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Este documento discute o papel importante dos químicos na elaboração de estudos de impacto ambiental (eia) e na promoção de química verde. O texto aborda a necessidade de estudos de eia em atividades com grande potencial de alteração ambiental, a participação de químicos na elaboração de eias, e a importância da química verde na redução ou eliminação de solventes, reagentes e subprodutos nocivos. Além disso, o documento apresenta informações sobre eventos relacionados à química e ambiente, como conferências e encontros de profissionais da química.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A química biológica nos
cursos de graduação da
uAg/ufrpe: abordagem
sob a forma de situação
de estudo
José ribeiro dos
Santos Júnior
O Dia do Químico
pelo Brasil
EstUDos DE
iMPACto AMBiEntAL
Profissionais se unem
para atenuar o impacto
da ação humana
EstUDos DE
iMPACto AMBiEntAL
Profissionais se unem
para atenuar o impacto
da ação humana
EstUDos DE
iMPACto AMBiEntAL
Profissionais se unem
para atenuar o impacto
da ação humana
Neste trimestre, a revista trata dos Estudos de Impacto Ambiental , um campo de trabalho promissor para o profissional da Química. A matéria fala da importância do eIA/Rima para a diminuição do impacto da ação humana através de grupos de profissionais multidisciplinares. Conversamos também sobre o Biodiesel com o professor José Ribeiro dos Santos Júnior , para quem o mercado de trabalho dos profissionais da Química só tem a ganhar com a preocupação do governo com o tema.
Além disso, este ano acompanhamos as comemorações do Dia do Químico pelo Brasil, que teve como tendência a Química Verde e a preocupação com o meio-ambiente. Na impossibilidade de executarmos a cobertura em todos os lugares, os Sindicatos e Conse- lhos do piauí, Santa Catarina, Mato grosso, Amazonas e Rio grande do Sul colaboraram enviando material para que a revista fosse completa e seguisse a orientação editorial (voltada às entidades). Contamos com a colaboração de todos os federados para que os próximos números continuem contemplando a todos e cumprindo o seu papel: levar a informação aos interessados.
agenda
dica de livro
Encontrou um livro interessante? Colabore! Escreva para a QH e tenha sua resenha publicada.
Data: 17 à 21 de setembro de 2007 Local: Natal/RN Informações: www.abq.org.br/cbq/
Data: 26 a 28 de setembro de 2007 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo - SP Informações: www.analiticanet.com.br
Data: 30 de setembro à 03 de outubro de 2007 Local: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde São Pedro – SP Informações: www.abeq.org.br/enbeq2007.php
honha Data: 23 e 24 de agosto de 2007 Local: universidade federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – ufVJM - Dia- mantina - Mg Informações: fundaepe@jknet.com.br (38)3531-2605 ou (38)3531-3983.
Data: 07 a 11 de outubro de 2007 Local : Centro de Convenções do Hotel garden – Cam- pina grande – pB Informações: cbpol@abpol.com.br/www.cbpol.com.br
Como diz o título, o autor passa por quase todas as áreas da ciência, desde astrofísica, física, química e até biologia, comentando sobre os grandes ques- tionamentos e descobertas dos cientistas que nos ajudaram a entender um pouco do mundo que nos cerca.Comenta ainda características da personalidade desses grandes homens que mudaram o curso da história, como por exemplo, Dmitri Mendeleiev, que estruturou a tabela periódica inspirado no jogo de cartas, conhecido como paciência, em que as cartas são dispostas por naipes na horizontal e por números na vertical. Entretanto, o cientista tinha uma personalidade excêntrica, recusando-se a aceitar a existência do elétron, da radioatividade ou de qualquer outra novidade do mundo científico. Mara Lise Zanini [Faculdade de Química-PUCRS / Membro da ABQRS]
Divulgue seu evento Este espaço está disponível para a divulgação de eventos da área da química ou afins, na sua cidade, instituição ou associação. Envie as informações para a revista através do e-mail quimicahoje@terra.com.br
Data : 24 a 26 de Outubro de 2007 Local: Transamérica expo Center - São paulo – Sp Informações: http://www.abrafati.org.br /con- gresso@abrafati.org.br
Data: 15 a 17 de novembro de 2007 universidade estadual de ponta grossa – ponta grossa – paraná Local: Colégio Marista parte inferior do formulário Data: 15 a 17 de novembro de 2007 Local: Colégio Marista - universidade estadual de ponta grossa – ponta grossa – pR Informações: http://www.eventos.uepg.br/ sbqsul2007/sbqsul2007@uepg.br/sbqsul2007@ gmail.com
