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Resenha crítica da obra "A Luta pelo Direito" de Rudolf Von Ihering
Tipologia: Resumos
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IHERING, Rudolf Von. A LUTA PELO DIREITO. 7.ª edição revista da tradução de J. Cretella JR. e Agnes Cretella. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013. A Luta pelo Direito, é uma obra objetiva, clara e acessível – não é destinada somente aos operadores do direito, o que a torna cativante a um público universal. A obra em análise, é de autoria do jurista e romancista alemão, fundador do método teleológico, Rudolf Von Ihering (1818-1892). Doutor em Direito pela Universidade de Berlim, Ihering estabeleceu estudos embasados na percepção das mudanças sociais e o reflexo destas no ordenamento jurídico. Inicialmente, a obra surge através da transcrição de um discurso de Ihering na sociedade jurídica de Viena, em 1872, onde ele defendeu que somente através da luta pelo direito alcançaremos a paz. Após este evento, ele editou o texto, tornou a linguagem palpável para atrair o interesse da população, e publicou o livro com 127 páginas, dividido em cinco capítulos, o qual apresenta forte cunho social. À medida da leitura é perceptível como a abordagem trazida pela obra é atual, seja na luta de grandes ou de pequenas causas – afinal, é necessário lutar constantemente pela efetivação e garantias fundamentais do direito que possuímos. O Direito, em suma, é um estado de eterna luta. Dessa maneira, não há apenas a necessidade de defender os direitos, há, na verdade, um dever moral de protegê-los quando estes são atacados. Infelizmente, há aqueles que não se importam ao terem seus direitos violados. Estes, são criticados por Ihering e comparados a minhocas, ou seja, ele não pode reclamar de ser pisoteado ao passo que ao adotar o conformismo abriu mão dos direitos. E, aquele que não luta por seus direitos individuais jamais lutará pelo direito coletivo. O autor considera a lei como uma batalha estabelecida por meio da luta. A maioria dos homens veem as leis apenas como condição de paz e ordem. Dessa maneira, Ihering estabelece outra crítica quanto a lei estar fielmente atarefada com a balança, mas não compromissada com a espada da justiça. “A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é o direito impotente.” (p.23). Isto é, estamos inseridos no Direito, temos ciência que o possuímos, todavia não o aplicamos.
Na obra, o autor compara o nascimento da lei com o nascimento do homem. De modo que ambos nascem através de dores violentas no parto, e essa dor seria uma etapa necessária. Entretanto, as dificuldades são resolvidas à medida que é estabelecido o vínculo de mãe e filho, bem como entre o homem e a lei. A real temática da obra é a batalha pelo Direito. Esta, é o produto decorrente da violação do direito de alguém. Em síntese, “a desigualdade dos direitos é a primeira condição para que em geral haja direitos.” (NIETZSCHE, 2016, p.80). O autor estabelece a questão acerca do que fazer quando seus direitos são violados – encarar ou desistir. Isso cabe ao indivíduo responder, porém sacrificará a paz em nome da lei ou a lei em nome da paz. Para o autor, a validade desta escolha encontra-se no sentimento de justiça. Outra pergunta levantada por ele seria o julgamento necessário a pessoa que negar seus direitos em troca da paz. Segundo ele, isso dependeria somente do temperamento individual e estaria diretamente permitido pelo direito individual. Assim poderia este indivíduo escolher abandoná-lo ou reivindicá-lo. Entretanto, Ihering discorda disto e afirma que gera um conflito com a própria lei. Ao passo que todos nós quanto detentores legais de direitos deveríamos resistir para que a lei se afirme. O autor defende que é de extrema importância que busquemos e lutemos pelo Direito, pois ele é a garantia da cidadania para todos os indivíduos que compõe a sociedade. A ideia central do livro é o que almejamos alcançar: a paz. A resposta dada por Ihering encontra-se ao longo dos capítulos da obra, e esta só será alcançada através da luta e do trabalho exercidos por cada um na sociedade. Concomitantemente, encontraremos na paz o gosto da vitória. Dessa forma, cabe ao indivíduo correr atrás da justiça, para que mais tarde não culpe a injustiça de ter tomado o lugar da lei. De maneira análoga, acerca da injustiça, Ruy Barbosa disse em um de seus discursos parlamentares que ela “desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a
BARBOSA, Ruy. Discursos Parlamentares - Obras Completas. Vol. XLI. 1914. NIETZSCHE, Friedrich. O Anticristo. Edições 70. Agosto de 2016.