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ANÁLISE DE ESPAÇO URBANO: A INFLUÊNCIA DA PAISAGEM URBANA NO COMPORTAMENTO SENSORIAL DO USUÁRIO DA PRAÇA BARÃO RIO BRANCO., Manuais, Projetos, Pesquisas de Urbanismo

Tendo em vista o importante papel que a praça exerce sobre um cidade e a diversidade de usos e valores que a mesma apresenta de acordo com cada época, o presente trabalho foi elaborado com o objetivo de propor um estudo mais detalhado sobre a praça Barão Rio Branco, localizada no Municipio de João Pessoa- PB, tendo como finalidade analisar a interação existente entre a identidade histórica que a praça representa e o comportamento e uso dos seus frenquentadores na atualidade.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 16/02/2020

vanessa.monteirol
vanessa.monteirol 🇧🇷

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ANÁLISE DE ESPAÇO URBANO: A INFLUÊNCIA DA PAISAGEM URBANA
NO COMPORTAMENTO SENSORIAL DO USUÁRIO DA PRAÇA BARÃO
RIO BRANCO.
Danúbia Bezerra¹, Rodrigo Leão, Suênia Barbosa¹, Vanessa Monteiro¹
¹Graduando no Curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Internacional da
Paraíba
Email: dani_bioquimica@ hotmail.com
rodrigo_leao2007@ hotmail.com
sueniasuelen@gmail.com
vanessamonteiro95@hotmail.com
RESUMO
Tendo em vista o importante papel que a praça exerce sobre uma cidade, e a
diversidade de usos e valores que a mesma apresenta de acordo com cada época, o
presente trabalho foi elaborado com o objetivo de propor um estudo mais detalhado
sobre a praça Barão Rio Branco, localizada no Municipio de João Pessoa- PB, tendo
como finalidade analisar a interação existente entre a paisagem urbana da praça e o
comportamento e uso de seus frenquentadores na atualidade. Para a elaboração do
estudo da praça Barão Rio Branco, foi feita uma análise visual utilizando a metodologia
sugerida por Cullen (CULLEN, 2006) em sua obra Paisagem Urbana, juntamente com
estudos empírico de comportamento ambiental. Como consideração final, pôde-se
perceber a total influência da paisagem urbana da Praça no comportamento social de
seus usuarios.
PALAVRAS-CHAVES: Praça. Barão Rio branco. Análise do espaço. Comportamento ambiental.
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ANÁLISE DE ESPAÇO URBANO: A INFLUÊNCIA DA PAISAGEM URBANA

NO COMPORTAMENTO SENSORIAL DO USUÁRIO DA PRAÇA BARÃO

RIO BRANCO.

Danúbia Bezerra¹, Rodrigo Leão, Suênia Barbosa¹, Vanessa Monteiro¹ ¹Graduando no Curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Internacional da Paraíba Email: dani_bioquimica@hotmail.com rodrigo_leao2007@hotmail.com sueniasuelen@gmail.com vanessamonteiro95@hotmail.com RESUMO Tendo em vista o importante papel que a praça exerce sobre uma cidade, e a diversidade de usos e valores que a mesma apresenta de acordo com cada época, o presente trabalho foi elaborado com o objetivo de propor um estudo mais detalhado sobre a praça Barão Rio Branco, localizada no Municipio de João Pessoa- PB, tendo como finalidade analisar a interação existente entre a paisagem urbana da praça e o comportamento e uso de seus frenquentadores na atualidade. Para a elaboração do estudo da praça Barão Rio Branco, foi feita uma análise visual utilizando a metodologia sugerida por Cullen (CULLEN, 2006) em sua obra Paisagem Urbana, juntamente com estudos empírico de comportamento ambiental. Como consideração final, pôde-se perceber a total influência da paisagem urbana da Praça no comportamento social de seus usuarios. PALAVRAS-CHAVES: Praça. Barão Rio branco. Análise do espaço. Comportamento ambiental.