Data: 18 a 22 de novembro de 2007 Local: Centro de Convenções do Serrano Resort Convenções & Spa - gramado – RS Informações: http://www6.ufrgs.br/carbono
Data: 9 a 11 de dezembro de 2007 Local: Hotel The Royal palm plaza – Campinas - Sp Informações: www.brmass.com.br/congresso
Companhia das Letras
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sendo adicionado [o biodiesel] ao diesel enquanto pro- gressiva mente buscam-se alternativas. por exemplo, o álcool hoje produzido no Brasil poderá ser produzido em dobro utilizando a mesma área plantada, se a tecnologia de produção de álcool do bagaço da cana for implantada. Não fazer nada agora, quando estamos sob ação de aque- cimento global é que tem que ser criticado e não a busca de alternativas, mesmo que inicialmente paliativas. O princípio é buscar o equilíbrio entre o que é lançado na atmosfera e o que dela é retirado. pensando que todo o combustível que tivesse de ser consumido sobre a face da Terra fosse de uma só fonte, seja ela qual for, não teríamos um esgotamento dessa fonte de alguma forma. por exemplo, se a fonte fosse oxigênio do ar reagindo com o hidrogênio, não poderíamos ter uma diminuição na quantidade de oxigênio do ar? Se por outro lado a fonte fosse água, não se fala atualmente em consumo excessivo de água e em falta de água em algumas regiões? essas são perguntas para serem respondidas pelos críticos do programa. O problema econômico sempre aparece, nesse caso, podemos dizer que biodiesel poderia servir para regular alguns preços de oleaginosas, mas não alte- rar o preço do feijão, que não é utilizado para produzir óleo, a menos que todo mundo parasse de plantar feijão para plantar oleaginosa. Veja, mesmo nesse caso, com o aumento do valor do feijão muitos agricultores voltariam a plantar para ganhar mais dinheiro.
José Ribeiro dos Santos Júnior, pesquisador da Universidade Federal do Piauí
Na área de combustíveis não
faltarão opções de trabalho para o bom profissional
a ser obrigatória em 2013], é preciso produzir aproxi- madamente 2,4 milhões de metros cúbicos de biodiesel por ano. essa meta só será cumprida, sem competir com os óleos de consumo humano, se a agricultura de olea- ginosas produzir o mesmo tanto ou mais. Novos plantios precisam ser introduzidos. percebe-se que a produção do biocombustível só será sustentável e progressiva com a implementação de plantios de oleaginosas com alta produtividade e com grande eficiência de extração do óleo. A tecnologia para isso ou está disponível, ou em desenvolvimento. No caso da produção de biodiesel, a Brasil ecodiesel pode ser tomada como exemplo, saiu de um processo de produção em batelada e passou para um processo contínuo, isso é evolução tecnológica. Seguindo os passos do álcool muito ainda será feito neste campo.
Críticos do aumento da produção de biocombustíveis afirmam que a medida pode fazer com que produtores destinem a este fim terras que hoje são utilizadas para o plantio de alimentos. Qual a solução para isso? O aumento do numero de usinas poderá encarecer os gêneros agrícolas? Bem, se pensarmos que o consumo de óleo tem que substi- tuir totalmente o diesel e outros combustíveis, realmente a necessidade de produzir óleo deverá alcançar todas as terras produtivas e será totalmente inviável. entretanto, essa não é a meta inicial, pois em todos os paises está
CRQXVIII - d
IVulgação
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Em recente palestra em Mato Grosso, o sr. falou do sur- gimento de usinas precárias que não têm acompanha- mento técnico de profissionais químicos habilitados, fato que põe em risco a saúde da população. Que tipos de riscos são esses? A produção de biodiesel envolve um óleo vegetal e um álcool de cadeia curta na presença de um catalisador para obter o produto. Nas usinas em que se empregam somente reatores e decantadores o resíduo de álcool permanece no biodiesel. em se tratando de álcool metílico existe um risco potencial associado, uma vez que ele é volátil e pode ser absorvido pelas pessoas que o manuseiam, nesse caso, o risco de intoxicação aparece. A razão para isso é que o nosso organismo não consegue se livrar dos produtos do metabolismo do metanol, que provocam as intoxicações. Os usuários desavisados poderiam pensar estar seguros e utilizar métodos inadequados de manu- seio, ou deixá-lo entrar em contato com a pele. No caso do etanol o risco é menor, mas todos sabem que álcool etílico faz mal a saúde.
