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A Petroquímica como uma das alavancas de industrialização de Angola, Notas de estudo de Economia

O presente artigo versa e aborda “o sector petroquímico” como uma “sugestiva opção” dentro da ansiada diversificação da economia, capaz de suplantar o actual contexto, guindando o país de Angola à “nova era” de industrialização.

Tipologia: Notas de estudo

2019

Compartilhado em 29/11/2019

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AUTOR: Maurício N.P. Kilombo.
Estudante de Engenharia Química pela Universidade Estatal de Voronezh de
engenharias e tecnologias.
Tema:
“A PETROQUÍMICA COMO UMA DAS ALAVANCAS DE
INDUSTRIALIZAÇÃO DE ANGOLA...”
I. ANGOLA E A INDUSTRIALIZAÇÃO.
O quadro crítico actual do Estado angolano, com estreita ligação à depreciação do preço do
petróleo, teve um impacto directo na sua instabilidade cio-económica, resultando numa drástica
mudança na qualidade de vida do seu povo. Consequência disto, Angola encontra-se num processo
de identificação e análise de vias e mecanismos alternativos” capazes de suster tão deficitário
quadro. A linguagem corrente em Angola é: “diversificação da economia”; procuram-se outras iniciativas
para associar à exploração do petróleo que constitui mais de 80% dos rendimentos do País.
O presente artigo versa e aborda “o sector petroquímico” como uma “sugestiva opção” dentro da
ansiada diversificação da economia, capaz de suplantar o actual contexto, guindando o país de
Angola à “nova era” de industrialização.
A industrialização”, surgiu como um processo de modernização de instrumentos, técnicas,
processos de produção de uma determinada sociedade. A industrialização foi, originariamente,
regido pelo sistema capitalista, onde há maior participação do sector privado com vista a atingir
lucro e acumulação de riquezas. Dentro deste sistema, os Governos são menos participativos, tendo
como principal função a criação de um bom ambiente de negócios com o sector privado. Angola,
ao ter advindo do sistema de economia centralizada (Socialismo), acentuado por um maior
intervencionismo dos Governos no sector económico, no afã de providenciar o bem-estar das
populações. É um sistema de alto risco, pois faz com que o estado não seja “auto-suficiente” para
poder suprir todas necessidades dos seus cidadãos, em situações que não se encontra estável
financeiramente.
Para o processo de industrialização, é necessária a criação de um plano de investimento lógico, de
modo a atingir as metas traçadas, capaz de fazer frente a influência do mercado externo.
Investimento é a aplicação de um determinado capital num sector confiável e duradouro. As
decisões de investimento nos diversos sectores de um país, carecem da reunião do maior número
de informações, de modo a prever os possíveis obstáculos no arranque do projecto. É indispensável
a realização de estudos de viabilidade financeira dos projectos de investimento, que de uma forma
reduzida podemos destacar:
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Baixe A Petroquímica como uma das alavancas de industrialização de Angola e outras Notas de estudo em PDF para Economia, somente na Docsity!

AUTOR: Maurício N.P. Kilombo.

Estudante de Engenharia Química pela Universidade Estatal de Voronezh de

engenharias e tecnologias.

Tema:

“A PETROQUÍMICA COMO UMA DAS ALAVANCAS DE

INDUSTRIALIZAÇÃO DE ANGOLA...”

I. ANGOLA E A INDUSTRIALIZAÇÃO.

O quadro crítico actual do Estado angolano, com estreita ligação à depreciação do preço do petróleo, teve um impacto directo na sua instabilidade sócio-económica, resultando numa drástica mudança na qualidade de vida do seu povo. Consequência disto, Angola encontra-se num processo de identificação e análise de “ vias e mecanismos alternativos” capazes de suster tão deficitário

quadro. A linguagem corrente em Angola é: “diversificação da economia”; procuram-se outras iniciativas

para associar à exploração do petróleo que constitui mais de 80% dos rendimentos do País.

