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Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Ano Lectivo 2001/
Os conceitos que se seguem servir˜ao de suporte aos objectivos da disciplina. Esses conceitos
s˜ao as estruturas de grupo, anel e corpo. No final do cap´ıtulo faremos um estudo mais
aprofundado do corpo dos n´umeros complexos.
Defini¸c˜ao 1.1 Seja A um conjunto n˜ao vazio. Chama-se opera¸c˜ao bin´aria ou lei de
composi¸c˜ao interna no conjunto A a qualquer aplica¸c˜ao definida do conjunto A × A (produto
cartesiano de A por A) em A, isto ´e, se representarmos por θ essa aplica¸c˜ao, ent˜ao
θ : A × A → A
(a, b) 7 → θ(a, b)
No caso das opera¸c˜oes bin´arias ´e usual escrever-se aθb no lugar de θ(a, b). Passaremos
a usar essa nota¸c˜ao.
Exemplos:
Defini¸c˜ao 1.2 Seja A um conjunto, n˜ao vazio, e θ uma opera¸c˜ao bin´aria definida em A.
Diz-se que (A, θ) ´e um grupo quando se verificam os seguintes axiomas:
G1. ∀a, b, c ∈ A, (aθb)θc = aθ(bθc) (Associatividade)
G2. ∃u ∈ A : ∀a ∈ A, aθu = uθa = a (Existˆencia de elemento neutro)
G3. ∀a ∈ A, ∃a
′ ∈ A : aθa
′ = a
′ θa = u (Existˆencia de elemento oposto)
No caso em que a opera¸c˜ao ´e tamb´em comutativa, isto ´e,
G4. ∀a, b ∈ A, aθb = bθa
o grupo (A, θ) diz-se comutativo ou abeliano.
Observa¸c˜oes:
Homomorfismos de Grupos
Defini¸c˜ao 1.4 Sejam (A, θ) e (A
′ , σ) dois grupos. Uma aplica¸c˜ao f : A → A
′ diz-se um
homomorfismo se
∀a, b ∈ A, f (aθb) = f (a)σf (b).
Observa¸c˜oes: Se f : A → A
′ ´e um homomorfismo, ent˜ao
i) f (u) = u
′ (u elemento neutro de (A, θ) e u
′ elemento neutro de (A
′ , σ))
ii) (f (a))
− 1 = f (a
− 1 ).
Exemplos:
f : R
→ R
x 7 → ln(x).
f ´e um homomorfismo do grupo (R
, ·), no grupo (R, +), j´a que ln(x · y) = ln(x) + ln(y).
g : R → R
x 7 → e
x
´e um homomorfismo de (R, +) no grupo (R
, ·), j´a que e
x+y = e
x · e
y .
Defini¸c˜ao 1.5 Um terno (A, +, ·), com A um conjunto, n˜ao vazio, e + e · opera¸c˜oes bin´arias
definidas em A, ´e um anel se:
A1. (A, +) ´e um grupo abeliano;
A2. A opera¸c˜ao · ´e associativa;
A3. A opera¸c˜ao · ´e distributiva relativamente `a opera¸c˜ao +, isto ´e,
∀a, b, c ∈ A, a · (b + c) = (a · b) + (a · c) ∧ (a + b) · c = (a · c) + (b · c).
O elemento neutro da primeira opera¸c˜ao chama-se zero do anel.
Se a segunda opera¸c˜ao for comutativa, ent˜ao o anel diz-se comutativo.
Caso o anel A tenha elemento unidade, isto ´e, se (A, ·) tiver elemento neutro, A diz-se anel
com elemento unidade ou anel unit´ario.
Exemplos de An´eis:
2 = {(a, b) : a, b ∈ R} com as opera¸c˜oes definidas por
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)
(a, b) · (c, d) = (ac, bd)
´e um anel.
Defini¸c˜ao 1.6 Um terno (K, +, ·) diz-se um corpo se (K, +, ·) ´e uma anel comutativo com
identidade e todos os elementos de K { 0 } tˆem inverso, isto ´e, (K, +, ·) ´e um corpo se (K, +)
e (K \ { 0 }, ·) s˜ao grupos comutativos e · ´e distributiva relativamente a +.