Qual o processo de instalação de uma indústria? Que critérios segue? E quimicamente quais são os requisi- tos? O processo de instalação de uma usina de biodiesel leva em consideração aspectos técnicos, aspectos econômicos e os incentivos dados pelo governo federal. No caso das usinas de biodiesel um decreto presidencial isenta o empreendimento de impostos como pIS/pASep e COfINS. Além disso, o governo criou um programa chamado Selo Verde para incentivar a criação de empregos no campo. O selo é dado ao produtor de biodiesel que adquirir maté- rias-primas de produtores rurais da agricultura familiar. As tecnologias são adaptadas de acordo com o tipo de óleo disponível, isto é, em função das características do material disponível. De forma mais simples: frigoríficos dispõem de gorduras animais enquanto extratoras de soja produzem óleo vegetal de soja. Do ponto de vista econômico, quanto menor o valor das matérias-primas, mais chances de rentabilidade terá o projeto. Do ponto de vista químico a reação envolvida é uma reação de transesterificação, que pode ser realizada por diversas maneiras na presença de diferentes catalisadores, levando à busca de melhores processos, mais baratos e com maior eficiência.
É rentável? Bem, aqui talvez a pergunta não seja essa, e sim, é competitivo? existe um limite de comparação puramente econômico para os valores dos dois combustíveis, e nesse caso os biocombustíveis de oleaginosas têm plena desvan- tagem. Veja o que aconteceu com o álcool quando ele foi introduzido na matriz energética do Brasil: era totalmente inviável, pois não poderia competir com a gasolina do petróleo. Hoje o álcool é competitivo com o petróleo, custando 22 dólares o barril. Onde está o preço do barril de petróleo? em torno de 60 dólares. O desenvolvimento agrícola e tecnológico na produção dos biocombustíveis também vai os levar a um patamar semelhante.
Quais são os projetos de reaproveitamento da glicerina que “sobra” da reação? esse é um problema semelhante ao do vinhoto quando se iniciou a produção de álcool, pois não tinha aplicação e era poluente. essa situação foi superada rapidamente, tanto que não ouvimos falar de vinhoto há muito tempo. glicerina é um produto de larga aplicabilidade e inicial- mente enfrenta um problema de preço. Como todo produto, ela tem que obedecer a lei de oferta e procura e neste momento, a oferta é grande [o preço cai]. Notícias recentes informam que empresas norte-americanas uniram-se para produzir etileno glicol a partir dessa glicerina abundante proveniente da produção de biodiesel. É uma proposta em larga escala. No entanto, projetos locais buscam aplicação da glicerina direta como adjuvante agrícola, no lugar de etileno glicol e na produção de polímeros biodegradá- veis.
E o mercado de trabalho para químicos? É um campo promissor ou já se encontra saturado? Como se especia- lizar na área? A produção de biodiesel é feita em uma indústria essen- cialmente química. envolve uma reação de modificação de um óleo vegetal, transformando-o em combustível. Nas usinas de biodiesel já existe uma demanda por pro- fissionais da química de nível médio e de nível superior, tanto para acompanhar o processo produtivo quanto para realizar as análises de produção e de qualidade. De uma maneira geral, os combustíveis precisam ser certificados para garantir que atendam as especificações estabelecidas pelo órgão publico de fiscalização. essa certificação é feita pelo cumprimento de um conjunto de parâmetros físico- químicos que devem ser analisados em laboratório por um profissional da química. Na área de combustível não faltarão opções de trabalho para o bom profissional.
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para propiciar a construção coletiva do conhecimento de contextos ligados a vida do estudante.
