Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Alimentos Industrializados: Vilões ou Soluções para Nossas Dietas?, Notas de estudo de Gestão da Qualidade

Este documento desmistifica conceitos sobre alimentos industrializados, explicando seus benefícios para nossa saúde e a sociedade. Ele aborda temas como a prolongação da vida útil de alimentos, segurança, distribuição e produção em larga escala. Além disso, ele discute sobre a segurança de alimentos industrializados, acessibilidade e conveniência, e desmentirá a ideia de que 'tudo o que é natural é melhor'.

O que você vai aprender

  • Por que os alimentos industrializados são seguros à saúde?
  • Qual é a importância da indústria de alimentos na distribuição e produção de alimentos?
  • Quais benefícios os processos de conservação de alimentos trazem?

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 19/11/2020

bruna-martins-11
bruna-martins-11 🇧🇷

2 documentos

1 / 7

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Alimentos industrializados são vilões?
Claro que há alimentos que todos sabem que não são saudáveis para consumo frequente, como
os refrigerantes, frituras, etc.
O que não quer dizer que consumir esporadicamente vai te causar alguma doença.
Mas todo alimento industrializado é de fato vilão para uma boa saúde?
Vou desmistificar alguns conceitos sobre alimentação em uma série de posts.
E o primeiro post é sobre "Tudo que é natural é melhor?" PASSE PARA O LADO
Os alimentos industrializados não foram criados para nos envenenar lentamente e sim para
resolver questões como:
Aumentar seu prazo de validade (através de processos como pasteurização, adição de
conservantes, etc);
Tornar o alimento mais seguro à saúde (eliminando microrganismos patogênicos),
Distribuir os alimentos por longas distancias, mantendo a segurança e qualidade dos mesmos
(um alimento pode ser produzido aqui e consumido nos EUA, por exemplo);
Aumentar a quantidade de nutrientes (exemplo farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido
fólico);
Adicionar ingredientes funcionais aos alimentos, que são benéficos à saúde.
Exemplos: adição de antioxidantes, como beta-caroteno, adição de fibras, probióticos (bactérias
benéficas), prebióticos (fibras não digeríveis), etc.
Produzir alimentos para fins especiais: alimentos para pessoas que precisam de uma dieta com
restrição de nutrientes (diabéticos, hipertensos, etc.), restrição controlada (para quem faz dieta
para controle de peso, para atletas, etc.) e grupos específicos (gestantes, lactantes, crianças,
idosos);
Produzir um alimento em larga escala e assim diminuir seu custo de venda;
Redução de perdas, com a utilização não só do alimento mas de seus subprodutos;
É mais fácil colocar a culpa em um alimento, do que rever o seu estilo de vida
Acessibilidade: os alimentos estão disponÍveis independente se não for "a época" deles.
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Alimentos Industrializados: Vilões ou Soluções para Nossas Dietas? e outras Notas de estudo em PDF para Gestão da Qualidade, somente na Docsity!

Alimentos industrializados são vilões? Claro que há alimentos que todos sabem que não são saudáveis para consumo frequente, como os refrigerantes, frituras, etc. O que não quer dizer que consumir esporadicamente vai te causar alguma doença. Mas todo alimento industrializado é de fato vilão para uma boa saúde? Vou desmistificar alguns conceitos sobre alimentação em uma série de posts. E o primeiro post é sobre "Tudo que é natural é melhor?" PASSE PARA O LADO Os alimentos industrializados não foram criados para nos envenenar lentamente e sim para resolver questões como: Aumentar seu prazo de validade (através de processos como pasteurização, adição de conservantes, etc); Tornar o alimento mais seguro à saúde (eliminando microrganismos patogênicos), Distribuir os alimentos por longas distancias, mantendo a segurança e qualidade dos mesmos (um alimento pode ser produzido aqui e consumido nos EUA, por exemplo); Aumentar a quantidade de nutrientes (exemplo farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico); Adicionar ingredientes funcionais aos alimentos, que são benéficos à saúde. Exemplos: adição de antioxidantes, como beta-caroteno, adição de fibras, probióticos (bactérias benéficas), prebióticos (fibras não digeríveis), etc. Produzir alimentos para fins especiais: alimentos para pessoas que precisam de uma dieta com restrição de nutrientes (diabéticos, hipertensos, etc.), restrição controlada (para quem faz dieta para controle de peso, para atletas, etc.) e grupos específicos (gestantes, lactantes, crianças, idosos); Produzir um alimento em larga escala e assim diminuir seu custo de venda; Redução de perdas, com a utilização não só do alimento mas de seus subprodutos; É mais fácil colocar a culpa em um alimento, do que rever o seu estilo de vida Acessibilidade: os alimentos estão disponÍveis independente se não for "a época" deles.