INTRODUÇÃO

Todo ambiente urbano é composto por uma série de elementos que são percebidos sob uma diversidade de olhares. Tais percepções e impressões são influenciadas pela clareza e distribuição dos elementos no espaço, bem como ao significado que lhes é dado ao longo do tempo, fato que influência diretamente na forma como as cidades são reconhecidas e organizadas. (DE ANGELIS, 2013) As praças constituem um ambiente urbano importante na história das cidades brasileiras, pois desempenham um papel importantíssimo para o desenvolvimento das relações sociais da população e para a construção da esfera pública (ROBBA; MACED; 2002.p. 17) Segundo DE ANGELIS (2005), as praças são um espaço da memória histórica que forneceu tanto a moldura quanto o fundo para discursos políticos e culturais sobre a cidade como local de identidade, de tradição, de saber, de autenticidade, de continuidade e estabilidade (DE ANGELIS, 2005, p. 3). As praças, ao longo do tempo, levando-se em conta os diversos aspectos que as envolvem, como definição, funções, usos e concepções, sofreram significativas mudanças. Todavia, é consenso que, a despeito das transformações impostas pelo tempo, as praças ainda representam um espaço público de grande importância no cotidiano urbano (DE ANGELIS et al., 2005). Tendo em vista o importante papel que a praça exerce sobre um cidade e a diversidade de usos e valores que a mesma apresenta de acordo com cada época, o presente trabalho foi elaborado com o objetivo de propor um estudo mais detalhado sobre a praça Barão Rio Branco, localizada no Municipio de João Pessoa- PB, tendo como finalidade analisar a interação existente entre a identidade histórica que a praça representa e o comportamento e uso dos seus frenquentadores na atualidade. Para a elaboração do estudo da praça Barão Rio Branco, foi feita uma análise visual utilizando a metodologia sugerida por Cullen (CULLEN, 2006) em sua obra Paisagem Urbana, juntamente os estudos empírico de comportamento ambiental. O conceito de paisagem urbana de Gordon Cullen, por sua simplicidade e objetividade, é uma das propostas mais difundidas como instrumento de avaliação dos espaços urbanos e talvez seja uma das formas de compreender e analisar o espaço, intuitivamente ou não, mais usadas vulgarmente ou por especialistas (CULLEN, 1983).

Mapa 02: Mapa do Bairro do Centro Fonte: Disponível em geo.joaopessoapb.gov.br/digeoc/htmls/ acesso a: 20/09/ Mapa 03: Imagem da Localização da Praça com lotes e quadras destacados na cor verde Fonte: Disponível em geo.joaopessoapb.gov.br/digeoc/htmls/ acesso a: 20/09/ PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PRAÇA BARÃO RIO BRANCO A Praça Rio Branco foi constituída originalmente como Largo entre os séculos XVI e XVII. É considerada um marco para a história da cidade de João Pessoa e já foi conhecida como Largo da Antiga Cadeia, Largo do Erário e Largo da Intendência. Foi uma área de grande importância e valorização para a cidade durante o período de Colônia e Império, funcionando como centro administrativo e sede da capitania da Parahyba.

Com características divergentes em relação aos espaços públicos da época, adros e largos, que detinham funções religiosas. Espaço constituído para abrigar eventos de caráter civil, o Largo da Câmara foi assim denominado por abrigar a Casa de Câmara e Cadeia da cidade e o pelourinho ( SILVA; MOURA, 2012) A foto abaixo registra os ares de modernidade da cidade, através da rede de energia elétrica inaugurada em 14 de março 1912. O prédio ao centro foi construído na segunda metade do século XVIII para abrigar a Casa dos Contos ou Tesouraria da Fazenda Imperial. Foi, depois, Sede do Governo da Província e Agência Central dos Correios a partir de 1869. Imagem 1: Atual Praça Barão Rio Branco Fonte: Acervo fotográfico Humberto Nobrega Entre outros prédios, abrigou Casa dos Governadores, o Erário Público, a Casa de Câmara e Cadeia, o Açougue, havendo inclusive referências a um Pelourinho. Apenas com a chegada do século XX, no ano de 1918, introduzidos ideais modernizadores de circulação, saneamento e embelezamento, ocorre a transformação do Largo do Erário em Praça Rio Branco; esta recebe mobiliário e canteiros, adequando-se as novas tendências urbanísticas em vigor. ( SILVA; MOURA FILHA, 2012) O nome escolhido para a praça foi uma homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão de Rio Branco, título recebido em 1888, nascido no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1845. Em 1924, em função da moderna política de urbanização e higienização aplicada às capitais, o local já toma a forma de praça com bancos e jardins. Em 1949, a Praça Rio Branco pouco lembrava o Largo do Erário. Reformas nas edificações e no próprio espaço público transformaram por completo a imagem do lugar (MOURA FILHA, 2004).

O processo de revitalização da praça ocorreu entre os meses de dezembro e julho de 2010 e durante as escavações para mudanças de infra-estrutura foram encontrados, por arqueólogos, vestígios importantes que caracterizam as atividades funcionais realizadas no período colonial e regencial naquele sítio, tais como: ossos de boi, pedaçoes de prato e louça portuguesa, piso de tijoleira e pisos hidráulicos. ( PEREIRA,

Imagem 5: Praça Barão do Rio Branco restaurada em julho de 2010. Fonte: CAROLEIG em 02-10-2010 às 06: A praça Rio Branco atualmente é um lugar que agrada aos transeuntes e os convida a ali permanecer, sendo os comerciantes e prestadores de serviço daquela área os principais usuários, que desfrutam do sombreamento das belas árvores e do mobiliário da praça em momentos de folga do trabalho. Após as intervenções urbanísticas necessárias, a praça ganhou nova vida e a população voltou a frequentar os seus bancos e contemplar o verde das antigas árvores e os casarios e monumentos que a circundam. Como forma de aproximar ainda mais a população da cidade e atrair os olhares de visitantes, é realizado, aos sábados, o projeto "Sabadinho Bom", com a apresentação de grupos musicais da capital paraibana, tendo como principal ritmo o choro.