MATERIAIS E MÉTODOS A experiência foi desenvolvida na Unidade Acadêmica de Garanhuns - UAG / UFRPE, com 29 alunos do 10 período do Curso de Medicina Veterinária e 26 alunos do curso de Zootec- nia, envolvendo a disciplina Química Biológica I. A pesquisa foi desenvolvida em três momentos. No primeiro momento foi realizada uma pesquisa de campo (escolas, hospitais, supermercados e indústrias de leite), cujos instrumentos utilizados foram entrevista semi-estruturada e questionário. O segundo momento consistiu em pesquisa bibliográfica. Para a sistematização dos trabalhos, foram realizados: a) encontros de estudo e planejamento coletivo das atividades, em forma de oficinas; b) elaboração de um plano de trabalho; c) coleta e organização de materiais, d) seminários temáticos sobre a situação de estudo. Finalmente, no terceiro momento, após a coleta das informações obtidas das leituras e análise das entrevistas e questionários os alunos utilizaram os seguintes procedimentos a) discussão nos grupos dos resultados obtidos; b) organização de painéis (com texto pequeno, fotos, tabelas e gráficos); c) socialização dos resultados com a comunidade acadêmica. Com a vivência da situação de estudo, pode-se apresentar aos estudantes algo concreto, contextualizado, o quê facilitou, ainda, a construção de conceitos tais como: substâncias orgânicas, funções orgânicas, estereoquímica, ácidos graxos, dissacarídeos, proteínas, ligações, modelagem molecular química no trabalho (terpenos: alquenos naturais) e moléculas biologicamente importantes, dentre outros. Além de uma boa interação entre alunos e professor, conseguiu-se estabelecer interconexões entre os conhecimentos da disci- plina e a temática em foco.
Com a vivência da situação de estudo: “Bacia Leiteria do Agreste Meridional”, foi possível apresentar aos alunos algo concreto, contextualizado, o que facilitou os trabalhos ini- ciais de aproximação e discussão dos diferentes conceitos na resolução da situação de estudo. Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos foram apresentados em forma de oficinas. Nas oficinas foram construídos e trabalhados: Painéis interativos, seminários temáticos, painel integrado, mon- tagem de documentário, experimentação dentre outros. Os conteúdos trabalhados na disciplina Química Biológica I foram relevantes para uma aprendizagem significativa, pois se rompeu com a fragmentação e a linearidade no ensino vigente da Química. Avaliando a situação de estudo percebeu-se que a mesma estimulou a percepção dos alunos no que se refere às inter-relações entre conceitos químicos, linguagem química, fenômenos, tecnologia, questões ambientais dentre outras,
permitindo o desenvolvimento de uma visão articulada para as transformações do meio e do próprio homem (construtor e transformador) e seu meio. Como a Bacia Leiteira do Agreste Meridional parte de situações da vivência dos estudantes e é rica conceitualmente, percebeu-se melhoria no desempenho dos estudantes com relação a conceitos como substâncias orgânicas, funções orgânicas, estereoquímica, ácidos graxos, dissacarídeos, pro- teínas, ligações, modelagem molecular química no trabalho (terpenos: alquenos naturais) e moléculas biologicamente importantes, dentre outros. Foi observado um maior envol- vimento e participação deles nas aulas de química, mesmo para aqueles que construíram parcialmente alguns conceitos químicos (no ensino médio), pois no ensino tradicional este componente curricular é visto na grande maioria das vezes fora do contexto social de forma desconexa. A caminhada na busca de melhorias do ensino de química, exige tempo para planejamento e que o professor esteja em constante aperfeiçoamento, uma vez que os problemas encontrados na IES são reais e concretos e exigem soluções práticas, e não apenas idealizadas. As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais de Curso Superior propõem, por exemplo, que o Ensino Superior seja efetivamente propiciador de aprendizados formativos para a vida e não só para o trabalho. Propõem um Ensino Superior que promova conhecimentos, informações, competências/ habilidades e valores capazes de se constituírem em ins- trumentos reais de percepção, de satisfação, de cultura, de interpretação, de julgamento, de atuação e de aprendizado permanente. Uma situação de estudo insere-se como expressão prática dessa proposta, levando para a IES a efetivação dos parâme- tros estabelecidos. Com a Situação de Estudo buscou-se também romper com a racionalidade técnica, permitindo que professor seja mediador do processo de ensino aprendizagem. A realização de experimentos abstraídos da situação de estudo contribuiu para construção de conceitos tais como: densidade, solubilidade, ponto de ebulição, acidez, basicidade, indicador, substâncias estranhas, misturas, combinação, pH etc. Ao final do semestre, nas produções dos estudantes, os conceitos de química foram construídos efetivamente, o que ficou bastante evidente nos relatórios apresentados e na apresentação oral expressa em forma de painel.