Exemplo: polpa de frutas congeladas. Conveniência: cada vez mais temos menos tempo, e isso reflete na hora de preparar comida. Então produtos prontos, bastando serem aquecidos, ou semi-prontos nos fazem economizar tempo no preparo. Também nem todos tem habilidades na cozinha e os alimentos industrializados facilitam a vida dessas pessoas. Exemplos: macarrão, molhos Segurança dos alimentos: através de processos adequados que eliminam microrganismos patogênicos, os tornando mais seguros à saúde do que a versão in natura. Além do mais, uma indústria de alimentos tem um rigoroso controle de qualidade, comprovado por auditorias frequentes da Vigilância Sanitária ou MAPA. Exemplos: leite pasteurizado/UHT, maionese industrializada (mais segura que a maionese caseira, com ovos crus). Desperdício: os processos de conservação dos alimentos fazem estes durarem mais, o que contribui com a diminuição do desperdício. Exemplo: vegetais congelados. 1) "Tudo que é natural é melhor" Será mesmo? Se assim fosse, não existiriam plantas venenosas. Algumas plantas, se consumidas em seu estado natural, podem causar problemas, pois muitas delas têm substâncias tóxicas ao nosso organismo.

  • Cogumelos: são fungos e alguns são comestíveis e outros são tóxicos aos seres humanos e animais.
  • Carambola: para quem tem problemas renais, a substância caramboxina presente na carambola pode causar sintomas como vômitos, fraqueza muscular, convulsões e pode ser fatal.
  • Amêndoas: as amargas contém cianeto, que causam uma das intoxicações mais letais conhecidas. Elas precisam passar por processamento térmico, o que elimina a maior parte da substância tóxica.
  • Mandioca: possui em suas raízes e folhas cianeto de hidrogênio, que pode causar intoxicação aguda, com sintomas desde vertigem, vômitos e, até morte, se ingerida em grande quantidade,

nervoso. Em geral, estas toxinas são eliminadas do alimento durante a sua pasteurização. Mas, quando o mel cru é consumido, elas entram em ação e danificam nossas células nervosas. Como resultado, ela interrompe as atividades normais do nosso sistema nervoso.). 3) "Descasque mais, desembale menos". Há produtos que você não consegue produzir em casa. Outros, você consegue, mas é bem mais fácil comprar pronto. Exemplos: Farinha de trigo. Você não consegue moer o trigo para produção de farinha em sua casa. Há produtos que você consegue fazer em casa, mas se torna mais prático (e rápido) comprá-los prontos. Azeite de oliva: a não ser que você tenha os equipamentos necessários - esmagador mecânico, amassador, termostato e uma bomba de reciclagem, bomba para a transferência de pasta, extrator centrífugo bifásico... Ah, melhor comprar pronto mesmo né? Iogurte: falando do natural, é possível (e bem fácil) fazer em casa, se tornando até mais barato que comprá-los, porém, as receitas que tem na internet precisam de um pote do industrializado.


Escolha produtos com menos ingredientes, muitos ingredientes saõ prejudiciais à saúde... Mas será mesmo? Só isso já diria se um alimento é benéfico ou não para sua saúde? PASSE PARA O LADO e leia primeiro as fotos com os textos, depois volte aqui ... ;) . . "Aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado aos alimentos intencionalmente, sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais do alimento (Veloso, 2009)." Quando um alimento industrializado contém vários ingredientes é porque eles são necessários para cumprir funções específicas, conferindo sabor, cor, textura, para melhorar a conservação do produto, etc. Todos os aditivos alimentares devem ser aprovados por autoridades regulatórias, tendo seu uso seguro (nas concentrações indicadas) nos produtos industrializados. Para serem aprovados, vamos lembrar que são feitos inúmeros estudos para avaliação de

segurança desses aditivos (cada país tem suas próprias regras, podendo um aditivo ser aprovado na Europa, por exemplo e aqui não e vice-versa.) Para um aditivo ser considerado seguro e ter seu uso aprovado, este deve ser submetido a uma avaliação toxicológica, que leva em conta inclusive seu efeito cumulativo no organismo. Logo, não é qualquer aditivo que pode ser utilizado e nem em qualquer dose. (PORTARIA Nº 540, DE 27 DE OUTUBRO DE 1997 - Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego). Conclusão: não é porque um alimento contpem muitos ingredientes e nome gigante, que vai ser ruim, pode ser apenas algo presente naturalmente, ou adicionado, mas que é seguro à saúde. 2.1 - A segurança dos aditivos é primordial. Isto supõe que antes de ser autorizado o uso de um aditivo em alimentos este deve ser submetido a uma adequada avaliação toxicológica, em que se deve levar em conta, entre outros aspectos, qualquer efeito acumulativo, sinérgico e de proteção, decorrente do seu uso. Os aditivos alimentares devem ser mantidos em observação e reavaliados quando necessário, caso se modifiquem as condições de uso. As autoridades competentes devem ser informadas sobre dados científicos atualizados do assunto em questão. Não interessa a nenhuma indústria usar ingredientes sem necessidade, por não ter sentido prático e porque isso acarreta aumento de custos. Também não importa se o produto escolhido contém aditivos alimentares, pois eles não causam mal à saúde e só são aprovados para uso pela ANVISA para fins específicos se demonstradas sua eficácia e segurança. Talvez devido a falta de informação ou puro marketing somos bombardeados com incríveis frases de efeito, como: não coma se não conseguir ler o rótulo. É uma solução um pouco