COMPORTAMENTO AMBIENTAL X ANÁLISE VISUAL

A qualidade visual do ambiente urbano, e logo das praças, é importante na medida em que afeta o bem-estar e o comportamento dos indivíduos, por meio do estímulo de seus sentidos através da continuidade, variedade e padrões formais existentes nos espaços urbanos, assim como por meio de imagens elaboradas a partir do processo cognitivo do Indivíduo (REIS, 2001).

De acordo com MENDES (2006, p.37), a paisagem aparece como resultado da percepção individual e temporal dos elementos físicos do espaço urbano. É um quadro dinâmico e pessoal, construído conforme o percurso do observador. Á medida que o observador se desloca, o espaço se revela através de fragmentos visuais que, uma vez remontados cognitivamente, permitirá a compreensão do ambiente. (CULLEN, 2006, p. 11) Segundo Ferrera (1999), a linguagem ambiental e a percepção que dela têm os usuários de um local têm sua existência identificada pela observação que capta e registra as imagens e as associa diferencialmente. Para melhor compreendimento do espaço da Praça Barão Rio Branco, foi feita uma análise sensorial e comportamental de pontos visuais importantes ao longo da praça. A praça Barão de Rio Branco encontra-se envolvida por uma região de intenso ritmo comercial, com um grande fluxo de automóveis em sua volta, e uma constante movimentação de pessoas em horários comerciais. Mesmo rodeada pela agitação comercial, ao adentrarmos á mesma é possível sentir a calma e leveza que lá se encontra. Fora dela, o ruído e o ritmo apressado da comunicação impessoal, vai e vem que não se sabe para onde vai nem de onde vem; no interior, o sossego e a tranquilidade de sentir que o largo, a praceta, ou o pátio têm escala humana. (CULLEN, 2006, P. 27) Ao entrarmos na parte mais “externa” do recinto pela avenida Visconde Pelotas, o primeiro marco encontrado é uma escultura em homenagem ao compositor e cantor Jackson do Pandeiro. Com traços de felicidade no rosto, tocando seu instrumento, e o corpo inclinado em direção a praça, a escultura acaba induzindo de forma indireta o observador a entrar no recinto interno da praça. Imagem 6: Escultura de Jackson do Pandeiro Fonte: http://www.panoramio.com/user/5320677?comment_page=1&photo_page=202&show=all. Acesso: 02/10/

FILHO (1978) explica que a paisagem é o resultado de uma acumulação de tempos e que suas modificações formais não podem ser analisadas independentemente das práticas sociais: no processo de construção da paisagem pelo imaginário social (SANTOS FILHO, 1978).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo uma análise visual do espaço urbano da praça Barão Rio Branco, localizada no município de João Pessoa-PB. Além da apreensão da análise visual do espaço, o trabalho também propôs uma analise comportamental de seus usuários, de acordo com a sensação obtida dos mesmos através da imagem da praça, podendo assim perceber uma ligação direta existente entre a imagem da cidade e as praticas sociais da população. Além de todo o embasamento teórico obtido no trabalho, foram feitos análise de dados entre os usuários, registros fotográficos e inúmeras visistas ao local, para melhor entender a dinâmica do recinto. É importante esclarecer que as sensações e impressões geradas pela paisagem urbana se expressam de forma individual e particular a cada observador. Cada indivíduo percebe e responde diferentemente frente às ações sobre o meio. Assim, o estudo feito foi de suma importância pra a compreensão das relações homem/ambiente. Sabendo como os indivíduos percebem o ambiente em que vivem, sua fonte de satisfação e insatisfação, será possível a realização de um trabalho partindo da realidade do público alvo (FACIONATTO, 2007). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. Lisboa: Edições 70, 1971. LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997. LEPETIT, Bernard. Por uma história urbana – Bernard Lepetit. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 139-145. LUCHIARI, M.T. A (re)significação da paisagem no período contemporâneo. In:

ROZENDHAL, Z. Paisagem,imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001, p. 12-13. PINHEIRO, José & ELALI, Gleice A. Comportamento sócio-espacial humano. (1998). SANTOS, M. apud NEVES, E. Paisagem-conceito. In: Paisagem e ambiente. Ensaios IV. São Paulo: FAUSP, 1992.