Acredita-se que este tipo de atividade contribui para a qualidade do ensino de Química, desde que os professores desenvolvam, apliquem e retomem os conceitos construídos em sala de aula convencional. Enfatizamos a importância da produção de novos materiais didáticos e a interação dos
a QuÍMICa BIolÓgICa NoS CuRSoS dE gRaduação da uag/uFRPE: aBoRdagEM SoB a FoRMa dE SITuação dE ESTudo
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conhecimentos abordados com a vida social do aluno. A realização de experimentos contribuiu para construção de conceitos tais como: densidade, solubilidade, ponto de ebu- lição, acidez, basicidade, indicador, substâncias estranhas, misturas, combinação, pH etc. De um modo geral, os alunos construíram os seguintes conceitos: substâncias orgânicas, funções orgânicas, estereoquímica, ácidos graxos, dissacarí- deos, proteínas, ligações, modelagem molecular química no trabalho (Terpenos: alquenos naturais) e moléculas biologi- camente importantes, dentre outros.
AGRADECIMENTOS O autor do trabalho agradece a UFRPE/UAG pelo incentivo à pesquisa.
a QuÍMICa BIolÓgICa NoS CuRSoS dE gRaduação da uag/uFRPE: aBoRdagEM SoB a FoRMa dE SITuação dE ESTudo
INSTRUÇÕES PARA ENVIO DOS TEXTOS
REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICOS BRASIL. (2004). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. MALDANER, O. A. & ZANON, L. B. Situação de estudo: uma organização do ensino que extrapola a formação disciplinar em ciências. Espaços da Escola, 41, 2001. MALDANER, O. A. A Formação Inicial e Continuada de Professores de Química Professores / Pesquisadores. Ijuí, Ed.UNIJUÍ, 2003. SANTOMÉ, J. T. (1998). Globalização e interdiscipli- naridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas.
do(s) autor(es), mencionando, preferencialmente, categoria profissional, instituição vinculada, formação acadêmica e profissional.
RESUMO E PALAVRAS-CHAVES É indispensável a apresentação de resumo explicativo e de palavras-chaves. O resumo deve ter, no máximo, 150 palavras para fins de indexação, sendo respeitados os seguintes itens: a. Deve indicar e informar do que trata o artigo; b.Deve ser escrito em língua portuguesa (com subtítulo RESUMO), no idioma do artigo ou em inglês (com subtítulo ABSTRACT).
As palavras-chaves devem contar, no máximo, com cinco termos para fins de indexação.
REGRAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
A publicação de trabalhos na revista QUÍMICAHOJE segue às seguintes regras:
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tecnologia
Com o propósito de impulsionar a econo- mia matogrossense, o Sindicato dos profis- sionais da Química de Mato grosso junto ao Conselho Regional de Química XVI Região, realizou em Cuiabá a conferência “proces- sos de produção e Controle de Qualidade de Biodiesel”, com a participação do professor da universidade federal do piauí, José Ribeiro dos Santos Júnior. O debate sobre o combustível foi iniciado a partir da preocupação com o surgimento de usinas precárias e sem o devido acompanhamento técnico de profis- sionais químicos habilitados, em diversas localidades. Houve também a intenção de evitar riscos à saúde da população que reside nas regiões próximas, em função do envolvimento de substâncias químicas com alto grau de insalubridade. De acordo com Ribeiro, Mato grosso é um estado promissor. pequenas e médias usinas já iniciaram suas
Processos de Produção e Controle
de Qualidade de Biodiesel
atividades e os profissionais devem se qualificar para atender a demanda, pois há abundância na produção nacional de soja, algodão e outros oleaginosos, o que é importante na produção do biocombustível. empresários do ramo apresentaram projetos de instalação de usinas que têm como matéria-prima a semente de algodão. Outras usinas apresentaram intenção de trabalhar com girassol. porém, a maioria delas aposta na semente do pinhão manso, por conter maior teor de óleo e ser uma planta de fácil adaptação ao clima, além de dispensar o uso de pesticidas. Na avaliação de alguns participantes, o pinhão manso é a espécie que promete alavancar a agricultura familiar do estado. O evento também contou com o apoio do CefeT-MT, fundatec, portal do Biodiesel e pS Química. Também par- ticiparam alunos de diversas universidades do estado, além de autoridades municipais e estaduais.
