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Guias e Dicas
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A Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Século XVIII, Trabalhos de História

Ressalta as transformações ocorridas antes e depois do processo Revolucionário na Inglaterra

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 12/09/2020

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Departamento de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de História
A Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Século XVIII
Sérgio Manuel Jamisse
Maxixe, Junho de 2020
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de História A Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Século XVIII Sérgio Manuel Jamisse Maxixe, Junho de 2020

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de História A Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Século XVIII Sérgio Manuel Jamisse Maxixe, Junho de 2020 Trabalho de campo a ser submetido na Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino de História do ISCED. Tutor: Mestre, Albino Ninca

Introdução A história indica que, antes da chegada da Industrialização, a Inglaterra era um país com uma economia frágil, que não visava lucros, e que estava longe de ser próspera. No século XVIII, uma sucessão de invenções deu origem ao modo de produção fabril, no qual uma série de melhorias no processo produtivo contribuiu para a origem da Revolução Industrial que transformou a capacidade produtiva inglesa. Alguns fatores contribuíram para esse processo, entre esses, o crescimento populacional e a migração da população do campo para as cidades que resultaram num largo crescimento da mão de obra disponível e sua exploração pela burguesia emergente. O presente trabalho, surge no âmbito da cadeira de História, ministrada no ISCED, curso de Licenciatura em ensino de História e visa abordar o estudo sobre a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, no início do século XIII, assim como, ressaltar as transformações ocorridas antes e depois do processo Revolucionário na Inglaterra. As origens da Revolução Industrial na Inglaterra são complexas e diversas, uma vez que abarca um amplo debate histórico sobre a gênese, evolução e resultados finais desse processo. O objetivo geral da pesquisa é aprofundar o estudo em torno dos acontecimentos que marcaram o surgimento da indústria na Inglaterra e revolucionaram o meio urbano. Para se alcançar com êxito o objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:  Descrever o contexto da Inglaterra antes da Revolução Industrial;  Identificar os factores que deram origem a revolução industrial na Inglaterra; De salientar que a Revolução Industrial foi um precedente para a passagem do capitalismo comercial para o capitalismo industrial e provocou uma ampla mudança estrutural na organização econômica e social inglesa e mundial. Além desta introdução, o presente trabalho apresenta as definições dos principais conceitos, descre o contexto da inglaterra ao longo da história antes da Revolução Industrial, avança os fatores que condicionaram a emergência da Revolução Industrial inglesa no século XVIII, busca fazer uma breve análise da Revolução Industrial e seus desdobramentos. Por fim, a conclusão e as considerações finais. Tratando-se de um trabalho de natureza qualitativa, desenvolvida através de pesquisa bibliográfica exploratória a sua realização baseou-se nas páginas disponíveis na internet (artigos em pdf, revistas, jornais, dicionários, entre outros) que debruçam sobre o assunto.

A EMERGÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA SÉCULO

XVIII

A Inglaterra é o pioneiro na Revolução Industrial que revolucionou a nível mundial, o modo de produção, a qual chegou acompanhada de muitas conquistas, no sistema fabril-capitalista. Partindo do presuposto acima, há necessidade de questionar em torno do assunto, de modo a compreender as ideias e opiniões de pesquisadores e historiadores sobre a história da primeira revolução industrial ocorrida na sociedade inglesa, buscando assim o conhecimento da trajetória desta conquista. Para prosseguir com a realização do trabalho, serão apresentadas a seguir, as definições dos principais conceitos chaves do trabalho, de modo a permitir um enquadramento teórico do tema principal. Revolução De acordo com o Houaiss, dicionário da Língua Portuguesa, os muitos significados do termo revolução recaem sobre os seguintes aspectos: rebelião armada; insurreição; mudança política radical; ransformação súbita econômica ou dos costumes. Para o presente trabalho, importa considerar o significado da palavra “revolução” como uma transformação súbita, seja na economia ou nos costumes de determinado contexto histórico-social. A revolução pode ser definida como uma mudança ou transformação radical relativamente ao passado imediato, que pode ter lugar em distintos âmbitos (social, económico, cultural, religioso, etc.) em simultâneo. Ao decorrer da história, os seres humanos presenciaram e atuaram em inúmeras revoluções, em suas mais variadas formas e em seus mais variados graus. De acordo com Hobsbawm (2013), o século XVIII - XIX, é considerado o período no qual grandes revoluções ocorreram e ganharam forma e força, especialmente no continente europeu, tais acontecimentos históricos foram essenciais para a consolidação de grandes transformações sociais, culturais, políticas e econômicas, de maneira a gerar impactos e influências que perduram até os dias de hoje.

