido --- líquido pericárdico --que permite ao coração se movimentar e bater sem atrito entre as duas lâminas.

 pericárdio seroso lâmina visceral/epicárdio (interno):