Conferência
Ali Veggi Atala, presidente do CRQ XVI, na abertura do evento
CRQ XVI -
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ulgação
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QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 08 mai-jul 2007
ambiente
ão é preciso ser especialista em meio ambiente para saber que o simples fato de o homem estar presente no planeta já traz impactos. então, imagine o que a implantação de uma indústria, uma ferrovia ou uma hidrelétrica pode causar à natureza, à saúde de determinada população, e ainda, à economia da região atingida. entretanto, se não é pos- sível zerar o impacto da ação humana, as alternativas para diminuí-lo consolidam-se cada vez mais – prin- cipalmente quando o foco é a construção de grandes empreendimentos – e o profissional da química possui participação nisso. para as atividades com grande potencial de alter- ação ambiental, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão consultivo e deliberativo do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente), exige que seja feito um estudo de Impacto Ambiental (eIA), seguido de Relatório de Impacto Ambiental (Rima), os quais, depois de concluídos, são submetidos à aprovação do órgão estadual competente, a fim de obter o licenciamento. O objetivo é avaliar os impactos positivos e negativos que o empreendimento poderá causar e propor medidas atenuantes. esse trabalho é realizado por uma empresa consultora, que possui equipe multidisciplinar, e na qual atuam, conforme as características do projeto, químicos, engenheiros químicos, biólogos, geógrafos, arqueólogos, engenheiros (agrônomo, civil, ambiental), sociólogos, antropólogos, entre outros. A construção de estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento, de ferrovias, portos e ter- minais de minérios, aeroportos, oleodutos, gasodutos, minerodutos, linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230kV e obras hidráulicas para a exploração de recursos hídricos precisam apresentar eIA/Rima para obter licenciamento. O mesmo acontece com a extração de combustível fóssil, a extração de minério, aterros sanitários, complexo e unidades industriais e agro-indus- triais, distritos industriais, exploração econômica de madeira ou de lenha, projetos urbanísticos acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental, etc.
Mercado de trabalho No Rio grande do Sul, a fepam (fundação estadual de proteção Ambiental Henrique Luis Roessler) recebeu, em 2006, 1.330 solicitações de Licenças prévias. Destas, pouco mais de 30 são processos de eIA-Rima, o que rep- resenta 2,6% do total. Segundo o engenheiro químico e consultor guglielmo Taralli, doutor em engenharia Química pela uSp (universidade de São paulo), quando a realização de eIA é exigida, em muitos casos os químicos têm participação garantida na sua elaboração: “De certa maneira, na grande maioria dos eIA há a necessidade de se realizar estudos que são contemplados pela área de Química Ambiental, sendo assim, os profissionais da área química podem e devem atuar na elaboração de eIA’s, mas deve-se lembrar que há, atualmente, uma grande concorrência para a sua elaboração”. Conforme o engenheiro químico eduardo Mc Mannis Torres, presidente da Consulte Ambiental, de porto Alegre (RS), a atuação do químico será maior dependendo da natureza do projeto. “Quando houver necessidade de análise da qualidade da água e do ar, o profissional da química estará presente, mesmo que a sua atuação não seja preponderante. por outro lado, na implantação de um pólo petroquímico, por exemplo, a participação do químico em todas as fases do estudo é imprescindível. Isso se constitui em um campo de trabalho, que não é enorme, pois não se tem um fluxo tão grande de projetos sendo encaminhados aos órgãos ambientais, mas que é consistente, já que as exigências ambientais estão cada vez mais rígidas”. A respeito da credibilidade das empresas consultoras que atuam nesse ramo no RS e da qualidade dos eIA, o químico e técnico do Serviço de emergência Ambi- ental da fepam, Mauro Moura acredita que o próprio mercado já se encarregou de selecionar quais são as empresas realmente sérias: “A resolução do Conama é de 1986, então os empreendedores, quando querem