O contexto da Inglaterra Antes da revolução industrial Verifica-se, que até o final do século XV, a Inglaterra era mais um país que vivia sob o regime do sistema feudal, com base em uma economia que visava apenas à subsistência da população inglesa, e para isso, utilizavam da agricultura, e de pequenos artesanatos, assim como, da força do trabalhador camponês, do cultivo de gado, e de ovelha para a produção de lã. Na Inglaterra, antes da Revolução Industrial, a produção de bens era realizada inteiramente de modo artesanal e manual pelos artesãos e, em alguns casos, com o emprego de algumas máquinas simples que facilitavam a confecção de produtos. O trabalho era feito em baixa escala e o processo de produção era muito demorado. Ainda sem a implantação das fábricas, o trabalhador realizava os serviços em casa com a ajuda da família. Nesse momento não existia divisão do trabalho, ou seja, ele participava de todo processo de produção, desde à matéria-prima até a venda. A formação da Revolução Industrial na Inglaterra Segundo explica Eric Wolf, vários fatos aconteceram para desenvolver a Revolução, porém, conforme descrito anteriormente, de modo geral, a economia Inglesa estava longe de ser próspera, porém foi a partir do século XV que muitas transformações correram na sociedade inglesa, influenciando no processo de mudanças que a levariam a ser a percussora da Revolução Industrial. Contudo, a situação mudou radicalmente, quando os ingleses conseguiram aumentar suas exportações para os Países Baixos, mas foi com o avanço tecnológico e com o desenvolvimento de técnicas agrícolas, industriais e de manufaturas que começaram a exportar seus produtos, permitindo desta forrma o início do desenvolvimento econômico inglês. De acordo com THOMPSON (1991), a burguesia almejava uma economia forte e crescente, que visasse lucros altíssimos de seu interesse, assim como, um controle social sobre a classe trabalhadora no processo de industrialização das fábricas. Por conta disso, a população

carente do interior foi forçada a sair do campo, onde realizava suas pequenas atividades artesanais e agrícolas, para residir na cidade, com o objetivo de desenvolver o trabalho nas fábricas. Dessa forma Wolf resume o desfecho da formação da Revolução em quatro pontos principais, a saber: o primeiro seria a transformação da agricultura em negócio; o segundo se voltaria as ligações entre o interior e Londres criando assim relações importantes entre comerciantes e proprietários de terras; em terceiro era a situação em que no meio do século XV já havia acabado a servidão e com isso teve-se um processo de converter a terra que era trabalhada por camponeses em arrendamentos e isso se baseava também em uma força de trabalho que se chamaria de trabalhadores móveis; e por último as crises políticas entre a aristocracia e o rei, acabaram por fazer com que se criasse um novo cenário na sociedade local, assim muitas relações comerciais acabaram por se estender para o campo. A Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Em meados do século XVII, com o inicio da Revolução Industrial ocorreram algumas mudanças tecnológicas que começaram a partir de um maior acúmulo de capital. Segundo PERKIN & WOLF, o capital inicial destinado à industria era em sua maior parte local, levantado por meio de conexões de parentesco, casamento, amizade e conhecimentos locais, não provinha de fontes institucionais. Esse capital reservado financiou a compra de máquinas e a consequentemente melhoria das mesmas. Beaud (1987), relata o cenário inglês no início do processo de industrialização: "Assim se inicia na Inglaterra a transformação capitalista da produção, da qual um aspecto será enfatizado sob o nome de revolução industrial: a dominação colonial, o comércio mundial, o capitalismo mercantil ocasionam, com o desenvolvimento das trocas, o crescimento do fornecimento de produtos básicos (chá, açúcar, algodão) e o crescimento de mercados (têxteis, produtos manufaturados); as enclosures e a primeira modernização da agricultura fornecem um proletariado desenraizado e disponível; o espírito científico e técnico aplicado á produção suscita um seguimento de invenções que fazem uma bola de neve; capitais disponíveis, originários especialmente do comércio e da agricultura, permitem a construção de fábricas. A produção vai crescer patentemente, o assalariado se expandir e as lutas operárias se multiplicarem e se organizarem."

