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Trabalho sobre a casa de vidro
Tipologia: Trabalhos
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 12/02/2015
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Matéria: Estudo de Espaço Arquitetônico e urbano
Através dos conceitos de Maria Lúcia Malard e Edson Mahfuz.
1. Introdução:
O presente trabalho teve como intuito fazer análises sobre “A Casa de Vidro”, projeto arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, para sua própria residência. Considerada um marco na arquitetura modernista e que muito contribuiu para a relevância deste movimento em sua versão brasileira. A partir da pesquisa de fontes primárias dos arquivos do Instituto Lina Bo Bardi, sites na internet este estudo teve coo intenção, levantar e interpretar o percurso de elaboração do referido projeto. Dois textos: “As aparências em arquitetura” de Maria Lucia Malard e “Nada provém do nada” de Edson Mahfuz, foram fundamentais na elaboração deste trabalho que é examinada em seus vários aspectos, confrontando as limitações de sua realização e concepção. Por fim, o trabalho buscou explorar o sentido mais profundo da concepção da obra, seus aspectos positivos e o seu papel, como peça de embasamento arquitetônico.
Parte I Análise da casa de vidro de Lina Bo Bardi Através dos conceitos de Maria Lúcia Malard.
mudam o esquema de volumetria única. Destacando-se aquela cuja distribuição contém um volume principal de grandes dimensões, suspenso por pilares e outro de acentuado desenvolvimento linear, apoiado diretamente sobre o solo. Esta associação de dois volumes parece já conter, num estágio ainda preliminar, o esquema adotado na solução final. As dependências principais da casa estão interligadas por passagens e por corredores que se conectam de forma funcional, destacando a copa/cozinha que liga a parte frontal com a parte traseira da casa onde estão as dependências de serviço. Aqui a autora do projeto foi feliz nesta separação em parte, pois ainda permanece aqui o sentimento de isolação, embora integrada, com esta parte da casa. Tornando-a pouco visitada pelos proprietários. Como neste caso, a liberdade de movimento (embora fisícamente haja) parece ser o conceito mais importante neste projeto, identifica-se aqui a necessidade de uma correção. Naturalmente que estas observações em nada diminuem a importância da obra, mas tem o propósito apenas de elencar alguns aspectos que à luz dos dias de hoje, poderiam ser melhorados. Os jardins que circundam a casa dão um toque original e criativo ao projeto, que integralizados a ambiência, apenas confirmam a noção de “espaço vivido” (Mlard,2006) Este conceito é perceptível, quando determinadas áreas foram deixadas para que a vegetação “penetrasse” no projeto, ao invés de apenas serem elementos isolados no exterior. O que nos deixa com uma sensação poética de algo que ficou parado no tempo (fig 05).
Fig. 05 & 06 No entanto, pressupondo-se que os valores se traduzem no contato, nos hábitos, nos rituais de comportamento e a despeito da geometria da casa, creio
que sendo o homem a parte mais “fraca” ou suscetível nesta experiência. E o vidro sendo o material de grande performance na obra, conectam-se de forma exemplar. Pois funcionando como uma redoma invisível de proteção traz ao mesmo tempo a segurança contra as vicissitudes naturais não interferindo no evento ou na conexão com o ambiente onde estão inseridos homem e edificação (fig.06). RAPOPORT (1986) apud Malard (2006), diz que quando os ambientes são projetados, quatro elementos são organizados: espaço, significado, comunicação e tempo. Já se demonstrou que o homem quando espacializa suas intenções, atribui o significado ao espaço, uma vez que dispõe objetos, marcas e cômodos de acordo com o quer fazer naquele ambiente. Ora, partindo-se deste argumento fica fácil entender que o processo de criação deverá ser dinâmico e coerente com as necessidades exigidas pela experiência de quem as utilizará. A conclusão a que se chega é de que ainda neste contexto, a “Casa de Vidro” de Lina Bo Bardi vem sendo uma espécie de tradução da habitação essencial, a realização desta obra parece ter sido também a oportunidade de ensaiar formas ideais da habitação moderna. Tais como hoje muito se vê em habitações de cunho econômicos, sejam eles de ordem financeira ou de detalhes puramente estéticos.
Parte II Análise da casa de vidro de Lina Bo Bardi Através dos conceitos de Edson Mahfuz.