Profissionais
importante
Estudos de
QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 08 mai-jul 2007
déBoRa CRuz deborascruz@hotmail.com
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entidades
O XI fórum de Química do RS, parte das comemorações do Dia do Químico, teve a relação entre a química e o ambiente como tema principal. O evento ocorreu na ulbra
Dentre outros temas, a Química Verde foi o assunto escolhido para finalizar o fórum. eder Lenardão, professor da universidade federal de pelotas e um dos difusores do assunto no país, falou sobre a história, conceitos, princípios e deu exemplos práticos de como a Química Verde pode ser utilizada com sucesso. A Química Verde é a utilização de técnicas químicas e metodologias que reduzem ou eliminam o uso de solven- tes, reagentes ou a geração de produtos e subprodutos, nocivos à saúde humana ou ao ambiente. Seguindo os princípios estipulados, trabalha-se com a produção de substâncias menos tóxicas. para Lenardão, o profissional da química já tem condições de implantar a “química sustentável”. O conhe- cimento acumulado é suficiente, entretanto, a introdução de novas tecnologias industriais exige investimento financeiro. O palestrante sugeriu que, em curto prazo, o que pode ser feito, é melhorar os métodos que estão em andamento em determinados processos produtivos, como por exemplo, trocar o solvente volátil e inflamável
Rio Grande do Sul
Fórum debate Química e Gestão Ambiental
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Saiba mais
profissionais e estudantes de Química da Amazônia Ocidental se reuniram de 18 a 21 de junho para discutir questões que envolvem a química e o meio ambiente. O evento aconteceu no Stúdio 5 - Centro de Convenções em Manaus. promovido pelo Conselho Regional de Química da 14ª região, com o apoio do Sindicato dos profissionais da Química do Amazonas, o encontro contou também com a II feira da Indústria Química do pólo de Manaus e XXI Semana de Química da universidade federal do Amazonas - ufam. Segundo o presidente do Conselho Regional de Química, Avelino Cuvello, o objetivo do evento foi trocar e unificar informações relacionadas à área química além de discutir as relações entre a química e o meio. “Mostramos como utilizar a química de uma forma mais contributiva, evitando os danos à natureza, tendo em vista que o Amazonas tem se mantido num processo de preservação ambiental muito grande”, salientou. O encontro seguiu a tendência e teve como tema central a “Química Verde” que consiste na utilização de técnicas e metodologias químicas que visam à conserva- ção ambiental. Diversos profissionais discutiram com o público questões atuais da área tecnológica relaciona- das à Química Verde. Também foram oferecidos cursos, palestras, exposições, mostra de trabalhos científicos e projetos desenvolvidos pelos estudantes. Os alunos do ensino médio tiveram a oportunidade de participar de experiências envolvendo a química, proporcionando a união entre a teoria e a prática.
Amazonas
A química verde pode ser definida como a utilização de técnicas químicas e meto- dologias que reduzem ou eliminam o uso de solventes e reagentes ou geração de produtos e subprodutos tóxicos, que são nocivos à saúde humana ou ao ambiente. A preocupação com o meio-ambiente está fazendo com que as indústrias implementem gradativamente os prin- cípios abaixo
Os doze princípios da Química Verde: 1 PREVENÇÃO: É MELHOR EVITAR A FORMAÇÃO DO RESÍDUO DO QUE TRATÁ-LO DEPOIS DE GERADO 2 ECONOMIA DE ÁTOMOS 3 SÍNTESE DE PRODUTOS MENOS TÓXICOS 4 SÍNTESE SEGURA 5 USO DE SOLVENTES E AUXILIARES MAIS SEGUROS 6 DESENHO PARA EFICIÊNCIA DE ENERGIA 7 USO DE FONTES RENOVÁVEIS DE MATÉRIA- PRIMA 8 EVITAR DERIVATIZAÇÕES DESNECESSÁRIAS 9 INCENTIVO À UTILIZAÇÃO DE CATALISADORES 10 DESENHO DE PRODUTOS DEGRADÁVEIS 11 ANÁLISE DO PROCESSO EM TEMPO REAL 12 QUÍMICA INERENTEMENTE SEGURA PARA A PREVENÇÃO DE ACIDENTES
http://www.ufpel.tche.br/iqg/wwverde/ Lenardao, E. J.; Freitag, R. A.; Dabdoub, M. J.; Batista, A. C.; Silveira, C. C. Quim. Nova 2003, 26, 123.