Exemplos de Corpos: (Q, +, ·), (R, +, ·), com + e · as opera¸c˜oes usuais, e (Z 2 , +, ·), com
Propriedades 1.7 Num corpo s˜ao v´alidas as seguintes proposi¸c˜oes:
Defini¸c˜ao 1.8 Sejam (K, +, ·) e (K
′ , θ, ∗) dois corpos. A aplica¸c˜ao f : K → K
′ diz-se um
homomorfismo de corpos se, para todos x, y ∈ K,
f (x + y) = f (x)θf (y) e f (x · y) = f (x) ∗ f (y).
Se f ´e bijectiva, f diz-se um isomorfismo. Se K = K
′ , f diz-se um endomorfismo. E um
endomorfismo bijectivo diz-se um automorfismo.
Depois de definirmos todas estas estruturas, podemos estudar mais profundamente um
corpo muito importante: Corpo dos Complexos, isto ´e,
C = {(a, b) : a, b ∈ R}
munido com as opera¸c˜oes:
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)
(a, b) · (c, d) = (ac − bd, ad + bc)
Exerc´ıcio: Mostre que (C, +, ·) ´e um corpo.
Observa¸c˜oes:
definidas em C. Dado que a aplica¸c˜ao
f : (R, +, ·) → (S, +, ·)
a 7 → (a, 0)
´e um isomorfismo de corpos, podemos simplificar a escrita identificando os complexos
(a, 0) com o correspondente n´umero real a.
Representa¸c˜ao Trigonom´etrica dos N´umeros Complexos
J´a sabemos que dada uma recta orientada, existe uma correspondˆencia biun´ıvoca entre
cada ponto da recta e o conjunto dos n´umeros reais, R. Assim, como identificamos o n´umero
complexo (a, 0) com o n´umero real a, os complexos da forma a + i0 ser˜ao representados na
recta.
Como representar, por exemplo, os imagin´arios puros? Repare-se que uma rota¸c˜ao de
o em torno da origem corresponde a uma multiplica¸c˜ao por −1. Ora, uma rota¸c˜ao de
90
o dever´a corresponder a multiplicar por k de modo que k
2 = −1. Logo, k ter´a que ser
a unidade imagin´aria i. Convencionaremos que o sentido positivo das rota¸c˜oes ´e o sentido
contr´ario ao dos ponteiros do rel´ogio. Portanto, passaremos a representar os n´umeros reais
num eixo horizontal (eixo real) e os imagin´arios puros num eixo vertical (eixo imagin´ario).
Assim, um ponto P do plano de abcissa a e ordenada b ser´a a imagem do complexo z = a+bi.
6
r
a
b
ρ
θ
Plano de Argand
Sabemos que o comprimento OP ´e o n´umero real |z| =
a
2
2 (Teorema de Pit´agoras).
Representemos este n´umero por ρ. Repare-se que o ponto P fica bem definido se consider-
armos ρ e o ˆangulo θ que o segmento [OP ] faz com a parte positiva do eixo real.
Chama-se argumento principal ao ˆangulo θ ∈] − π, π]. Assim, a imagem do complexo
z fica bem definida se conhecermos ρ := |z| e θ := arg(z). Observe-se que se fizermos
θ = arg(z) + 2kπ, k ∈ Z, obtemos sempre a mesma imagem. Portanto, a cada complexo
podemos associar uma infinidade de argumentos. Al´em do principal, o argumento positivo
m´ınimo de z = a + bi ´e tal que θ ∈ [0, 2 π[ e tg θ =
b
a
Observe a figura anterior para concluir que para todo o complexo z = a + bi,
a = ρ cos θ
b = ρ sen θ
Assim, a forma trigonom´etrica de z ´e
z = ρ(cos(θ) + i sen(θ)).
Abreviadamente, z = ρ cis(θ).
Se z ∈ C ´e tal que z = a + bi = ρ cis(θ), ent˜ao z = a − bi = ρ cis(−θ).
6
r Z Z Z Z Z Z
ZZr
z
z
ρ
θ
−θ
Exerc´ıcio: Escreva na forma trigonom´etrica:
a) − 3 i;
b) − 1 − i;
c) 1 − i
d) 2 + 3i.
Opera¸c˜oes com Complexos na Forma Trigonom´etrica
Adi¸c˜ao: Usa-se a regra do paralelogramo
6