O presente artigo versa e aborda “o sector petroquímico” como uma “sugestiva opção” dentro da ansiada diversificação da economia, capaz de suplantar o actual contexto, guindando o país de Angola à “nova era” de industrialização.

A “ industrialização”, surgiu como um processo de modernização de instrumentos, técnicas, processos de produção de uma determinada sociedade. A industrialização foi, originariamente, regido pelo sistema capitalista, onde há maior participação do sector privado com vista a atingir lucro e acumulação de riquezas. Dentro deste sistema, os Governos são menos participativos, tendo como principal função a criação de um bom ambiente de negócios com o sector privado. Angola, ao ter advindo do sistema de economia centralizada (Socialismo), acentuado por um maior intervencionismo dos Governos no sector económico, no afã de providenciar o bem-estar das populações. É um sistema de alto risco, pois faz com que o estado não seja “auto-suficiente” para poder suprir todas necessidades dos seus cidadãos, em situações que não se encontra estável financeiramente.

Para o processo de industrialização, é necessária a criação de um plano de investimento lógico, de modo a atingir as metas traçadas, capaz de fazer frente a influência do mercado externo. Investimento é a aplicação de um determinado capital num sector confiável e duradouro. As decisões de investimento nos diversos sectores de um país, carecem da reunião do maior número de informações, de modo a prever os possíveis obstáculos no arranque do projecto. É indispensável a realização de estudos de viabilidade financeira dos projectos de investimento, que de uma forma reduzida podemos destacar:

Estudo técnico: define as bases tecnológicas e o material para uma dada produção. Estudo do mercado: analisa o grau de procura do produto desejado da futura indústria por parte da sociedade, bem como táticas de manuntenção neste mercado. Quantificação de investimento: estima os parâmetros básicos de avaliação do projecto. Estudo de financiamento: define os parâmetros de aquisição do capital para o investimento.

Para obtenção de resultados positivos de investimento, Angola precisa dispensar a sua maior atenção no estudo técnico, pois ele revela a rentabilidade do processo (obtenção da matéria prima, custos de produção, etc...), dependendo ou não do mercado externo. Caso contrário o projecto não será duradouro, como por exemplo, o investimento angolano na zona económica especial (ZEE). O sector petroquímico poderá ser uma das saídas de investimento, porque dele podemos obter os insumos necessários para dar início as actividades de outras indústrias.

II. A PETROQUÍMICA.

A petroquímica como sector de transformação de matéria química, pode ser definida como uma indústria química, que utiliza matérias-primas como o gás natural e as fracções mais leves do petróleo, para a geração de produtos de bens e consumo humano. Por meio de processos químicos e físicos (destilação atmosférica, craqueamento catalíco ou retardado, etc..), podemos retirar das matérias-primas, os principais produtos utilizados na actividade petroquímica (eteno, propeno, butadieno, benzeno, etc...).

II.1 Petroquímica e a economia.

Um pólo petroquímico é concerteza um contribuinte para o desenvolvimento económico e social de uma determinada região. O sector petroquímico apresenta a particularidade de gerar centenas de empregos directos e milhares de empregos indirectos; para além da tendência crescente do faturamento que nele advém. Os produtos utilizados na petroquímica sintetizam outros produtos, que são utilizados em diversos sectores económicos:

 Agricultura- fertililizantes e pesticídas, que são resultantes de compostos nitrogenados sintetizados na indústria petroquímica;  Indústria alimentar- ácido benzóico, utilizado para conservação de alimentos;  Indústrias químicas- variedade de derivados petroquímicos utilizados para produzir tintas, papel, plásticos, solventes, etc...

II.2 Estágios da petroquímica.

As indústrias centradas na produção de produtos petroquímicos, podem ser agrupadas em 3 gerações:

 1º Geração- utiliza o gás natural e as fracções mais leves do petróleo para a produção de petroquímicos básicos;  2º Geração- utiliza os produtos da 1º geração para a produção de outros produtos petroquímicos (polímeros, compostos nitrogenados, fosfatados, sulfurados, etc...);