por outro, como o CO21 em estado supercrítico, que se comporta como líquido e gás, substituindo com vantagem os solventes orgânicos apolares, derivados do petróleo. Ao final da reação, não há resíduos prejudiciais. O professor reforçou que o ensino deve ser valorizado. Segundo ele, é uma nova área que pode ser aplicada em vários campos da química. “O químico formado nessa filosofia vai ser cobiçado por todas as empresas. Já está sendo”, finalizou.
Química Verde
Alunos participaram do encontro no Amazonas
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em comemoração ao Dia Nacional do Químico o Sindicato dos profissionais da Química do estado do piauí - SINpROQ/pI, junto ao Conselho Regional de Química 18ª Região, realizou em 17 de junho uma série de palestras e a exposição de produtos fabricados no piauí. O evento contou com a presença do presidente do Conselho federal de Química, Jesus Tajra Adad, do presidente do Conselho regional de Química da 18ª Região, José Ribeiro dos Santos Jr, e do gerente da indústria pirassununga, de São paulo, João Jorge Chedid. Ao final um almoço foi oferecido aos profissionais da química. A presidente do SINpROQ-pI, Sandra Maria de Sousa, fez um relato do evento para a QH:
A ciência da vida: química Nos dias atuais, muito se houve falar em qualidade de vida. para isso é necessário ingerir alimentos saudáveis, praticar exercício, beber muito líquido, entre outras ativi- dades. percebe-se que a química está ligada diretamente a esse bem estar do ser humano, pois ela ocorre tanto dentro do corpo, tendo o exemplo da respiração, como acontece à todo instante ao seu redor. É como explica o Dr. José Ribeiro Júnior, presidente do Conselho Regional de Química (CRQ) “A química estuda a matéria, ela não está dissociada do dia a dia, não é como a astronomia, que estuda planetas e seus movimentos no espaço. A química está aqui, na qualidade do ar, da água, etc. embora tenha química na astronomia também”. enfim, os químicos são responsáveis por analisar a composição dos produtos industriais, como alimentos, bebidas, têxteis, plásticos, combustíveis, assim como pelo controle ambiental e o destino dos resíduos de processos químicos. estes profissionais estão dentro das indústrias quími-
cas para garantir a qualidade dos produtos, podendo participar do projeto, planejamento e controle de produção, desenvolvimento de novos produtos, operação e controle de processos químicos, saneamento básico, tratamento de resíduos industriais, segurança e gestão do meio ambiente. “É o profissional de química quem conhecendo as propriedades das substâncias, poderá melhor fabricar produtos com a qualidade desejada e o mínimo de desperdício. portanto o menor custo” afirma Dr. Jesus Miguel Adad, presidente do Conselho federal de Química (CfQ). No sentido de regularizar esta profissão, foi criada no dia 18 de junho de 1956 a Lei Mater Nº 2.800, que criou o sistema CfQ/CRQ’s, visando fiscalizar a profissão. pela importância da data a Resolução Normativa Nº 41 de 16 de janeiro de 1976 institui 18 de junho como o Dia Nacional do Químico. No piauí existem três instituições de ensino que pos- suem cursos de Química: universidade federal do piauí (ufpI), universidade estadual do piauí (ueSpI) e Centro Tecnológico de ensino federal (CefeT). Os coordenadores dos cursos reclamam da estrutura oferecida pelas insti- tuições. No entanto eles garantem que os profissionais saem com boa capacidade para o mercado de trabalho.
Piauí
Profissionais da Química são homenageados na Câmara dos Deputados
CRQXVIII/
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ulgação
Dep. Nelson Marquezelli
Brasília
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ulgação
Jesus Adad (C) participa do evento no Piauí