  1. Factores Geográficos : A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes conflitos europeus, tendo, por isso, um desenvolvimento interno melhorado com facilidade de transporte naval interno e internacional. Factores Sociais : a lei de cercamento foi retirando dos camponeses à possibilidade de utilizar as terras, obrigando-os a partir para a cidade. Impacto da Emergência da Revolução Industrial na Inglaterra Certamente, foram às relações sociais, econômicas, culturais e de poder que viabilizaram a aceleração do processo de industrialização primeiramente na Inglaterra. Com a introdução das fábricas e das inovações tecnológicas, esse processo sofreu rápidas mudanças. A fábrica tornou possível um maior controle, por parte do empregador, do trabalho desempenhado por seu empregado, do qual foram exigidas cada vez mais eficiência, rapidez e qualidade na produção. A Revolução Burguesa na Inglaterra mudou a realidade social, política e econômica da época. Ao adquirir importância, a grande indústria transformou os utensílios em máquinas, as oficinas em fábrica e, desse modo, a classe trabalhadora média em proletário operário, e, os negociantes de outrora em industriais; aos mestres e companheiros de outrora sucedera os grandes capitalistas e operários sem perspectiva de se elevarem acima da sua classe; o artesanato industrializou-se, a divisão do trabalho operou-se com rigor, e os pequenos artesões que não podiam concorrer com os grandes estabelecimentos foram atirados para as fileiras da classe proletária. (ENGELS, 1986, p. 26) Contudo, o processo inicial da industrialização apesar de ter gerado lucros para a classe burguesa, e movimentado a economia do país, segundo Engels (1986) causou também, um grande impacto, nas relações sociais que organizavam a Inglaterra nesse período. O início da Revolução Industrial e a inserção de máquinas com tecnologias mais sofisticadas:  levou ao êxodo rural e ao aumento populacional nas cidades, que ofereciam condições precárias de existência para os menos abastados.

 os rios foram contaminados pouco a pouco pelos esgotos das fábricas, mosquitos, ratos, pulgas, bactérias e doenças foram se proliferando, e se alojando nas cidades, nas casas dos trabalhadores, e pestes foram surgindo de uma maneira alarmante, como foi o caso da peste negra.  como não haviam leis trabalhistas que regulamentassem o trabalho infantil, era comum que famílias inteiras trabalhassem como operários.  jornadas de trabalho intensas, baixos salários, utilização de mão de obra infantil, entre outras coisas, faziam parte do cotidiano dos trabalhadores. Documentos de época comprovam a existência de emprego de crianças a partir de quarto anos de idade. Muitas vezes, eram elas as responsáveis pelo conserto de máquinas quebradas, visto que o espaço de tempo era muito pequeno para que um adulto as consertasse. As crianças da classe do proletariado, foram muito exploradas, mal tratadas, sem direito á escolarização, a educação e a moradia decente, pois para a burguesia inglesa o que contava eram os lucros do trabalho humano, tanto do trabalho infantil, quanto do trabalho adulto, sendo que um processo democrático, coletivo e de humanização social, jamais foi pensado e refletido na sociedade inglesa da Idade Moderna. Engels (1986) dedicou todo um livro á denúncia das condições de vida a que estavam expostos esses trabalhadores. Para tanto, apresentou relatos de comissários de investigação, pastores, padres e missionários que descrevem minuciosamente as condições a que estavam submetidos.

remuneração, garantia e proteção em casos de doenças, acidentes, tempo de serviço, carga horária trabalhada, hora extra, entre outros. Bibliografia https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/revolucao-industrial-na-inglaterra https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/revolucao-industrial.htm https://blogdoenem.com.br/primeira-revolucao-industrial-historia-enem/ https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/ 10264518102016Historia_economica_geral_e_do_brasil_Aula_03.pdf https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/revolucao-industrial http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/ 2016/2016_pdp_hist_unespar-paranavai_noelicristinaperobelli.pdf