“Para saber escrever é preciso saber ler” (Borges, Jorge Luis) apud Mahfuz (1984). Serve para no mínimo dar uma ideia que para fazer arquitetura de boa qualidade é necessário também conhecer história, o passado cultural que se perpetualiza nas dobras do tempo e que muita informação oferece para os olhos atentos. E essa busca de relações com o passado cultural, permite uma
parte da estrutura, trouxe-lhe a autenticidade necessária permitindo ser o ponto de partida para futuras experiências. A Inovação pode estar implícita também na experiência da vivência de “estar nu” rodeado pela floresta. Quando até então, em construções similares as paredes desempenhavam o papel de proteção física e visual. Já o método normativo neste caso, é caracterizado pelas formas arquitetônicas que buscam auxílio nas formas geométricas para obter sua estética. Isso é notável, quando percebemos o uso de cubos na composição dos espaços e aparência, criando assim uma ordem natural ao movimento e aos espaços. E ao mesmo tempo sugerindo e determinando locais. O uso do método normativo, é possível ser identificado também quando analisamos a malha tridimensional aplicada. Percebe-se que o retângulo frontal tem uma harmonia provavelmente orientada na razão áurea, o que lhe confere a agradabilidade visual, já muito conhecida pelos antigos gregos. Tornando-a uma expressão de simetria, de harmonia e rara estética. O método tipológico se apresenta na utilização e disponibilização da área principal da casa no primeiro andar, similar aos conhecidos piano nobile (Mahfuz, 1984). Também na utilização dos sistema de pilotis como colunas de sustentação do plano principal da residência e que ainda em um plano iconográfico associa-se à lembrança de palafitas, cujas estruturas tem o mesmo perfil embora com atuações diferentes. E por fim o método mimético pode ser aqui ser identificado por várias situações que já estão inclusas em outros métodos. Mas valendo destacar-se o conceito mimético aristotélico, pela livre associação dos elementos geométricos (cubos, retângulos e cilindros) que geraram uma analogia estilística, permitindo a combinação necessária para resolver o problema da arquitetura.
Lina Bo Bardi se utiliza do método mimético na própria concepção do projeto, pois fica evidente que foi construído à maneira de casas nas encostas de morros ou colinas em regiões serranas, fazendo uso dos mesmos elementos (a projeção apoiada em sistemas de pilotis) como muito se vê na zona rural de certas regiões do Brasil e em morros do Rio de Janeiro (fig.07&08).
Fig.07 & 08
A despeito da diversas opiniões positivas ou negativas sobre a “Casa de Vidro” de Lina Bo Bardi. O importante é que trata-se sem dúvida de um grande marco na arquitetura brasileira. Sendo essa talvez uma forma de retribuição criativa e generosa para o país que esta européia adotou como pátria. Mas o que aqui se discute na verdade, são as noções apresentadas no ensaio de Mahfuz, que certamente irão gerar um desenvolvimento extremamente positivo na busca pela arte de fazer arquitetura com conhecimento. Conhecimento este que muito poderá produzir profissionais que saibam como “reinventar” as necessidades da arquitetura de forma criativa. Adaptando-se aos novos tempos e novos materiais.
Parte III Análise físico-visual da casa de vidro.
Outros aspectos são de grande interesse para melhor compreender onde se aplicam o partido arquitetônico. Entre eles podemos elencar:
3.1- Iluminação A análise visual da fonte de iluminação direta e indireta do edifício. Permite perceber que quase em sua totalidade o prédio é iluminado pela luz natural.
3.4- Estrutura. A análise visual da malha estrutural mostra um sistema de apoio em pilotis e as paredes do andar térreo onde estão as colunas de sustentação da edificação. Gerando uma organização do edifício em dois níveis. Neste esquema aparece claramente definida a malha estrutural distribuída em vãos regulares com dimensões em torno de 5 metros.
3.5- Massa. A análise visual da massa da edificação no terreno.
3.6- Simetria.
A análise visual externa da casa de vidro, possibilita entender que existe uma simetria nas linhas, em sua parte frontal, sendo assimétrica quanto a parte lateral. Em todo caso, a utilização de cubos foram essenciais no balanço visual e responsáveis pelas linhas elegantes.
3. Conclusão.
CARRILHO, Marcos José - A Casa de Vidro Professor Universidade Mackenzie, Arquiteto IPHAN
Imagens
http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/07/02/2009/o-que-e-urbanismo/
http://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/23/a-casa-de-vidro-lina-bo-bardi/